Hospital Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, reabre emergência
Setor estava fechado desde 2011.
Rio - Quatro anos de expectativas. Um embargo determinado pelo Tribunal de Contas da União. Mais seis meses de obras e, finalmente, o Hospital federal Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, ganhará nova emergência. A direção da unidade promete, para o próximo dia 30, reabrir o setor, fechado desde 2011. A medida será um alívio para a população, atualmente atendida em duas salas improvisadas, com pacientes em macas pelo corredor.
“Dentro do panorama atual da saúde no Rio de Janeiro, a notícia é muito boa, mas é preciso que os gestores tenham em mente que um prédio, sem pessoal capacitado e condições de trabalho, não resolve. Temos problemas gravíssimos também nas emergências federais de Bonsucesso e Andaraí, também em obras há muito tempo”, avaliou o presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze. A inauguração que poderá aliviar o atendimento superlotado na emergência e acende a esperança de solução de problemas que ficaram evidentes no hospital esta semana. Com um tumor na bexiga, o auxiliar de enfermagem Rodrigo Alves Torquato, de 37 anos, teve sua cirurgia adiada na segunda-feira.
“Eu e pelo menos outras dez pessoas fomos mandados para casa porque disseram que os maqueiros estariam em greve e faltava material cirúrgico para a operação. Ficaram de remarcar a cirurgia para o dia 28, mas fico com medo que meu quadro piore”, desabafou Rodrigo.
Em nota, a direção do Cardoso Fontes reconheceu que cirurgias foram adiadas esta semana, mas que não eram de urgência. Segundo a assessoria de imprensa da Rede Federal de Saúde no Rio, o atraso de pagamento dos maqueiros já foi resolvido e não há falta de material cirúrgico na unidade.
A epopeia de José Ribeiro, 80 anos, é toda quarta-feira, quando sai de Itaipuaçu, em Maricá, para ser atendido na Clínica de Urologia do Cardoso Fontes. “A consulta está marcada para 14:00hs., mas são 15:00hs., e o médico ainda não chegou. Eu estou aqui desde 11:00hs.”, revelou.
Com remédios controlados e aposentadoria minguada, o ex-gerente dos Correios conta só com a saúde pública para “vigiar a próstata”, como ele diz. A reportagem do DIA seguiu para outros setores do hospital e reencontrou José às 17:30hs., ainda sem atendimento.
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