segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Após ser atacado por hackers, grupo de mulheres contra Bolsonaro é retomado e deve voltar a público nesta segunda

'Mulheres Unidas Contra Bolsonaro' foi derrubado duas vezes ao longo deste domingo; administradoras relatam ataques e ameaças nas redes. Duas delas registraram boletim de ocorrência após terem contas pessoais hackeadas.


Por Beatriz Perez e Edda Ribeiro*

Rio - O grupo Mulheres Unidas Contra Bolsonaro voltou às mãos das administradoras no início da noite deste domingo, após sair do ar por duas vezes ao longo do dia: na madrugada e à tarde. Mas, por ora, o grupo está 'interditado', apenas quem já participava tem acesso. As responsáveis estão fazendo uma limpa, retirando publicações favoráveis ao presidenciável do PSL e 'perfis suspeitos', antes de reabrir o grupo, o que elas pretendem fazer até o fim do dia desta segunda-feira. Duas administradoras registraram boletins de ocorrência depois que tiveram contas pessoais invadidas. Uma delas ficou com a linha telefônica suspensa. Uma integrante do Mulheres Unidas Contra Bolsonaro disse que as administradoras não querem ser identificadas. Elas estão sendo atacadas em suas contas no Facebook. São mensagens ofensivas e até ameaças de agressão física. No entanto, ela disse que o grupo ainda não acionou autoridades competentes para apurar os ataques. Elas dizem que a prioridade é voltar a abrir o grupo para as demais membras. Pelo menos duas administradoras já registraram boletim de ocorrência na Polícia Civil. Uma delas teve o email hackeado e o perfil no Facebook derrubado, enquanto que a outra teve o email, o WhatsApp e a conta telefônica suspensa. Elas também desconfiam que possam estar com suas linhas grampeadas. A reportagem não conseguiu contato com a Polícia Civil.

A primeira vez que o Mulheres Unidas Contra Bolsonaro saiu do ar foi na madrugada de domingo. O nome e a imagem de capa foram trocados em favor do candidato do PSL. O Facebook informou que removeu o grupo após detectar atividade suspeita. No início da tarde, o grupo foi devolvido às administradoras, mas voltou a sofrer ataque horas depois. Por volta das 15:30h, voltou a ficar indisponível.Uma das integrantes informou ao DIA que a rede social refez o procedimento e devolveu o 'Mulheres Unidas Contra Bolsonaro' por volta das 18 horas deste domingo. No entanto, a moderação decidiu mantê-lo inacessível no modo 'secreto' enquanto realiza uma limpa para torná-lo 'fechado' até o fim do dia desta segunda-feira. Na modalidade de grupo fechado qualquer usuário pode encontrar o grupo e pedir para participar ou ser adicionado por um dos membros.

Em nota, a assessoria do grupo reiterou: "Não fomos deletadas e seguiremos retornando, somos incansáveis. Não vão nos calar". "Mulheres unidas contra Bolsonaro" disparou em número de filiadas no Facebook, chegando a 2.500.000 membras. O grupo foi criado no dia 30 de agosto, em Salvador. Para entrar é necessário ser mulher e ser contra a eleição de Jair Bolsonaro, que tem a citação do nome evitada no grupo para 'não contribuir com os algoritmos (do Facebook) que divulgam ainda mais o nome do candidato', nas palavras de uma porta-voz do grupo. O objetivo da criação do grupo foi unir as mulheres que são contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia, racismo, homofobia e outros tipos de preconceitos.

Mobilização marcada
As mulheres já tinham grupos via WhatsApp formados desde semana passada para organização de um ato nacional contra o candidato. Até o fechamento da matéria, 42 manifestações já estavam marcadas em 20 estados. No Rio de Janeiro, há quase 95.000 adeptas no evento marcado para o dia 29, na Cinelândia.

Eduardo Bolsonaro diz que grupo era falso
O candidato a deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidenciável, acusou o grupo de ser falso na tarde de sábado em sua conta no Facebook. Ele disse que a página já teria 1.000.000 de seguidores "quando foi vendida para a esquerda". Na publicação, ele convida seguidoras a participarem da página 'MULHERES COM BOLSONARO #17 (OFICIAL)' que tem mais de 680.000 membros. Usuárias dizem que o candidato que está espalhando fake news (notícia falsa). Procurado, o Tribunal Superior Eleitoral informou que não havia sido provocado sobre o caso. A assessoria do PSL não respondeu à reportagem.

*Estagiária sob a supervisão de Herculano Barreto Filho
odia.ig.com.br

Os jovens estão cansando do 'mito' Bolsonaro?

Pesquisas mostram que cresce a rejeição do presidenciável entre eleitores de 16 a 24 anos.


Por *Estagiário Felipe Rebouças

Rio - Segundo levantamento da CNT/MDA, 30% dos que se declaram eleitores do líder nas pesquisas de intenção de voto à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), são jovens entre 16 e 24 anos. O dado pode surpreender muita gente, já que, historicamente,jovens não se identificam com candidatos de discurso conservador. Segundo pesquisadores, a pregação antissistema do capitão é uma das chaves para explicar o fenômeno. No entanto, pesquisas mostram que o apoio dos jovens pode estar enfraquecendo. "Ele não é acusado de corrupção, como tantos políticos", diz Lucas de Oliveira, estudante do Ensino Médio, de 17 anos, repetindo um discurso comum entre os eleitores do candidato. A cientista social Esther Solano, da Unifesp, pesquisou as reações dos jovens a Bolsonaro, entrevistando jovens em escolas e manifestações, e viu na 'estética juvenil' do candidato os elos com os jovens. "As pessoas descontentes com a política encontram na linguagem lúdica, e até um pouco folclórica do candidato, essa estética juvenil, que conversa tanto com os adultos quanto com os jovens, através de memes e piadas", diz. "Ele ainda é muito forte na internet, meio em que esses jovens trafegam boa parte do dia", conclui a especialista, que escreveu o artigo 'Crise da Democracia e extremismos da direita".

Thaina Narcizo, 22 anos, estudante e gerente de Produção, diz que o candidato do PSL "se propõe a falar a verdade, mesmo que isso vá prejudicá-lo". Ela acha que Bolsonaro é capaz de aplicar "penas mais severas aos infratores".

Patrick Nunes, 18, jovem jogador de futebol profissional, avalia que "o Brasil precisa hoje de alguém com pulso firme".

A força eleitoral de Bolsonaro entre os jovens, no entanto, mostrou algumas fissuras na última semana. Na pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira, o índice de rejeição do deputado na faixa de 16 a 24 subiu muito, pulando de 41 para 55%. No Ibope, os eleitores mais jovens foram a única faixa etária em que a intenção de voto nele não avançou. O estudante B.C., de 19 anos - que não quis se identificar por medo de ser repreendido em casa pelos pais, eleitores de Bolsonaro -, admitiu ter mudado de ideia em relação ao candidato do PSL. De acordo com o entrevistado, ele deixou de ser simpatizante de Bolsonaro porque amadureceu. "Vi que suas propostas, além de não serem de meu agrado, não agregariam para uma melhora do país. A ideia de segurança para o candidato, por exemplo, levaria a uma grande ascensão da mortalidade da população, seja ela de 'bandidos' ou policiais", diz.

Para o cientista político Sérgio Praça, não se trata de uma mudança, por enquanto, decisiva. "É um movimento inicial. Mas talvez seja mais uma questão de gênero. A rejeição entre as mulheres de todas as idades está crescendo. Ele deveria ter adotado uma postura mais moderada para ampliar o eleitorado". Sobre o fato de um candidato com posturas conservadoras ter seduzido uma grande parcela de jovens brasileiros, Esther credita às "peculiaridades do caso de Bolsonaro". "Ele tem uma linguagem fácil, fala a língua da gente, é fácil de entender. E ocupa um espaço deixado pelo vazio de valores", explica.

GAROTOS ARREPENDIDOS
O primeiro contato do estudante B. C., de 19 anos, com o deputado federal foi em 2013, quando o hoje candidato protestava contra o fato de o Partido dos Trabalhadores (PT) estar há tanto tempo no governo. Hoje arrependido de ter apoiado Jair Bolsonaro, ele conta: "Eu era influenciado pelo pensamento de colegas e também dos meus pais. Tinha a mesma mente extremista que muitos deles possuem. Tinha a visão muito fechada de mundo acerca de questões que não envolvem apenas política. Hoje, creio que Bolsonaro não conseguiria controlar a crise pela qual o país está passando. Seu conceito de abordagem é muito ultrapassado e extremo para alguém tão importante como um presidente" finaliza B.C.".

"Os movimentos de rua, como MBL, Vem Pra Rua e o próprio deputado Jair Bolsonaro foram muito felizes em catalizar esse descontentamento com o PT, sobretudo com o governo Dilma, em apoio político, através de uma linguagem divertida, como os memes", diz Sérgio Praça, pesquisador da Escola de Ciências Sociais da FGV. "No final, acaba até sendo bom para a democracia que exista um candidato como o Bolsonaro. Se ele vai ganhar, é imprevisível. O segundo turno é outra eleição", diz. Para a cientista política Esther Solano, independente do fenômeno Bolsonaro, "a crise política vai se estender após a eleição, porque não existe a curto prazo um projeto que possa garantir uma aproximação dos cidadãos, em especial os mais jovens, da política institucional".

*Sob supervisão de Dirley Fernandes
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domingo, 16 de setembro de 2018

Como se prevenir para evitar o corte do benefício pelo INSS

Especialistas dão dicas para segurado não ser pego de surpresa. As principais são: 
manter o cadastro atualizado na Previdência Social e ter atenção redobrada aos prazos.


Por MARTHA IMENES

Os aposentados, pensionistas e segurados do INSS devem ter atenção redobrada em datas, prazos e no próprio cadastro de informações no instituto. Isso porque uma convocação não vista ou a perda de algum prazo para atualização pode dar à Previdência o direito de cortar o pagamento. E reativar o benefício dá uma tremenda dor de cabeça! Atualmente duas ferramentas usadas para corte pelo INSS têm estado em evidência. São elas: pente-fino, que é feito em auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez que não passaram por perícia médica nos últimos dois anos; e a prova de vida ou recadastramento, que devem ser feitos diretamente no banco em que o aposentado ou pensionista recebe mensalmente. Para não dar de cara com a conta-corrente zerada, O DIA ouviu especialistas que passaram dicas importantes que podem ajudar o aposentado a não ser pego de surpresa. A principal delas é manter o cadastro no INSS atualizado, inclusive número de telefone. É por ele que o instituto entra em contato com o segurado. A segunda: ficar atento aos prazos estipulados para apresentação de dados ou marcação de perícias médicas.

Quem está no alvo do pente-fino precisa cuidar muito desses dois itens: endereço e prazo para agendar exame. Após receber a carta de convocação (por isso a importância de ter o endereço atualizado), o segurado tem cinco dias úteis para agendar a perícia pela Central 135. Quem não atender à convocação ou não comparecer na data marcada terá o benefício suspenso. A partir da suspensão, serão até 60 dias para procurar o INSS a agendar a perícia. "Caso o segurado não procure o INSS neste prazo, o benefício será cancelado", alerta Herbert Alencar, presidente da Comissão de Direito Previdenciário da OAB-Barra.

PROVA DE VIDA
Mais uma vez o prazo... Só que desta vez é para a prova de vida. Mas, se o segurado recebe o pagamento todo mês, por que fazer a prova de vida? Bom, de acordo com o INSS, é feita para evitar fraudes. Por isso quem tem valores depositados em conta corrente, poupança ou via cartão magnético e não faz a comprovação tem o pagamento suspenso. Para fazer a prova de vida basta comparecer ao banco em que o benefício é creditado e apresentar documento de identidade com foto. Um ponto importante destacado pelo advogado Marcellus Amorim é que muitos têm feito recadastramento no banco, mas tiveram benefício suspenso. Isso acontece porque há procedimento do próprio banco que não tem relação com o INSS. "Quando o segurado chegar à instituição financeira têm que especificar que é prova de vida para o INSS, senão terá o benefício suspenso", adverte. Caso o segurado perca o prazo, a orientação é procurar o banco e regularizar a situação.

Para governo, corte vai gerar economia de R$ 10.300.000.000,00.
A economia apenas com o corte no pagamento dos auxílios-doença representa R$10.300.000.000,00, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O cálculo da diminuição de despesas com revisões das aposentadorias por invalidez ainda está em processamento, segundo a pasta. Ao todo, serão revisados 552.998 auxílios-doença e 1.004.886 aposentadorias por invalidez, totalizando mais de 1.500.000 benefícios em todo o país, informou o ministério.

Os trabalhadores estão sendo chamados aos poucos pelo INSS, por meio de carta. A dica é manter o endereço atualizado para não perder a convocação. No dia da perícia médica, deverá ser apresentada ao perito toda a documentação médica que justifique o recebimento do benefício, como atestados, laudos, receitas e exames.

IMPEDIDO DE IR AO INSS
Se a pessoa estiver internada ou doente e não puder comparecer à perícia, deverá pedir a alguém de sua confiança que informe ao INSS, em uma de suas agências, sobre o impedimento. Esse representante deve levar o documento de identidade do segurado e uma documentação que comprove que não tem como comparecer, como atestado médico, por exemplo. Com isso, ele poderá solicitar ao beneficiário uma perícia hospitalar ou domiciliar. A previsão para o término do programa de revisão de benefícios, como é chamado o pente-fino, é o mês de dezembro deste ano. Mas como houve atraso na edição de nova MP pode ser que esse prazo se estenda.

Nem todos precisam fazer revisão
Um dado importante a destacar é que nem todos os beneficiários de auxílio doença ou aposentados por invalidez podem ser alvo do pente-fino do INSS. Isso está definido na própria Lei 13.457/2017, que definiu as regras da revisão do INSS. O benefício não será cortado de quem tem mais de 55 anos de idade e recebe auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez há mais de 15 anos. Também fica fora da peneira do INSS o aposentado por invalidez com mais de 60 anos. "O segurado que ganha auxílio-doença pode ser chamado e ter o benefício cessado. Isso porque o auxílio tem caráter temporário. O INSS poderá converter o auxílio em aposentadoria por invalidez ou dizer que o beneficiário tem condições de voltar ao trabalho", explica Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP).

Oito de cada 10 foram suspensos
Para se ter uma ideia, em dois anos, o pente-fino do INSS suspendeu 80% (oito de cada dez benefícios) dos casos de auxílio-doença que passaram por revisão, conforme os últimos dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) em agosto. As tesouradas nos benefícios também atingiram pessoas que recebem aposentadoria por invalidez, mas numa proporção menor: 30% (três em cada dez).

Os números são de perícias feitas entre o segundo semestre de 2016, quando começaram as revisões. As perícias determinam se a pessoa já está em condição de trabalhar, mas continua recebendo o benefício. Em 13 de agosto, terminou o prazo para cerca de 179 mil pessoas que recebem auxílio-doença e aposentadoria por invalidez agendarem a revisão. Eles têm até 12 de outubro para evitar o cancelamento.

odia.ig.com.br

Grupo 'Mulheres Unidas contra Bolsonaro' é hackeado e administradoras têm comunicação cortada

Grupo no Facebook está instável desde a madrugada deste domingo, quando foi retirado 
do ar; Administradoras tiveram contas invadidas e temem estar sendo grampeadas.


Por O Dia

Rio - O grupo Mulheres Unidas contra Bolsonaro, que reúne 2.500.000 mulheres articuladas para barrar a candidatura do presidenciável do PSL, vem sofrendo ataques de hackers desde sexta-feira. Na madrugada deste domingo, ele saiu do ar. O grupo foi invadido e teve o nome e a capa trocadas em favor do candidato do PSL. As administradoras do grupo também foram alvo de ataques. Elas tiveram suas linhas telefônicas interrompidas e suspeitam que estejam grampeadas. A linha de uma das administradoras, que preferiu não se identificar, caiu na madrugada de sexta-feira. Ela disse que foi a primeira a ser afetada. A ligação foi interrompida durante a entrevista. Outra organizadora suspeita que todas estão grampeadas. Elas disseram que providências jurídicas estão sendo tomadas para que os responsáveis por invadir as contas e comunicações pessoais sejam identificados e punidos de acordo com a lei. O grupo voltou ao ar no início desta tarde, mas voltou a ser atacado e está fora do ar.

"Mulheres unidas contra Bolsonaro" disparou em número de filiadas no Facebook, chegando a 2.500.000 membras. O grupo foi criado no dia 30 de agosto, em Salvador, e é administrado por dez mulheres e 50 moderadoras. Para entrar é necessário ser mulher - cis ou trans - e ser contra a eleição de Jair Bolsonaro, que tem a citação do nome evitada no grupo para 'não contribuir com os algoritmos (do Facebook) que divulgam ainda mais o nome do candidato'Elas explicam que o objetivo da criação do grupo foi unir as mulheres que são contra o avanço e fortalecimento do machismo, misoginia, racismo, homofobia e outros tipos de preconceitos. "Acreditamos que este cenário é uma grande oportunidade para nos reafirmarmos enquanto seres políticos e sujeitos de direito. Esta é uma grande oportunidade de união! De reconhecimento da nossa força!", explicou o grupo por meio de sua equipe de comunicação.

O Facebook informou sobre a queda desta madrugada, que o grupo foi removido temporariamente após a empresa detectar atividade suspeita. Acrescentou que trabalha para esclarecer o que aconteceu e restaurar o grupo às administradoras. Sobre a queda que se sucedeu, por volta das 15:30h, a empresa ainda não retornou à reportagem. Em breve, mais informações.

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sábado, 15 de setembro de 2018

Braços do Cristo Redentor correram risco de cair, diz representante da igreja

De acordo com Marcos Willian Bernardo, Vigário episcopal para comunicação 
social da Mitra do Rio, obra emergencial precisou ser feita em 2015.


POR ANTÔNIO WERNECK

RIO — O Cristo Redentor é o monumento símbolo do Rio de Janeiro, que abraça os cariocas do alto do Corcovado. Mas este abraço esteve muito ameaçado em 2015, conforme contou o Vigário episcopal para comunicação social do Mitra do Rio, Marcos Willian Bernardo. Durante solenidade para assinatura de um documento que busca aprimorar a gestão do platô do Corcovado, onde fica a estátua, o padre revelou que o Cristo, eleito uma das maravilhas do mundo, teve um grave problema em sua estrutura. Segundo ele, os dois braços ameaçaram cair e tiveram que passar por obras emergenciais em 2015, feitas pela Arquidiocese, no valor de R$ 1.400.000,00.

De acordo com o representante da igreja, a descoberta, que colocava em risco um dos principais símbolos do país, foi feita durante uma inspeção de rotina. Técnicos encontraram duas fissuras localizadas nos antebraços dos dois lados da estátua. Diante da constatação, especialistas foram chamados e avaliaram que havia risco de um colapso na estrutura, com risco de queda. — Imediatamente, a arquidiocese decidiu por suspender a visitação e fazer os reparos. Basicamente foi um reforço nos dois pontos, com uso de material especial. Fizemos a obra com nossos próprios recursos. Não fizemos nenhuma divulgação, mas, sim, havia o risco de os braços do Cristo caírem — revelou.

Além do representante da igreja, o evento contou com a presença do Ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, além do presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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Militar é baleado durante operação das forças de segurança em comunidades da Zona Norte

Cerca de 2.000 agentes das Forças Armadas e da PM estão no Jacarezinho 
e nos complexos do Alemão e da Penha desde a madrugada deste sábado.


Por O Dia

Rio - Um militar e um adolescente ficaram feridos durante a operação das forças de segurança que acontece desde a madrugada deste sábado nas comunidades do Jacarezinho e dos complexos do Alemão e da Maré, na Zona Norte. Segundo o Comando Militar do Leste, houve uma atuação preliminar da Polícia Militar no Complexo do Alemão, por volta de 01:00h deste sábado. Os agentes da PM foram recebidos a tiros. Houve confronto. Um adolescente de 15 anos foi ferido por estilhaços de bala, socorrido para o Hospital Souza Aguiar, no Centro, e já teve alta. Ainda de acordo com a nota, as tropas do Comando Conjunto entraram no Alemão por volta das 04:00h. Na ocasião, um militar foi atingido por disparo feito de uma escola pública (CIEP) do Complexo da Penha. O agente foi socorrido para o Hospital Central do Exército, onde recebe atendimento. Ainda não há detalhes sobre seu estado de saúde. A operação reúne cerca de 2.000 agentes, sendo 1.850 das Forças Armadas e 50 da Polícia Militar. Eles têm o apoio de blindados e aeronaves. O objetivo é verificar denúncias de tráfico de drogas nas comunidades.


No momento em que os militares chegaram às regiões, houve tiroteio. Os disparos começaram a ser ouvidos no início da madrugada e seguiram até, pelo menos, às 06:00h. "Jacaré, bala comendo. Agora que o Exército invadiu, tá mó guerra", avisou um morador. "Ouço daqui da Cascatinha", afirmou outro, do Alemão. "Muitos tiros mesmo na Vila Cruzeiro", disse um, da Penha.


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Roubo no Túnel Santa Bárbara leva pânico a motoristas

Alguns abandonaram seus veículos e outros voltaram na contramão da via.


Por O Dia

Rio - Um roubo dentro do Túnel Santa Bárbara provocou pânico nos motoristas que trafegavam pela via, por volta das 22:30h da sexta-feira. De acordo com a Polícia Militar, um Volkswagen Fox Prata foi roubado, na pista sentido Zona Norte, fazendo com que os outros motoristas ficassem assustados. Alguns abandonaram seus veículos e outros voltaram na contramão da via.


Algumas pessoas que estavam no local relataram nas redes sociais o que viram. "Só vi as motos voltando na contramão e todo mundo correndo", disse uma. "Tava todo mundo correndo, cena de filme. Saí do carro e corri também", informou outra. "Eu estava no ponto de ônibus na Rua das Laranjeiras e chegaram várias pessoas super assustadas e falando que o motorista mandou todo mundo descer e voltar correndo", contou uma.

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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Viúva fala sobre 6 meses sem Marielle Franco.

Mônica Benício chamou assassinato de 'Barbárie de 14 de março' e diz que repudia ataque sofrido por Bolsonaro. 'Não tem que acontecer com ele e nem com ninguém, assim como o que aconteceu com Marielle'.


Por Henrique Coelho, G1 Rio

Seis meses após o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, o G1 conversou com Mônica Benício, viúva da vereadora. Urbanista e ativista política, ela afirma que seus projetos pessoais foram paralisados com um único objetivo: chamar atenção para que o assassinato não caia no esquecimento. Apesar de afirmar que o delegado responsável pela investigação, Giniton Lages, é “muito sério”, Mônica diz que é angustiante passar seis meses sem respostas sobre o crime. Ela também falou sobre comparações feitas em redes sociais entre o assassinato de Marielle e Anderson e o ataque a faca sofrido por Jair Bolsonaro, candidato do PSL à presidência, no dia 6 de setembro. Para Mônica, ninguém deveria passar pelo que Bolsonaro passou, assim como o que sofreu Marielle. Ela, no entanto, repudia o que chama de discurso de ódio do presidenciável. "É lamentável, mas violência só gera mais violência", afirma ela.

O que significa essa data para você? Qual é o sentimento?
Mônica Benício - Dor. Passaram-se seis meses, a gente não tem nenhuma resposta a respeito das investigações. Ainda que tivesse essa dor, não seria menor. Mas a gente conseguiria ter algum sentimento de justiça para isso, e nem sequer isso temos hoje. É só um sentimento de dor que vai sendo reforçado também por um sentimento de injustiça.

Como isso afetou a sua vida?
Mônica Benício - A minha vida foi completamente modificada. Dos meus projetos pessoais hoje, eu conservo a tentativa de terminar a minha dissertação. No mais, tudo foi abandonado, e está dentro de um constante movimento de luta por justiça pela minha companheira. Toda a minha rotina foi desfeita.

Qual sua avaliação sobre o tempo que as investigações estão levando? Acha que estão no caminho certo?
Mônica Benício - É um cenário bastante preocupante, porque eu já falei em muitos outros depoimentos que o sigilo da investigação é extremamente precioso, entendendo a história que o Brasil tem ao tratar crimes como esse. O crime contra a Marielle foi um crime político, então a gente entende que foi muito sofisticado, e que por ter indícios de que haja participação de agentes do Estado, de figuras políticas e pessoas de alto poder aquisitivo envolvidas nisso, obviamente a gente entende que haja dificuldade para chegar no resultado da investigação. A minha luta, sobretudo, é para que a gente chegue a um resultado de investigação, mas um resultado correto, que não seja dado qualquer resultado para que não nos entregue alguma coisa e dê o caso por encerrado.

Hoje, acompanho o trabalho que a Polícia Civil faz. O delegado Giniton é um delegado muito sério, e entendo que ele tem as dificuldades. Mas para mim, pessoalmente, é muito angustiante a gente chegar a seis meses, entendendo que quanto maior o tempo, menos a chance da gente chegar a um resultado. A gente está há seis meses de um crime bárbaro que foi um atentado à democracia, sem nenhum resultado. Eu hoje faço muitas viagens internacionais e tenho que responder com muita vergonha de que não sei nada a respeito das investigações, e de que não vejo avanços nas investigações. Isso me preocupa bastante.

Mais recentemente, desde sua ida à Divisão de Homicídios, o seu discurso tem sido de que o crime foi político, algo que foi dito até pelo delegado Fábio Cardoso em um evento na Emerj. Quando você diz isso, é como fruto do alcance desse crime, no sistema político, nas esferas municipal, estadual, federal e até internacional, ou pela motivação do crime, ou as duas coisas?
Mônica Benício - Eu acho que é uma soma de tudo. Eu não sou detetive, mas não acho que precise ser para afirmar que o crime da Marielle foi um crime político. A minha maior questão era: a quem interessava a morte da Marielle? Mais grave do que quem puxou o gatilho foi quem arquitetou tudo isso, quem articulou isso. A gente quer saber quem foi que articulou, quem mandou fazer. Enquanto essa pessoa não for responsabilizada pelo que fez, a gente continua com essa pessoa livre podendo cometer o mesmo crime, podendo cometer o crime com outras pessoas. A luta não é mais por justiça para Marielle, mas para garantir que não haja mais crime semelhante ao dela na cidade do Rio de Janeiro, ou no Brasil como um todo. Eu acho que é um somatório de tudo, de olhar para o processo da investigação, ver como ele foi construído, ver em que ponto estamos hoje, a não resposta da justiça até hoje. O Estado brasileiro ainda tem sangue nas mãos enquanto o caso da Marielle e do Anderson não for solucionado.

Muitas pessoas, sobretudo em redes sociais, compararam o ataque contra Jair Bolsonaro em Juiz de Fora ao homicídio de Marielle em março deste ano. Como você vê essa comparação?
Mônica Benício - Eu vi, na verdade, uma coisa ou outra. Sinceramente eu não procurei saber, e nem quis ficar me inteirando a respeito disso. Eu abomino todo e qualquer tipo de violência, então, o que aconteceu foi grave, foi muito sério, não deveria ter acontecido. Mas o candidato à presidência faz uma reprodução de discurso de ódio da qual eu não compartilho nenhuma pauta, nenhuma ideia. Mas repudio veementemente o que aconteceu com ele, porque não tem que acontecer com ele e nem com ninguém, assim como o que aconteceu com a Marielle.

Agora, violência só gera mais violência. O deputado tem um discurso de ódio muito forte, e que incita a violência em vários discursos. É lamentável, mas violência só gera mais violência.

Nesses seis meses, qual foi o momento de maior saudade dela?
Mônica Benício - Todos os dias. De manhã e à noite.

Como é para você pensar que a visibilidade do relacionamento de vocês tenha sido escancarada de forma tão dolorida? Acha que é um tema que ganha força, mesmo diante de um fato tão trágico?
Mônica Benício - O nosso relacionamento sempre foi público. Então, obviamente isso ganha muito mais força, a partir do momento em que a trajetória de vida dela é projetada, a história de vida dela é projetada, a nossa história é projetada junto. As lésbicas são muito invisibilizadas na sociedade, a população LGBT como um todo sofre muito neste país, que é o país que mais mata a sua população LGBT. E também mostra a outras mulheres que não se sentem acolhidas nessa sociedade de que essa forma de amor é legítima, e que não tem modelo social que possa impedir a gente de amar quem a gente quiser.

Em julho, você fez essa tatuagem. Como foi esse processo de tatuar na pele a sua companheira durante 14 anos?
Mônica Benício - Eu fiz no dia do aniversário dela como uma homenagem. Marielle levava aniversário muito a sério. Então foi uma forma de homenagear e também de, às vezes, me sentir num processo meio solitário, me lembrar que eu não estou sozinha.

Quando você olha, o que que você sente?
Mônica Benício - Saudade.

A vitória de Marielle em 2016 como quinta vereadora mais votada foi um sopro de esperança na representatividade feminina e negra na política. Como manter isso mesmo após sua morte?
Mônica Benício - Se o assassinato da Marielle era uma tentativa de silenciar o que ela representava, que é as pautas de todas as minorias políticas: mulher, negra, favelada, lésbica. Marielle carregava no próprio corpo todas as pautas que defendia. A gente tem hoje um movimento que ganhou amplitude no Brasil, mas sobretudo no Rio de Janeiro, que a gente podia ter um momento de medo, onde as mulheres negras, principalmente, tivessem se retirando dessa luta por ocupação dos espaços da política, dos espaços do poder. E não foi o que aconteceu. Muito pelo contrário, aconteceu o revés. A gente tem hoje uma série de mulheres incríveis se colocando, colocando seu corpo na disputa política para construir uma outra cidade, então essa representatividade eu acho muito importante.

Para mim, esse é o legado de Marielle, ele é construído por todas as mulheres que se levantam de manhã e lutam contra o machismo, lutam contra a sociedade patriarcal, contra a LGBTfobia, contra o racismo. Esse é o legado de Marielle, essa força que ela continuou deixando e que mesmo a barbárie do 14 de março, continua nos movendo para continuar levando essa luta.

Você sentia que Marielle estava feliz com os novos caminhos a trilhar na política? [Ela seria candidata a vice na chapa de Tarcísio Motta]
Mônica Benício - Mais do que a candidatura em si, o mais importante sempre é levar a pauta. Abrir para discussão, mostrar que a gente consegue fazer uma política diferente, fazer uma política com afeto, ampliar as pautas da discussão, levando isso ao maior número de pessoas possível, porque o Brasil hoje é um país muito descrente de que uma outra política, diferente dessa suja que a gente conhece e está habituado, é possível. Isso era uma das coisas que motivava muito a Marielle a continuar o trabalho dela. Foram um ano e três meses de mandato que deveriam ter durado quatro. Uma das grandes vontades dela, sobretudo, era terminar o mandato de vereadora. Ela tinha muita alegria em fazer o trabalho dela, fazia o trabalho dela com muito amor, para além da competência técnica. Tudo era construído com muito afeto porque ela gostava do que fazia.

Você vislumbra esse caminho da política pra si mesma, Mônica?
Mônica Benício - Esse nunca foi o meu lugar de fala. Eu sempre acompanhei a Marielle através dos bastidores, e nunca cogitei estar ocupando algum tipo de espaço na política. Não dessa forma. A minha forma de fazer política sempre foi com a minha militância. Dentro destes seis meses, eu estou bastante empenhada num caso de resolução e de dar visibilidade mundial ao caso da Marielle até que a gente tenha uma resposta. Essa é a minha prioridade nesse momento. É com isso que estou preocupada neste momento. Não cheguei a cogitar um outro lugar.

Após esses seis meses, que mensagem você deixa para aqueles que gostavam do trabalho dela e que ficaram politicamente órfãos de Marielle?
Mônica Benício - Primeiro eu gostaria muito de agradecer o carinho que eu venho recebendo, mundial, inclusive. Não só a barbárie do 14 de março e a execução da Marielle ultrapassaram as fronteiras do Brasil, mas também um espírito de solidariedade muito grande. Eu venho recebendo uma rede de afeto que é linda, e que é o que dá força para continuar seguindo.

A minha mensagem, assim como ela disse no dia oito de março, que não será silenciada, é um pedido para que não permitam que a Marielle seja silenciada. A gente precisa continuar na busca por justiça, e também para que não haja mais barbáries como aconteceu à Marielle. E é muito importante que a gente consiga ficar trazendo esse assunto à pauta até que consiga resolver. Então, é importante que a gente continue dando visibilidade e não pare de lutar. Porque num país como o Brasil, se o caso da Marielle cair no esquecimento, é provável que a gente não chegue na solução disso.​

g1.globo.com

Bandeira tarifária deve ficar vermelha até o fim do ano, prevê ONS

Isso deve ocorrer porque, mesmo com o início do período chuvoso, 
as térmicas deverão continuar ligadas devido à escassez hídrica.


POR O DIA

Brasília - O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, avaliou que a bandeira tarifária poderá continuar vermelha até o final do ano, apesar de reconhecer que a definição não é atribuição do órgão. Isso deve ocorrer, segundo ele, porque, mesmo com o início do período chuvoso, as térmicas deverão continuar ligadas devido à escassez hídrica. 

Luiz Eduardo Barata participou do seminário O Futuro do Setor Elétrico Brasileiro: Desafios e Oportunidades, promovido ontem (13), no Rio de Janeiro, pela Associação Brasileira de Companhia de Energia Elétrica (ABCE). A bandeira tarifária está vermelha desde junho. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de bandeiras foi criado para sinalizar aos consumidores os custos reais da geração de energia elétrica. As cores verde, amarela ou vermelha indicam se a energia custa mais ou menos por causa das condições de geração. A Aneel acredita que, com as bandeiras, a conta de luz ficou mais transparente.

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IDH do Brasil fica estagnado e país mantém 79ª posição no ranking de 189 países.

Desempenho brasileiro atualmente é bem diferente do apresentado entre 
2012 e 2014, período em que o país avançou seis colocações na classificação.


Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O Brasil ficou estagnado pelo terceiro ano consecutivo no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) - permanece, desde 2015, na 79ª colocação entre 189 países analisados. O desempenho brasileiro atualmente é bem diferente do apresentado entre 2012 e 2014, período em que o país avançou seis colocações na classificação. Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano (PNUD), divulgado nesta sexta-feira aponta que o Brasil alcançou a nota 0,759 - isso é apenas 0,001 a mais do que o obtido no ano anterior. A escala vai de zero a um. Quanto mais próximo de um, maior o desenvolvimento humano. O IDH avalia o progresso dos países com base em três dimensões: saúde, educação e renda. Os indicadores brasileiros usados para fazer o trabalho são de 2017. Ao comentar os dados, a coordenadora da unidade de Desenvolvimento Humano do PNUD, Samantha Dotto Salve, foi diplomática. "Estamos recebendo os dados agora", disse. Ela ponderou ainda que o número de países que participam da avaliação foi alterado. No ano passado, o ranking era composto por 188 países e territórios. Na versão atual, há um a mais: 189 Além de revelar a estagnação, o trabalho mostra que o Brasil continua sendo um país extremamente desigual. Se as diferenças fossem levadas em consideração, o País cairia 17 posições na classificação.

Noruega lidera
O primeiro colocado no ranking preparado pelo PNUD foi a Noruega, que apresentou indicador 0,953. Em seguida, vem a Suíça, com 0,944 e Austrália, com 0,939. Níger, o último colocado, apresenta IDH de 0,354. Com a pontuação obtida, o Brasil continua no grupo classificado como de Alto Desenvolvimento Humano. Além do Brasil, outros 60 países mantiveram sua colocação no ranking. Na América do Sul, Argentina, Chile e Suriname. De todo o grupo, 34 países subiram no ranking e 94 tiveram queda na colocação. Na América do Sul, apenas o Uruguai melhorou sua posição do ranking, passando de 56º para 55º.

Um dos indicadores responsáveis pela manutenção do posto do Brasil no ranking foi a saúde. A esperança de vida ao nascer do brasileiro é de 75,7 anos, um indicador que ano a ano vem apresentando melhoras. Em 2015, por exemplo, era de 75,3. A área de conhecimento, por sua vez, apresenta poucas alterações. Desde 2015, anos esperados de escolaridade permanecem inalterados na marca de 15,4. A média de anos de estudo teve uma leve ampliação, de 7,6 para 7,8 no período 2015-2017. A renda, por outro lado, apresenta uma queda importante quando comparada com 2015. Naquele ano, a renda nacional per capita era de 14,350 ppp, caiu para 13,730 em 2016 e agora teve uma leve recuperação: 13,755 ppp.

O IDH não usa a conversão real do dólar, mas o quanto se pode comprar com ele, chamado de paridade do poder de compra (PPP, em inglês). Dados do PNUD mostram que o desemprego no Brasil entre população jovem é o maior da América do Sul: 30,5%. Dos jovens com idade entre 15 e 24 anos, 24,8% não trabalham e não estudam. No Uruguai, a marca é de 18,7% e na Argentina, 19,7%.

Desigualdade
O Brasil perde 17 posições na classificação do relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento quando a desigualdade é levada em consideração. A queda é a mesma que a apresentada pela África do Sul e menor apenas que a sofrida pelo arquipélago Comores, de 18 colocações. Se for considerado o coeficiente de Gini, que mede a concentração de renda, o Brasil é o 9º mais desigual. As diferenças são constatadas na renda e também no gênero. O IDH dos homens brasileiros é de 0,761 enquanto o das mulheres é de 0,755. Embora mulheres tenham maior expectativa de vida e indicadores melhores na área de conhecimento, elas ganham 42,7% menos do que homens. O trabalho mostra que mulheres no Brasil recebem 10.073 ppp enquanto homens, 17.566.

A disparidade de renda está presente em vários países. No Uruguai, por exemplo, a renda média das mulheres é de 15.282 ppp, enquanto homens é de 24.905. Mas, no caso desse país, a diferença dos demais indicadores é tamanha em favor da mulher que o IDH geral é superior para o grupo feminino: 0,087 ante 0,796 para o grupo masculino.

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