sábado, 20 de outubro de 2018

Manuela responde ofensa de Danilo Gentili: “Eu entendo a raiva que causo em homens como ele”

Comediante fez postagem gordofóbica sobre a adolescência da candidata à vice de Haddad e Manuela rebate: “Quando eu era essa menina eu aprendi - ao ouvir cada piada maldosa de alguém infeliz como esse comediante - que nada ia me fazer parar”.


Por Redação

Com sua costumeira grosseria, o apresentador Danilo Gentili usou sua conta no Twitter para ofender Manuela D’Ávila (PCdoB), candidata à vice-presidente na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT). Em mensagem postada, Gentili escreveu: “O apelido da @ManuelaDavila na lista de propina da Odebrecht é “AVIÀO”. Porque dizem que é bonita? Não. Porque parecia um Jumbo”. A manifestação de gordofobia se refere a uma postagem antiga da própria Manuela, em sua página no Facebook, na qual mostra uma foto sua na adolescência, período que estava “gordinha” como ela mesma define.


Manuela postou no Facebook uma resposta à indelicadeza de Gentile, com sua foto da época: “Essa sou eu, aos 15 anos de idade. Publiquei essa foto em 2015 aqui, num debate sobre dietas malucas com uma blogueira da moda. Em 2008, quando fui ao programa do Jô, ele mostrou dezenas dessas imagens de minha adolescência gordinha. Um pouco depois, em 2016, escrevi um longo texto sobre transtorno de imagem, após ver o documentário ‘Embrace’, no Netflix. Hoje de madrugada, vi uma postagem de um comediante medíocre falando sobre meu corpo, sobre feminismo, estimulando até um linchamento virtual. Eu entendo a raiva que causo em homens como ele. Sou uma mulher livre, feliz, realizada pessoal e politicamente. Nada pode gerar mais insegurança e raiva do que uma mulher que ama a si mesma e que constrói uma vida cheia de realizações como eu e tantas de nós!. Eu fui eleita a vereadora, a deputada federal e estadual mais votada sempre, tive meu trabalho reconhecido nacional e internacionalmente. E eles? Tadinhos. Precisam estimular o meu linchamento virtual e físico. Só que eu fui essa menina aí do lado. E quando eu era essa menina eu aprendi – ao ouvir cada piada maldosa de alguém infeliz como esse comediante – que nada ia me fazer parar”.

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Filha de Nem da Rocinha faz acordo com PCC para retomar o controle da comunidade

Justiça decretou a prisão de Eduarda dos Santos Lopes e mais quatro suspeitos. Grupo se 
preparava para atacar a Rocinha com arsenal de guerra e com, pelo menos, 80 criminosos.


Por O Dia

Rio - Policiais da Delegacia de Combate às Drogas (Decod) descobriram um plano de invasão à favela da Rocinha, na Zona Sul, ordenado pelo traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem. De acordo com a Polícia Civil, quem recebeu as ordens para executar as medidas foi a filha do criminoso, Eduarda dos Santos Lopes, conhecida como “Duda”, 19 anos. Ainda segundo a corporação, Duda pretende retomar o território perdido pelo pai com o apoio de uma facção criminosa de São Paulo, a Primeiro Comando da Capital (PCC). Em um vídeo que os investigadores tiveram acesso, Duda aparece em meio ao grupo que se preparava para atacar a Rocinha com arsenal de guerra e com, pelo menos, 80 criminosos. A Justiça decretou a prisão de Duda e mais quatro suspeitos: Adriano Cardoso da Silva, conhecido como “Modelo” e namorado de Duda; José Adailton; Joelton Gomes de Souza e Rafael Quatroni de Oliveira, sendo estes dois últimos integrantes da alta cúpula do PCC. Eles serão indiciados pelos crimes de tráfico de drogas e associação para fins de tráfico de drogas, majorado pelo emprego de armas de fogo, organização criminosa e comércio ilegal de armas e munições. Durante as investigações, a polícia também descobriu que Nem articulou o plano de dentro do presídio de segurança máxima de Porto Velho, em Rondônia, e que Duda passou assumir as ordens do pai após a prisão da mulher de Nem, Danúbia Rangel. 

Nem perdeu o controle da Rocinha, em setembro do ano passado, para o seu ex-braço direito, o traficante Rogério 157. Na ocasião, a disputa pelos pontos de venda de drogas deixou mais de 30 mortos e levou meses de pânico à comunidade. O Disque Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 1.000,00 para quem passar informações que levem a prisão de Duda e Modelo. Quem tiver qualquer informação a respeito da localização dos suspeitos pode denunciar pelos seguintes canais: Whatsapp ou Telegram Portal dos Procurados (21) 98849-6099; 
Pelo facebook/(inbox), endereço: https://www.facebook.com/procurados.org/, 
Pelo mesa de atendimento do Disque-Denúncia (21) 2253-1177, 
ou pelo Aplicativo para celular - Disque Denúncia RJ.

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Militância pró-Haddad faz atos em todo Brasil neste sábado.

No Rio de Janeiro, manifestantes se reúnem na Cinelândia, no Centro do Rio. Um concerto também está marcado para as 18 horas nos Arcos da Lapa com músicos de diversas orquestras do Rio de Janeiro.


Por O Dia

Rio - Há oito dias do segundo turno, diversas cidades registram atos em apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) e contra Jair Bolsonaro (PSL) neste sábado. Para domingo, estão marcadas manifestações a favor do capitão da reserva. As hashtags #BolsonaroSim e #BolsonaroNão estão entre os assuntos mais comentados no Twitter. O movimento Mulheres Unidas Contra Bolsonaro, que organizou o primeiro ato no dia 29 de setembro, anterior ao primeiro turno, participou da organização do ato no Rio de Janeiro, que começou às 15 horas na Cinelândia, Centro do Rio. "Queremos um Brasil que respeite os nossos direitos, as mulheres, negros e negras, indígenas e LGTBs. Vamos à luta!", diz a nota do movimento. Após o ato na Cinelândia, está marcado para às 18 horas, nos Arcos da Lapa, um concerto do coletivo 'Concerto pela Democracia' , que reúne músicos de diversas orquestras do Rio de Janeiro. "É a hora da virada! Não podemos nos calar!", diz a nota de divulgação.

Em Belo Horizonte, em Minas Gerais, 39 blocos de carnaval participaram do ato. Em São Paulo, a organização estimou 50 mil pessoas na Avenida Paulista. A Polícia Militar não contabilizou. Também há manifestações em Vitória, no Espírito Santo, em Belém, no Pará, em Maceió, em Alagoas, em Brasília, em Salvador, na Bahia, e em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Em Fortaleza, Haddad participa do ato, em sua primeira viagem ao Nordeste no segundo turno da campanha presidencial, o candidato disse querer alcançar 75% dos votos válidos no Ceará, onde Ciro Gomes (PDT) foi o mais votado na primeira etapa da disputa. O percentual representa a soma dos votos de Ciro e do petista no primeiro turno.


Em Amsterdam, capital da Alemanha, também houve ato contra Bolsonaro.

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Estudante da Unirio é agredido com barra de ferro na cabeça durante panfletagem

Ataque aconteceu na Praça Lauro Müller, próximo a Unirio, na noite de sexta-feira.


POR O DIA

Rio - Um estudante de História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) foi agredido na cabeça com uma barra de ferro por um grupo de pelo menos seis homens, enquanto fazia, em companhia de outros alunos, panfletagem para o candidato a presidência, Fernando Haddad (PT), na Praça Lauro Müller, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, na noite desta sexta-feira. De acordo com relatos de estudantes no Facebook, aproximadamente 10 alunos estavam na praça com panfletos de Haddad. Um dos estudantes começou a distribuir o material e, após algum tempo, escutou gritos de "vai morrer!" e "rala daqui!". Na confusão, um dos agressores teria gritado, segundo postagens no Facebook, o nome de Jair Bolsonaro (PSL). "De repente, os agressores vieram para cima de mim e me agrediram com socos e uma barra de ferro. Minha vista escureceu e me levaram para o Hospital Souza Aguiar", contou o estudante X., de 22 anos. 

O jovem foi liberado (..) do hospital. Exames, segundo a direção da unidade, não detectaram nenhuma fratura, além de um grave hematoma no olho direito. "Estou com medo, pois fui ameaçado de morte", lamentou.X. afirmou ao DIA que vai se recuperar do trauma, para então decidir se registrará queixa na Polícia Civil, o que, segundo relatos de testemunhas, teria sido "desaconselhado" por policiais militares, acionados pelas vítimas. "Os PMs disseram que era para ´deixarmos isso para lá´, pois, `além de não dar em nada´, poderia ser pior um registro (em delegacia), já que sempre passamos pelo mesmo local diariamente para estudar", diz um dos relatos. Um outro estudante, também contou que foi agredido. "Um dos homens gritou no meu ouvido: 'rala daqui!', e me deu dois socos nas costas, colocando uma das mãos na cintura, como se estivesse armado, e dizendo que ia nos matar, se a gente não fosse embora", escreveu o rapaz numa rede social. "Um dos meus amigos o empurrou e quando eu vi, uns seis caras vieram pra cima da gente, primeiramente, em específico, no meu amigo (X.), que é negro. Eles estavam com barra de ferro e acertaram na cabeça dele, além de terem dado um soco nele". A Polícia Militar não tem registro sobre o ocorrido. Já a Polícia Civil orienta que testemunhas procurem a 10ª DP (Botafogo), para que agentes possam tentar identificar os agressores.

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PF abre inquérito para investigar fake news envolvendo candidatos

Pedido de abertura de investigação foi feito pela procuradora-geral da República Raquel Dodge.


Por Agência Brasil

Brasília - A Polícia Federal (PF) instaurou neste sábado inquérito para investigar a disseminação de mensagens pelo WhatsApp referentes aos candidatos à Presidência da República. O pedido de abertura de investigação foi feito pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ela quer que a PF apure o possível uso de esquema profissional por parte das campanhas, com o propósito de propagar notícias falsas, as chamadas fake news. Esta semana, jornais publicaram matérias segundo as quais empresas de marketing digital, custeadas por empresários que apoiam o candidato à Presidência Jair Bolsonaro estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) também abriu processo, depois de ação ajuizada pela candidatura de Fernando Haddad (PT) na quinta-feira (18).

Ao rebater as acusações, pelo Twitter, Jair Bolsonaro afirmou que não tem controle sobre apoios voluntários e afirmou que o PT não está sendo prejudicado por fake news, mas pela “verdade”. As matérias dos jornais apontaram uma rede de empresas contratadas para efetuar os disparos em massa. Os contratos, que chegariam a R$ 12.000.000,00, seriam bancados por empresários próximos ao candidato.

Para a procuradora Raquel Dodge, o quadro de possível interferência na formação de opinião dos eleitores com atuação dessas empresas com mensagens que podem caracterizar ofensas aos dois candidatos “afronta a integridade do processo eleitoral”.

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TSE abre ação para investigar suspeita contra campanha de Bolsonaro

Ministro Jorge Mussi negou, no entanto, pedidos de quebra de sigilo.


Por Agência Brasil

Brasília - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Jorge Mussi abriu na noite da sexta-feira ação para investigar suspeitas de uso de sistemas de envio de mensagens em massa na plataforma WhatsApp custeados por empresas de apoiadores do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). O pedido foi feito pela campanha do candidato Fernando Haddad (PT). Mussi rejeitou, no entanto, pedidos de quebra de sigilo bancário, telefônico e de prisão dos supostos envolvidos, por entender que as justificativas estão baseadas em notícias de jornal e não podem ser decididas liminarmente. Além de Bolsonaro, a coligação do PT processou o seu vice, Hamilton Mourão, o empresário Luciano Hang e as empresas Quick Mobile, Yacows Desenvolvimento, Croc Services, SMS Market. O partido de Haddad queria a quebra de sigilo bancário e telefônico das empresas e que seus proprietários fossem ouvidos pela Justiça, o que não foi acatado pelo relator Jorge Mussi. A ação requer a cassação do registro de Bolsonaro e que ele seja declarado inelegível por oito anos. Os advogados pedem também que a Justiça Eleitoral dê ao Whatsapp 24 horas para promover um plano de contingência que bloqueie o envio das mensagens em massa pelas firmas de comunicação digital citadas na reportagem.

Na quinta-feira, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem segundo a qual empresas de marketing digital custeadas por empresários estariam disseminando conteúdo em milhares de grupos do aplicativo. "Observo que toda a argumentação desenvolvida pela autora está lastreada em matérias jornalísticas, cujos elementos não ostentam aptidão para, em princípio, nesta fase processual de cognição sumária, demonstrar a plausibilidade da tese em que se fundam os pedidos e o perigo de se dar o eventual provimento em momento próprio, no exame aprofundado que a regular instrução assegurará", decidiu o ministro.

Entre as diligências negadas estão a realização de busca e apreensão de documentos na sede da rede varejista Havan e na casa do dono da empresa e apoiador de Bolsonaro, Luciano Hang, além de determinação da prisão dele, caso fosse rejeitado acesso à documentação. Em vídeo de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro gravado em agosto, Luciano Hang, dono da Havan, uma das empresas que comprou pacotes de disparo em massa contra o PT no WhatsApp, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, aparece ao lado do empresário Mário Gazin, presidente do Grupo Gazin, pedindo votos para que o capitão da reserva seja eleito no primeiro turno, "pra nós não ter que gastar mais dinheiro, pra não ficar todo mundo gastando pro segundo turno".

O PT também queria que fosse determinado ao WhatsApp que apresentasse, em 24 horas, um plano contra o disparo de mensagens ofensivas em massa contra Haddad. Apesar de negar as diligências, Jorge Mussi concedeu prazo para que a campanha de Bolsonaro possa apresentar defesa prévia. Com a decisão, os fatos serão investigados no decorrer normal do processo eleitoral no TSE.

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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Deputados já articulam aprovar posse e comercialização de armas.

A mudança principal é passar a permitir a posse de armas 
por qualquer cidadão, o que é proibido no Brasil.


(Bloomberg) -- Impulsionados pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que está à frente nas pesquisas eleitorais para o 2º turno e é amplamente favorável ao uso de armas de fogo, deputados alinhados com o capitão reformado do Exército já se articulam para votar a revisão do Estatuto do Desarmamento. A mudança principal é passar a permitir a posse de armas por qualquer cidadão, o que é proibido no Brasil. "Vamos votar o mais rápido possível a revisão do Estatuto do Desarmamento. O ponto central é simplificar a lei permitindo a posse de armas", disse o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), vice-líder do DEM e um dos mais influentes parlamentares da bancada evangélica na Câmara, em grande maioria apoiadora de Bolsonaro. O projeto está pronto para ser votado no plenário da Câmara, depois de anos tramitando em comissões. O texto prevê o "direito de possuir e portar armas de fogo para legítima defesa ou proteção do próprio patrimônio", reduz a idade mínima para a compra de armas de 25 para 21 anos, e as taxas pagas ao governo. Apesar de o texto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça liberar o porte, além da posse, esse ponto deve ser revisto no plenário pelos defensores da revisão do estatuto. Isso porque há consenso entre os aliados de Bolsonaro quanto à liberação da compra de armas para ter em casa, mas existem resistências quanto ao porte em qualquer local. Apesar de o assunto ser polêmico, é relativamente fácil de ser aprovado, já que requer maioria simples de votos. Com a adesão suprapartidária a Bolsonaro entre os congressistas, ele teria apoios suficientes para mudar as regras.

"Se Bolsonaro for eleito, votamos esse assunto rápido", afirmou o líder do PR na Câmara, deputado José Rocha (BA). Tanto Rocha quanto Sóstenes, ambos reeleitos, acreditam que o projeto será aprovado até o início do próximo ano legislativo. Até a oposição vê alta probabilidade de mobilização em favor da proposta. O deputado Julio Delgado (PSB-MG), também reeleito, prevê que o estatuto será um dos primeiros pontos a serem tratados pela nova legislatura. "Esse tema tem mais apelo, e os outros assuntos, como reforma da Previdência, são mais conflituosos, então acho que eles começarão por aí", disse ele, numa referência ao perfil predominantemente conservador dos deputados recém-eleitos.

A liberação da compra de armas é recorrente nos discursos e está no programa de governo de Bolsonaro, sendo uma das suas principais bandeiras de campanha. "As armas são instrumentos, objetos inertes, que podem ser utilizadas para matar ou para salvar vidas. Isso depende de quem as está segurando: pessoas boas ou más", diz trecho de seu programa de governo. Em live no Facebook em outubro, o capitão reformado defendeu o armamento como legítima defesa: "Por que eu sempre defendi a posse de arma de fogo? É você, cidadão de bem, com algumas poucas exigências ter uma arma dentro da tua casa, da tua fazenda. Isso chama posse de arma de fogo, é você poder reagir. O cara forçou a porta da tua casa, derrubou a porteira da tua fazenda, você tem o direito de reagir, por isso, eu defendo arma de fogo para o cidadão de bem", afirmou o candidato de extrema-direita.

Desde que Bolsonaro surgiu como um candidato viável eleitoralmente, a maior fabricante de armas do Brasil, a Forjas Taurus S.A., viu suas ações mais do que triplicarem em valor neste ano, devido às expectativas de que ele vencerá a eleição presidencial. As ações subiram 299% no acumulado do ano e sua volatilidade histórica de 100 dias está no nível mais alto desde pelo menos 2008, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Os fracos fundamentos da empresa foram compensados pelas apostas de que o governo de Bolsonaro vai expandir o acesso a armas. "Forjas Taurus continua em uma situação crítica, com alto endividamento. Mas o cenário de uma vitória de Bolsonaro dá um fôlego para a companhia", disse Glauco Legat, analista-chefe da corretora Spinelli, à Bloomberg por telefone.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva sancionou em 2003 a lei do Estatuto do Desarmamento. O principal ponto foi a proibição do porte de arma, com exceção para os responsáveis pela segurança pública, integrantes das Forças Armadas, agentes de Inteligência e da segurança privada. No Brasil, é proibida a comercialização de arma de fogo e munição, salvo aos profissionais com permissão de porte. A Polícia Federal pode autorizar pessoas que demonstrem necessidade de posse de armas em casa, desde que apresentem documentos sobre antecedentes criminais e aptidão psicológica para manusear a arma.

Especialistas em violência advertem que flexibilizar a legislação armamentista poderia inflar ainda mais os índices que fazem do Brasil um dos países mais violentos do mundo, com mais de 63.000 homicídios em 2017. "Colocar mais armas em circulação seria jogar gasolina num quadro que já está pegando fogo", disse Bruno Paes Manso, pesquisador do Núcleo de Estudos de Violência da USP. Segundo o especialista, a flexibilização do estatuto do desarmamento somada ao discurso de guerra contra o crime acirraria tensões sociais e poderia até abrir caminho para a proliferação de grupos paramilitares.

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As últimas cartadas de Haddad para tentar virar o difícil jogo contra Bolsonaro

Isolada na esquerda e vítima de ‘fogo amigo’, campanha petista atribui estagnação à ‘campanha 
suja’ promovida no WhatsApp. Candidato tentará agora cassar Bolsonaro por fraude.


RICARDO DELLA COLETTA
Brasília

Na calçada da sede do Partido dos Trabalhadores (PT) em Brasília, uma pequena mesa foi montada na qual os simpatizantes do partido podem recolher adesivos ou folders da candidatura presidencial de Fernando Haddad. Num final de manhã desta semana, não eram muitos os voluntários que paravam para recolher material. Passando por ali, um transeunte gritou, sem interromper o passo: "É Bolsonaro!" A cena dá um bom retrato do que foi até aqui o segundo turno para Haddad. Muito pouco da estratégia montada por ele para e etapa final da eleição conseguiu de fato sair do papel e seu oponente, Jair Bolsonaro, mantém uma confortável vantagem nas pesquisas de opinião. De acordo com os últimos levantamentos, são mais de 19 milhões de votos entre um e outro. Sem sinais de reação e atribuindo a força de Bolsonaro a uma "campanha suja" promovida através do WhatsApp, o comitê de Haddad lançou mão de uma última cartada nesta quinta-feira: decidiu partir para uma ofensiva judicial para contestar a candidatura do rival. Para os petistas, trata-se de denunciar uma operação montada para "fraudar" as eleições por meio de uma estratégia de difamação de Haddad através das redes sociais. Para os aliados de Bolsonaro, a ação é um ato de "desespero" de quem está diante de uma derrota iminente.

A decisão de pedir a cassação de Bolsonaro ocorreu depois da publicação, pelo jornal Folha de São Paulo, de um esquema de disparos massivos de mensagens no WhatsApp financiado por empresários simpáticos ao capitão reformado do Exército. Caso confirmada a acusação, trata-se de uma infração às leis brasileiras, que proíbem doações eleitorais de empresas. Também poderia configurar caixa 2 de campanha, já que as ações não foram declaradas na prestação de contas feita no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Se houver simetria concorrencial, paridade de armas, nós vamos vencer essa eleição no voto. Nós temos o melhor programa e o melhor candidato", afirma Marco Aurélio de Carvalho, membro do núcleo jurídico do QG petista. "Para isso, nós temos que combater essa indústria formada pelo candidato adversário para veicular notícias mentirosas, criminosas e, inclusive, preocupantes para a democracia no Brasil", acrescenta.

Neste momento, o processo movido pelo PT contra Bolsonaro cria um fato político, mas não deve ter efeitos práticos no curto prazo. Segundo um ex-ministro do TSE ouvido pelo EL PAÍS, não há a menor possibilidade de que a representação seja analisada antes do segundo turno. O processo só seria julgado em meados do próximo ano, com um novo presidente já eleito. E, se mantidos os patamares das mais recentes sondagens eleitorais, tudo indica que o novo mandatário será Bolsonaro.

Isolamento e rejeição
Qualquer que seja o motivo da estagnação de Haddad, o fato é que a distância para alcançar o adversário representa um desafio sem precedentes na história da democracia brasileira. Uma situação agravada pelo isolamento a que o candidato do PT foi submetido logo no início do segundo turno —e que frustrou suas pretensões de construir uma ampla frente democrática contra o autoritarismo de Bolsonaro. Ciro Gomes (PDT), que ficou em terceiro lugar na disputa de 7 de outubro, declarou apenas um "apoio crítico" a Haddad e se negou a se engajar diretamente na campanha do petista. O fissura ficou evidente nos últimos dias: aos gritos de "petistas babacas", o irmão de Ciro, o senador eleito pelo Ceará Cid Gomes, disse em um evento em Fortaleza que o PT precisa fazer uma autocrítica. Sem ela, continuou o cearense, a derrota nas urnas seria não só inevitável como merecida.

"O histórico do PT não ajuda na ampliação dessa frente democrática", avalia ao EL PAÍS Carlos Siqueira, presidente nacional do PSB. "A dificuldade decorre de uma visão exclusivista do PT". Siqueira se refere às articulações do ex-presidente Lula (preso há seis meses em Curitiba) para evitar que os socialistas se aliassem a Ciro Gomes antes do início do período eleitoral, o que teria dado ao pedetista musculatura e recursos que possivelmente o tornariam um candidato mais competitivo. Ao dar o troco em Lula, os Ferreira Gomes praticamente sepultaram a frente democrática que Haddad planejava construir.

O estrago foi grande. O racha com aliados históricos tornou ainda mais difícil qualquer diálogo com as forças políticas de centro e de centro-direita no país que rejeitam Bolsonaro. Haddad se reuniu na semana passada em Brasília com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, algoz de lideranças petistas de alto quilate no processo do Mensalão. Ouviu de Barbosa a sugestão de que era necessário estabelecer um diálogo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quadro histórico do PSDB que já repudiou a retórica violenta e extremista do capitão reformado do Exército. Também disse que Haddad deveria promover alterações no programa de governo do PT e trazê-lo "mais ao centro", mas não deu nenhum indicativo de que estava disposto a fazer um apoio público. Os acenos a FHC caminham para ter um destino não muito diferente: pese a que tanto o ex-presidente da República quanto o presidenciável petista digam que entre ambos "existe uma porta" que pode ser aberta, nenhum dos dois parece disposto a dar o primeiro passo. Enquanto esperam para ver quem bate primeiro, a porta segue fechada.

"Ele só mudou o cabelo"
O presidenciável de fato tentou realizar esse movimento ao centro: logo no início do segundo turno, descartou uma das propostas do plano de governo original do PT, a da convocação de uma Assembleia Nacional exclusiva para a revisão da Constituição. Também incorporou a promessa de criação de uma guarda nacional, nos moldes da defendida pelo candidato derrotado do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin. Nos últimos dias, conseguiu ainda o apoio de mais de 1.000 juristas, que assinaram um manifesto no qual dizem que, face ao histórico de louvores à ditadura militar brasileira por parte de Bolsonaro, só o presidenciável do PT tem condições de garantir o regime democrático no Brasil. Teve ainda um encontro com líderes evangélicos mais progressistas, para tentar recuperar um pouco a ampla vantagem que seu oponente mantém entre os neopentecostais. Ocorre que essa operação de conferir à candidatura autonomia tem sido lenta e, até o momento, pouco efetiva. Não por acaso, Bolsonaro tem administrado sua confortável vantagem reafirmando a ideia de que Haddad não passa de um "fantoche" do ex-presidente. "Insistir na tese 'Haddad é Lula e Lula é Haddad' preparou o terreno para que a narrativa do preposto, daquele que seria um governante indireto, ganhasse ímpeto e força. Isso fez com que a rejeição do Haddad subisse e a do Bolsonaro diminuísse", afirma Marco Antonio Teixeira, professor da Fundação Getulio Vargas.

Um ex-ministro do governo Dilma Rousseff vai na mesma linha. De acordo com ele, Haddad ainda não conseguiu dar à campanha uma identidade própria, desassociada da imagem de Lula e do PT, algo considerado fundamental para conseguir o apoio de setores da sociedade divorciados do petismo. "O Haddad não passa o que ele é. A única novidade que apresentou até agora foi o corte de cabelo. Para lutar contra um fenômeno como o Bolsonaro, isso é pouco", diz. "Ele não tem uma identidade própria. Não é o Haddad educador, o candidato isso ou aquilo; [não é] o Haddad que vai dar um cavalo de pau na parte fiscal, que vai controlar [as contas públicas]".

Com o aparente naufrágio da frente democrática, pelo menos nos moldes de uma coalizão ampla com outras forças políticas, resta a Haddad centrar fogo onde o PT garantiu suas últimas vitórias nas urnas. O eleitorado mais pobre, sobretudo o do Nordeste. No último Ibope, Haddad só supera o capitão reformado entre a população com renda familiar de até um salário mínimo. E, por região, o petista vence Bolsonaro apenas no Nordeste. Mesmo lá há obstáculos: nas capitais nordestinas, o comitê da campanha de Haddad identificou um avanço consistente do voto bolsonarista.

Justamente por isso, o PT tem utilizado o histórico de declarações de Bolsonaro contra programas sociais, principalmente o Bolsa Família, para tentar recuperar o espaço perdido para o rival no eleitorado de baixa renda. Também tem explorado as falas do vice do candidato do PSL, o general da reserva Hamilton Mourão, contra o 13º salário e o adicional de férias. "Queremos mostrar aos trabalhadores que votar no Bolsonaro é votar contra si mesmo", diz um dirigente petista. Por fim, o último programa eleitoral da sigla trouxe um duro depoimento de uma vítima de tortura durante a ditadura militar, para lembrar que o candidato do PSL defendeu abertamente o regime de repressão política que vigorou no Brasil entre 1964 e 1985.

As peças trazem uma narrativa forte, inclusive com cenas do filme Batismo de Sangue que reproduzem sessões de tortura promovidas pelo aparato da ditadura. Mas, no pleito mais polarizado que o Brasil já viveu desde a redemocratização, e que não guarda quase nenhuma semelhança com as últimas disputas presidenciais, não há garantias de que elas possam tirar a candidatura de Haddad das cordas.

brasil.elpais.com

A Rosa Weber, juristas pedem providências contra campanha de Bolsonaro

por Redação 

Grupo pede reunião com a presidente do TSE e providências 
contra "interferências exógenas no resultado das eleições".




Em carta enviada a Rosa Weber, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, 24 juristas pedem "urgentes providências" contra notícias falsas compartilhadas por integrantes da campanha de Jair Bolsonaro. Segundo eles, o objetivo é que a "República Brasileira não seja manchada por interferências exógenas no resultado das urnas nas eleições, e que certamente reverberariam por toda história". O grupo pede ainda um reunião pessoal com Weber. Assinam a carta o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, além dos juristas Pedro Serrano, Lênio Streck, Celso Antônio Bandeira de Mello, Carol Proner, entre outros. Na carta, eles questionam a presidente do STF: "Para que existe a Lei da Ficha Limpa se a propaganda suja contamina a eleição?". Na sequência, eles lembram a reportagem da Folha de S.Paulo sobre a contratação irregular por empresas de serviços de disparos de mensagens contra o PT, o que pode ser enquadrado como doação empresarial de campanha, prática vedada pela legislação eleitoral.


Eles citam também declarações de Mauro Paulino, diretor do Datafolha, sobre as pesquisas às vésperas do primeiro turno não terem captado a onda favorável a Bolsonaro no dia da votação. Na carta, eles também elencam algumas das fake news compartilhadas pela campanha do candidato do PSL contra Fernando Haddad, do PT.

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Mourão contraria Bolsonaro e grava vídeo em apoio a Doria.

No material que a reportagem teve acesso, Mourão diz que "para um Brasil 
de Jair Bolsonaro presidente", São Paulo deve ter Doria como governador.


Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - Em seu primeiro vídeo de apoio ao candidato do PSDB ao governo de São Paulo nas eleições 2018, João Doria, o general Hamilton Mourão (PRTB), candidato a vice na chapa Jair Bolsonaro (PSL), gravou um vídeo, que será divulgado pelo seu partido, em que pede votos para o candidato ao governo de São Paulo usando o nome do presidenciável. No material que a reportagem teve acesso, Mourão diz que "para um Brasil de Jair Bolsonaro presidente", São Paulo deve ter Doria como governador. O apoio contraria determinação do próprio postulante à Presidência que, temeroso de perder votos, decretou neutralidade nas disputas estaduais. Durante os dois minutos de gravação, Mourão enumera várias qualidades de Doria, em sua visão, e cita duas vezes o nome do presidenciável Jair Bolsonaro. "Para o Brasil da verdade, da honestidade, da responsabilidade e da lealdade, ou seja, o Brasil que todos nós queremos, o Brasil de Jair Bolsonaro presidente, temos que ter em São Paulo, como um grande peão dos Estados da federação, João Doria como o seu novo governador", afirmou.

Bolsonaro já informou que não apoiará Doria e que se manterá neutro da disputa em São Paulo, embora tenha afirmado que Márcio França (PSB) "tem apoio do PT". No material, que também será utilizado pela campanha de Doria, o general disse ainda que o candidato do PSDB é um homem "que tem grandes características que nós militares e qualquer ser humano consideram fundamentais, como a coragem e a moral". "Precisamos desse tipo de gente com coragem, de enfrentar o que tem que ser enfrentado. João Doria é um administrador comprovado, conhece os meandros da administração pública", disse. Mourão ainda sustentou que São Paulo será administrado "impecavelmente" por Doria, dentro de princípios que balizam administração pública, como a legalidade, impessoalidade, moralidade e a publicidade. "Os recursos públicos serão empregados de forma correta", declarou.

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