quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Procon autua quatro estabelecimentos na Tijuca e no Maracanã.

Quatro botijões de gás GLP foram lacrados no Center China por seu uso não ser autorizado.


O DIA

Rio - O Procon Estadual autuou seis estabelecimentos, na terça-feira, na Tijuca e no Maracanã, ambos na Zona Norte do Rio. De acordo com a fiscalização, foram descartados 9,3 kg de alimentos impróprios para o consumo durante operação que tem o objetivo de fiscalizar o comércio nas áreas em que vão circular alguns dos principais blocos de de rua. No Center China, localizado na Praça Varnhagem, os agentes lacraram e determinaram a retirada, por uma pessoa qualificada, de quatro botijões de gás liquefeito de petróleo (GLP) que estavam no interior do estabelecimento, contrariando o laudo de exigências do Corpo de Bombeiros. Ainda no restaurante, foram descartados 2,9 kg de bolinho de bacalhau vencido e 1,4 kg de empanado de queijo sem especificação da data de validade.


Já no Universo da Cerveja, localizado na Rua Almirante João Candido Brasil, foram descartados 3,5 litros de refrigerante vencido. No Bar e Gill Deliccie, foi encontrado 1,8 litro de bebida vencida e uma garrafa de cerveja escura sem especificação de vencimento.


No Galeto Mania, a fiscalização descartou os seguintes produtos fora da validade: 4kg de pastel de calabresa, 600g de massa para pastel e 400g de bolinho de aipim.


Até o momento, nenhum responsável dos estabelecimentos foi encontrado para comentar as irregularidades.

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Alexandre de Moraes é aprovado por comissão do Senado para o STF

A sabatina dos senadores durou quase 12 horas e, para ser confirmado para a 11ª cadeira 
do Supremo Tribunal Federal (STF), Moraes depende agora de votação no plenário do Senado.


Alexandre de Moraes respondeu perguntas de 40 senadores sob o olhar atento do presidente 
da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, senador Edison Lobão (PMDB).
Iracema Amaral

O ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, foi aprovado na noite de terça-feira, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, para a 11ª cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF), no lugar do ministro Teori Zavascki, morto em 19 de janeiro passado em um acidente aéreo. Agora, a indicação de Moraes depende de aprovação em plenário do Senado, onde o governo do presidente Michel Temer tem maioria. A sessão na Casa está marcada para as 11 horas da manhã desta quarta-feira. Colecionador de polêmicas, o indicado do presidente Michel Temer para a vaga teve que responder, durante a mais de 12 horas de sabatina, a indagações sobre convicções partidárias, proximidade com políticos investigados na Lava-Jato, suspeita de plágio acadêmico, ações atrapalhadas como ministro da Justiça, entre outros assuntos. Moraes respondeu perguntas de 40 senadores. Indicado pelo presidente Michel Temer para o lugar do ministro Teori Zavaski, Moraes falou sobre o chamado ativismo judicial, que é quando o Judiciário se antecipa ao Poder Legislativo e regulamenta temas que não foi abordado pelo Congresso, como casamento gay e mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Questionado sobre aborto, o indicado preferiu não emitir opinião, porque disse que poderá ser chamado a se manifestar sobre isso em ação corrente no Supremo, o que significaria antecipação de voto.

A sabatina começou por volta das 10:00hs., com diversas questões de ordem da oposição pedindo o adiamento da reunião. O presidente do colegiado, senador Edison Lobão (PMDB-MA), negou todas. Ministro licenciado da Justiça, Moraes chegou ao Senado acompanhado da esposa e negou que tenha advogado para uma organização criminosa de São Paulo.

Plágio
Moraes negou também que tenha plagiado sua tese de pós-doutorado de um jurista espanhol e promoteu declarar-se impedido em ações que envolvam o escritório de advocacia da mulher. Sobre sua atuação na Corte Máxima do país, disse que “será independente” e que não considera sua indicação ao Supremo um “agradecimento político”. Sobre o uso de prisões preventivas, Alexandre de Moraes defendeu que as prisões nesses casos devem durar “tempo proporcional” ao crime que a pessoa é acusada. Ele evitou tomar posição sobre o foro privilegiado, mas disse que o mecanismo traz problemas operacionais para a Justiça. O ministro licenciado da Justiça defendeu ainda a regulamentação do poder de investigação do Ministério Público e a mudança da Lei Orgânica Nacional da Magistratura para possibilitar penas mais severas a juízes condenados por atos ilícitos.

A senadora Gleisi Hoffmann se declarou impedida de votar por ser ré na Operação Lava-Jato, que tramita no STF. A intenção, segundo a senadora, era que outros parlamentares investigados também se abstivessem, o que não ocorreu.

Para ter a nomeação aprovada, Alexandre de Moraes precisa ter, no mínimo, os votos favoráveis de 41 dos 81 senadores no plenário do Senado, em votação que deve ocorrer hoje em sessão extraordinária convocada para as 11:00hs., desta quarta-feira.

Imparcialidade
Questionado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o indicado ao cargo de ministro do STF, Alexandre de Moraes afirmou na terça-feira, 21, que se sente capaz de atuar na Corte com neutralidade. Ele minimizou a responsabilidade que terá, caso aprovado, em ser o revisor de plenário das investigações da Operação Lava-Jato e trabalhar em casos que envolvem membros do governo Michel Temer. "Me julgo capaz de atuar com absoluta neutralidade e imparcialidade dentro do que manda a Constituição, além das questões partidárias. O objetivo único é aplicar a Constituição, e a Constituição é apartidária", afirmou Moraes.

Em sua questão, Lindbergh questionou se Moraes poderia agir com isenção ao julgar membros investigados do governo Michel Temer, do qual faz parte. Ele relembrou que o próprio presidente da República é citado diversas vezes em delações da Lava-Jato. Moraes rebateu o senador ao relembrar que outros ministros do Supremo também atuaram anteriormente em governos ao longo da história, o que não configura necessariamente um favor político. Ele citou o envolvimento político do ministro Edson Fachin. ( com agências)

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

"É todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada”, diz Jucá sobre foro privilegiado.

Líderes do Congresso querem aprovar PEC que retira foro também para magistrados e MP.


"Cansei de assinar aqui, neste plenário, propostas de emendas à Constituição com as quais não concordo, mas assinava para tramitar. Isso é uma praxe, isso é uma cortesia dos colegas", disse Jucá
Jornal do Brasil

Ao comentar sobre a proposta em debate no Supremo Tribunal Federal (STF) de restringir o foro privilegiado dos políticos, o senador Romero Jucá (PMDB) afirmou: “Uma regra para todo mundo (a restrição do foro privilegiado) para mim não tem problema. Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada”, afirmou o líder do governo no Senado. As informações são do Estado de S. Paulo. Líderes da base e da oposição no Congresso ameaçam aprovar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para retirar o foro privilegiado de magistrados e integrantes do Ministério Público caso o STF leve adiante a proposta de restringir o foro de políticos somente para crimes cometidos no exercício do mandato eletivo.

Jucá nega intenção de blindar investigações da Lava-Jato
Em pronunciamento na segunda-feira (20), Jucá contestou as acusações de que teria apresentado uma proposta para blindar os presidentes da Câmara e do Senado em investigações da Operação Lava-Jato. O texto em questão é a PEC 3/2017, já retirada pelo senador, que ampliava para os ocupantes da linha sucessória da Presidência da República a previsão constitucional de que o presidente não pode ser investigado por atos anteriores ao mandato. Segundo Jucá, a PEC foi motivada pela decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2016, de que os presidentes da Câmara e do Senado, que fazem parte da linha sucessória, podem continuar na presidência das Casas do Congresso, mas não poderão assumir a presidência se houver alguma ação contra eles. O senador diz não concordar com a decisão, que, na sua visão, interfere na harmonia entre os Poderes. "Será que é justo que nós tenhamos o presidente e o vice-presidente tendo um tipo de tratamento e os presidentes dos outros Poderes tendo outro tipo de tratamento pela decisão do Supremo Tribunal Federal, que não está escrita na Constituição?", questionou Jucá, que apontou a instabilidade jurídica gerada pela decisão.

Jucá explicou ter apresentado a proposta como senador, e não como líder do governo. As assinaturas coletadas, disse ele, eram para que o texto fosse discutido por todos os senadores e depois pelos deputados, até que se chegasse a um consenso. O senador condenou o que chamou de patrulhamento feito pela imprensa, que, segundo ele, pressionou os parlamentares que assinaram a PEC, como se eles estivessem votando a favor do texto. "Pedi assinatura para tramitar a PEC. Cansei de assinar aqui, neste plenário, propostas de emendas à Constituição com as quais não concordo, mas assinava para tramitar. Isso é uma praxe, isso é uma cortesia dos colegas, por mais questões que possa haver contra o tema da PEC", esclareceu.

Jucá lembrou que não é réu e nem está sendo investigado, e se disse a favor de todas as investigações da Operação Lava-Jato. Para o senador, essa ação da Polícia Federal é um remédio para o país. "A Lava Jato mudou o paradigma da política brasileira para melhor. Nós sentimos isso na eleição, agora, de 2016. Então, eu jamais — jamais — me coloquei contra a Lava Jato e vou provar isso", garantiu.

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MORAES OMITE QUE SUA MULHER ADVOGA NO STF


Brasília 247 - Apesar de ser casado com uma advogada que tem ações no STF, Alexandre de Moraes omitiu essa informação dos senadores. "Não tenho parentes que exerçam ou que tenham exercido atividades, públicas ou privadas, vinculadas à minha atividade profissional", afirmou o ministro licenciado em ofício. A declaração sobre a possível existência desses parentes é uma exigência regimental para que os senadores analisem se há conflito de interesses nas indicações presidenciais à corte. Os senadores também não vão poder se aprofundar nos documentos ele que aparecem na operação Acrônimo: a documentação está sob sigilo. A PF apreendeu no ano passado documentos na JHSF, empresa do setor imobiliário, que citam o pagamento de R$ 4.000.000,00 entre 2010 e 2014 para Moraes.

"Assinada em 7 de janeiro, a declaração integra um documento de 132 páginas enviado pela Casa Civil aos senadores com uma apresentação de Moraes, seu currículo e outras informações. O ministro está sendo sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado nesta terça-feira (21). Depois, o plenário da Casa decidirá sobre a indicação. A informação ajudou a compor o relatório do senador Eduardo Braga (PMDB-AM) sobre a indicação. Ao falar sobre o currículo de Moraes, o peemedebista destaca que ele "demonstra ter experiência profissional, formação técnica adequada e afinidade intelectual e moral para o exercício da atividade" de ministro do STF.

Como a Folha revelou no último dia 10, o escritório da família de Moraes tem ao menos seis ações em andamento no STF. Os advogados que cuidam dos processos são sua mulher, Viviane Barci de Moraes, além de Laerte José Castro Sampaio, Lucas Marsili da Cunha e Alex Saito. Uma das ações do escritório tinha como relator o ministro Teori Zavascki, que Moraes substituiria. Ele teria que se declarar impedido para não relatar o caso.

As informações são de reportagem de José Marques na Folha de S.Paulo.
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"O trabalhador é pressionado a aceitar uma condição aviltante".


"Não fosse a crise política, a economia brasileira 
poderia ter uma performance diferente".
por Miguel Martins 

As demissões para a contratação de novos profissionais com salários mais baixos incentivam o atual arrocho salarial, diz o diretor do Dieese. À parte o ajuste fiscal adotado pelos governos, a combinação entre a crise econômica e a inflação alta nos últimos dois anos tem contribuído de forma decisiva para o arrocho salarial no País. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a média dos reajustes nos vencimentos de todas as categorias está abaixo da inflação desde o segundo semestre de 2015. No ano passado, a defasagem tornou-se ainda mais dramática: entre janeiro e junho de 2016, 76% dos trabalhadores receberam aumentos iguais ou inferiores ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Quase 40% dos profissionais brasileiros apresentaram perda real em seus vencimentos. Segundo o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, o arrocho atual lembra àquele registrado em 2003, durante o primeiro ano do governo Lula. À época, a combinação entre inflação alta, recessão econômica e desemprego também promoveu desvalorização salarial das categorias, mas as perdas foram compensadas posteriormente com a volta do crescimento econômico e a maior vitalidade do movimento sindical para as negociações coletivas. Na entrevista a seguir, o sociólogo afirma que um dos componentes mais graves do atual arrocho não está relacionado apenas às dificuldades dos sindicatos em negociar com os patrões, mas ao foco do empresariado em demitir para contratar novos trabalhadores com salários mais baixos. "Às vezes, é mais grave o ajuste salarial feito pelo desemprego e pela rotatividade", afirma. "O trabalhador é pressionado a aceitar uma condição que chega a ser aviltante: vencimentos baixos, ausência de registro em carteira, informalidade, precarização. É um jogo pesado."

CartaCapital: Segundo um levantamento do Dieese, a variação real média dos salários no Brasil é negativa desde 2015, ou seja, a maior parte dos vencimentos está sendo reajustada abaixo da inflação. A crise econômica é explicação suficiente, ou há outros aspectos por trás deste arrocho?
Clemente Ganz Lúcio: Se tomarmos como base a série histórica, é possível perceber que 2003 foi o pior ano em termos de reajuste salarial. Tratava-se do ápice da crise enfrentada pelo País no fim dos anos 1990 e início dos 2000. Naqueles anos, observamos um progressivo aumento do desemprego, assim como atualmente. Tudo isso afeta gravemente o ambiente econômico e a vitalidade do próprio movimento sindical nas mesas de negociação para estabelecer as condições da relação de trabalho. Neste contexto mais recente, entre 2015 e 2016, tivemos um processo de aceleração da inflação, de 15% a 16%, fortemente impactado pela desvalorização cambial, ajuste dos preços administrados e o choque de preços na alimentação. Esse contexto de grave adversidade para a negociação coletiva induz esse resultado negativo nos reajustes salariais.

CC: Qual o impacto da combinação entre inflação alta e recessão sobre o trabalhador?
CGL: Se a inflação fosse mais baixa, mesmo em meio à adversidade econômica, é provável que tivéssemos dificuldade, mas talvez não no mesmo montante. Talvez as perdas salariais fossem menores. As perdas estão associadas à combinação desses dois fatores. Há ainda uma terceira dimensão, que faz parte do nosso sistema de relação de trabalho: no caso brasileiro, as empresas ajustam suas contas pelo emprego. Às vezes é mais grave o ajuste salarial feito pelo desemprego e pela rotatividade, com trabalhadores desempregados sendo contratados por muito menos, do que o arrocho resultante da negociação coletiva. Agora, a empresa demite, e quando vier a contratar lá na frente, vai haver um exército de reserva muito grande e uma procura intensa pelo mesmo posto. Isso faz com que a empresa faça uma oferta salarial mais baixa

CC: E o trabalhador acaba obrigado a aceitar essa redução nos vencimentos.
CGL: Esse movimento é muito mais grave para o aspecto salarial, pois ele leva à baixa condição de resistência aos sindicatos. Como nosso sistema de proteção social é bastante limitado, a possibilidade de se resistir à redução salarial é menor. O trabalhador é pressionado a aceitar uma condição que chega a ser aviltante: vencimentos baixos, ausência de registro em carteira, informalidade, precarização. É um jogo pesado.

CC: Qual era a realidade econômica em 2003?
CGL: Em 2003, há o ápice da crise do emprego e da recessão econômica. A recuperação começou no ano seguinte. No primeiro ano do governo Lula, a inflação teve um aumento de expectativa, em razão da especulação feita pelo mercado, um processo rapidamente revertido em seguida. Mas o choque sobre os preços no curto prazo levou as perdas salariais a crescer significativamente naquele ano, já em meio a um mercado de trabalho bastante deteriorado. A maioria das negociações em 2003 não teve sequer a reposição da inflação. No entanto, havia um fato novo, que era o governo Lula. O ambiente político era extremamente favorável, a sociedade estava mobilizada, um cenário bem diferente do atual. Estamos em meio a uma brutal crise política, longe de estar solucionada. É uma crise que vem desde o impeachment e segue sem solução, agravada de forma muito severa pela Operação Lava Jato. Ninguém sabe o que pode ocorrer no Congresso Nacional. Essa crise política cria uma instabilidade muito grande. A gravidade dos problemas exige um nível de acordo social que não está sendo possível alcançar na sociedade brasileira. O desdobramento disso não é necessariamente uma saída econômica mais rápida. A economia brasileira teria condições de ter uma performance diferente se não houvesse uma crise política dessa magnitude.

CC: Na comparação com 2003, o poder de negociação dos sindicatos também é menor?
CGL: Hoje, a fragilidade do movimento sindical é maior. Em 2003, havia uma expectativa de retomada, mas atualmente não há esta perspectiva. O empresariado continua com o freio de mão puxado, o fechamento de empresas predomina, o não pagamento de dívidas, demissões...o movimento recessivo ainda é predominante. Tirando alguns setores como agricultura, as sinalizações positivas são muito incipientes.

CC: A greve branca de policiais no Espírito Santo e no Rio de Janeiro indica o incômodo de categorias de servidores públicos com o arrocho. Qual é a situação atual dos servidores?
CGL: O caso do setor público é tão ou mais grave do que o do setor privado. Em muitos estados, a crise fiscal tem resultado em uma política de ajuste de longa duração na força de trabalho e na remuneração do setor público. Como o setor público não tem direito à negociação coletiva, os governos estaduais não são obrigados a chamar a representação sindical para negociar, o que resulta numa crise. Sem a possibilidade de negociar, os trabalhadores começam a se revoltar, especialmente diante de salário atrasados, cortes. Uma hora explode. A ausência da negociação coletiva não gera um ambiente favorável ao diálogo. Como os governos geralmente não tem essa prática, esse cenário resulta em crise, queda de produtividade, os servidores abandonam suas funções, a qualidade do atendimento cai. O diálogo seria importante para incentivar o bom senso, o equilíbrio.

CC: A fixação de uma data base para negociações no setor público é uma antiga demanda do movimento sindical.
CGL: O que defendemos é a aplicação de uma convenção da Organização Internacional do Trabalho, que reconhece o direito à negociação coletiva dos servidores, mas ainda não houve a regulamentação. Como ainda não está na lei, os governos estaduais ou federal não são obrigados a sentar à mesa para negociar com os servidores. Segundo os dados levantados pelo Dieese, no caso das greves de funcionários públicos, a grande maioria, talvez dois terços, tenham como reivindicação a abertura de negociação. Muitas delas acabam assim que as negociações são abertas. Em muitos casos, se houvesse negociação, talvez não ocorresse a greve. E, possivelmente, não seriam tão longas.

CC: O governo Temer tem sinalizado a regulamentação do direito à greve, até para dificultar a paralisação de servidores que atuam em serviços essenciais.
CGL: O governo deve estar observando qual será o comportamento do ajuste fiscal nos próximos anos e está identificando o aumento do conflito. Assim, deve endurecer a regulamentação da greve. O direito à paralisação, na nossa visão, tem de ser regulamentado com o direito à negociação. Se policiais militares não podem ter direito à greve por portarem armas, ao menos eles têm de ter um processo de negociação diferenciado.

CC: O salário mínimo ficou abaixo do previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias deste ano. Foi fixado em 937 reais. Estamos vivenciando o fim do ciclo da política de valorização do salário mínimo?
CGL: Essa política estará em vigor até janeiro de 2019. O reajuste do salário mínimo daqui a dois anos corresponderá ao crescimento econômico de 2017. Logo, o crescimento do salário mínimo em 2018 será nulo porque a economia esteve em recessão no ano passado. Uma eventual alta em 2019 deve ser tímida, pois a recuperação econômica neste ano também deve ser muito pequena ou até nula. É muito provável que o crescimento do salário mínimo até 2019 seja igual a zero e que ele seja reajustado conforme a inflação. A depender da performance da economia daqui para frente, pode haver uma revisão da política de valorização do mínimo. Se o nível de recessão for muito longo, haverá um crescimento daqueles que vão advogar contra a possibilidade de manter essa política. A política é importante, mas se a economia vai mal, não há como esperar a valorização do mínimo. Ele sofre a consequência de uma grave recessão. O crescimento do mínimo pode aumentar a demanda e a capacidade de consumo das pessoas, o que pode animar a economia e produzir um ciclo virtuoso. Mas se o crescimento do salário mínimo gerar mais desemprego pelo custo que ele traz a uma economia recessiva, a política perde sentido. Valorizá-lo só faz sentido como parte de um projeto de desenvolvimento econômico.

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Cassação de Pezão é publicada no Diário da Justiça; governador vai recorrer

Os dois foram cassados por abuso de poder econômico e político, pelo plenário do TRE.


Cassação de Pezão foi publicada no Diário da Justiça.
AGÊNCIA BRASIL

Rio - A decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) de cassar o mandato do governador Luiz Fernando Pezão, e o do vice-governador Francisco Dornelles foi publicada na edição da segunda-feira do Diário da Justiça. Os dois foram cassados por abuso de poder econômico e político, pelo plenário do tribunal, em sessão no dia 8 deste mês, e podem permanecer no cargo até julgamento do caso pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a quem irão recorrer, segundo informou a assessoria do governo do estado. Com a decisão do TRE, Pezão e Dornelles se tornaram inelegíveis e será necessário realizar uma nova eleição no estado. O tribunal considerou que o governo fluminense concedeu benefícios financeiros a empresas como contrapartida para doações posteriores à campanha de Pezão e Dornelles, na eleição de 2014.

Segundo o TRE-RJ, devem ser realizadas eleições diretas para a escolha dos representantes do Executivo estadual. O tribunal alertou que a decisão, no entanto, “somente produz efeito após o trânsito em julgado, ou seja, quando não cabe mais recurso, de acordo com o Artigo 257, Parágrafo 2º, do Código Eleitoral”.

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À espera do 13° filho, mulher diz ser 'viciada em bebês'

Inglesa afirmou que cogita apelar a um banco de esperma caso 
não encontre um parceiro disposto em aumentar a prole.


Cheryl Prudham.
O DIA

Inglaterra - Uma mulher revelou ser "viciada em bebês", em entrevista ao programa "This Morning", da ITV. Aos 34 anos, Cheryl Prudham está na 13ª gestação. "Estava sentindo o desejo de ser mãe novamente, já que o meu caçula está com um ano. Sinto falta de um bebê nos meus braços", comentou a inglesa que está na expectativa de ter mais um menino. A mulher afirmou também que cogita apelar a um banco de esperma caso não encontre um parceiro disposto em aumentar a prole. Ela engravidou pela primeira vez aos 17 anos, com o primeiro companheiro ela teve seis filhos. Agora, a inglesa está grávida de Lee Ball, com quem já teve outros seis.

Cheryl que trabalha como faxineira, rebate as críticas de viver às custas do governo britânico. "Só penso nos meus filhos e na minha família". Além do salario, ela recebe cerca de R$ 155.000,00 anuais de benefícios concedidos pelo estado. Com o filho que está a caminho, a inglesa receberá mais R$ 2.800,00.

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Estudantes apresentam 270 mil assinaturas contra indicação de Moraes ao STF

Moraes será sabatinado pelos senadores nesta terça-feira.


ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - Estudantes do Centro Acadêmico XI de Agosto, entidade representativa dos alunos do curso de Direito da Universidade de São Paulo (USP), entregaram ao Senado Federal um abaixo-assinado com cerca de 270.000 assinaturas contra a indicação de Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Moraes será sabatinado pelos senadores nesta terça-feira, 21. A estudante Paula Masulk, 22 anos, esteve no Senado na segunda-feira, 20, acompanhada de outros três colegas do curso de Direito, para entregar o documento. O abaixo-assinado teve adesão de pessoas externas à comunidade acadêmica e alcançou as 270.000 assinaturas na manhã de segunda-feira. Como o documento é virtual, as assinaturas ainda estão sendo colhidas e a quantidade pode aumentar. "Queremos trazer a posição da sociedade civil, que aderiu em massa ao abaixo-assinado. Acreditamos que Moraes não cumpre os requisitos para o cargo de ministro do Supremo. Espero que a nossa contribuição traga um contraponto aos senadores na sabatina e mostre a insatisfação da sociedade com esta indicação", disse Paula. De acordo com aqueles que subscrevem o texto, Moraes não possui "possui postura ilibada", tem posições partidarizadas e protagonizou desrespeitos aos princípios fundamentais da Constituição. A carta cita como exemplo o adiantamento de informações feito pelo ministro em comício da campanha de Duarte Nogueira (PSDB) à prefeitura de Ribeirão Preto no ano passado. "Teve a semana passada e esta semana vai ter mais, podem ficar tranquilos. Quando vocês virem (nova fase da Lava Jato) esta semana, vão se lembrar de mim", disse o ministro à época. Em seguida, o ex-ministro Antonio Palocci (PT) foi preso na operação.

O abaixo-assinado aponta ação "truculenta" de Moraes enquanto Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo contra a ocupação de estudantes secundaristas sem mandado judicial. O texto pondera ainda que, por ter apenas 49 anos, Moraes pode ser ministro durante 26 anos e argumenta que é um longo tempo para que alguém goze do poder da mais alta Corte do País em um regime democrático.

Sabatina
O documento foi recebido por senadores e deputados de oposição, que se comprometeram a levar as assinaturas para a sabatina de Moraes. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que vai apresentar um requerimento para que o abaixo-assinado seja anexado ao processo de indicação de Moraes ao cargo no STF. "Esse documento, com 270.000 assinaturas, vindo da sociedade civil, não poderia ter mais legitimidade", disse Randolfe. "Moraes não tem isenção nem imparcialidade para ser ministro do STF. Como ele será revisor da Lava Jato sendo ex-ministro da Justiça de um governo que tem quatro ministros investigados?", indagou o petista Lindbergh Farias (RJ).

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Quase 200 mil empresas devem o FGTS de seus funcionários e ex-funcionários

No Rio, dívidas chegam a R$ 4.100.000.000, 00, distribuídos entre 27,7 mil empresas inadimplentes.


AGÊNCIA BRASIL

São Paulo - Cerca de 7 milhões de trabalhadores não tiveram depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), incluindo contas ativas e inativas, feitos corretamente por seus empregadores. São 198.700 empresas devedoras de depósitos de FGTS, segundo informações da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), órgão vinculado ao Ministério da Fazenda. Com isso, muitos trabalhadores que quiserem sacar o saldo do FGTS de uma conta inativa podem ter problemas. Só em São Paulo, são 52.800 empresas devendo depósitos no FGTS de seus empregados e ex-empregados, em um total de R$ 8.690.000.000,00 em débitos. No Rio de Janeiro, as dívidas chegam a R$ 4.100.000.000,00, distribuídos entre 27.700 empresas inadimplentes.

De acordo com a procuradoria, só em inscrições de empresas na dívida ativa, existe um débito de R$ 24.500.000.000,00. Contudo, nem todas as empresas listadas entre as devedoras estão inscritas na dívida ativa, ou seja, o valor desse débito é maior. Uma empresa só é inscrita na dívida ativa quando não faz acordo com o Ministério do Trabalho, ou fazer o acordo, mas não o cumpre. O rombo nas contas dos trabalhadores poderia ser ainda maior. Entre 2013 e 2016, a Procuradoria da Fazenda conseguiu recuperar R$ 466.900.000,00, efetuando a cobrança junto às empresas.


Caso o trabalhador verifique que a empresa para a qual trabalha ou trabalhou não fez os depósitos corretamente, ele deve procurar a própria empresa. Outra dica é ir a uma Superintendência Regional do Trabalho, vinculada ao Ministério do Trabalho. O ministério é o órgão responsável pela fiscalização dos depósitos nas contas do FGTS dos trabalhadores.

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Estudante desaparecido morreu em acidente na Linha Amarela

Corpo do rapaz será enviado para cidade de origem, no Acre.


Wanderson Amorim Nascimento morreu em acidente na Linha Amarela.
O DIA

Rio - As buscas pelo corpo do estudante de arquitetura Wanderson Amorim do Nascimento, 21 anos, terminaram na segunda-feira de modo trágico. O rapaz, que estava desaparecido desde sábado, morreu em um acidente na Linha Amarela no mesmo dia. A informação foi confirmada pela amiga do jovem, Thainá Felix, em diversas postagens no Facebook. "Boa noite, amigos! É com tristeza que venho informar o falecimento do nosso amigo Wanderson Amorim do Nascimento. Seu corpo foi reconhecido no IML após sofrer um acidente na Linha Amarela, próximo ao pedágio, na madrugada de sexta para sábado", diz uma das publicações. O corpo do rapaz, que é natural de Rio Branco, no Acre, será enviado à cidade de origem após ser liberado do Instituto Médico Legal (IML). Ele morava na Região Metropolitana há três anos. Inicialmente, amigos fizeram uma campanha nas redes sociais para localizá-lo, após Wanderson anunciar que faria uma trilha na Pedra da Gávea, Zona Sul do Rio.

O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca) e depois encaminhado à Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA). O DIA procurou a Polícia Civil para confirmar se o registro seguiu para outra delegacia mas, até a publicação desta reportagem, a assessoria da corporação não confirmou a mudança. "Hoje estamos indo em outras delegacias para tentar pressionar a polícia. Vamos falar com a polícia e fazer cartazes. Espalhar por Niterói, por Maria Paula, onde ele mora, e pela Zona Sul do Rio, no Cantagalo e no Pavão Pavãozinho", afirmou Thainá, mais cedo, à reportagem.

Contato antes de morrer
"Ele (Wanderson) não conhecia ninguém nesse grupo com que ia fazer trilha. Quando foi 01:54, ele enviou uma mensagem de áudio para a líder dizendo que 'estava meio perdido'", contou Thainá. O jovem também contou que foi parado em uma blitz, mas já estava liberado. Às 05:00hs., uma mensagem foi enviada: "Oi mãe". "Não sabemos se foi ele que enviou a mensagem, pode ter sido outra pessoa para ver a reação. O telefone dela pode estar gravado como 'mãe'", explicou a amiga. A mãe do rapaz, Hozana Amorim, chegou de Rio Branco no domingo por volta das 11:00hs.

Segundo Thainá, Wanderson estava extremamente ansioso para vê-la há meses, mas não apareceu no aeroporto. "A mãe dele ficou desesperada. Queria sair procurando pelas ruas, mas tive que contê-la, explicar que aqui é diferente de Rio Branco. Ainda mais com essa situação difícil que estamos passando com a polícia", afirmou.

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