Violência nas ruas e a dívida dos estados

Pedro Simon* Dois temas têm sido recorrentes na atualidade brasileira. As negociações frustradas no Congresso Nacional sobre a redução dos juros da dívida dos estados e a violência presente agora nas manifestações de rua. Questões que, no limite, têm potencial suficiente para produzir um esgarçamento do contrato social e do pacto federativo. Dois tipos de violência que afligem a Nação. Ao rejeitar a negociação das dívidas dos estados e manter a cobrança de juros escorchantes que inviabilizam investimentos, a União fragiliza o necessário equilíbrio entre os entes federados. O fato de um governador do partido da presidente da República anunciar que não será candidato à reeleição, caso o Projeto de Lei 99/2013 não seja aprovado, diz muito do ponto a que chegou a indignação dos governadores. Da mesma forma, a população se revolta quando vê estádios suntuosos, construídos ao custo de bilhões de reais, enquanto faltam recursos para bens de consumo coletivo. As ruas foram ...