Esquema de Cabral na saúde causou prejuízo de pelo menos R$ 173.000.000,00, segundo MP.


Cabral é o único que está preso. Cortes foi beneficiado, em fevereiro deste
ano, por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes.
Ligia Souto

Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou uma ação por improbidade administrativa contra o ex-governador Sérgio Cabral, e três ex-secretários de Saúde, entre eles Sérgio Côrtes. Também são alvo da ação o empresário Arthur Menezes, conhecido como “Rei Arthur”, e outras 15 pessoas, entre servidores e executivos. O promotor de Justiça Vinícius Cavalleiro explicou, em coletiva realizada nesta segunda-feira, que as irregularidades estão relacionadas a superfaturamento de contratos para manutenção de serviços de distribuição, armazenamento e destinação final de remédios e material hospitalar, que geraram desperdício de toneladas de medicamentos.

De acordo com o promotor, o esquema de fraude funcionou entre 2007 e 2015 e teria causado prejuízo de mais de R$ 173.000.000,00 aos cofres estaduais. O promotor ressaltou que quase 700 toneladas de medicamentos foram incineradas, por terem se tornado inutilizáveis, o que equivale a cerca de R$ 85.000.000,00 em valores atuais. O material desperdiçado, de acordo com Carlos Alberto Chaves, que conduziu a diligência, incluía medicamentos caros, para tratamentos de média e alta complexidade. Ainda segundo o MP, o pagamento de propina funcionava da seguinte forma: Cabral recebia 5% dos valores dos contratos. Cortes ficava com 2%. O esquema destinava ainda 1% ao delator e subsecretário de Saúde, César Romero, um por cento ao Tribunal de Contas do Estado e um cento para “movimentar a máquina”.



Empresário Arthur Meneses está foragido desde setembro do ano passado.

O Ministério Público pede que os envolvidos sejam condenados e tenham seus direitos políticos suspensos. O MP informou, ainda, que vai entrar como uma ação por dano moral coletivo. Dos três citados, Cabral é o único que está preso. Cortes foi beneficiado, em fevereiro deste ano, por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes. Já o empresário Arthur Meneses está foragido desde setembro do ano passado.

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