Aeroporto do Galeão terá prioridade na concessão pelo governo
Com 1,2 mil funcionários, gestão é um dos problemas do Galeão | Foto: Divulgação
Rio - Técnicos do governo retomam nesta semana os trabalhos para finalizar o programa de concessões dos aeroportos que será apresentado à presidente Dilma Rousseff na próxima semana, após o retorno das viagens oficiais para França e Rússia. Fontes próximas às negociações afirmam que a prioridade das concessões deverá se concentrar na entrega do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, à iniciativa privada. Além de funcionar como a vitrine brasileira, por conta dos megaeventos esportivos, há interesse da Infraero em conceder o aeroporto. Nos bastidores comenta-se a dificuldade histórica que a estatal aeroportuária acumula quanto à gestão do aeroporto, um problema que o governo quer resolver o mais rápido possível. Com 1,2 mil funcionários, o calcanhar de Aquiles do Galeão está justamente na eficiência da sua administração.
O governo deixou em segundo plano os projetos de expansão da capacidade do aeroporto para atender a crescente demanda de passageiros para a Copa de 2014. A avaliação é a de que as obras tocadas pela própria Infraero, que está concluindo a construção do terminal 2 de passageiros, já será suficiente para atender bem os passageiros. O ganho maior com a concessão seria um bom “banho de loja”, o que seria plenamente viável até 2014. Mais preocupante, do ponto de vista de falta de infraestrutura é o aeroporto de Confins, em Minas Gerais, outro alvo do plano de concessão do governo. O aeroporto hoje já opera com capacidade acima do normal.
R$ 5 bi para modernizar os regionais
Conforme declarações da Ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, o plano de reforma de aeroportos regionais – que em geral são de menores portes – será outra ação a ser anunciada como parte das concessões. Gleisi adiantou a previsão de investir até R$ 5 bilhões para modernizar estes terminais e incentivar a aviação regional do país. O governo usará recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) para bancar a reforma desses aeroportos, que hoje não recebem voos comerciais por precariedades. Hoje há apenas 146 aeroportos regionais para os quais as empresas aéreas têm condições de voar, mas a meta do governo é ampliar esse número para 200 até 2015.
Reportagem de Ruy Barata Neto
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