quinta-feira, 11 de abril de 2024

Jogo embolado em Guarapari (ES).


Autora  Fabiana Tostes

Com um eleitorado de 99.129 eleitores, segundo dados do TRE-ES, Guarapari já tem, até o momento, oito pré-candidatos a prefeito. São oito lideranças políticas que já se movimentam nos bastidores e buscam viabilizar o nome para a disputa – só a título de comparação, Serra, que é o maior colégio eleitoral do Estado com 358.317 eleitores tem, até o momento, cinco pré-candidatos apresentados. Não se pode colocar como definitivas as pré-candidaturas em Guarapari, muitos nomes podem desistir no meio do caminho ou formar composição, com a apresentação de dois pré-candidatos na mesma chapa. Nos bastidores, esse afunilamento já estaria até ocorrendo, com alguns nomes apresentados para a disputa majoritária sendo debatidos como vice ou candidatos a vereador. Oficialmente, porém, hoje o cenário político em Guarapari está embolado.

No final de março, a coluna noticiou a intenção do PL em lançar o delegado Danilo Bahiense na disputa pela Prefeitura de Guarapari. Na ocasião, o presidente municipal do partido rasgou elogios ao deputado:“É um nome que vem sendo avaliado pelo PL. Ele é um deputado atuante no partido, defende nossas pautas, demonstrou muito apreço por Guarapari, tem casa e negócios aqui e pode ser um nome a nos representar”, disse o dirigente, Vinícius Lino. De lá para cá, Bahiense tem feito reuniões no município com diversas lideranças e, na última sexta-feira (05), recebeu o título de “Cidadão Guarapariense” na Câmara de Vereadores de Guarapari. O proponente foi o vereador Rodrigo Borges (Republicanos). Borges, inclusive, também é pré-candidato a prefeito, e tem se colocado como oposição à atual gestão, comandada pelo prefeito Edson Magalhães (PSDB). “Minha candidatura é irreversível, não serei candidato a vereador”, disse Borges à coluna. Ele teria também o apoio do Novo.

No campo oposto, como é reeleito, o atual prefeito não pode disputar agora um novo mandato. Por isso, também no final de março, ele lançou seu então secretário de Obras, Emanuel Vieira (União), como seu sucessor, durante um evento. Emanuel é engenheiro e servidor efetivo da Prefeitura. Na ocasião, Magalhães já apresentou a chapa completa, com o nome da vice, a professora Tamili Mardegan, que ocupava o comando da Secretaria de Educação. Ela também é servidora efetiva do município e se filiou ao PSDB. “Minha proposta é pela continuidade do desenvolvimento da cidade”, disse Emanuel, em suas redes sociais. Além do União Brasil e do PSDB, o grupo do prefeito teria também o apoio do Cidadania e do PDT.

DOBRADINHA?
Em outra frente, o subsecretário estadual de Turismo, Gedson Merízio (Podemos), também está trabalhando para viabilizar sua pré-candidatura a prefeito de Guarapari. Ele foi candidato em 2020 e ficou em terceiro lugar, com 16,71% dos votos válidos. Ele, porém, já aventa a possibilidade de uma dobradinha com o também pré-candidato a prefeito de Guarapari pelo PSB, o jornalista Ted Conti, que atua na Subsecretaria Estadual de Assistência Social.“Fizemos um acordo, o Podemos e o PSB, e o Ted estará caminhando conosco. Lá na frente nós faremos uma avaliação, mas vamos tomar a decisão juntos, vamos caminhar juntos. Esse é o acordo que nós temos”, disse Gedson. Uma das possibilidades dessa caminhada em comum seria a formação de uma dobradinha para a chapa, sendo um o candidato a prefeito e, o outro, a vice. “Temos tempo para isso, para avaliar a posição de cada um”. Já Ted enfatiza que é pré-candidato a prefeito e que o “estar junto” se refere à formação das chapas de vereadores. “Estamos juntos para a formação das chapas de vereadores do PSB e do Podemos. Mas, caminharemos independentes na pré-candidatura a prefeito. Somente na convenção veremos quem estará em melhor posição para formar uma união”, disse Ted. Nos bastidores, também estaria em estudo a possibilidade de não sair uma chapa da união entre os dois, mas um ser candidato a vereador e o outro ser vice numa outra composição, com um terceiro pré-candidato. Mas o martelo só será batido na convenção.

MUDOU DE PARTIDO PARA DISPUTAR.
O deputado estadual Zé Preto (PP) deixou seu antigo partido, o PL, para disputar a Prefeitura de Guarapari. Ele foi liberado pelo partido e pela Justiça Eleitoral para mudar de legenda sem correr o risco de perder o mandato e se filiou ao PP com a garantia de que teria espaço para disputar. Como já foi dito anteriormente, o PL também pretende ter candidatura própria e aposta em Bahiense, colega de plenário de Zé Preto. O agora progressista também tem se movimentado em pré-campanha para viabilizar sua candidatura. Além do PP, Zé Preto estaria próximo de fechar com o PRD e o PSD no apoio à sua pré-candidatura.

TRÊS PARTIDOS FECHADOS.
Pelo MDB, quem está tentando viabilizar o nome para disputar a Prefeitura de Guarapari é o presidente da Câmara de Vereadores, Wendel Lima (MDB). Ele já lançou sua pré-candidatura. Ele atuou na formação da chapa de vereadores e escreveu em seu perfil do Instagram que já teria três partidos fechados. Além do MDB, estariam com ele também o Solidariedade, PMN e DC.

CANDIDATURA INDEPENDENTE.
E com uma candidatura independente, mas representando a esquerda no município, estaria o ex-vereador Oylas Pereira (PT), também na disputa pela Prefeitura de Guarapari. Nos bastidores, Bárbara Hora (PT), que foi candidata em 2020 e ficou em sexto lugar, teria retirado o nome da disputa, após romper com a deputada estadual Iriny Lopes (PT). Oylas, porém, ainda não teve a pré-candidatura oficializada.

Em tempo: Alguns pré-candidatos são de partidos que fazem parte da base aliada do governador. Resta saber quem conquistará a bênção do Palácio Anchieta para avançar na campanha.

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