quarta-feira, 10 de abril de 2024

Piloto da FAB interceptou avião com mais de 500 kg de cocaína.

 
Piloto de caça mandou aeronave pousar no Paraná, mas avião seguiu até interior de São Paulo onde fez pouso forçado em área rural. Segundo Polícia Federal, havia 565 kg de pasta base de cocaína a bordo.

Por Mara Puljiz, Caroline Cintra, TV Globo e g1 DF.

-"Aeronave interceptada. Papa tango, charlie, papa, romeu. Aqui é o interceptador..., por determinação da defesa aérea sua aeronave deverá efetuar pouso obrigatório no aeroporto de Londrina." Esse foi o diálogo do piloto da Força Aérea Brasileira (FAB) que interceptou uma aeronave carregada com 565 kg de pasta base de cocaína, em uma operação conjunta com a Polícia Federal (PF) na manhã da terça-feira (09). A aeronave entrava no espaço aéreo brasileira, na fronteira com o Paraguai, sem plano de voo. O piloto, porém, desrespeitou a ordem e não se dirigiu ao aeroporto do Paraná. Ele acabou seguindo até o estado de São Paulo, onde fez um pouso forçado em uma plantação de laranja, perto do distrito de Caporanga, em Santa Cruz do Rio Pardo. Com a queda, o avião de pequeno porte se partiu ao meio. Parte da carga ficou espalhada pelo laranjal

A perseguição.
Conforme a FAB, a aeronave com cocaína foi identificada na fronteira do Paraguai com o Brasil, na região de Mato Grosso do Sul. Ao ingressar no espaço aéreo brasileiro, sem plano de voo, o avião passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e pela PF. Aeronaves A-29 Super Tucano e o avião radar E-99 da FAB seguiram para o local e a FAB determinou o pouso obrigatório da aeronave. Com a falta de respostas, o avião de pequeno porte foi interceptado, ainda no Paraná. Mas o piloto seguiu e acabou fazendo um pouso forçado na região de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). O suspeito, de 30 anos, ainda tentou fugir pela mata, mas foi localizado pelo helicóptero da Polícia Federal e preso.

Segundo a FAB, os pilotos de defesa seguiram o protocolo das medidas de policiamento do espaço aéreo brasileiro, interrogando o piloto que transportava a droga, mas não obtiveram resposta.

A reportagem do g1 apurou que a aeronave estava com Certificado Aeronavegabilidade (CA) suspenso. O CA é documento emitido pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Ainda segundo a FAB, a aeronave de modelo CESNA-182 estava com a matrícula clonada.

g1.globo.com

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