quinta-feira, 2 de maio de 2024

A nova percepção de Bolsonaro sobre a chance de ser preso.

 
Por Bela Megale

Nas últimas semanas, Jair Bolsonaro tem feito junto a aliados uma nova avaliação sobre a chance de ir para cadeia no curto ou médio prazo. O ex-presidente acredita que a possibilidade de ser preso, pelo menos hoje, arrefeceu em relação ao início do ano, quando chegou a pernoitar duas noites na Embaixada da Hungria. Um dos motivos do otimismo que tem tomado Bolsonaro e seu entorno é o processo de cassação do senador Jorge Seif (PL-SC). A ação começou a ser analisada em 4 de abril e sofreu várias reviravoltas, com adiamento do julgamento, mudança de voto do relator do caso e, por último, a decisão de realizar novas diligências antes de decidir um desfecho. O sentimento no núcleo do ex-presidente, antes, era o de que chance de cassação do senador preponderava. Hoje, a leitura do grupo é que Seif pode ser poupado, em um “gesto” do Judiciário ao Parlamento. A esperança de Bolsonaro seria surfar nesta mesma onda.

Até o momento, o recado que o capitão reformado recebeu de seus interlocutores junto ao STF é que ele só deve ser preso se for condenado e após ter os recursos apresentados na Justiça esgotados. Em junho, a Polícia Federal apresentará ao ministro Alexandre de Moraes o relatório final sobre a investigação que apura a tentativa de um golpe de Estado arquitetada por Bolsonaro, militares e ex-integrantes de seu governo. O caso é tido como o que tem maior potencial de levar o ex-presidente para a cadeia.

Neste mês, a PF apresentará a conclusão do inquérito que apura a apropriação e a venda ilegal de joias da Arábia Saudita e outros presentes que pertencem ao acervo da Presidência.

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