segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Esquema de Cabral na saúde causou prejuízo de pelo menos R$ 173.000.000,00, segundo MP.


Cabral é o único que está preso. Cortes foi beneficiado, em fevereiro deste
ano, por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes.
Ligia Souto

Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação por improbidade administrativa contra o ex-governador Sérgio Cabral, e três ex-secretários de Saúde, entre eles Sérgio Côrtes. Também são alvo da ação o empresário Arthur Menezes, conhecido como “Rei Arthur”, e outras 15 pessoas, entre servidores e executivos. O promotor de Justiça Vinícius Cavalleiro explicou, em coletiva realizada nesta segunda-feira, que as irregularidades estão relacionadas a superfaturamento de contratos para manutenção de serviços de distribuição, armazenamento e destinação final de remédios e material hospitalar, que geraram desperdício de toneladas de medicamentos.

De acordo com o promotor, o esquema de fraude funcionou entre 2007 e 2015 e teria causado prejuízo de mais de R$ 173.000.000,00 aos cofres estaduais. O promotor ressaltou que quase 700 toneladas de medicamentos foram incineradas, por terem se tornado inutilizáveis, o que equivale a cerca de R$ 85.000.000,00 em valores atuais. O material desperdiçado, de acordo com Carlos Alberto Chaves, que conduziu a diligência, incluía medicamentos caros, para tratamentos de média e alta complexidade. Ainda segundo o MP, o pagamento de propina funcionava da seguinte forma: Cabral recebia 5% dos valores dos contratos. Cortes ficava com 2%. O esquema destinava ainda 1% ao delator e subsecretário de Saúde, César Romero, um por cento ao Tribunal de Contas do Estado e um cento para “movimentar a máquina”.



Empresário Arthur Meneses está foragido desde setembro do ano passado.

O Ministério Público pede que os envolvidos sejam condenados e tenham seus direitos políticos suspensos. O MP informou, ainda, que vai entrar como uma ação por dano moral coletivo. Dos três citados, Cabral é o único que está preso. Cortes foi beneficiado, em fevereiro deste ano, por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes. Já o empresário Arthur Meneses está foragido desde setembro do ano passado.

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Nevasca rara muda paisagem de Roma.


Fenômeno produz belas imagens, mas também causa transtornos no transporte público e nos aeroportos. Uma forte nevasca atingiu nesta segunda-feira (26/02) Roma. Os monumentos mais famosos da capital italiana amanheceram "pintados" de branco. O fenômeno foi provocado por uma onda de frio que veio do Ártico, batizada como Burian. Apesar das belas imagens, a nevasca provocou transtornos no transporte público da cidade. Escolas foram fechadas e os aeroportos de Fiumicino e Ciampino registraram atrasos e cancelamentos. Desde 2012 não nevava com tanta intensidade na capital. A cidade também não registrava há décadas uma onde de frio tão forte no final de fevereiro. Normalmente as temperaturas no mês oscilam entre 3,5 e 13 graus Celsius. Nesta segunda-feira, elas ficaram entre -8 e -4 graus. O fenômeno também atingiu outras regiões da Itália, provocando intensas nevascas no norte e um frio que chegou até 20 graus abaixo de zero em diversas cidades.

Nesta manhã foi realizada uma reunião do comitê operacional da Defesa Civil para acompanhar a situação em Roma. "Estamos trabalhando para garantir a viabilidade das estradas diante da excepcional queda de neve que afetou a capital nesta noite. Os cidadãos são convidados a limitar seus movimentos ao mínimo necessário", escreveu Pinuccia Montanari, conselheira do Meio Ambiente de Roma. A prefeita Virginia Raggi decretou na noite de domingo o fechamento de escolas públicas como precaução. Várias repartições públicas fizeram o mesmo.

A rede de metrô de Roma permanece aberta, mas a circulação de ônibus de transporte público foi reduzida e só circulam aqueles com pneus de inverno. Apesar das dificuldades do tráfego, vários romanos e turistas passaram o dia desfrutando e fotografando a incomum nevasca e seus efeitos no Coliseu e na praça de São Pedro, que foram cobertos totalmente de branco.

JPS/ab/ansa
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Ações garantem auxílio-moradia para juízes há 4 décadas

Benefício originalmente criado para indenizar quem não tem residência na 
comarca onde trabalha, é concedido a 17.087 magistrados, 70% do total.


Para receber a ajuda de custo os juízes não precisam
comprovar nenhum pagamento de aluguel.
Agência Estado BRASIL

Discussões sobre o pagamento de auxílio-moradia no Judiciário se arrastam há quase quatro décadas, marcadas por sobreposição de leis, falta de regulamentação, regulações posteriores a liminares e ações judiciais. Neste cenário, o benefício, originalmente criado para indenizar quem não tem residência na comarca onde trabalha, hoje é concedido a 17.087 magistrados, o que representa 70% do total. Essa ampla maioria foi atingida em 2014, após resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entretanto, o debate sobre o auxílio-moradia vem desde quando foi criado, em 1979, (durante o governo Fernando Henrique), na Lei Orgânica da Magistratura (Loman). Sem regulamentação, cada Estado aplicava de uma maneira diferente o benefício, o que feria a isonomia entre os juízes. Após a resolução do CNJ, o desequilíbrio acabou, mas os gastos só aumentaram. Apenas no mês de dezembro, o País gastou R$ 76.000.000,00 com o "penduricalho" em 59 tribunais analisados, segundo levantamento do Estadão Dados.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, marcou para o dia 22 de março o julgamento em plenário das ações que discutem a legalidade do auxílio-moradia. O cenário é semelhante a outro episódio da novela judicial. Em 2000, magistrados ganharam o benefício em um acordo feito às vésperas de uma paralisação. Passaram-se 18 anos, e os juízes ameaçam usar a mesma tática no dia 15 de março, um semana antes do julgamento definitivo no STF. O argumento em defesa do amplo auxílio-moradia reside na regra abrangente prevista pela Lei Orgânica: quem não tiver acesso a imóvel funcional ganha o direito.

Há duas legislações que poderiam impedir a distribuição ampla do benefício: a que rege os servidores públicos, de 1990, e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. Ambas impõem limites, mas os juízes argumentam que o caso deles precisa ser regido por uma lei específica. E usaram a Lei Orgânica para entrar com uma ação no STF, em 2013. Em setembro de 2014, o ministro Luiz Fux concedeu liminar até que o mérito fosse julgado. Outras categorias pediram equiparação aos magistrados federais e também conseguiram. Enquanto isso, valeria a Resolução 199 do CNJ, de outubro de 2014. Essa resolução, porém, que imporia limites ao auxílio, acabou "abrindo a porteira" para sua ampla distribuição, e aumento exponencial de gastos, já que permitiu que juízes com imóvel próprio passassem a receber.

Mesmo com a equiparação, o pagamento não é uniforme. Em três tribunais, TJM-SP, TRT-13 (PB) e TRT-20 (SE), basta vestir a toga para não se preocupar com o peso do aluguel ou da prestação da casa própria no salário do fim do mês. Ali todos os juízes ganham, livres de impostos, os R$ 4.377,73 da verba indenizatória. Na sequência, aparecem oito tribunais de Justiça estaduais (Tocantins, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Piauí, Maranhão, Bahia, Paraíba e Roraima) - todos pagam o auxílio-moradia a mais de 90% de seus magistrados. No Tocantins apenas um juiz não recebe. O TJ-SP, maior do País, uma única juíza recebeu R$ 31.000,00 mil no mês de dezembro. Os benefícios dela e de outros 2.358 colegas consumiram R$ 10.400.000,00 do orçamento, o que dá R$ 125.000.000,00 no ano. Os tribunais federais não ficam de fora. Juntos, garantem o penduricalho a 82% de seus juízes.

Sem auxílio
Em uma população de 24.119 magistrados, apenas 7.070 não recebem o benefício. Dentre eles, aposentados, os que já ocupam imóvel funcional e os que não solicitaram. Por se tratar de verba indenizatória, os aposentados não recebem. Pela mesma razão a quantia não está sujeita ao Imposto de Renda, conforme o Estado mostrou na semana passada. Juízes deixam de pagar R$ 360.000.000,00 por ano ao receber penduricalhos. Para receber a ajuda de custo os juízes não precisam comprovar nenhum pagamento de aluguel. Ela cai direto no contracheque, expandindo o rendimento, e eles podem usá-la como quiserem.

O Estadão Dados analisou as planilhas de remuneração dos magistrados referentes ao mês de dezembro de 2017 divulgadas pelo CNJ. Foram analisados 59 órgãos: os tribunais de Justiça estaduais, os federais, os militares e trabalhistas, além do Superior Tribunal de Justiça, Superior Tribunal Militar e Tribunal Superior do Trabalho. Os tribunais eleitorais, por empregar juízes de outras comarcas, foram excluídos do levantamento. Já o CNJ, o Tribunal Superior Eleitoral e o STF não pagam auxílio-moradia aos seus membros.

noticias.r7.com

Fitch rebaixa nota de crédito do Brasil

A nota deixa o Brasil entre os países que não têm o selo de bom pagador.



Por O Dia

Brasília - A agência de classificação de risco Fitch Ratings rebaixou, na sexta-feira, a nota de crédito da dívida do Brasil de BB para -BB. A nota deixa o Brasil entre os países que não têm o selo de bom pagador. Segundo a agência, o rebaixamento deu-se em razão dos grandes déficits fiscais e pelo peso da dívida do governo, segue crescente, além de falta reformas que melhorem o desempenho estrutural das finanças públicas. A Fitch afirma como fator para o rebaixamento a decisão do governo de adiar a votação da reforma da Previdência. Isso "representa um importante revés na agenda de reformas que mina a confiança de médio e longo prazo na trajetória da dívida pública e o compromisso político para abordar o problema".

De acordo com a Fitch, o cenário político para 2018 continua a ser um desafio e seria necessária uma forte liderança política e governabilidade para avançar nas reformas, aumentar o crescimento e reduzir as preocupações com a sustentabilidade da dívida no médio e longo prazo.

Com informações da Agência Brasil
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Jungmann será o novo ministro da Segurança Pública

No lugar de Jungmann na Defesa assume o general 
Joaquim Silva e Luna, atual secretário-geral da pasta.



Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - O presidente Michel Temer escolheu o ministro Raul Jungmann para assumir o novo ministério da Segurança Pública. A decisão foi tomada no domingo e o anúncio FOI feito nesta segunda-feira. O ministério será criado por Medida Provisória. No lugar de Jungmann na Defesa assume o general Joaquim Silva e Luna, atual secretário-geral da pasta. Ele foi chefe do Estado Maior do Exército e é general do Exército da reserva. O nome do ministro sempre foi o preferido do governo para a nova pasta que será responsável pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria Nacional de Segurança Pública, hoje vinculadas ao Ministério da Justiça.

O ministério é mais uma medida do governo dentro do pacote para reforçar a segurança pública. A primeira foi a intervenção na segurança do Rio de Janeiro, informação também revelada pela Coluna do Estadão. O presidente se reuniu no domingo com Jungmann no Palácio do Jaburu, além dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria de Governo), Sergio Etchegoyen (GSI) e o deputado Darcisio Perondi (MDB-RS), vice-líder do governo.

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PRF apreende arsenal de guerra que seria entregue na Maré.

Flagrante ocorreu em uma blitz na Rodovia Presidente 
Dutra, em Seropédica, na tarde desta segunda-feira.

Ao todo, foram encontrados mais de 40 mil munições,
12 fuzis, 33 pistolas, 106 carregadores e uma granada.
Por O Dia

Rio - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, na tarde desta segunda-feira, um arsenal de guerra que seria entregue no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. O flagrante ocorreu em uma blitz na Rodovia Presidente Dutra (BR-116), na altura de Seropédica, Região Metropolitana do Rio. Ao todo, foram encontrados mais de 40 mil munições, 12 fuzis, 33 pistolas, 106 carregadores e uma granada. O motorista foi abordado na via, perto do pedágio. Segundo a PRF, ele se mostrou nervoso e os cães farejadores detectaram o material no veículo. A polícia informou que o suspeito, de 23 anos, confessou que trazia o armamento de Foz de Iguaçu, no Paraná, e que entregaria na comunidade Nova Holanda. O material foi recuperado dentro de cilindros que estavam dentro do carro do suspeito. A ocorrência foi encaminhada à Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme). A ação faz parte da operação Égide, que reforça o policiamento nas rodovias federais do estado.

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Falta vacina antirrábica no estado.

Raiva é transmitida por cães, gatos e morcegos e pode matar. Conselho questionou ministério.

Dona da yorkshire Mel soube que a vacina estava
em falta depois de ligar para várias clínicas.
Por MARIA INEZ MAGALHÃES

Rio - A jornalista Adriana Freitas enfrentou uma maratona semana passada para conseguir vacinar sua Mel, uma yorkshire de 6 anos, contra raiva. Moradora de Botafogo, ela só encontrou o medicamento na Barra depois de ligar para várias clínicas e ser informada de que a antirrábica está em falta. O produto é importado. A raiva é uma zoonose transmitida por cães, gatos e morcegos e pode até matar. E o problema é em todo o estado. Tanto que, no último dia 31, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio (CRMV-RJ) enviou ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan) questionando sobre o desabastecimento. "Começamos a receber ligações de veterinários de todo o estado dizendo que não estavam conseguindo a vacina. E isso aconteceu em dezembro, quando muita gente viajou e precisou imunizar o animal. Cem por cento dos clientes que procuraram as clínicas para vacinar ficaram sem a medicação", contou a veterinária e conselheira do CRMV-RJ Márcia Andréa de Oliveira Souza. Segundo ela, uma das distribuidoras da antirrábica começou o reabastecimento no último dia 19. "É perigoso para a Mel e para as pessoas eu sair com ela sem vacinar. Fiquei desesperada, porque já perdi uma cachorra que contraiu leptospirose logo depois que a vacina venceu e eu não consegui aplicar outra dose", lembra Adriana.

Por nota, o Mapa disse que "as informações que nos chegam falam sobre a falta de vacinas de algumas marcas e não falta de vacinas em geral", diz. O órgão ressalta que o problema está nas clínicas particulares e não afeta campanhas oficiais. Ao DIA, o Sindan disse que não iria se pronunciar, mas em sua página na internet há o seguinte comunicado feito no dia 7: "A previsão para normalização do desabastecimento momentâneo do mercado nacional de vacinas antirrábicas para cães e gatos é de dois meses".

Estoque em baixa afeta bovinos na zona rural
Veterinária e conselheira do CRMV-RJ, Márcia Andréa de Oliveira Souza contou que há casos em que os profissionais, quando têm a vacina, estão priorizando imunizar filhotes. "É porque eles não receberam ainda nenhuma dose da antirrábica, ao contrário do animal adulto, e ficam mais expostos à doença", contou ela.

A vacina contra a raiva tem duração de 12 meses e deve ser aplicada todo ano após o vencimento da sua dose. Por isso, segundo ela, os animais que participaram da campanha pública contra a raiva no ano passado estão imunizados. "Mas muita gente não vacina na campanha ou precisa vacinar o animal por alguma exigência emergencial", explicou a veterinária. A Subsecretaria de Bem-estar Animal (Subem) da Prefeitura do Rio informou que no ano passado a campanha da prefeitura vacinou 468 mil animais, entre cães e gatos, contra pouco mais de 72 mil em 2016. "Um avanço significativo", disse o veterinário da Subem Alexandre Dia.

Mas a falta da antirrábica não está afetando apenas os pets. Segundo Andréa, o problema tem afetado a zona rural do estado, onde há criação de bovinos. É que esses animais também podem ser infectados pela doença. "Um boi contaminado não pode ter a carne comercializada e tem que ser sacrificado", explicou. Se for mordido por um cachorro, gato ou morcego, deve-se lavar o ferimento com água e sabão neutro e procurar o posto de saúde mais perto de casa para tomar o soro antirrábico. A medicação existe apenas na rede pública de saúde.

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Meirelles admite que pode disputar a Presidência contra Michel Temer. 'Seria uma possibilidade'

Apesar de reafirmar hipótese, Ministro da fazenda 
defendeu que partido tenha candidato único nas eleições.



Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reafirmou na sexta-feira que pode concorrer à Presidência da República mesmo que o presidente Michel Temer também decida se candidatar. "É direito legítimo de todos serem candidatos. Em tese, seria uma possibilidade ser candidato e concorrer com Temer", afirmou o ministro, em entrevista à rádio Jovem Pan. Meirelles já havia confirmado a hipótese em entrevista na quinta. No entanto, hoje, Meirelles afirmou que Temer ainda não decidiu se será candidato. "E eu também não", acrescentou. O ministro defendeu ainda que o governo tenha apenas um candidato ao Planalto. Segundo ele, isso vai fortalecer a defesa do prosseguimento das reformas. "Ainda não tomei a decisão se serei candidato ou continuarei na Fazenda", afirmou Meirelles em outro ponto da entrevista. Ele afirmou que tomará a decisão até 7 de abril. "Antes de decidir, continuo focado na economia do Brasil."

Meirelles afirmou ainda que tem tratado da economia do País a frente do Ministério da Fazenda. "Se me candidatar, vamos tratar do mesmo assunto dentro de uma abrangência maior", disse. "O País tem uma questão fiscal muito importante. Temos uma meta de déficit de R$ 159.000.000.000,00 para este ano", citou.

O ministro pontuou que as despesas discricionárias têm diminuído em termos reais (descontada a inflação) e que já estão nos níveis de 2009. "Isso tem permitido o crescimento da economia, pelo aumento da confiança", afirmou. "Para resolvermos o problema no longo prazo, temos que fazer a reforma da Previdência."

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Roubos de rua passaram de 7 mil na Zona Sul do Rio e Niterói em 2017

Dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Manifestantes fizeram passeata em protesto contra aumento da violência, em Laranjeiras. Com
frases em cartazes e camisas, moradores cobraram das autoridades por segurança e pediram paz.
Por Aline Cavalcante

Rio - Protestos contra a violência no Rio de Janeiro e na Região Metropolitana marcaram o domingo. Moradores da Zona Sul se reuniram no Largo do Machado para caminhar até o Palácio Guanabara, sede do governo estadual. Houve manifestação também em Niterói. O número de crimes nestas regiões tem assustado a população. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), no ano passado foram registrados nas duas regiões mais de 7 mil ocorrências de roubo de rua, 221 casos de estupro, 15 mortes por latrocínio (roubo seguido de morte) e 545 registros de roubo a coletivos. Só em 2017, em Niterói, o número de roubos a transeuntes chegou a 4.054. O roubo de veículos registrou 2.373 casos e o de residências chegou a 150. Os roubos a estabelecimentos comerciais registraram 354 ocorrências e 895 pessoas tiveram o celular roubado. Já na área correspondente ao 2º BPM (Botafogo), 1.597 pessoas foram assaltadas, e outras 508 tiveram os celulares roubados. Os roubos de veículos nesta região chegaram a 354 e o de coletivos atingiram 261 ocorrências. É a região onde mais se registraram roubos no Rio.

No protesto em Laranjeiras, os manifestantes vestiram camisetas brancas com a mensagem 'Planejamento também é segurança' e cartazes pedindo paz. Houve reclamações sobre a falta de patrulhamento e cobranças pelo uso da inteligência policial nos bairros. "Sou moradora do bairro há 45 anos e criei meu filho, hoje com 21 anos, andando livremente pelas ruas, indo e vindo sozinho desde os 11 anos. Hoje fico em pânico quando ele sai de casa", disse a psicóloga Andréa Ferreira,46. Segundo moradores, é preciso dar um basta e mostrar indignação com a violência. "Não aguentamos mais assistir à violência batendo a nossa porta. Temos que fazer ações e protestos pacíficos", afirmou Carol Almeida, empresária.


Em Niterói, o protesto aconteceu na orla de Icaraí, com gritos de "queremos segurança" e "basta de violência". Centenas de pessoas foram às ruas vestidas de preto e pediram mais ação do poder público no combate ao crime. "As pessoas estão movidas pelo medo e pela insegurança. Os relatos de violência que acontecem nos territórios urbanos estão deixando as pessoas muito assustadas. Nas ruas todos já se assustam com qualquer coisa, com qualquer barulho. Tudo isso traz a sensação de paralisia, de impotência. Protestar é a maneira de elas falarem para o poder público, de serem ouvidas. É uma maneira de romper com esta paralisia, é um dos caminhos de mostrar a insatisfação com o poder público", analisou Paulo Baía, sociólogo da UFRJ. A PM foi procurada , mas não se pronunciou até o fechamento desta edição.

Morte em Niterói
Um morador de rua foi assassinado, no sábado, em São Francisco. Segundo testemunhas, a vítima foi baleada por um motoqueiro depois de ter discutido com um segurança de um supermercado. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da região.





O soldado A. viveu dias de apreensão às vésperas da operação conjunta das Forças Armadas e da polícia na Cidade de Deus pouco antes do Carnaval. Seu temor era ser convocado para atuar na comunidade onde nasceu, foi criado e ainda vive com a família. A., a mãe e a avó só se sentiram aliviados quando saiu a escala de serviço: o rapaz, militar há um ano, ficaria no quartel. "Seria muito desconfortável. Tem gente que cresceu comigo e hoje está no tráfico. Não sei como ia reagir", contou A., revelando drama pelo qual vêm passando praças envolvidos na intervenção federal. Jovens como A., oriundos de comunidades pobres, que ingressaram nas Forças Armadas em busca de emprego estável e ascensão social, temem ser vistos por traficantes no papel de inimigo. Para se resguardar, quando em missões nas favelas, eles usam máscaras que cobrem o rosto. Apenas os olhos ficam de fora. "Até hoje fui poupado, eles dão preferência a gente de fora. Mas se tiver de ir, vou fazer tudo para não ser reconhecido", disse A.. "Não me envolvo com ninguém, mas tenho amigo do lado de lá. Todo mundo tem. Procuro nem passar perto. Acredito na intervenção e na construção de um Rio e um país melhor se as operações forem sérias. Só não adianta fazer operação e sair. Tem que ficar", continuou.

Em janeiro, ao defender a volta do auxílio-moradia para militares, extinto em 2000, o comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, declarou que o benefício era fundamental porque as famílias do contingente de áreas com tráfico "ficam vulneráveis e são ameaçadas". A fala foi endossada pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas.

Liderança do Chapadão, Gláucia dos Santos denunciou à Anistia Internacional o barril de pólvora que pode se tornar um confronto que divide jovens que foram criados juntos e têm armas de alto calibre nas mãos. "Estão tentando criar uma guerra nas favelas", disse Gláucia. "A maioria que vai para o Exército é favelada e há essa rivalidade com os que foram para o tráfico. Eles vão enfrentar o próprio povo: vão se matar."

O Comando Militar do Leste confirmou que já toma precauções para a segurança dos militares que moram em favelas e vai intensificá-las. O uso de balaclavas (toucas que cobrem o rosto) é permitido. Mas o pano deve ser escuro.

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Protesto tem rua interditada e ônibus incendiado na Zona Norte

Segundo relatos, dois milicianos foram mortos em operação da polícia no Morro do Fubá.

Ônibus foi incendiado na Avenida Ernani Cardoso, em Campinho.
Por O Dia

Rio - Um ônibus foi incendiado durante um protesto, na tarde desta segunda-feira, na Avenida Ernani Cardoso, em Cascadura, Zona Norte do Rio. Segundo relatos, dois homens, que seriam milicianos, foram mortos em uma operação da Polícia Civil no Morro do Fubá. No entanto, a corporação ainda não deu mais detalhes sobre o caso. Já a PM negou que policiais militares tenham atuado na favela nesta manhã. Por causa do ato, a via precisou ser interditada. O Centro de Operações pediu que os motoristas optem pela Linha Amarela. Às 15:00h, havia retenções na Estrada Intendente Magalhães, no sentido Cascadura, e a partir das ruas Cândido Benício e Domingos Lopes, sentido Madureira. De acordo com o COR, o Corpo de Bombeiros e a CET-Rio também foram acionados. Já segundo a Polícia Civil, policiais do 29ª (Madureira) foram para o local. Entretanto, ninguém foi preso ou ficou ferido. O veículo incendiado foi rebocado para a garagem da empresa onde vai ser efetuada a perícia. A unidade está aguardando a presença do motorista para prestar depoimento.

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