quinta-feira, 25 de maio de 2017

Temer convocou Exército para se "agarrar ao poder", analisam especialistas.


Homens do Exército reforçam a segurança nas proximidades do Congresso.
Daniela Garcia e Paula Bianchi
Do UOL, em São Paulo e do Rio

A decisão do presidente Michel Temer de convocar o uso das Forças Armadas em Brasília por um período de sete dias é uma medida exagerada e movida por uma estratégia política para se manter no poder, de acordo com a opinião de analistas políticos e advogados constitucionalistas consultados pelo UOL. As "Garantias da Lei e da Ordem" (GLO) são reguladas pela Constituição Federal, em seu artigo 142, pela Lei Complementar 97, de 1999, e pelo Decreto 3897, de 2001. Nelas, os militares recebem de forma provisória "a faculdade de atuar com poder de polícia". O decreto de Temer está previsto para durar até o dia de 31 de maio, em todo o Distrito Federal, mas, segundo nota da Presidência, pode ter seu fim antecipado. Para Rubens Beçak, constitucionalista e professor da USP, a aplicação da medida deveria ter em vista possíveis atos terroristas em grandes eventos, mas acabou distorcida. "Está sendo usada de uma forma descabida. É um governo que já não tem legitimidade e que procura se agarrar ao poder. Parece um golpe de Estado", afirma.

O anúncio feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, sobre o decreto que autoriza o uso das Forças Armadas após a manifestação na Esplanada dos Ministérios não têm ligação direta com a votação das reformas trabalhista e da Previdência no Congresso Nacional, opina Jorge Zaverucha, professor de ciência política da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). "Ele [Temer] está lutando hoje para sobreviver e está mostrando que tem o apoio das Forças Armadas", analisa.

A duração de sete dias para a aplicação da medida é uma das evidências de que a decisão tomada por Temer foi política, diz o professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP, Pablo Ortellado. "Isso pode ser lido como um ato de exceção, autoritário, de alguém que parece estar implicado gravemente com a delação do Joesley [Batista]". Desde a quinta-feira passada (18), o presidente é investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção, organização criminosa e obstrução à Justiça.

O senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, afirmou em discurso no plenário na noite desta quarta-feira (24) que o presidente Temer "tinha obrigação" de chamar as Forças Armadas para atuar nas ruas de Brasília, durante manifestação contra o seu governo, para evitar que "algum militar" agisse por conta própria. "Não adianta querer colocar ações do governo de forma distorcida: 'o presidente Michel Temer está chamando as Forças Armadas para se sustentar'. Não, o presidente Michel Temer chamou as Forças Armadas porque um bando de marginais estava tocando fogo em ministérios", declarou.


Medida desproporcional
Nestor Castilho Gomes, sócio e advogado constitucionalista do Bornholdt Advogados, diz que é preciso ter uma justificativa clara para aplicação da medida. Para o advogado, a atuação das Forças Armadas por meio das "Garantias da Lei e da Ordem" só é possível quando houver um reconhecimento formal pelo chefe do Executivo do Estado de que a Polícia Militar é incapaz de desempenhar as suas funções. "É bastante questionável a necessidade desse decreto. Creio que a PM é capaz de manter a ordem no Distrito Federal. O decreto, ao que parece, veio após o fim do ato e ainda irá se manter até o fim do mês."

Segundo o Ministério da Defesa, as GLOs ocorrem por "ordem expressa" da Presidência da República em casos em que há o "esgotamento das forças tradicionais de segurança pública" e "em graves situações de perturbação da ordem". Em coletiva, a Polícia Militar do DF informou que 1.400 agentes participaram da segurança do ato nesta quarta-feira. Ainda segundo a corporação, 35 mil manifestantes participaram do ato. A PM conta hoje com 11.672 policiais. 

Para Beçak, a aplicação da GLO em Brasília chama atenção pelo ineditismo e causa preocupação ao remeter a medidas utilizadas pelo regime militar. "A última vez que isso ocorreu foi durante o governo de João Figueiredo, em outra Constituição, outro regime", diz. O professor considera que a medida vai contra a ordem constitucional. "Manifestações, ainda que com episódios de violência, precisam ser vistas como manifestações", afirma. "Ninguém está dizendo que um prédio público pode ser destruído, mas nós temos a polícia para situações como essa. Se o presidente da Câmara está com medo, ele precisa chamar a polícia do Congresso, da Câmara, não acionar o presidente", afirma. Gomes lembra ainda que isso não deve impedir a realização de futuras manifestações. "A utilização das forças armadas não deve impedir o exercício de outros direitos fundamentais, como o direito à reunião, que inclui o direito de protesto."

Temer diz que Forças Armadas restabelecerão a ordem.
Em nota divulgada no início da noite desta quarta, a Presidência da República afirmou que as manifestações ocorridas em Brasília produziram atos de violência e vandalismo que, "lamentavelmente, colocaram em risco a vida e a incolumidade de servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios""Diante de tais circunstâncias, o Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas, proporcionar evacuação segura dos prédios da esplanada e proteger o patrimônio público, tal como foi feito anteriormente em vários Estados brasileiros. Restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado." A nota afirma ainda que o presidente "não hesitará em exercer a autoridade que o cargo lhe confere sempre que for necessário".

noticias.uol.com.br

PM lança bombas e dispersa manifestantes próximo à Alerj

Dentro da Casa, deputados aprovavam o aumento da alíquota previdenciária para os servidores.


O DIA

Rio - Enquanto os deputados estaduais aprovavam a alíquota previdenciária dos servidores dentro da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), PMs lançaram bombas contra manifestantes na porta da Casa. O ato acontece desde o início da tarde quarta-feira, na Rua 1º de Março, Centro do Rio, mas os confrontos entre a polícia e os manifestantes só se iniciaram após às 15:00hs., após a aprovação do projeto. Os militares usaram bombas de gás e balas de borracha para dispersar grupo de manifestantes que se aglomerava do lado de fora da Alerj. Houve pânico e muita correria. Segundo a Polícia Militar, manifestantes foram contidos após tentativa de invasão ao local. Através do seu Twitter, a corporação confirmou que confronto começou na Rua Dom Manoel esquina com a Avenida Erasmo Braga, na lateral da assembléia. Ainda não há informações sobre a quantidade de feridos. Tomadas por manifestantes, o trânsito das ruas próximas foi interditado por agentes da CET-Rio. Estabelecimentos que ficam próximos à Alerj ficaram fechados para evitar depredação. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura, o município entrou em Estágio de Atenção às 16:50hs., por conta da confusão. O Estágio de Atenção é o segundo nível em uma escala de três e significa que um ou mais incidentes impactam, no mínimo, uma região, provocando reflexos relevantes na mobilidade.

Seguiram interditadas a Rua Primeiro de Março e Av. Presidente Antônio Carlos, a partir do Tribunal de Justiça. O desvio de tráfego foi feito pela Avenida Almirante Barroso;, as pistas central e lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Candelária, a partir da Avenida Passos, e a Avenida Rio Branco, a partir da Avenida Presidente Vargas. Os motoristas foram desviados para a Avenida Passos. Houve pontos de retenções na Avenida Presidente Antônio Carlos, Rua Santa Luzia, Rua Araújo Porto Alegre, Avenida Passos, Avenida República do Paraguai e Rua da Carioca. O VLT operou provisoriamente, na linha 1, entre Rodoviária e Parada dos Navios. A linha 2 ficou fora de operação. O Metrô Rio informou que, por motivos de segurança, o acesso C (Convento) da estação Carioca tinha sido temporariamente fechado.

Em nota, a assessoria de imprensa da PMERJ informou que, até aquele momento, a Polícia Militar conduziu seis pessoas para as delegacias da região e, destas, duas ficaram detidas por ataques contra os policiais durante o protesto realizado em frente à Alerj. Ainda segundo a assessoria da PM, o confronto começou quando manifestantes mascarados tentaram invadir o prédio pela lateral da Assembleia e os policiais precisaram intervir, fazendo uso progressivo de força. A polícia conseguiu dispersar o grupo, que retornou depois que a sessão foi encerrada com a aprovação do aumento da alíquota. Os mascarados, então, atacaram com pedras e com rojões as equipes policiais.

Um dos detidos foi preso por policiais do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), e conduzido para a 10ª DP (Botafogo). Já o outro foi preso por agentes do Centro Presente, com apoio de policiais do 4°BPM (São Cristóvão), e levado para a 9ªDP (Catete).

http://odia.ig.com.br

Messi é condenado a 21 meses de prisão por fraude fiscal na Espanha.

Atacante ainda terá que pagar multa de cerca de dois milhões de euros.


O DIA

Espanha - O Supremo Tribunal da Espanha confirmou na quarta-feira a condenação a de 21 meses de prisão ao jogador Lionel Messi por três crimes de fraude fiscal. Segundo o jornal 'El Mundo', o craque do Barcelona foi declarado culpado de defraudar o fisco espanhol em 4.100.000,00 euros, entre 2007 e 2009, por não declarar na Espanha os 10.100.000,00 euros recebidos a título de direitos de imagem. A defesa do atacante chegou a entrar com recurso para reverter a decisão, mas o pedido foi negado. Já em relação ao pai do jogador, Jorge Horacio Messi, a sentença foi reduzida de 21 para 15 meses de prisão, pois o filho devolveu à Fazenda o dinheiro sonegado.

Apesar da condenação e do pagamento da multa de cerca de dois milhões de euros, Messi e seu pai não devem ser presos já que nenhum deles tem antecedentes criminais e a sentença é inferior a dois anos. Segundo a imprensa espanhola, Pai e filho estiveram presentes na leitura da sentença mas não prestaram declarações.

http://odia.ig.com.br

Dá pra acreditar? Para arrumar namorado, lenda olímpica fica nua na televisão

Ex-atleta tem no currículo oito medalhas nos Jogos, sendo quatro de ouro.


Aos 43 anos, ex-nadadora Inge de Bruijn tenta
arrumar namorado em reality show na Holanda.
O DIA

Holanda - A ex-nadadora holandesa Inge de Bruijin está em busca de um namorado. No entanto, para tentar encontrar um novo amor, a loira de 43 anos resolveu participar do reality show 'Adão procura Eva', da rede de TV RTL5 do seu país. Porém, a medalhista olímpica precisou tirar a roupa na frente das câmeras, assim como todos os seus candidatos. Inge de Bruijin, que se aposentou da natação em 2007, tem em seu currículo oito medalhas em Jogos Olímpicos, sendo quatro de ouro, duas de prata e duas de bronze. Além de ter conquistado cinco títulos mundiais em piscina longa e curta.

Após o anúncio da aposentadoria, a nadadora se tornou comentarista de natação. Mas agora ela vem fazendo sucesso na TV por estar participando desse reality show, onde fica totalmente nua. A fórmula do 'jogo' é simples. Ela e os outros participantes ficam totalmente pelados em uma ilha do Caribe e a moça tem que escolher um dos candidatos para namorar ao término do programa.

http://odia.ig.com.br

Ticiana Villas Boas pede afastamento do SBT: 'Foi uma decisão muito dura'.

Carol Fiorentino vai substituir a apresentadora no comando do 'Bake Off Brasil'.


O DIA

Rio - A apresentadora Ticiana Villas Boas, mulher do empresário Joesley Batista, pediu afastamento da terceira temporada do reality show "Bake Off Brasil - Mão na Massa", que estava com o início das gravações agendadas para a segunda quinzena de junho. O SBT divulgou um comunicado na quarta-feira anunciando o pedido de afastamento de Ticiana e anunciando a chef confeiteira Carol Fiorentino no comando da atração. Ticiana usou as redes sociais para comentar sua saída do SBT. "Amigos, decidi me afastar por um tempo da TV. Preciso me dedicar integralmente a cuidar da minha família e de mim. Foi uma decisão muito dura e difícil pois em 16 anos de carreira nunca parei de trabalhar e amo e lutei muito pela minha profissão", escreveu.

Ticiana Villas Boas é mulher do empresário Joesley Batista, que divulgou em sua delação premiada gravações que supostamente incriminariam o presidente Michel Temer e o senador Aécio Neves, que foi afastado do cargo.

http://odia.ig.com.br

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Grupo quebra vidraças, paradas de ônibus e orelhões em protesto em Brasília.

Parte dos manifestantes destruíram persianas e vidraças de pelo menos cinco 
ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura.


Manifestantes quebraram vidros e invadiram ministérios.
O DIA

Brasília - Um grupo de cerca de 50 pessoas usando máscaras promoveu um quebra-quebra em meio à manifestação contra o Governo Temer em Brasília. Parte dos manifestantes destruíram persianas e vidraças de pelo menos cinco ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura. Este último havia sido cercado por tapumes, mas, mesmo assim, teve os vidros quebrados, e teve parte do térreo incendiado. Por volta das 16:10hs., alguns deles colocaram fogo em objetos na frente do Ministério da Saúde. No Ministério da Cultura, computadores foram depredados e documentos rasgados. Parte do Ministério do Planejamento também foi depredado e incendiado. A Polícia Militar estima 35.000 pessoas no evento. Já os organizadores falam em 100.000 presentes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, quatro pessoas foram detidas.

Carros do Corpo de Bombeiros e Samu estiveram no local para controlar a situação. Enquanto bombeiros se aproximavam, manifestantes jogaram pedaços de pau e uma pessoa se feriu no rosto. O confronto começou após a Polícia Militar dispersar parte do protesto com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral. A Casa Civil da Presidência da República determinou a liberação de todos os funcionários que trabalham na Esplanada dos Ministérios. Neste momento, todos integrantes da pasta da Saúde já estão deixando o prédio. O mesmo ocorre com integrantes de outras pastas, como Agricultura e Fazenda. O secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, deixou o prédio, acompanhado de funcionários, pelo prédio anexo, localizado na parte detrás da Esplanada.


Devido ao início das chamas, prédio precisou ser evacuado.

A polícia continuou lançando bombas de gás e spray de pimenta para tentar dispersar os manifestantes. Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação. Em frente ao Ministério do Planejamento, no Bloco C da Esplanada dos Ministérios, o grupo de manifestantes mascarados ateou fogo em um orelhão e em cerca de 10 bicicletas de uso compartilhado.

Ministério da Fazenda
Do outro lado da Esplanada, um manifestante quebrou a vidraça do comitê de imprensa do Ministério da Fazenda. Os manifestantes corriam para se afastar da área em frente ao Congresso Nacional, onde as forças de segurança jogavam bombas de efeito moral. Ao passar pelo edifício do ministério, um deles atingiu a vidraça com o cabo de uma bandeira. Mesmo com o vidro quebrado, os manifestantes não conseguiram entrar no prédio, já que há grades de segurança na janela. Na sequência da ação, membros da Força Nacional de Segurança Pública formaram um paredão e permanecem na lateral do prédio. Os funcionários do Ministério da Fazenda foram obrigados a evacuar o local.


Representantes das principais centrais sindicais protestaram hoje contra as reformas da Previdência e trabalhista. Eles também pedem a saída do presidente da República, Michel Temer. Em razão do protesto, toda a Esplanada foi fechada para a circulação de carros. Os servidores que vieram trabalhar nesta quarta estacionaram e entraram pelos anexos dos prédios.


Oposição ocupa Mesa Diretora da Câmara pedindo encerramento da sessão
Deputados da oposição subiram na Mesa Diretora do plenário da Câmara para pedir o encerramento da sessão. Opositores protestam contra a reação da polícia à manifestação realizada em frente ao Congresso Nacional contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra o governo Michel Temer. Parlamentares do PT, PDT, PSOL e Rede subiram à Mesa Diretora e ficaram ao lado do 2º vice-presidente da Câmara, deputado André Fufuca (PP-MA), que preside a sessão. Opositores gritam palavras de ordem contra o governo como "Fora Temer" e "O povo quer votar, diretas já".

Deputados da base aliada reagiram com protesto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula na cadeia", gritam parlamentares da base. "Chama a segurança para tirar esses arruaceiros daí", disse o líder do PP, Arthur Lira (AL).

Os deputados estavam em uma sessão de debates, mas está prevista na pauta da Casa para esta quarta a votação de MPs. Mais cedo, deputados como o líder da oposição na Câmara, José Guimarães (PT-CE), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP) relataram reação exagerada da polícia durante o protesto realizado pelas centrais sindicais em frente ao Congresso. De acordo com os parlamentares, policiais jogaram bombas de gás e spray de pimenta em pessoas que não estavam cometendo delitos, inclusive em alguns deputados.

Raul Jungmann: 'Manifestação se tornou depredação do patrimônio'.
Em um rápido pronunciamento a jornalistas, o ministro da Defesa Raul Jungmann condenou a violência nas manifestações. "A manifestação degringolou para o vandalismo, violência, agressão e depredação do patrimônio público. Servidores foram ameaçados e ficaram aterrorizados. O senhor presidente da República decretou uma ação de garantia da Lei e da Ordem (uso do Exército). Tropas federais já estão no Palácio do Itamaraty e logo mais outras tropas virão para garantir a segurança dos ministérios. É inaceitável a baderna, o descontrole e o senhor presidente não irá aceitar que tais atos atrapalhem a discussão no Congresso", disse.

Deputados se empurram em sessão
Os deputados federais Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) se empurraram durante a sessão plenária da Câmara na tarde desta quarta-feira, 24. A confusão ocorreu na Mesa Diretora do plenário, onde parlamentares da oposição subiram em protesto, pedindo o encerramento dos trabalhos. A briga fez com que a sessão fosse suspensa pela segunda vez.

Parlamentares do PT, PDT, PSOL e Rede subiram à Mesa Diretora e ficaram ao lado do 2º vice-presidente da Casa, deputado André Fufuca (PP-MA), que presidia a sessão, para pressionar o parlamentar maranhense a encerrar os trabalhos. Ao ver o protesto, deputados governistas também subiram, para tentar "proteger" Fufuca da pressão. Foi neste momento que Edmilson e Perondi se empurraram.

Os opositores protestam contra a reação da polícia à manifestação realizada em frente ao Congresso Nacional contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra o governo Michel Temer, abalado por crise política deflagrada pela delação premiada da JBS. Eles gritam palavras de ordem contra o governo como "Fora Temer" e "O povo quer votar, diretas já". "Lula na cadeia", reagem parlamentares da base.

Mais cedo, deputados como o líder da oposição na Câmara, José Guimarães (PT-CE), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Orlando Silva (PCdoB-SP) relataram reação exagerada da polícia durante o protesto realizado pelas centrais sindicais em frente ao Congresso. De acordo com os parlamentares, policiais jogaram bombas de gás e spray de pimenta em pessoas que não estavam cometendo delitos, inclusive em alguns deputados.

Parlamentares da oposição recolheram algumas dessas bombas de gás e trouxeram para dentro do plenário. Eles posicionaram os instrumentos em frente à Mesa Diretora. A pedido de Fufuca, a segurança da Casa retirou os equipamentos. Com a confusão, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi chamado às pressas e assumiu o comando dos trabalho

Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
http://odia.ig.com.br

Estopim para briga na Câmara foi Planalto atribuir a Maia uso das Forças Armadas.



Estadão Conteúdo

A tensão no plenário da Câmara dos Deputados atingiu momentos dramáticos nesta quarta-feira, 24, depois que chegou a informação aos parlamentares da oposição de que o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), havia solicitado ação das Forças Armadas para reforçar a segurança. Parlamentares da oposição imediatamente cobraram de Maia, que presidia uma sessão já marcada por grande tumulto e desordem, uma posição oficial. Diante da resposta afirmativa do presidente da Câmara de que havia pedido apoio “apenas” da Força Nacional, o plenário incendiou com os parlamentares aos gritos, lembraram que o ato marcava um momento histórico triste para Nação que não acontecia desde a redemocratização do País.

O estopim para o plenário virar campo de batalha foi a declaração do ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que a decisão do presidente Michel Temer de decretar uma ação de Garantia da Lei e da Ordem, com uso de tropas federais, foi tomada após solicitação de Rodrigo Maia por causa da violência dos manifestantes na Esplanada do Ministérios. Maia, então, deixou o plenário para se reunir com os líderes, mas teve que retornar pouco tempo depois porque deputados da oposição e da base de apoio ao presidente Michel Temer começaram a trocar socos e empurrões. Ele teve que voltar para dar mais explicações e tentar acalmar os ânimos. Acabou suspendendo a sessão.

http://istoe.com.br

Em vez de "acabar", Cracolândia muda de endereço em São Paulo.

por Victória Damasceno 

Os usuários se deslocaram para a Praça Princesa Isabel, 
que se tornou um ponto de consumo e comércio de crack.


A "nova Cracolândia" agora está concentrada na 
Praça Princesa Isabel, duas quadras do antigo local.

Após a operação da Prefeitura de São Paulo que retirou os usuários de drogas das principais áreas de consumo e venda, o prefeito João Dória afirmou que “a Cracolândia está acabada”. O prefeito emendou ainda que a partir daquela data, o uso de crack naquela região havia se tornado “passado”. A movimentação, no entanto, não acabou. Com a ação, os usuários foram expulsos da Alameda Dino Bueno e da Rua Helvétia, no centro de São Paulo, onde funcionavam as tendas do programa De Braços Abertos e se direcionaram para a Praça Princesa Isabel, onde permanecem.


Dória caminha sobre os escombros da Cracolândia após a megaoperação.

O chamado “fluxo”, ponto onde ocorre o tráfico de drogas, também se deslocou para a praça. Os usuários, bem como os traficantes, estão no local que se tornou um novo centro da Cracolândia. A orientação dos policiais e dos agentes da prefeitura no local é que pedestres e a imprensa não entrem na praça. Após o desabamento da parede de uma pensão durante uma operação de obras da Prefeitura na tarde da terça-feira 21, os usuários tentaram ocupar novamente as principais ruas do local por meio de uma movimentação em massa. Cercados por policiais militares, foram surpreendidos com bombas de gás, balas de borracha, além da cavalaria e do forte aparato militar da Polícia Militar e da Guarda Civil Metropolitana. Em minutos a movimentação foi dispersada pela ação da PM e da GCM, e os usuários voltaram a Praça Princesa Isabel, onde permanecem.

www.cartacapital.com.br

Temer aciona Forças Armadas após grupo atear fogo a ministério durante protesto

Por iG São Paulo

Sede do Ministério da Agricultura foi incendiada e Polícia Militar usa bombas para afastar manifestantes, que responderam com paus; organizadores falam em 150 mil pessoas no ato contra o governo de Michel Temer e reformas.


Manifestantes entram em confronto com a polícia durante
ato contra o presidente Michel Temer em Brasília.

Manifestantes atearam fogo no prédio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Brasília durante confusão com a Polícia Militar do Distrito Federal. O tumulto ocorre desde o início da tarde desta quarta-feira (24) e se dá em meio a protesto contra o presidente Michel Temer e contra as reformas defendidas pelo governo. O último boletim divulgado pela PM às 11:30hs., desta manhã estimava que 25.000 pessoas participam do ato. Os organizadores já falam em mais de 150.000. Por conta da confusão, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou por volta das 16:30hs., que o presidente Michel Temer decidiu, após solicitação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acionar tropas federais para "assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incólumes". "Nesse instante tropas federais já se encontram aqui nesse palácio [do Planalto], no Palácio do Itamaraty e logo mais chegarão para assegurar que os prédios dos ministérios sejam mantidos incólumes", disse Jungmann. "É inaceitável a baderna. É inaceitável o descontrole. E ele [Temer] não permitirá que atos como esse venham a turbar um processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito às instituições." A decisão foi publicada via decreto em edição extra do Diário Oficial da União . O texto autoriza o emprego das Forças Armadas "para a garantia da Lei e da Ordem no Distrito Federal". As tropas federais devem permanecer em Brasília até a próxima quarta-feira, dia 31.

Os confrontos com a polícia tiveram início por volta das 13:00hs., quando um grupo de manifestantes tentou furar o bloqueio feito pelos agentes de segurança nas proximidades da Esplanada dos Ministérios . Os policiais usaram gás de pimenta e bombas para afastar o grupo, que respondeu com o arremesso de paus que até então eram usados como hastes para bandeiras. O número de feridos não foi informado até o momento.


Fogo no Ministério da Agricultura.

"A polícia se comporta como se fosse uma gangue do Michel Temer jogando bomba em cima das pessoas que vieram se manifestar", disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, em vídeo divulgado pelo movimento Povo sem Medo. "É lamentável a barbárie que está acontecendo." O ato desta quarta-feira é organizado por uma série de movimentos sociais, como a Frente Brasil Popular, o movimento Povo sem Medo e a União Nacional de Estudantes (UNE). Também são responsáveis pelos protestos diversas centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
A polícia empenhou 1.400 agentes no esquema de segurança montado para a manifestação, que conta ainda com 100 policiais civis.

Manifestantes de várias cidades do País partiram em caravana para a capital federal desde a noite de ontem (23). Segundo os organizadores, ao menos 500 ônibus chegaram a Brasília para o ato, que é organizado desde a última quarta-feira (17), quando surgiram as informações a respeito de gravações envolvendo o presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista, dono da JBS.


Ocupa Brasília reúne movimentos sociais e centrais sindicais; 
grupo pede renúncia de Temer e eleições diretas.

Os diversos grupos que promovem o protesto pedem a renúncia do presidente Temer e a realização de eleições diretas . As propostas de reformas trabalhista e previdenciária também são alvos de críticas na manifestação.

Segundo informações da GloboNews, uma das caravanas que levava manifestantes de Goiânia e do Pará com cerca de 50 ônibus foi parada em uma blitz e os policiais apreenderam sacos com pedras e uma faca. Os manifestantes estavam proibidos de levar hastes de bandeiras, garrafas de vidro, madeiras e objetos cortantes e/ou perfurantes. Também estavam previstas revistas pessoais feitas em áreas próximas aos ministérios, mas o plano não foi levado adiante em decorrência do tumulto no gramado em frente ao Congresso Nacional.

http://ultimosegundo.ig.com.br

Manifestantes põem fogo em ministério durante protesto; governo convoca tropas federais.

Em ato contra Temer e agenda de reforma, ativistas entram em confronto com a polícia.


BBC BRASIL.com

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou a convocação de tropas federais com poder de polícia para "garantir a lei e a ordem" da Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira, após um protesto antigoverno ter resultado em um incêndio e depredação de ao menos três ministérios. "Uma manifestação que era pacífica degringolou para violência, vandalismo e agressão ao patrimônio público", afirmou o ministro em pronunciamento. Todos os ministérios foram evacuados. Os ministérios de Agricultura, Meio Ambiente e Planejamento teriam sido alvo de vandalismo. O protesto de centrais sindicais e outros movimentos sociais se opunha ao presidente Michel Temer (PMDB) e à agenda de reformas.

Na tarde desta quarta-feira, manifestantes e a Polícia Militar entraram em confronto. Bombas de gás lacrimogêneo foram disparadas e a cavalaria da PM investiu contra os participantes do protesto. Durante o conflito, manifestantes atearam fogo no prédio do Ministério da Agricultura e depredaram parte do edifício. O ato foi convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, além das centrais. Os organizadores falam em mais de 100.000 pessoas.

Anunciadas por Jungmann, as chamadas operações de garantia da lei e da ordem concedem poder de polícia a forças militares em casos de "graves situações de perturbação da ordem" e mediante "esgotamento das forças tradicionais de segurança pública". A decisão de emprego das tropas é da Presidência da República, por solicitação ou não de governadores ou presidentes de Poderes constitucionais. Previstas no artigo 142 da Constituição e regulamentadas em leis de 1999 e 2001, as ações transcorrem, segundo o Ministério da Defesa, em "área estrita e por tempo limitado", para "preservar a ordem pública, a integridade da população e garantir o funcionamento regular das instituições". Exemplos recentes dessas missões ocorreram durante a greve da Polícia Militar no Espírito Santo, em fevereiro deste ano, e em meio a uma onda de ataques no Rio Grande do Norte, em janeiro.

www.terra.com.br