segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Lei internacional mais necessária do que nunca.


O respeito pelo direito internacional é necessário mesmo para os grandes poderes, mesmo que alguns duvidem agora, disse Doris Leuthard segunda-feira em Nova York. No entanto, esse direito é cada vez mais prejudicado, observou. O impacto de muitos problemas, como os desafios do aquecimento global ou da migração, é sentida internacionalmente, como é a revolução digital, afirmou a presidente da Confederação, de acordo com o texto escrito de seu discurso. Ela falou com o Global Leaders Forum na Columbia University. "E é precisamente porque os indivíduos são cada vez mais incapazes de influenciar essas mudanças em si mesmos que precisamos do direito internacional", acrescentou.

O mundo é melhor, mas ...
Se o mundo estiver fazendo melhor do que 30 anos atrás - o número de pessoas que vivem em pobreza extrema foi reduzido pela metade desde os anos 90 - muitos países ocidentais desenvolvidos viram sua classe média reduzir a face da globalização. Muitos cidadãos desses países estão visando o último como a causa do aumento da pressão sobre seus salários, observa Leuthard.

Lei do mais forte
As forças políticas exigem mais soberania nacional em resposta a este processo, às vezes rejeitando explicitamente a ordem jurídica internacional, ela observa. Conseqüentemente, o consenso muito conquistado em torno da validade do direito internacional e das convenções está sob pressão. E o pedido de soluções nacionais está crescendo. Quanto mais populista e nacionalista for a agenda, maior o risco de colapso do consenso internacional. E, com ele, o risco de prevalecer a lei do mais forte.

O menu à direita, não a la carte
O direito internacional não é um menu à la carte, foi negociado, assinado e ratificado, é obrigatório, também enfatizou a Sra. Leuthard. Ela disse que estava "horrorizada" de que o direito internacional humanitário, em particular, fosse cada vez mais violado sistematicamente. O aumento da conformidade com este conjunto de legislação e a prevenção de sua credibilidade é progressivamente prejudicada é uma das prioridades da política externa suíça, afirmou o presidente da Confederação Suíça. Leuthard citou a Internet e a governança como um exemplo de onde esse direito é particularmente necessário e onde se deve chegar a acordo entre a comunidade internacional, os governos, o setor privado e a sociedade civil. Finalmente, ressaltou a necessidade de um maior desenvolvimento do direito internacional e das reformas nas Nações Unidas.

http://www.ejornais.com.br/jornal suica laliberte

Nem tudo funciona na Alemanha.

Apesar de ser um país rico, escolas e estradas do país sofrem uma 
enorme deterioração devido à falta de investimento público.


Carrinhos de mão sinalizam as obras de
manutenção da rodovia A14 perto de Tornau.
ANA CARBAJOSA
Frankfurt

Quando chega ao pátio da escola na manhã de segunda-feira, Matthew George encontra lixo e vidros deixados pelos jovens que utilizam a quadra de esportes durante o fim de semana. E quando se agacha para recolher um caco de vidro, o diretor aproveita para arrancar parte do pavimento que está solta. O pátio da escola Paul-Hindemith, em Frankfurt, como o resto do edifício, está deteriorado. “Queremos que nossa escola seja bonita. Só assim os meninos aprenderão a respeitar as coisas”, diz George, o diretor. “Isto é como uma casa. Se não receber manutenção, em 30 anos vem abaixo”. Logo em seguida pondera: “Bem, recentemente pintamos as paredes, graças a patrocinadores privados que incluíram a pintura em sua obra social”.


Matthew George, diretor da escola Paul-Hindemith
de Frankfurt, mostra o mau estado do chão do pátio.

O caso dessa escola não é o mais escandaloso, muito menos isolado. Na Alemanha, as chamadas “escolas em ruínas” estão por todo o território nacional. São resultado de décadas de falta de investimento em um país que, no entanto, acumula um superávit recorde. Os alemães elegerão um novo Governo no domingo e o estado das escolas – e especialmente o dos vasos sanitários – se tornou um símbolo da deterioração da estrutura física de uma potência mundial que não conhece os números vermelhos.

As reclamações da escola de Frankfurt, no próspero estado federado de Hesse, poderiam parecer queixa de ricos, e são. Porque a Alemanha é um país rico, com um superávit fiscal recorde de 23,7 bilhões de euros (R$ 88.000.000.000,00) ou 0,8% do PIB, que, no entanto, vem arrastando os planos de investir na melhoria de sua infraestrutura deficiente. Investe-se, mas pouco e tarde, segundo os especialistas. O banco de desenvolvimento alemão KfW calcula que as cidades alemãs precisam de um investimento de 126 bilhões de euros em infraestrutura. Um total de 33 bilhões para escolas e 34 bilhões para rodovias.

“As pontes, os trens, as escolas… envelheceram e precisam ser substituídas ou reformadas”, concorda o economista Achim Truger, da Escola de Economia e Direito de Berlim. “O Governo considera o schwarze Null [o zero negro, que se refere a um orçamento saneado, sem dívidas] mais importante que o investimento público. A aversão à dívida é parte consubstancial do sistema político alemão. Temos ainda problemas herdados da austeridade imposta quando a Alemanha era o doente da Europa”, acrescenta Truger, explicando que a situação financeira varia muito entre a federação, os estados e os municípios, alguns deles endividados. Há quem culpe o chamado freio da dívida imposto por emenda constitucional em 2009, que limita o déficit do Governo central e dos Länder (como são chamados cada um dos 16 estados que compõem a federação alemã).

Os dois maiores partidos prometem em campanha mais investimento público nas escolas. O candidato social-democrata, Martin Schulz, quer que as autoridades sejam obrigadas a investir parte do superávit em infraestrutura e pede que o Estado central tenha mais voz em um tema vital a qualidade da educação e das escolas. Em princípio, é competência dos estados federados, mas Schulz pretende criar uma aliança nacional para a educação que invista 12 bilhões de euros nas escolas de todo o país e defende, além disso, uma reforma legal que formalize a cooperação entre o a federação e os estados. A chanceler Angela Merkel, que lidera as pesquisas, alega que o problema não é tanto a falta de recursos, mas a falta de planejamento de longo prazo, além de incontáveis gargalos burocráticos.

“Na Alemanha temos um problema geral. Também aqui em Hesse, apesar de ser um estado rico”, diz Kai Eicker-Wolff, do sindicato educativo GEW. Wolff calcula que só em Frankfurt seria necessário um investimento de 1 bilhão de euros devido ao abandono dos últimos anos. A situação em estados menos prósperos é muito pior.

As estradas são, junto com as escolas, as mais necessitadas de investimento. Uma viagem de carro entre Berlim e Frankfurt (547 quilômetros) pode demorar mais de sete horas sem paradas, apesar de não haver limite de velocidade em muitos trechos. Os desvios causados por obras e reparos nas rodovias são contínuos. Há obras que já se tornaram uma piada de mau gosto para os afetados. É o caso da ponte de Leverkusen, fechada há cinco anos para veículos pesados depois de apresentar fissuras e transformada em um engarrafamento permanente.


Engarrafamento na A13 sentido Berlim na
altura de Mittenwalde devido a obras na rodovia.

Outro caso divulgado é o do túnel de Rastatt, junto à fronteira francesa, onde um desmoronamento ocorrido no verão provocou a interrupção do tráfego ferroviário entre os dois países. O problema adicional é que parte das rotas alternativas estão em obras ou muito deterioradas, contribuindo para o caos logístico na região. Os atrasos e cancelamentos nos trens de passageiros são comuns e as composições frequentemente circulam tão lotadas que os viajantes se veem obrigados a sentar-se amontoados no chão.

Os engarrafamentos se tornaram um tema central nas eleições regionais da Renânia do Norte-Vestfália em maio passado, em que a população culpou os sociais-democratas (SPD) no poder de não fazer nada para melhorar o estado lamentável da infraestrutura. O SPD perdeu seu tradicional bastião e seu candidato, Martin Schulz, não se recuperou nas pesquisas desde então.

brasil.elpais.com

POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA FRAUDES EM 14 CONCURSOS PÚBLICOS


Agência Brasil - A Polícia Federal descobriu fraudes em 14 concursos públicos nacionais aplicados pela Fundação Carlos Chagas. Segundo a Operação Afronta II, que encontrou as irregularidades, 47 candidatos se beneficiaram de escutas eletrônicas no momento de realizar as provas. De acordo com a PF, alguns desse candidatos já foram habilitados e empossados nos cargos para os quais concorreram. Hoje (18), a PF cumpriu dois mandados de prisão temporária, quatro mandados de condução coercitiva e dez mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal em São Paulo, nas cidades de Campinas (SP) e Maceió. Os demais candidatos foram intimados para prestar esclarecimentos. Em outubro do ano passado, a PF deflagrou a primeira etapa da operação, em Sorocaba (SP), para apurar uma fraude no concurso público do Tribunal Regional Federal da 3ª Região para os cargos de técnico e analista judiciário. Na ocasião, foram indiciados nove membros da organização criminosa: o líder do grupo, o técnico responsável pelos equipamentos eletrônicos, quatro pessoas que desviavam as provas, e três que corrigiam as questões desviadas. Foram indiciados ainda doze candidatos que receberam as questões por meio de equipamentos de ponto eletrônico, e duas pessoas que também tiveram participação na fraude, embora não fossem membros da organização.

A Polícia Federal solicitou à Fundação Carlos Chagas informações acerca de outros certames que os indivíduos responsáveis por desviar as provas haviam se inscrito. Pediu ainda que a fundação fornecesse os gabaritos de respostas de todos os candidatos destes concursos suspeitos. Os gabaritos foram então encaminhados à perícia, que constatou que a fraude havia sido consumada em 14 certames e que 47 candidatos haviam participado do crime. O sistema também encontrou indícios de cópia de respostas entre candidatos, comumente conhecida como “cola”, em outros 24 certames.

Os candidatos serão indiciados pelo crime de fraudes em certames de interesse público, cuja pena varia de um a quatro anos de reclusão, e pelo crime de associação criminosa, cuja pena varia de um a três anos de reclusão. A Fundação Carlos Chagas foi procurada pela reportagem, mas ainda não se manifestou.

www.brasil247.com

Integrantes do PCC estariam na Rocinha, diz delegado.

Entretanto, polícia não confirma se facção participou da invasão do último domingo.


Polícia faz operação na Rocinha após guerra entre traficantes.
RAFAEL NASCIMENTO

Rio - Integrantes da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam na comunidade da Rocinha. A informação foi divulgada pelo delegado titular da 11ª DP (Rocinha), Antônio Ricardo, durante apresentação do balanço da megaoperação das polícias Civil e Militar, realizada nesta segunda, um dia após o confronto entre traficantes. Entretanto, o delegado informou que "não tem como dizer que eles participaram dessa ação". Ainda de acordo com o delegado, Rogério 157, apontado como chefe do tráfico na região, estaria escondido na mata no alto da comunidade. Danúbia, mulher do traficante Nem, também estaria na Rocinha. Ela é foragida da Justiça. Antônio também informou que pelo menos 50 homens em dez carros tentaram retomar o comando do tráfico da favela. Eles vieram do Morro do São Carlos, no Estácio, do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e da Vila Vintém, na Zona Oeste.

Balanço da operação
Três pessoas foram presas e três morreram na ação desta segunda-feira. Os presos foram identificados como Wilklen Nobre Barcelo, 20 anos; Edson Gomes Ferreira, 30 anos; Fábio Ribeiro França, 19 anos. Segundo a polícia, os detidos tinham mandado de busca por tráfico. Uma pistola, duas granadas e fardas do Exército também foram apreendidas. Sobre os mortos, dois corpos carbonizados foram encontrados pelos agentes no alto da comunidade. Já o terceiro foi morto em confronto com o Batalhão de Operações Especiais (Bope). Não há a identificação das vítimas e a Delegacia de Homicídio investiga o caso.

http://odia.ig.com.br

Polícia realiza megaoperação na Rocinha.

Ação acontece após domingo de terror com intenso tiroteio na comunidade.


Polícia realiza operação na Rocinha.
RAFAEL NASCIMENTO

Rio - As polícias militar e civil realizam uma megaoperação na Rocinha, na Zona Sul do Rio, desde às 04:30hs, desta segunda-feira. O objetivo da ação é identificar e prender os criminosos envolvidos na disputa do tráfico de drogas local. A UPP e o 23ºBPM (Leblon) realizam o cerco da ação, que já conta com seis presos, um morto, um baleado e uma arma apreendida. Uma escola do local chegou a ser aberta, mas fechou em seguida. De acordo com a Secretaria Municipal de Educação, unidades escolares na Rocinha, Comunidade Vila Canoas, Vidigal, Serrinha e Juramento estão sem atendimento nesta segunda-feira. No total são oito escolas, seis creches e uma EDI e 4.441 alunos sem aulas. Não houve tiroteio nesta segunda e os moradores seguem normalmente suas rotinas, mas o clima na comunidade ainda é de tensão. "Não está nada tranquilo lá em cima. Desculpa, mas a gente não pode falar", disse uma moradora que não quis se identificar. Por volta das 09:10hs, a arma de um policial disparou dentro do carro e três tiros atingiram uma placa de "Bem-vindo a Rocinha".

Neste domingo, os moradores viveram momentos de terror na comunidade: foram mais de cinco horas de tiroteio entre traficantes, pelo menos duas pessoas morreram e a saída do metrô foi fechada. A comunidade ficou sem luz e, nesta segunda, cerca de 20% dos moradores continuam sem eletricidade, já que os funcionários da Light não conseguem entrar no local para realizar reparos nos transformadores que foram atingidos por disparos.


Polícia revista carros na subida da Estrada da Gávea.
Intenso tiroteio
De acordo com a PM, a troca de tiros começou na madrugada de domingo e uma guarnição da UPP foi atacada na Via Ápia, um dos principais acessos. Alunos de um curso pré-vestibular comunitário perderam a prova e a Prefeitura pediu aos motoristas que evitassem a região. "Hoje foi o dia em que o bem perdeu para o mal, e foi de lavada! Uma mistura de tristeza e raiva define o sentimento que tive quando acordei e vi as mensagens dos alunos", escreveu Mariana Alves, uma das diretoras do curso pré-vestibular Projeto de Ensino Cultural e Educação Popular, em seu Facebook. Ela contabilizou que 80% dos alunos não conseguiram sair de suas casas.

Vídeos de traficantes circulando pela Rocinha e trocando tiros foram postados nas redes sociais. Em um deles, um policial filma de dentro de uma base da UPP, enquanto outro pede reforço. "Uns 20 gansos (traficantes) de fuzil aqui", diz um agente pelo rádio. É possível escutar outro falando: "Se esconde, se esconde". Viaturas da PM foram vistas abandonadas pelas vielas. "É uma disputa pela venda de drogas na Rocinha, já que era do Antonio Bonfim e agora está sob a liderança do Rogério Avelino", disse o delegado Antônio Ricardo, da 11ªDP (Rocinha). "Todos que forem identificados vão responder por tentativa de homicídio, resistência qualificada, disparo de arma de fogo, associação ao tráfico e porte ilegal de arma", afirmou o investigador.

Avelino é conhecido como Rogério 157. Antonio Francisco é identificado no mundo do tráfico como Nem ou Mestre. Ele está na cadeia desde 2011 e estaria descontente com a administração de Rogério, que cobra taxas do comércio, da mesma forma que atuam milicianos. Rogério teria matado traficantes leais a Nem, que organizou a retomada dos pontos de venda de drogas com ajuda de traficantes do São Carlos, no Estácio, e da Vila Vintém, na Zona Oeste.

http://odia.ig.com.br

Jornalista da Globo é atingido por bala perdida na cabeça e está em coma

Alexandre Farias foi baleado por criminosos que fugiam da polícia.


Alexandre Farias, jornalista da TV Asa Branca, filiada da Globo
em Caruaru, está em coma após ser atingido por bala perdida.
ESTADÃO CONTEÚDO

Caruaru - O jornalista Alexandre Farias, apresentador da TV Asa Branca, afiliada da TV Globo em Pernambuco, está em coma depois de ter sido atingido por uma bala perdida na cabeça na noite de sábado, em Caruaru. Farias passou por uma cirurgia no domingo e está coma induzido na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Unimed de Caruaru. O estado do jornalista é considerado estável, mas de proporção gravíssima. Alexandre dirigia seu carro na região do Alto do Moura, onde mora, quando foi vítima de um disparo de criminosos que fugiam da polícia, por volta das 20:00hs, de sábado, quando saía de um supermercado e ia para casa após apresentar o telejornal ABTV 2ª Edição. Ao menos quatro homens estavam em um veículo roubado e trocavam tiros com os policiais. Durante a perseguição, os bandidos ainda atropelaram socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que resgatavam um motociclista ferido em um acidente. O motorista e uma técnica de enfermagem que trabalhavam na ambulância sofreram fraturas leves.

Violência
O Grupo Nordeste de Comunicação, responsável pela TV Asa Branca, divulgou nota manifestando solidariedade ao jornalista e lamentando "a escalada atroz da violência em Pernambuco" da qual ele foi vítima. Conforme o comunicado, mais de 200 assassinatos foram registrados apenas em Caruaru desde o início do ano.

http://odia.ig.com.br

Jornal britânico publica imagem de Pelé utilizando cadeira de rodas

Ex-jogador, de 76 anos, usa uma bengala desde que operou o quadril.


Imagem de Pelé utilizando cadeira de rodas.
O DIA

Inglaterra - Uma imagem publicada pelo jornal britânico Daily Mail na sexta-feira preocupou o mundo do esporte. Nela, o maior jogador de futebol de todos os tempos, Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, aparece utilizando uma cadeira de rodas. A imagem é do aeroporto de Nova Iorque e o ex-jogador aparece dando alguns autógrafos. O Rei do futebol desembarcou nos Estados Unidos, vindo de Londres, posou para fotos, sem maiores problemas. Pelé, que tem 76 anos, usa uma bengala desde que fez um operou para correção no quadril em 2015. O Rei do futebol já havia passado por uma cirurgia no local em 2012.

http://odia.ig.com.br

Liminar permite que psicólogos ofereçam 'cura gay' para homossexuais.

Decisão de juiz do Distrito Federal abre brecha para tratamento 
proibido pelo Conselho Federal de Psicologia desde 1999.


ESTADÃO CONTEÚDO

Distrito Federal - O juiz federal da 14ª Vara do Distrito Federal Waldemar Cláudio de Carvalho concedeu liminar que abre brecha para que psicólogos ofereçam a terapia de reversão sexual, conhecida como 'cura gay', tratamento proibido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) desde 1999. A decisão atende a pedido da psicóloga Rozangela Alves Justino em processo aberto contra o colegiado, que aplicou uma censura à profissional por oferecer a terapia aos seus pacientes. "A fim de interpretar a citada regra em conformidade com a Constituição, a melhor hermenêutica a ser conferida àquela resolução deve ser aquela no sentido de não provar o psicólogo de estudar ou atender àqueles que, voluntariamente, venham em busca de orientação acerca de sua sexualidade, sem qualquer forma de censura", anotou o magistrado. Para o CFP, a decisão liminar, proferida na sexta-feira, abre a perigosa possibilidade de uso de terapias de reversão sexual. Segundo a entidade, "a ação foi movida por um grupo de psicólogos defensores dessa prática, que representa uma violação dos direitos humanos e não tem qualquer embasamento científico,"


Segundo o CFP, na audiência de justificativa prévia para análise do pedido de liminar, a entidade se posicionou contrária à ação, "apresentando evidências jurídicas, científicas e técnicas que refutavam o pedido liminar". Os representantes do CFP destacaram que a homossexualidade não é considerada patologia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) - entendimento reconhecido internacionalmente. Também alertaram que as terapias de reversão sexual não têm resolutividade, "como apontam estudos feitos pelas comunidades científicas nacional e internacional, além de provocarem sequelas e agravos ao sofrimento psíquico". O CFP informa que o processo está em sua fase inicial e afirma que vai recorrer da decisão liminar.

http://odia.ig.com.br

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Janot finaliza denúncia contra Temer e o acusa de dois crimes.


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

TALITA FERNANDES
DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, concluiu na quarta-feira (13) a nova denúncia contra o presidente Michel Temer. A Folha apurou que o peemedebista será acusado dos crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A peça tem de mais de 200 páginas e a previsão é que seja apresentada até o fim da tarde desta quinta-feira (14) ao STF (Supremo Tribunal Federal). Além do presidente, Janot citará a cúpula do PMDB da Câmara, alvo do relatório da Polícia Federal entregue ao Supremo na segunda (12). Nem todos serão acusados sob a suspeita de mais de um crime. O documento da PGR tem como base as delações de executivos da JBS e do corretor de valores Lúcio Funaro, que teve delação premiada homologada. De acordo com pessoas próximas às investigações, as acusações contra Temer foram fortalecidas com dados fornecidos por Funaro à Procuradoria. Esta é a segunda denúncia contra o peemedebista apresentada por Janot com base na delação de executivos da JBS, hoje pivô de uma crise que levou dois colaboradores, Joesley Batista e Ricardo Saud, à prisão.

A colaboração de ambos foi suspensa pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no Supremo, mas Janot já declarou que isso não invalida as provas obtidas. O crime de obstrução de Justiça é caracterizado pela PGR no episódio em que Temer, segundo Janot, deu aval para Joesley comprar o silêncio de Funaro e Eduardo Cunha, ambos presos pela Lava Jato. A organização criminosa está na atuação do chamado "quadrilha do PMDB da Câmara". A PF aponta Temer como tendo o "poder de decisão" no grupo.

O presidente nega as acusações.
O mandato de Janot à frente da PGR termina neste domingo (17). No seu lugar, assumirá Raquel Dodge, indicada por Temer.

PROVAS EM XEQUE
A primeira denúncia, por corrupção passiva, foi barrada no início de agosto pela Câmara. A nova acusação deve ser submetida novamente aos deputados. Por determinação da Constituição, o caso só será analisado pelo STF se ao menos 342 parlamentares concordarem. Caso contrário, o processo é suspenso até que Temer deixe a presidência. A denúncia pode demorar para ser enviada à Câmara porque o Supremo adiou na quarta a discussão sobre a validade das provas da delação da JBS em meio ao episódio da suspensão da delação.

A nova acusação contra Temer chegará num momento em que o acordo de colaboração da JBS foi colocado em xeque. O centro da crise é uma gravação, datada de 17 de março, em que Joesley Batista, dono da JBS, e o executivo Ricardo Saud indicam possível atuação de Marcello Miller no acordo de delação quando ainda era procurador —ele deixou o cargo oficialmente em 5 de abril. O áudio foi entregue pelos delatores no dia 31 de agosto. Para a equipe de Janot, houve patente descumprimento de dois pontos de uma cláusula do acordo de delação que tratam de omissão de má-fé, o que justificaria rever os benefícios.

Joesley alega que foi apresentado a Miller por Francisco de Assis e Silva, advogado da empresa e também delator, porque estava à procura de alguém para a área de anticorrupção da empresa. Os delatores argumentam que apenas consultaram Miller em linhas gerais sobre o processo de delação e que acreditavam que ele já havia saído da PGR.

O ex-procurador pediu o desligamento do Ministério Público Federal no dia 23 de fevereiro, mas a saída foi oficializada em 5 de abril. Para a PGR, há indícios de que Miller tenha cometido o crime de exploração de prestígio, além da possibilidade de ter sido cooptado pela organização criminosa composta pelos executivos da JBS, "passando, em princípio, a integrá-la".

Joesley e Saud tiveram prisão decretada por Fachin. O pedido de prisão de Miller foi negado pelo ministro. O ex-procurador nega as irregularidades e diz que não usou o cargo público para favorecer a JBS.

www1.folha.uol.com.br

Maioria do STF rejeita suspeição de Janot em processos contra Temer

No seu voto, o relator Edson Fachin disse que não há 
indícios de que o procurador atuou de forma parcial.


Defesa de Temer afirma que Janot não teve cuidado
na hora de revelar a delação dos empresários Batista.
O DIA

Brasília - A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, na tarde de quarta-feira, o pedido feito pela defesa do presidente Michel Temer que defende a suspeição de Rodrigo Janot, para atuar em investigações relacionadas a Temer, iniciadas a partir das delações da JBS. Ao fim da votação, a Corte foi unânime contra a suspeição do procurador-geral da República. Os ministros seguiram voto proferido pelo relator do caso, ministro Edson Fachin, que negou o mesmo pedido antes de o recurso chegar ao plenário. No voto proferido na sessão da tarde, o relator disse que não há indícios de que Janot atuou de forma parcial e com “inimizade" em relação a Temer. Segundo a Fachin, declarações do procurador à imprensa não podem ser consideradas como causa de suspeição. Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot disse que, "enquanto houver bambu, lá vai flecha", fazendo referência ao processo de investigação contra o presidente. Votaram com o relator os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Marco Aurélio, e a presidente, Cármen Lúcia.

No início do julgamento, a defesa do presidente Temer voltou a afirmar que Janot agiu de forma parcial nas investigações envolvendo o presidente. Ao subir à tribuna da Corte, o advogado Antônio Claudio Mariz, representante de Temer, disse que a prisão dos empresários Joesley e Wesley Batista, em cujas delações foram baseadas as acusações, podem indicar que Janot não teve os devidos cuidados na investigação.

Com informações da Agência Brasil
http://odia.ig.com.br