sábado, 20 de outubro de 2018

Manuela responde ofensa de Danilo Gentili: “Eu entendo a raiva que causo em homens como ele”

Comediante fez postagem gordofóbica sobre a adolescência da candidata à vice de Haddad e Manuela rebate: “Quando eu era essa menina eu aprendi - ao ouvir cada piada maldosa de alguém infeliz como esse comediante - que nada ia me fazer parar”.


Por Redação

Com sua costumeira grosseria, o apresentador Danilo Gentili usou sua conta no Twitter para ofender Manuela D’Ávila (PCdoB), candidata à vice-presidente na chapa encabeçada por Fernando Haddad (PT). Em mensagem postada, Gentili escreveu: “O apelido da @ManuelaDavila na lista de propina da Odebrecht é “AVIÀO”. Porque dizem que é bonita? Não. Porque parecia um Jumbo”. A manifestação de gordofobia se refere a uma postagem antiga da própria Manuela, em sua página no Facebook, na qual mostra uma foto sua na adolescência, período que estava “gordinha” como ela mesma define.


Manuela postou no Facebook uma resposta à indelicadeza de Gentile, com sua foto da época: “Essa sou eu, aos 15 anos de idade. Publiquei essa foto em 2015 aqui, num debate sobre dietas malucas com uma blogueira da moda. Em 2008, quando fui ao programa do Jô, ele mostrou dezenas dessas imagens de minha adolescência gordinha. Um pouco depois, em 2016, escrevi um longo texto sobre transtorno de imagem, após ver o documentário ‘Embrace’, no Netflix. Hoje de madrugada, vi uma postagem de um comediante medíocre falando sobre meu corpo, sobre feminismo, estimulando até um linchamento virtual. Eu entendo a raiva que causo em homens como ele. Sou uma mulher livre, feliz, realizada pessoal e politicamente. Nada pode gerar mais insegurança e raiva do que uma mulher que ama a si mesma e que constrói uma vida cheia de realizações como eu e tantas de nós!. Eu fui eleita a vereadora, a deputada federal e estadual mais votada sempre, tive meu trabalho reconhecido nacional e internacionalmente. E eles? Tadinhos. Precisam estimular o meu linchamento virtual e físico. Só que eu fui essa menina aí do lado. E quando eu era essa menina eu aprendi – ao ouvir cada piada maldosa de alguém infeliz como esse comediante – que nada ia me fazer parar”.

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