quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Como lucrar com o pão de cada dia

Encontro para panificadoras e laticínios reúne 800 pessoas para falar de estratégias de crescimento no setor em tempos de crise.


Encontro de panificadoras e laticínios debate 
estratégias para o setor em tempos de crise.
HERCULANO BARRETO FILHO

Rio - Como agregar alternativas tecnológicas e ainda adotar medidas econômicas para lidar com a produção do pão nosso de cada dia? A pergunta começa a ser respondida hoje, na 5ª edição do Encontro Tecnológico Panis et Lactis, que reunirá 800 pessoas ligadas aos setores de alimentos, panificação, confeitaria e laticínios no Núcleo Avançado em Tecnologia e Alimentos (Nata), em São Gonçalo. Promovido pelo Instituto GPA, o evento técnico-científico é gratuito e irá até sexta-feira. Reduzir, reutilizar, reciclar e inovar são tendências para o gerenciamento da crise em empresas da área de alimentação, que seguem uma rígida legislação ambiental, com alto custo de produção. Um contexto que obriga o mercado a buscar adequações para seguir oferecendo produtos de qualidade aos consumidores. A programação inclui mais de 40 palestras ministradas por especialistas do setor alimentício, que abordarão temas como a relação custo-benefício de produtos sem glúten e lactose, alimentação saudável, sustentabilidade, tecnologia e redução do desperdício. O público é formado por estudantes e profissionais da área. “Temos equipe técnica capacitada. Com potencial para desenvolver projetos de pesquisa e formar pequenos empreendedores. Nesses cinco anos, o Panis et Lactis se tornou referência em avanços tecnológicos e mercadológicos do setor”, avalia a diretora executiva do Instituto GPA, Dary Bacellar. Patricia Luisa Santana, coordenadora de projetos do Instituto GPA, coordenadora do Instituto GPA, reforça a importância de levar conhecimento ao setor: “O evento terá laboratórios e atividades práticas. Vamos trazer o momento de crise para o evento. Também é voltado a empreendedores de pequenas padarias, em uma área carente de informações”.


Encontro de panificadoras e laticínios debate 
estratégias para o setor em tempos de crise.

Formado no curso de laticínios no ano passado, Lucas Pereira de Sá hoje trabalha como técnico na fábrica de produtos derivados do leite no próprio colégio. Enquanto ainda estudava, fez estágio de uma semana numa fábrica de queijos artesanais no interior de Minas Gerais. Neste ano, participou de intercâmbio em um centro de formação para profissionais da área em La Roche-sur-Foron, cidadezinha francesa perto da fronteira com a Suíça. E, com apenas 18 anos, dará um workshop no evento com direito a degustação de queijo e de um prático típico da França. “A ideia é mostrar uma alternativa de produção de queijos artesanais, buscando consumidores que busquem um produto de qualidade. O mercado artesanal tem condição de crescimento”, analisa.

Pablo Rodrigues, que também tem 18 anos, se formou no curso de panificação. E, assim como Lucas, irá compartilhar os seus conhecimentos em uma das palestras do evento. Ele também buscou qualificação na França, na cidade de Nice. E, desde o começo do ano, trabalha em uma padaria artesanal em Botafogo. “O objetivo da palestra é mostrar as diferenças entre a panificação brasileira e francesa. O mercado de padarias artesanais está em crescimento no Brasil, apesar das dificuldades”, acredita. Uma ideia compartilhada pelos profissionais da área. Porque sabem que, mesmo em tempos de crise, o pão nosso de cada dia sempre estará na mesa dos brasileiros.

Por mão de obra
O Núcleo Avançado em Tecnologia de Alimentos (Nata) é resultado da parceria entre o Instituto GPA, Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro e Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio de Janeiro. Firmado em 2009, o acordo visa oferecer ensino médio integrado à educação profissional técnica para viabilizar mão de obra especializada.

Onde fica
O evento ocorre das 14:00hs., às 19:00hs., entre hoje e sexta-feira, no Colégio Estadual Comendador Valentim dos Santos Diniz, na Rua Capitão Juvenal Figueiredo, s/nº, Colubandê, São Gonçalo, sede do núcleo.

http://odia.ig.com.br/

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