Luiz Roberto Lima / AE - Na manhã desta segunda, funcionários e parentes se concentraram na porta da unidade, no centro, em busca de explicações.
Secretário de Saúde antecipou transferência para evitar confronto com manifestantes
Evelyn Moraes, do R7
O diretor-geral do Inca (Instituto Nacional do
Câncer), Luiz Antonio Santini, disse nesta segunda-feira (16) que a
demolição do Hospital Central do Iaserj (Instituto de Assistência dos
Servidores do Estado do Rio de Janeiro) já está autorizada e poderia
começar imediatamente. No entanto, nove pacientes ainda aguardam
transferência na unidade, cujo terreno, no centro do Rio, foi doado pelo
Estado ao Inca para a construção de um centro de tratamento do câncer.
Santini participou da entrevista coletiva que o secretário estadual
de Saúde, Sérgio Côrtes, concedeu nesta manhã para esclarecer o projeto e
a confusão do fim de semana com a remoção dos doentes. Na noite de sábado (14), 11 pacientes que estavam na UTI foram
removidos para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. Familiares de
pacientes e funcionários foram para a porta do hospital e protestaram.
Eles reclamam da falta de comunicação prévia, do horário e da forma como
os pacientes estavam sendo transferidos e da intenção do Estado em
demolir o hospital. A pedido da secretaria de Saúde, policiais militares
do BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque) cercaram o prédio e o clima
ficou tenso.
Côrtes informou que os familiares de todos os pacientes e a direção
do hospital foram avisados com antecedência. O secretário explicou ainda
que a transferência foi feita à noite para evitar tumulto na porta da
unidade, o que poderia ser intensificado pelo trânsito e pelo fluxo de
pedestres durante o dia na avenida Henrique Valadares. Além disso,
Côrtes admitiu que antecipou a remoção, anteriormente marcada para
domingo (15), porque identificou em redes sociais na Internet a
mobilização de servidores para uma "manifestação violenta" no momento da
operação.
— A transferência foi feita à noite porque identificamos troca de
emails e postagens em redes sociais de que haveria uma grande
movimentação contra o processo, uma incitação. Não queremos confronto.
Planejamos tudo para que nenhum paciente sofresse.
A direção do Iaserj informou que o aviso da transferência chegou somente na sexta-feira (13) à noite por email. Côrtes rebateu a informação dizendo que a mensagem eletrônica da secretaria foi apenas a formalização de um comunicado feito antes em reunião com os diretores. Apesar de familiares reclamarem que os doentes foram retirados às pressas, alguns com equipamentos como sondas e soros, o secretário frisou que nenhum deles sofreu danos e que os equipamentos também não foram danificados.
— Tivemos engenheiros clínicos durante a transferência e não houve dano a nenhum equipamento. Estes equipamentos serão levados para o Hospital estadual Eduardo Rabello [na zona oeste da cidade]. Aos servidores que reclamam da demolição e fechamento da unidade, Côrtes disse que alguns deles serão remanejados para outra unidade de saúde do Iaserj que funciona no Maracanã, na zona norte, onde irá funcionar o ambulatório. Os demais terão oportunidades de vagas em outras unidades do Estado.
— Não fechamos nada, só ampliamos o serviço. Não fizemos nada sem a
autorização do Poder Judiciário. Esta decisão foi tomada em 2008 pelo
Ministério da Saúde. O único objetivo era ampliar a atenção oncológica
do estado.
Dos nove pacientes ainda internados, um está na terapia intensiva em estado gravíssimo, por isso ainda não pôde ser levado para outra unidade. Os outros oito estão internados no setor de infectologia. Este setor passará a funcionar no Hospital dos Servidores do Estado, na praça Mauá. O pronto atendimento da unidade foi transferido para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.
Segundo o diretor do Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte da cidade, Carlos Henrique Ribeiro, os 11 pacientes que estavam em estado grave e que foram transferidos para a unidade passavam bem até as 10h desta segunda-feira.
Dos nove pacientes ainda internados, um está na terapia intensiva em estado gravíssimo, por isso ainda não pôde ser levado para outra unidade. Os outros oito estão internados no setor de infectologia. Este setor passará a funcionar no Hospital dos Servidores do Estado, na praça Mauá. O pronto atendimento da unidade foi transferido para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro.
Segundo o diretor do Hospital estadual Getúlio Vargas, na Penha, zona norte da cidade, Carlos Henrique Ribeiro, os 11 pacientes que estavam em estado grave e que foram transferidos para a unidade passavam bem até as 10h desta segunda-feira.
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