No seu voto, o relator Edson Fachin disse que não há
indícios de que o procurador atuou de forma parcial.
Defesa de Temer afirma que Janot não teve cuidado
na hora de revelar a delação dos empresários Batista.
O DIA
Brasília - A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, na tarde de quarta-feira, o pedido feito pela defesa do presidente Michel Temer que defende a suspeição de Rodrigo Janot, para atuar em investigações relacionadas a Temer, iniciadas a partir das delações da JBS. Ao fim da votação, a Corte foi unânime contra a suspeição do procurador-geral da República. Os ministros seguiram voto proferido pelo relator do caso, ministro Edson Fachin, que negou o mesmo pedido antes de o recurso chegar ao plenário. No voto proferido na sessão da tarde, o relator disse que não há indícios de que Janot atuou de forma parcial e com “inimizade" em relação a Temer. Segundo a Fachin, declarações do procurador à imprensa não podem ser consideradas como causa de suspeição. Na ação, a defesa de Temer também cita uma palestra na qual Janot disse que, "enquanto houver bambu, lá vai flecha", fazendo referência ao processo de investigação contra o presidente. Votaram com o relator os ministros Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Marco Aurélio, e a presidente, Cármen Lúcia.
No início do julgamento, a defesa do presidente Temer voltou a afirmar que Janot agiu de forma parcial nas investigações envolvendo o presidente. Ao subir à tribuna da Corte, o advogado Antônio Claudio Mariz, representante de Temer, disse que a prisão dos empresários Joesley e Wesley Batista, em cujas delações foram baseadas as acusações, podem indicar que Janot não teve os devidos cuidados na investigação.
Com informações da Agência Brasil
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