quinta-feira, 20 de julho de 2017

TRF mantém prisão preventiva do presidente da Fetranspor.

Lélis Teixeira foi preso no dia 3 de julho, por ordem da 
Justiça Federal do estado, na Operação Ponto Final.


Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor (Federação das Empresas de Transportes
de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro), foi um dos presos da Lava Jato.
O DIA

Rio - A Primeira Turma Especializada do Tribunal Regional Federal negou na quarta-feira, por unanimidade, o pedido de habeas corpus para Lélis Marcos Teixeira, presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). O homem foi preso preventivamente no dia 3 de julho, por ordem da Justiça Federal do estado, na Operação Ponto Final, que é desdobramento da Lava-Jato. No dia 11, Abel Gomes negou liminar para Lélis Marcos Teixeira e para o vice-presidente da Rio Ônibus (sindicato das empresas municipais), Otacílio de Almeida Monteiro. Na mesma data, o magistrado determinou que o empresário João Augusto Morais Monteiro, de 86 anos, permaneça em prisão domiciliar. No dia 17, o desembargador negou liminar em habeas corpus para o empresário Jacob Barata Filho. De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Lélis Marcos Teixeira teria participado de esquema de pagamento de propinas a conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ao ex-governador Sérgio Cabral, para garantir contratos públicos e pareceres favoráveis às empresas de transporte urbano, em processos do TCE.

Em suas alegações, a defesa de Lélis Teixeira afirmou que ele, quando decretada a prisão preventiva, já teria renunciado ao cargo de presidente executivo da Fetranspor e que não seria empresário do setor, mas sim empregado contratado da instituição. Além disso, a defesa sustentou que o acusado teria colaborado com a justiça, quando fora conduzido coercitivamente para prestar depoimento nas investigações, em março de 2017.

O relator do processo afirmou que há, no caso, os pressupostos que autorizam a decretação da prisão preventiva. Abel Gomes explicou que o artigo 312 do Código de Processo Penal estabelece que esses pressupostos são os indícios suficientes da existência do crime e da sua autoria e que ambas as condições foram comprovadas na denúncia.

O desembargador ressaltou, em seu voto, que a gravidade dos fatos justifica a medida para a preservação da ordem pública. Ele também rechaçou o argumento de que Lélis Teixeira não teria poder decisório ou financeiro, citando sua posição como cotista e executivo de empresas e entidades investigadas na Operação Ponto Final.

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Vídeo flagra suspeito de matar PM pedir dinheiro que seria para seu resgate.

Traficante 'Feijão do Anaia' é filmado dentro de um carro com um policial militar ao fundo. Ele teria sido capturado e liberado antes da morte do soldado Thiago Marzula, na Favela da Dita, em São Gonçalo.


O DIA

Rio - A Polícia Civil investiga um vídeo que mostra um bandido pedindo dinheiro perto de um policial militar. Marcos Vinicio Amaral de Oliveira, conhecido como "Feijão do Anaia", é um dos suspeitos de matar o PM Thiago Marzula de Abreu, 30 anos, na última segunda-feira, na Favela do Dita, em São Gonçalo. As imagens teriam sido gravadas em abril deste ano, meses antes do assassinato do militar. Na filmagem, "Feijão do Anaia" aparece sentado, imobilizado, dentro de um carro. "Aí 'mano', manda esse dinheiro o mais rápido possível, se não o papo vai ser outro", diz o suspeito, que estaria dentro de uma viatura policial. De acordo com a Civil, ele estava pedido resgate ao chefes do tráfico de drogas no Morro do Anaia, o Nando e o Playboy do Anaia.



Segundo o delegado Marcos Amin, Delegacia de Homicídios de Niterói, tudo indica que o vídeo tenha sido gravado por um policial militar. Uma das linhas de investigação é que traficantes do Morro do Anaia tenham participado da morte do PM Thiago. "Caso isso se confirme, a corrupção dos colegas de farda do soldado Marzula foi responsável direta pela morte dele", enfatizou Amin.

Ele disse ainda que "Feijão do Anaia" tinha mandado de prisão pela Operação Calabar, a qual prendeu 96 policiais militares do batalhão de São Gonçalo no mês passado. A polícia informou que o homem é envolvido com tráfico de drogas, homicídio e roubo de cargas. Antes disso, ele não tinha nenhuma anotação. A Corregedoria Interna da Polícia Militar informou que as imagens serão analisadas em uma apuração interna.

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quarta-feira, 19 de julho de 2017

Paes usou registro fictício para anular gastos em final de gestão no Rio.


Eduardo Paes cumprimenta Marcelo Crivella em
cerimônia de transferência do cargo de prefeito do Rio.
ITALO NOGUEIRA
DE DO RIO

Uma ordem do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB) nos últimos dias de sua gestão à frente da Prefeitura do Rio levou ao cancelamento de gastos usando uma matrícula fictícia –de servidor inexistente– no sistema financeiro do município. O procedimento, que levantou a suspeita de manobra nas contas, virou alvo de sindicância na prefeitura e de processo no Tribunal de Contas no Município. Relatório da Controladoria Geral do Município na atual gestão do prefeito Marcelo Crivella (PRB) apontou que a ordem do peemedebista retirou do sistema do município R$ 497.000.000,00 em empenhos (reserva no orçamento), dos quais R$ 350.000.000,00 de fato eram devidos a fornecedores. Foi necessária uma auditoria da atual administração para identificar quais serviços tinham sido prestados –cujos pagamentos, portanto, não poderiam ser cancelados. A contabilidade pública tem três fases: empenho, liquidação e pagamento. Na primeira, o gestor reserva o dinheiro no orçamento para um serviço e autoriza o início do trabalho do fornecedor. A segunda ocorre após o ordenador da despesa verificar a entrega do produto ou serviço, momento em que reconhece a dívida para pagamento –terceira e última fase.

No dia 23 de dezembro, Paes determinou que fossem cancelados todos os empenhos não liquidados do município "diretamente no sistema". A ordem tinha como objetivo não deixar serviços não concluídos como "restos a pagar" para o próximo ano. O secretário municipal de Fazenda à época, Carlos Viegas, alertou ao prefeito que tal medida poderia afetar casos em que os serviços foram efetivamente prestados. Isso porque há um intervalo natural entre a conclusão do trabalho, a verificação do gestor e a liquidação no sistema.

Em seu despacho, Viegas diz que não seria possível analisar cada nota de empenho para verificar a entrega do serviço ou não. Assim, pede apenas a preservação de alguns itens, como ações essenciais de saúde e educação. Depois de algumas alterações no programa do Fincon (sistema financeiro do município), o cancelamento em bloco dos empenhos foi efetuado. Um quarto do total cancelado por Paes atingiu a Secretaria de Saúde do Rio.

Inicialmente, ficou registrado no sistema que a ordem havia partido dos gestores de cada área, tais como secretários e presidentes de empresas públicas. A Folha apurou que, surpreendidos e preocupados com a regularidade, muitos pediram a troca da "autoria" dos cancelamentos. O então controlador-geral do município, Antônio César Cavalcanti, determinou ao presidente do Iplan-Rio (empresa municipal de tecnologia da informação), Fábio Pimentel, a criação de uma "matrícula genérica". A Tabela Cidadão, documento em que todos os funcionários da prefeitura são registrados, ganhou então um novo integrante: Operação Automática Cancelamento Empenho, matrícula número 9000201-6. No dia 29 de dezembro, foi atribuído a ele o cancelamento de gastos, sem vincular a nenhum servidor.

A reportagem apurou que o Iplan até já criou outras matrículas falsas no sistema, mas só para realização testes, sem função prática. Pela primeira vez, portanto, um "avatar" foi o responsável por atos financeiros da prefeitura.

O QUE ACONTECEU

Ordem
O Tribunal de Contas do Município determinou que a Prefeitura do Rio evitasse que o ano fosse encerrado com empenhos não liquidados

Manobra de Paes
Empenhos (inclusive com serviços entregues) foram cancelados por um perfil fictício, criado sem vinculação com qualquer gestor, a mando do prefeito

Problemas
Servidores atuais tiveram de fazer extensa auditoria para identificar empenhos cancelados incorretamente, para que fornecedores fossem pagos. Esses gastos serão incluídos no Orçamento deste ano, que já tem deficit de R$ 3.000.000.000,00. A assessoria de Paes disse à Folha que não foi criado nenhum novo protocolo e que a medida foi tomada porque "praticamente nenhum" órgão municipal respeitou a orientação de cancelar os empenhos.

Na discussão sobre o cancelamento dos empenhos –registrado num processo administrativo ao qual a Folha teve acesso–, Paes usa como justificativa uma decisão do TCM que determina o cancelamento de empenhos cujos "fatos geradores não tenham ocorrido dentro do exercício". O tribunal disse que a motivação apontada pelo ex-prefeito é "absolutamente equivocada". Mesmo assim, as contas de Paes de 2016 foram aprovadas –os conselheiros consideraram que não houve burla jurídica ou maquiagem relevante nas contas.

Mas há outro processo em curso no tribunal para avaliar especificamente o procedimento. A Procuradoria-Geral do Município também analisa a legalidade do ato. Segundo a auditoria da CGM, apesar de haver dinheiro em caixa para quitar compromissos, ele era insuficiente para alguns recursos vinculados, como convênios.

'MERA REGULARIZAÇÃO'
A assessoria de imprensa do ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB) afirmou, em nota, que não foi criado novo protocolo para cancelar os gastos empenhados. De acordo com a nota, a medida foi tomada porque "praticamente nenhum" órgão municipal respeitou a orientação de cancelar os empenhos não liquidados. A equipe cita decreto de outubro do ano passado que estabeleceu datas limites para fechamento das contas da gestão. "Na última quinzena de dezembro, ao verificar os dados no sistema Fincon, observou-se que os órgãos não haviam seguido a orientação determinada e que, portanto, várias despesas indevidas seriam inscritas em restos a pagar não-processados [sem prestação de serviço], contrariando inclusive alertas e recomendações do Tribunal de Contas do Município", diz. "A solução encontrada foi analisar as despesas por grupos e cancelar as demais usando uma senha Master do sistema que já existia, não tendo sido criado nenhum protocolo novo no sistema Fincon para isso", afirma.

No processo administrativo, há referências a mudanças no programa do sistema financeiro da prefeitura para realização do procedimento. Segundo a nota, "o fato de existir sobra de caixa em dezembro de 2016 para cobrir todas as despesas mesmo na hipótese absurda de serem todas reempenhadas" e "a própria irrelevância do valor de cancelamento de empenhos" frente ao orçamento "comprovam" ter sido "mera regularização orçamentária".

O ex-controlador-geral do município, Antônio César Cavalcanti, disse que os cancelamentos não foram atribuídas à matrícula de Paes porque a ideia era deixar claro a ordem dada pelo ex-prefeito. "A gente não tinha certeza se tinha qualquer outro procedimento anterior realizado na matrícula do prefeito. A gente preferiu, por conta da correria de tempo, uma saída que deixasse evidente a operação que estava acontecendo."

O diretor-presidente do Iplan-Rio, Fábio Pimentel, afirmou que já prestou os esclarecimentos aos órgãos.

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Moradores de rua em São Paulo são acordados com jatos de água fria.


Moradores de rua na Praça da Sé: jatos d'água foram lançados 
contra eles na manhã após o dia com a tarde mais fria do ano.
Jornal do Brasil

Após o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ter registrado na terça (18) a tarde mais fria do ano - que teria causado a morte de um homem de 46 anos - a prefeitura de São Paulo acordou moradores de rua com jatos de água fria. As informações são da Rádio CBN. Às 07:00hs da manhã desta quarta-feira (19), agentes de uma empresa terceirizada a serviço da prefeitura, responsável pela limpeza de praças públicas, passava jatos d’água fria na Praça da Sé, Centro de São Paulo. A água atingiu os cobertores de pessoas que dormiam no local, que não foram avisadas da limpeza.

Segundo os moradores de rua entrevistados pela rádio, esta é uma atividade frequente. “Quem estiver dormindo na calçada não tem nem tempo de levantar. Os caras já chegam e jogam os jatos. Tem muitas cobertas molhadas. Perde tudo”. Outro morador também afirmou que o trabalho de limpeza também ocorre de madrugada, por volta das 04:30hs.

Nesta terça-feira (18) foi registrada a segunda temperatura mais baixa para o período dos últimos 13 anos, indicando às 15:00h a marca de 10,2°C. Foi o mesmo nível de 2004 e há quatro anos não fazia tanto frio assim no horário. Em 24 de julho de 2013, fez 8,6°C. O recorde da série iniciada em 1961 ocorreu em 12 de julho de 1988 (7,3°C). Neste ano, a menor temperatura nesse horário foi no dia 2 de julho (15,3°C).

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Uruguai começa a vender maconha de uso recreativo em farmácias.

A venda começou em 16 farmácias de 11 dos 19 departamentos do país.


Homem mostra pacote que contém a maconha
comprada em farmácia de Montevidéu, no Uruguai.
Agência Brasil

O Uruguai começou a vender, nesta quarta-feira (19), maconha para uso recreativo nas farmácias como resultado de uma lei pioneira de 2013. A iniciativa inédita no mundo faz do país o primeiro a aplicar um controle estatal sobre a produção, a compra e a venda da substância. As informações são da Agência EFE. A venda começou em 16 farmácias de 11 dos 19 departamentos do país, que tem menos de 3,5 milhões de habitantes e mais de mil farmácias em todo o território. As 4.959 pessoas registradas como consumidoras vão poder comprar o produto em vasilhas de 5 gramas por 187 pesos uruguaios (cerca de R$ 20,00). Cada pessoa poderá comprar no máximo 10 gramas por semana e até 40 gramas por mês. Serão distribuídas duas variedades de maconha, que foram denominadas Alfa I e Beta I, ambas com média de 2% de tetrahidrocanabinol (THC), o componente psicoativo da planta.

A Alfa I é um híbrido de predominância índica e 7% de cannabidiol (CBD) e tem efeitos psicoativos que se manifestam em nível físico. Já a Beta I é um híbrido de predominância sativa com 6% de CBD e efeitos psicoativos em nível cerebral.


No momento da compra, os consumidores não precisam revelar nenhum tipo de dado pessoal, já que terão acesso à erva por um sistema que reconhece sua impressão digital. A venda da maconha em farmácias completa as três etapas previstas na Lei de Regulamentação da Maconha, aprovada em 2013, durante o governo do então presidente José Mujica (2010-2015), para o acesso ao uso recreativo da droga, e que também estabeleceu as regras para cultivo doméstico e os clubes cannábicos, habilitados desde 2014.

Suave
A produção que circula a partir de hoje nas farmácias foi cultivada com sementes que chegaram do exterior por meio de duas empresas adjudicatárias do Estado, Symbiosis e International Cannabis Corp.

"Foi um esforço sumamente importante", declarou à Agência EFE o engenheiro agrônomo Eduardo Blasina, sócio da Symbiosis, que acrescentou que, durante os três anos e meio que se passaram desde a aprovação da lei até a distribuição da substância, a empresa trabalhou sem receber "nem um peso". As plantas, que foram cultivadas em um prédio contíguo ao Presídio de Libertad, uma prisão situada no departamento de San José, ao sudeste do Uruguai, são "suaves em sua composição", segundo detalhou o engenheiro agrônomo. "Não vão dar uma experiência transformacional de percepção, simplesmente vão permitir desfrutar do sabor e de uma sensação muito leve", comentou Blasina sobre a substância que o Estado oferece nas farmácias.

Blasina disse que as pessoas que querem experimentar sensações "mais sofisticadas" podem ter acesso à substância através das outras duas vias: o cultivo doméstico ou os clubes cannábicos. As três vias de acesso à substância são excludentes entre sim e requerem o registro perante o Instituto de Regulamento e Controle do Cannabis (Ircca), encarregado de fiscalizar e controlar a regulamentação e implementação da lei.

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Moro determina bloqueio de R$ 606.700,00 em bens e contas bancárias de Lula.


O Banco Central bloqueou nesta quarta-feira por ordem do juiz federal Sérgio Moro 606.700,00 reais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, distribuídos por quatro contas bancárias, três apartamentos e um terreno em São Bernardo do Campo, além de dois automóveis. No despacho, Moro alega que o sequestro dos bens e o bloqueio das contas servirá para "recuperação do produto do crime" e "garantir reparação do dano". O bloqueio acontece imediatamente, enquanto o eventual ressarcimento aos cofres públicos somente após o tramite em julgado da ação. Lula foi condenado por Moro a nove anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter recebido um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, da construtora OAS como propina em troca de contratos na Petrobras. De acordo com a sentença, o acordo do Partido dos Trabalhadores com a OAS teria gerado R$ 16.000.000,00 em "vantagens indevidas" ao partido, sendo que R$ 2.200.000,00 seriam para Lula, na forma de um apartamento tríplex e de benfeitorias feitas no imóvel. Moro mandou bloquear bens e ativos do ex-presidente até o montante de R$ 13.700.000,00. Ao reconhecer que os imóveis e automóveis não chegam a esse valor, instruiu o Banco Central a bloquear quaisquer tipos de ativos financeiros até o limite de R$ 10.000.000,00.

De acordo com despacho do BC ao juiz, foram encontradas apenas quatro contas bancárias que, somadas, chegam a R$ 606.000,00. Em sua decisão, Moro diz que não foi possível rastrear o restante da propina recebida pelo PT além dos valores atribuídos ao ex-presidente "sendo possível que tenha sido utilizada para financiar ilicitamente campanhas eleitorais e, em decorrência, sido consumida".

Moro justifica, ainda, que não há relevância se os bens comprados por Lula foram ou não fruto de corrupção por serem "bens substitutivos", a serem usados para reparação do dano. O apartamento tríplex, fruto da ação, teve seu confisco determinado na mesma sentença que condenou Lula à prisão, sem no entanto determinar que o ex-presidente fosse preso imediatamente.

Lula nega ser dono do apartamento e seus advogados afirmam que ele é alvo de perseguição política e que vão recorrer da sentença.

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Nova onda de violência na cidade assusta os moradores de Niterói.

No Centro, bandidos armados rendem 30 pessoas em clínica dentária na Rua da Conceição.


Crime aconteceu em plena luz do dia, em uma clínica localizada
em uma das mais movimentadas ruas do Centro de Niterói.
Marcio Bulhões
Com Lislane Rottas

Uma nova onda de violência que se estende desde o fim de semana está assustando moradores de Niterói. Nesta terça-feira (18), em plena luz do dia, criminosos armados renderam cerca de 30 pessoas em uma clínica dentária no Centro de Niterói. Elas tiveram armas apontadas para a cabeça e foram ameaçadas por quase duas horas. Durante a madrugada da terça, ladrões fizeram arrastão na Orla do Gragoatá. Na segunda-feira, um bandido utilizou uma refém para conseguir entrar e roubar em um hotel no Centro. Na manhã de domingo, oito criminosos, armados com fuzis, invadiram uma festa rave em Pendotiba e assaltaram participantes. Uma vítima foi agredida com coronhada e precisou ser levada para um hospital.

A clínica dentária, na Rua da Conceição, foi invadida por três bandidos armados no início da tarde. Onze funcionários e cerca de 20 pacientes foram rendidos e ficaram sendo ameaçados por cerca de duas horas pelos criminosos, que estavam com uma pistola e um revólver. Eles levaram celulares, joias, dinheiro e objetos pessoais das vítimas e ainda roubaram equipamentos e instrumentos utilizados pelos dentistas. Antes de deixar a clínica, o trio ainda levou os computares que registraram as imagens das câmeras de segurança do estabelecimento. Funcionários não confirmaram se a clínica abrirá nesta quarta-feira.

Na delegacia, as vítimas se mostraram muito abaladas com o crime. Segundo a secretária da clínica, um dos criminosos entrou primeiro, dizendo que queria fazer um orçamento dentário. Após ser encaminhado para o consultório, os outros dois, que davam cobertura à ação, também entraram e renderam todos os pacientes. A atendente ainda contou que havia crianças e idosos no estabelecimento. “Eles entraram bem-vestidos, não tinha como ter noção de que isso pudesse acontecer. Nos ameaçaram várias vezes, disseram que iam nos matar caso a gente os desobedecesse. Eles ainda ameaçaram dizendo que voltariam. Estamos todos expostos e com muito medo. Ainda não sabemos se vamos trabalhar amanhã, mas os pacientes não podem ficar não mão, né?”, declarou.

Uma das dentista contou que os bandidos, durante o assalto, ironizaram que estavam ali trabalhando. Indignada, ela ainda contou que eles alegaram que tinham família que precisavam sustentá-las. “Além de roubar todo mundo e os nossos equipamentos, eles ainda disseram para gente que a gente não estava lidando com bandidos e sim com trabalhadores, pois segundos eles, todos têm família e filhos para criar. Então, por que eles têm isso podem assaltar a gente?”, questionou.
O caso foi registrado na 76ª DP (Centro).


Quiosques assaltados na orla do Gragoatá na madrugada de terça-feira 
já haviam sido alvos de criminosos armados de fuzil, há cerca de um mês.

No Gragoatá, arrastão nos quiosques
Dois quiosques na Orla do Gragoatá voltaram a ser alvos de bandidos em menos de um mês. Dessa vez, o bando chegou em dois carros e o crime aconteceu por volta das 02:00hs da madrugada da terça-feira (18). Assim como da primeira vez, os criminosos levaram dinheiro e pertences dos clientes. A informação de que estava havendo um arrastão se espalhou e um outro quiosque da orla só não foi assaltado porque o funcionário pegou o dinheiro do caixa e se escondeu nas pedras próximo à água. Segundo a PM, um taxista também pulou nas pedras para fugir do arrastão. O dono do primeiro quiosque assaltado contou que não vai mais funcionar 24 horas. “Mesmo depois do primeiro assalto insistimos em funcionar na madrugada, pois somos uma tradição aqui em Niterói. A gente nunca fecha. Mas, depois de dois assaltos em menos de um mês, já é demais. Agora só vou funcionar até as 23:00hs. Como nunca fechávamos, o quiosque não tem janela, somente um toldo. Infelizmente vamos ter que providenciar essa mudança. Trabalho com isso há 30 anos e agora estamos passando por essa situação”, desabafou.

O subcomandante do 12º BPM (Niterói), tenente-coronel Fábio Marçal, informou que nesta semana a PM vai se reunir com os moradores do Gragoatá para discutir segurança. “O policiamento no local é feito por viatura específica para esse bairro, que também conta com viaturas permanentes nas comunidades próximas: Cavalão e Palácio. Nossa equipe do Serviço Reservado (P2) também está buscando informações sobre os autores”, declarou.

Ladrão usa refém para roubar hotel
Um hotel na Rua Visconde de Uruguai, no Centro de Niterói, foi invadido no início da manhã de segunda-feira, por um homem armado que fazia uma mulher de refém. De acordo com testemunhas, o criminoso exigiu que um funcionário do hotel abrisse a porta para que ele pudesse entrar no estabelecimento. Por cerca de dois minutos o criminoso revirou as gavetas da recepção à procura de dinheiro e após encontrar três telefones celulares e uma pequena quantia, fugiu do local levando a refém sob a mira da arma. Uma funcionária da recepção contou que havia hóspedes no hotel, mas nenhum deles foi assaltado. Segundo a mulher, o criminoso agiu rapidamente para deixar logo do estabelecimento. “Ele passou pela primeira porta e gritou para o porteiro abrir a segunda, caso contrário atiraria na mulher. O porteiro, temendo pela vida dela, abriu o portão e ele entrou. Rapidamente o bandido pegou tudo o que viu pela frente, puxou a mulher novamente e saiu pela rua com a arma apontada para ela”, disse.

Toda a ação criminosa foi registrada por câmeras de segurança do estabelecimento. Nas imagens é possível ver o momento em que o bandido entra puxando a vítima pelos cabelos para dentro do estabelecimento. O caso foi registrado na 76ª DP (Centro).

Pendotiba: terror em festa
Oito criminosos armados, alguns de fuzil, invadiram uma festa rave em um sítio na Estrada dos Ourives, na localidade de Muriqui, na região de Pendotiba, aterrorizando participantes neste no fim de semana. Segundo testemunhas, o evento reunia cerca de 500 pessoas e foi invadido pelos criminosos por volta das 06:00hs de domingo. Ainda de acordo com relatos, os assaltantes roubaram cerca de R$ 1.500,00 do caixa, celulares e objetos pessoais, e ainda deram uma coronhada em uma mulher que se recusou a entregar a bolsa. Policiais do Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) Largo da Batalha foram acionados para o local, mas quando chegaram os bandidos já tinham fugido. A jovem ferida pela coronhada precisou ser levada para um hospital, mas não foi divulgada a unidade em que ela deu entrada.

Uma testemunha relatou que os bandidos entraram no sítio pelos fundos. “Foi uma festa que começou no sábado à tarde e só terminou no domingo. Foi organizada por um produtor que também comemorou o aniversário no evento. Tinha seguranças particulares, uma boa estrutura, porque o sítio possui grande espaço. Em determinada parte do terreno, estavam a piscina e o local da festa. Ali, os seguranças da empresa privada se concentraram. Já no outra parte, atrás do terreno, havia uma mata que estava desassistida. Assim, os oito bandidos entraram no terreno por ali. O que soubemos é que eles [bandidos] chegaram a disparar na festa mas graça a Deus ninguém ficou ferido”, contou.

De acordo com o subcomandante do 12º BPM (Niterói), tenente-coronel Fábio Marçal, a festa foi realizada sem o conhecimento da polícia e não houve comunicação do ocorrido para o 190. “Uma viatura chegou no local por volta das 08:00hs da manhã. Segundo as pessoas que estavam lá, houve um desentendimento entre os seguranças da festa e guardadores de carro que seriam moradores da localidade Campo Novo. Logo depois, aconteceu o ocorrido. Acreditamos que esses guardadores, por raiva, possam ter chamado traficantes da área para irem até o local. As equipes fizeram um vasculhamento na área, mas ninguém foi encontrado”, declarou.

O produtor da festa foi procurado para comentar o incidente, mas não retornou o contato Até o fechamento desta matéria, o caso não havia sido registrado na 79ªDP (Jujuruba), delegacia responsável pela área.

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Temperatura em queda terá hoje e amanhã os dias mais frios do ano.

Mínima nesta quarta será 13 graus e quinta, 12 graus. Marinha alerta que mar estará de ressaca.


Ondas em alto-mar podem chegar a três metros de
altura, principalmente no período de 09:00hs às 21:00hs.
O DIA

Rio - Se ontem você já tirou o casaco do armário, a partir de hoje, pode preparar até o cachecol. Tudo isso porque a temperatura chegará a mínima de 13º na cidade do Rio, nesta quarta-feira. E amanhã, o frio continua intenso e pode ser o dia mais gelado do ano, com termômetros marcando 12º. Desde ontem, a temperatura está em queda por conta de uma intensa massa polar que avançou sobre o estado. A mínima só deve voltar a subir a partir de sábado. Além do frio nas ruas, o alerta também vai para o mar, que tem previsão de ressaca durante toda quarta-feira. De acordo com a Marinha do Brasil, as ondas em alto-mar podem atingir até três metros de altura, principalmente de 09:00h às 21:00hs. A recomendação é para que se evite o banho de mar e a prática de esporte durante esse período.

Ontem, em Santa Cruz, os termômetros marcaram 18° e, em Copacabana, os ventos chegaram a 81 km/h, provocando uma sensação térmica de apenas 14º. Hoje, a máxima deve chegar a 19º. Nesta quarta-feira, o céu ficará encoberto e tem previsão de pancadas de chuva. Amanhã, o sol pode aparecer timidamente, mas ainda há riscos de chuva isolada.

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Morador de rua é encontrado morto após onda de frio.

Corpo de homem foi encontrado em calçada de rua da Zona Oeste de São Paulo. 
Temperatura média na capital paulista nesta quarta é de 9°C.


Pertences de morador de rua foram encontrados junto ao corpo.
ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - Um homem de cerca de 45 anos, não identificado, foi encontrado morto no final da tarde de terça-feira, no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. Por volta das 16:30hs, a Polícia Militar recebeu, através do telefone 190, a informação de que um corpo estava desde o início do dia sobre a calçada do cruzamento entre a Rua Teodoro Sampaio e a Avenida Doutor Arnaldo. Ele não apresentava sinais de violência, o que indica que pode ter sido vítima do frio que atinge a cidade desde a madrugada de terça. A perícia da Polícia Civil foi acionada, e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Não há confirmação da causa da morte. Esta é a segunda suspeita de morte de morador de rua causada pelo frio na capital paulista em 2017, segundo os registros policiais. No dia 10 de junho, um homem em torno de 50 anos foi encontrado morto, com sinais de hipotermia, na região do Belém, na zona leste. Em 2016, houve registro de ao menos cinco casos, segundo a Pastoral do Povo da Rua.

No final da madrugada desta quarta-feira, a temperatura média na capital é ainda mais baixa do que na terça, de 9ºC. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da Prefeitura, a mínima pode cair para 7ºC e a máxima é de 14º durante o dia em São Paulo. Na terça, no início da onda de frio, a temperatura caiu 17ºC em 24 horas.

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Servidor: secretário viaja em meio à negociação de regime fiscal.

Depois de Pezão se afastar para tratamento em um SPA, titular da Fazenda vai para o exterior.


Segundo a Fazenda, ausência de Barbosa não atrapalha negociações.
PALOMA SAVEDRA

Rio - Depois de o governador Luiz Fernando Pezão se licenciar esta semana para cuidar da saúde em um SPA em Penedo, outra peça-chave na negociação com a União para acelerar a assinatura do Regime de Recuperação Fiscal, o secretário de Fazenda, Gustavo Barbosa, também se afastou. Segundo fontes, Barbosa viajou para os Estados Unidos. A coluna questionou a pasta sobre os motivos da viagem do secretário, e se a sua ausência neste período não prejudicaria o andamento das negociações em Brasília. Em nota, a Fazenda informou que “Barbosa encontra-se temporariamente ausente da pasta por motivos particulares”. Afirmou ainda que o subsecretário de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, responderá pela secretaria interinamente. “Não há qualquer comprometimento das funções executadas pela Fazenda Estadual, assim como do prosseguimento do acordo do Regime de Recuperação Fiscal junto ao governo federal”, afirmou. A notícia do afastamento de Pezão provocou grande revolta nos servidores, que acumulam atrasos salariais de maio, junho e do 13º. A crítica recaiu principalmente pelo alto custo desembolsado pelo governador para pagar as diárias no SPA, com valores superiores a R$ 1.000,00.

Hoje, o estado depende da adesão ao regime para colocar salários em dia. O governo Pezão vem afirmando que o empréstimo de R$ 3.500.000.000,00 previsto pela recuperação fiscal será utilizado para quitar os débitos com os servidores, incluindo o 13º. O estado ainda deve os vencimentos de maio a mais de 205 mil servidores ativos, inativos e pensionistas. Para quitar este débito, são necessários R$ 453.700.000,00 líquidos. O salário de junho também está atrasado para 216.127 funcionários da ativa, aposentados e pensionistas, em um total de R$ 609.800.000,00 líquidos. Ainda não há previsão para os próximos pagamentos. Até o momento estão em dia os salários dos ativos da Educação (incluindo o Degase), e dos ativos, inativos e pensionistas da Segurança (agentes penitenciários, bombeiros, policiais civis PMs). Após o décimo dia útil (que caiu na última sexta), ativos da Fazenda também receberam junho. E ativos, aposentados e pensionistas da Procuradoria Geral do Estado receberam com recursos próprios do órgão, por meio de decisão judicial que autorizou a medida.

A Fazenda informou que depende do ingresso de recursos em caixa para efetuar novos pagamentos. Ressaltou ainda que “o acordo de recuperação fiscal será imprescindível para a regularização dos salários dos servidores”.

Mais filas para pegar cestas básicas
Enquanto agonizam sem seus salários de maio e junho, servidores do estado fazem imensas filas para pegar cestas básicas. A campanha é promovida pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos Estaduais (Muspe) que distribui em quatro polos. Hoje, é a vez da Coligação dos Policiais Civis do Rio (Colpol) — que fica na Rua Sete de Setembro, 141, 2º andar, no Centro — doar alimentos, a partir das 09:00hs.


Ontem, integrantes do Sepe distribuíram 350 cestas básicas 
a ativos e principalmente a aposentados.

Ontem, ativos, aposentados e pensionistas fizeram fila no Sepe, na Rua Evaristo da Veiga, 55, para buscar os mantimentos. Segundo a coordenadora do sindicato, Marta Moraes, 350 cestas básicas foram entregues. “Foi uma ação bonita, pela solidariedade, e tentamos amenizar o sofrimento delas. Mas foi triste de ver tantas pessoas nesta situação”, disse.

Indignados com os atrasos salariais e a situação que estão enfrentando, os servidores farão dois protestos amanhã. Um ato organizado pelo Sindsprev ocorrerá às 10:00hs em frente à Perícia Médica do Estado, na Praça Tiradentes. Outra manifestação, às 14:00hs, será na porta do Tribunal de Justiça, na Avenida Antônio Carlos, Centro.

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