Agora resta apenas um suspeito foragido na Operação
Hashtag da PF, que foi identificado como mecânico.
Os 10 presos na quinta-feira pelos agentes federais já foram
levados para Presídio Federal de Campo Grande
Foto: Agência Brasil.
O DIA
Rio - Um dos 12 brasileiros acusados de planejar atos terroristas para a Olimpíada e que tiveram a prisão decretada se entregou na noite da sexta-feira. Os outros dez suspeitos detidos na quinta-feira já estão isolados na Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Identificado como Valdir Pereira da Rocha, ele se entregou, às 18:00hs., em Vila Bela da Santíssima Trindade, no Mato Grosso, cidade que faz fronteira com a Bolívia. Com a prisão desta sexta-feira, resta um suspeito foragido na Operação Hashtag da PF, que foi identificado como o mecânico Leonid El Kadre de Melo.
Um dos presos de quinta-feira foi identificado como Alisson Luan de Oliveira, de 19 anos, morador de Saquarema, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. De acordo com o site G1, um ex-colega de trabalho de Alisson contou que ele dizia que queria ir para a Síria para se juntar ao Estado Islâmico. “Ele mesmo falou isso pra gente, que chegou até a Turquia e deportaram ele de novo pro Brasil (...). Ele falava que o avô dele era de lá”, disse à TV Globo Moisés Mesut, empregado de um supermercado de Saquarema, onde Alisson trabalhou por cinco meses no ano passado.
Um ex-patrão do suspeito, segundo o G1, confirmou que ele costumava dizer que queria se juntar ao EI. “A gente achava que era brincadeira. Aí começou a polícia, o Ministério Público a vir me procurar para saber informações dele também”, contou o comerciante Rômulo Gomes. Na casa em que Alisson morava, em Saquarema, um computador foi apreendido pelos policiais federais na quinta. A 14ª Vara Federal de Curitiba expediu 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, prorrogáveis por mais 30. De acordo com o Ministério da Justiça, eles são suspeitos de terem realizado “atos preparatórios” visando ações terroristas. Segundo as investigações, um dos integrantes do grupo teria tentado comprar um fuzil AK-47 do Paraguai.
Pela Lei Antiterrorismo, sancionada em abril, as penas por participar de organização terrorista e por preparar atentados podem chegar juntas a 21 anos. Os detidos estão em celas separadas e só podem ter contato com os advogados. Na quinta, a PF prendeu, entre outros, Levi Ribeiro de Jesus, no Paraná, Vitor Magalhães e Mohamad Mounir Zakaria, em São Paulo, Oziris Moris Lundi dos Santos Azevedo, em Manaus, e Antonio ‘Ahmed’ Andrade, na Paraíba.
COI: ‘Os Jogos estarão seguros’
Um dia após a Polícia Federal prender 10 suspeitos de planejar atentado na Rio-2016, Christophe Dubi, um dos dirigentes do Comitê Olímpico Internacional (COI) mais ativos na preparação para os Jogos, afirmou que “o terrorismo é um fato que temos de lidar”. Ao mesmo tempo, ele elogiou o trabalho das forças de segurança do País e disse que, quando a Olimpíada começar, “vocês podem ter certeza de que os Jogos estarão seguros”.
Desde que o Rio foi escolhido para ser sede dos Jogos, o COI sempre evitou tratar de temas como segurança. O objetivo era evitar passar a impressão de querer interferir nas ações de governo local e em assuntos internos do Brasil. Nesta sexta-feira, Dubi foi incisivo ao declarar que espera uma Olimpíada sem nenhum incidente. “É uma prioridade absoluta para o COI que todos os atletas e torcedores estejam nos Jogos completamente seguros”.
Com Agência Brasil e Estadão Conteúdo
http://odia.ig.com.br/
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