Reforma Política será votada no plenário da Câmara nesta quarta-feira.

Líderes partidários se apressaram e decidiram votar logo texto aprovado 
na terça; opositores discordam de 'distritão' e fundo público bilionário.


Alessandro Molon (Rede-RJ) reclamou
da pressa em votar a Reforma Política.
ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Em reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), líderes partidários decidiram marcar para esta quarta-feira, às 09:00hs, a votação em plenário da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que instituiu o chamado 'distritão' para 2018 e a criação do fundo público de R$ 3.600.000.000,00 para financiamento das campanhas. As medidas foram aprovadas na terça-feira, em uma das comissões especiais que debate a Reforma Política na Câmara. "Ficou agendada para esta quarta a PEC aprovada na terça. Não há acordo de nossa parte, nós discordamos do sistema eleitoral que se quer propor, o 'distritão', que dificulta a renovação e só favorece as pessoas muito conhecidas e também há desacordo enorme em relação ao fundo eleitoral", criticou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ)

A pressa para colocar o tema em votação se deve ao curto prazo que os congressistas têm para conseguirem aprovar novas regras já para o próximo pleito eleitoral. Caso as mudanças não sejam aprovadas até setembro, não haverá tempo para instituir as novas regras em 2018. "Fundo público de financiamento de campanhas é uma afronta à população brasileira. Pelo resultado da votação na comissão, não se alcança os 3/5 dos votos necessários em plenário. No entanto, a pressa de se votar me leva a crer que os que querem o 'distritão' avaliem que já há votos suficientes", alertou Molon.

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