sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Pesquisadores fazem nota de desagravo a professora Jaqueline Muniz

Em entrevista, professora da UFF se posicionou contra intervenção federal no Rio.


Jornal do Brasil

Professores e pesquisadores da UFF (Universidade Federal Fluminense), ligados ao Departamento de Segurança Pública e ao Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos (InEAC) da instituição, divulgaram na quinta-feira (22) uma nota em apoio à professora Jaqueline Muniz. Depois de ter concedido entrevista a um programa da Globonews no último sábado (17) e no qual fez uma exposição contrária à intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, a professora passou a ser atacada nas redes sociais.

Veja, na íntegra, a nota e os signatários do documento:
Os ataques, extremamente reduzidos diante dos milhares de posicionamentos que se mostram satisfeitos, quando não agradecidos, diante dos esclarecimentos promovidos pela professora, revelam o desespero diante dos efeitos de desmonte da farsa pirotécnica construída em torno da chamada intervenção federal. E se coadunam com as mentalidades regressivas que atuam, já há algum tempo, na dilapidação e sucateamento das instituições democráticas, em favor de um despotismo voltado para maior empoderamento e enriquecimento de grupos e indivíduos subservientes aos interesses de um capitalismo selvagem. Por outro lado, são posturas que destilam misoginia e preconceito, segregando ódio, voltados para incrementar a vitimização de minorias sociais construídas, particularmente mulheres, homossexuais e transgêneros, pobres e grupos étnicos desfavorecidos.

A professora Jacqueline Muniz está sendo atacada por uma razão muito simples. Ela demonstrou para todo o país o amplo conhecimento que detém sobre assunto considerado de domínio de poucos, especialmente atores externos à sociedade civil. O que não nos surpreende, já sua competência é resultado de mais de duas décadas de pesquisas e atuação profissional em diferentes instituições acadêmicas, como também nos poderes executivos em diferentes esferas de governo. Razão pela qual foi convidada a lecionar em dezenas de academias de policia no Brasil e na América Latina sendo, invariavelmente, homenageada pelos policiais com os quais tem contato.

É possível que o que mais incomode as mentes subservientes às estratégias anti-democráticas seja o domínio discursivo demonstrado pela professora diante das lentes midiáticas, geralmente apontadas para distorcer a realidade. Dessa vez, ao que parece, a lente é que foi distorcida, revelando as estratégias hipócritas dispostas a brincar com vidas humanas para mero deleite de um poder urdido por praticas golpistas dispostas a se perpetuarem. A professora demonstrou, de forma singular, que a produção da Universidade Pública, calcada na indissociação entre pesquisa, ensino e extensão - a mesma que o governo federal e seus aliados querem destruir - pode e deve estar a serviço da promoção do Estado Democrático de Direito, onde as leis e a constituição federal sejam respeitadas, como é a posição desse departamento e desse instituto.

Finalmente, os esforços institucionais de toda a comunidade que integra o InEAC, bem como o DSP, se voltam para os estudos dos processos de administração de conflitos e, nestes, para a segurança publica não apenas como mero objeto da curiosidade científica. Pensamos esta ultima como uma dimensão resultante de interações sociais objetivas e, portanto, eivadas de subjetividades que merecem tratamento cientifico de natureza interdisciplinar. As problematizações e perspectiva críticas promovidas por este corpo docente na abordagem da referida temática estão a serviço de projetos que parecem interessar amplamente a sociedade. Começando por socializar os estudantes para a aquisição de conhecimentos e competências que possibilitem o desenvolvimento do pensamento autônomo e respeito às diferenças presentes nos processos comunicacionais interativos. Por isso mesmo nos posicionamos em defesa do Estado Democrático de Direito, das garantias individuais e coletivas, bem como da promoção equitativa da justiça para além dos termos meramente formais. Não é possível falar de segurança pública sem nos atermos à defesa da educação pública em todos os níveis, entre outros a promoção de políticas sociais que atendam indistintamente a todos os cidadãos.

Assinam:
Cristiane Reis (DSP/UFF)
Danieli Machado Bezerra (DSP/UFF)
Daniel Ganem Misse(DSP/UFF)
Izabel Nunez (DSP/UFF)
Klarissa Platero (DSP/UFF)
Lenin Pires (DSP/UFF)
Luciane Patricio (DSP/UFF)
Ludmila Antunes (DSP/UFF)
Marco Aurelio Gonçalves Ferreira (DSP/UFF)
Paula Pimenta (DSP/UFF)
Pedro Heitor Barros Geraldo (DSP/UFF)
Vivian Gilbert Ferreira Paes (DSP/UFF)
Vladimir Carvalho Luz (DSP/UFF)

Apoiam também:
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Instituto de Estudos em Administração de Conflitos (INCT-InEAC – wwwineac.uff.br) e demais membros da comunidade universitária.
Roberto Kant de Lima - (Coordenador - INCT-InEAC)
Sidney Mello (Reitor da UFF)
Antonio Claudio da Nóbrega (Vice-Reitor da UFF)
Simoni Guedes (Depto de Antropologia/UFF)
Ana Paula Mendes de Miranda (Depto de Antropologia/UFF - Coordenadora do Curso de Especialização em Políticas Públicas de Justiça Criminal e Segurança Pública )
Fábio Reis Mota (Depto de Antropologia/UFF e coordenador do NUFEP)
Lucía Eilbaum (Depto de Antropologia/UFF)
Edilson Márcio Almeida da Silva (Coordenador do Programa de Antropologia/UFF)
Felipe Berocan Veiga - (Depto de Antropologia/UFF)
Glaucia Mouzinho - (Polo de Campos-UFF)
Soraya Silveira Simões -IPPUR/UFRJ
Kátia Sento Sé Mello - NUSIS/UFRJ
Marco Antonio da Silva Mello - IFCS-UFRJ
Lana Lage - (UENF- UFF-InEAC)
Rodrigo Guiringhelli Azevedo - PUCRS
Michel Lobo - (InEAC-UFF e IESP-UERJ)
José Colaço (Neanf/UFF e InEAC/UFF)
Frederico Policarpo- (professor do curso de políticas públicas / Uff )
Bárbara Lupetti - (UFF e UVA)
Andrés del Rio- (chefe do departamento de geografia e políticas públicas/ Uff)
Alberto Di Sabbato, Faculdade de Economia/UFF
Maíra Machado-Martins (Departamento de Arquitetura - PUC-Rio)
Talitha Rocha (PPGA/UFF e InEAC/UFF)
Leticia de Luna Freire (Dep. Ciências Sociais e Educação - UERJ)
Marcos Verissimo - INCT-InEAC
Paloma Monteiro (PPGA/UFF e InEAC/UFF)
Vera Ribeiro Almeida S. Faria - InEAC e PPGSD/ UFF
Alberto Di Sabbato, Faculdade de Economia/UFF
Andréa Soutto Mayor - InEAC/Departamento de Psicologia de Campos
Gabriel Borges da Silva (PPGSD/UFF é InEAC/UFF)
Rolf Malungo de Souza (Departamento de Ciências Humanas e coordenador do Necter)
Natália Brandão (PPGA/UFF e InEAC/UFF)
Aureanice de Mello Correa (coordenadora do PEARGEC/UERJ)
Roberta de Mello Correa (PPGA/UFF e INEAC/UFF)
Patricia Maya Monteiro - DPUR/UFRJ
Yolanda Gaffree Ribeiro (Departamento de Sociologia/IFCS/UFRJ e INEAC/UFF).
Flavia Medeiros (Pesquisadora PPGA/UFF e InEAC/UFF)
Fabio de Medina da Silva Gomes (PPGA/UFF e InEAC/UFF)

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Líder do PT pediu intervenção no Rio durante governo Lula

Em 2004, Lindbergh Farias encaminhou ação à Procuradoria-Geral 
da República alegando que a crise na segurança do estado era crítica.


Por Marcela Mattos

Líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ) subiu à tribuna na terça-feira com um discurso carregado contra a intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro. Ao iniciar a fala defendendo que o homem público precisa de “coragem para falar a verdade”, o senador classificou a medida como uma “farsa por completo” e afirmou que a proposta gestada pelo governo de Michel Temer representa uma “guerra aos pobres”. “Eu estou aqui para defender minhas convicções e ter um lado. Neste lado, estou pensando no povo mais pobre do Rio, que precisa ser tratado com respeito e dignidade, e não com essa maquiagem, com essas medidas superficiais”, afirmou. O lado de Lindbergh, porém, já foi outro. Em 2004, portanto na gestão de seu aliado Lula, o mesmo petista foi um defensor de medida similar para conter a criminalidade no Rio de Janeiro. Partiu dele encaminhar um pedido à Procuradoria-Geral da República pedindo justamente uma intervenção federal no estado – neste caso, sem definir se seria apenas restrita à segurança pública, tal como propôs Temer.

O motivo para o pedido era o mesmo: “A crise verificada no Estado do Rio de Janeiro, provocada pela ação do crime organizado, em especial do narcotráfico nas favelas, é crítica. Inúmeros são os casos de violência perpetrados contra a população indefesa e instituições públicas”, escreveu Lindbergh, à época deputado. O documento também recebe a assinatura de Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio. No pedido, Lindbergh também mencionou que houve um incremento do número de policiais, o que, porém, não foi convertido no controle da criminalidade. “É claro, portanto, que independentemente do número de policiais, falta estrutura para combater o crime organizado e os cidadãos vão perdendo seus direitos constitucionalmente previstos”, assinalou, há 14 anos. “Apesar da declaração do Ministro da Justiça, que admite o uso das Forças Armadas, o governo federal somente anunciará o estado de defesa e o uso das Forças Armadas se a governadora Rosinha Matheus pedir”, escreveu Lindbergh. “O Governo Federal deve intervir, utilizando-se dos meios necessários para restabelecer em definitivo a tranquilidade no estado, pois os motivos desta crise são os mesmo que têm comprometido o direito de ir e vir da população durante anos. Esta é uma questão que precisa ser resolvida com urgência, pois quanto mais se posterga o remédio, mais a situação se agrava.”

O petista não detalha na ação encaminhada à PGR o alcance da intervenção ou quem deveria assumir o posto-chave da medida. Temer escolheu para o cargo o general Walter Souza Braga Netto, que passa a assumir o comando da segurança pública do estado. As forças federais atuarão no Rio de Janeiro até 31 de dezembro deste ano. Apesar da contrariedade de Lindbergh e de partidos de esquerda, a proposta foi aprovada pelo Senado na terça e publicada no Diário Oficial da União de quarta-feira.

veja.abril.com.br

Ministério Público arquiva investigação sobre peça do MAM.

Performance gerou polêmica após criança ser filmada tocando na perna de artista nu.


Performance de artista nu foi alvo de críticas na internet.
Por O Dia

São Paulo - O Ministério Público Federal de São Paulo pediu, na segunda-feira, o arquivamento da investigação sobre um possível crime de pornografia infantil durante a performance "La Bête", inspirada na obra de Lygia Clark, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. No documento de arquivamento, a procuradora da República, Ana Letícia Absy, explica que as imagens não apresentam pornografia infantil. “Com efeito a mera nudez do adulto não configura pornografia eis que não detinha qualquer contexto erótico. A intenção do artista era reproduzir instalação artística com o uso de seu corpo, e o toque da criança não configurou qualquer tentativa de interação para fins libidinosos”, afirmou a procuradora.

A apresentação
O coreógrafo Wagner Schwartz se posiciona nu sobre um tatame, manipulando um origami de papel, de forma a sugerir a interação. Em fotos de divulgação, participantes o abraçam, o mudam de posição e grande parte o filma. No vídeo, que viralizou no Facebook, a criança parece mostrar curiosidade enquanto engatinha pelo tatame, vendo uma mulher adulta tocar os pés do artista. A mulher a incentiva a participar, a menina ri, toca rapidamente os dedos dos pés dele, e volta à plateia diante de sorrisos do público.

odia.ig.com.br

Candidatura de Temer enfrenta resistência dentro do próprio MDB.

Apesar de ganhar pontos com o partido após medida de intervenção 
na segurança do Rio, presidente ainda não é unanimidade.

Michel Temer ao lado de Eliseu Padilha e Luiz Fernando Pezão durante
encontro de assinatura do decreto de intervenção na Segurança do Rio.
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - A possível candidatura do presidente Michel Temer a um segundo mandato enfrenta resistências não apenas em partidos da base aliada do governo, mas também dentro do recém-formado MDB (antigo PMDB). Defendida nos bastidores por ministros que ocupam gabinetes no Palácio do Planalto, a estratégia para lançar Temer ganhou os holofotes depois que o governo anunciou a intervenção na segurança pública do Rio. Em reunião da Executiva Nacional partido na quarta-feira, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, conhecido por ser forte defensor do presidente, fez uma defesa enfática da candidatura de Temer. A portas fechadas, Marun declarou que o atual chefe de estado tem "todas as chances" de ganhar "Eu disse que precisamos nos preparar para isso", afirmou o ministro. Ele disse ter conversado sobre o assunto com Temer, na segunda-feira. "A posição dele, hoje, é a de não disputar. Agora, quando os adversários se preocupam com isso, significa que estamos no caminho certo."

Reconduzido à presidência do MDB por mais um ano, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), ouviu a defesa feita por Marun, mas não seguiu na mesma toada. Disse que o partido trabalha para ter candidato próprio à Presidência, mas citou outros nomes além de Temer, incluindo o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Sem espaço no PSD, Meirelles negocia filiação ao MDB. "Nós estamos discutindo qual é o nome mais viável, mais factível, que possa ganhar as eleições", afirmou Jucá.

Em conversas reservadas, porém, dirigentes do MDB sustentam que Temer somente será candidato se, em abril, chegar a dois dígitos de aprovação. Dono de altos índices de impopularidade, o presidente aposta em uma agenda mais social para melhorar sua imagem.

Porta-voz
Preocupado com interpretações dando conta de que a decisão de pôr as Forças Armadas nas ruas do Rio foi "eleitoreira", Temer escalou o porta-voz Alexandre Parola para rebater rumores sobre eventual candidatura. Antes, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia dito que Temer usou a intervenção para se cacifar na disputa. Na mensagem, Parola afirmou que o governo não está atrás de "aplauso fácil". Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a possível campanha de Temer é "problema" do MDB e do Planalto. "Isso é problema de lá. Eu não reclamei que eles estão querendo cuidar dos projetos de cá? Deixa eles cuidarem de lá e a gente cuida de cá", disse Maia, que é pré-candidato à sucessão presidencial.

No diagnóstico do DEM, um cenário assim forçaria Maia e o governador Geraldo Alckmin, postulante do PSDB, a se unir em torno de uma candidatura única de centro, na tentativa de impedir um segundo turno entre o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e um nome da esquerda. Integrante da ala oposicionista do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) disse que a entrada de Temer na disputa seria "inconveniente" para o MDB. "Eu vejo o senador Renan Calheiros com Lula. Vejo o presidente do Senado (Eunício Oliveira) com Lula e o (senador) Jader Barbalho também. Como é que eles vão juntar esses cacos?", questionou o tucano.

Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) avaliou que, se Temer concorrer, inviabilizará não só Meirelles - que já perdeu a bandeira da reforma da Previdência -, mas também Maia. "Michel é candidatíssimo", disse Mansur. Para Meirelles, porém, é "prematuro" afirmar o que a base aliada fará na corrida presidencial. "Vamos ver como tudo isso se desenvolve", disse o ministro. Peru não morre de véspera."

odia.ig.com.br

Idosa torturada por traficantes é encontrada pela polícia na Zona Norte

De acordo com DRFC, mulher seria morta por criminosos 
devido à desconfiança dela ser informante da polícia.


Setor de inteligência da DRFC identificou que uma mulher vinha sendo 
torturada e iria ser morta pelos traficantes da comunidade Kelson's.
Por O Dia

Rio - Uma idosa, que era mantida refém e torturada por traficantes, foi encontrada por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) na comunidade Kelson's, na Penha, Zona Norte do Rio. De acordo com a especializada, o setor de inteligência identificou que a mulher seria morta pelos criminosos devido à desconfiança dela ser informante da polícia. Os agentes da DRFC, juntamente com equipes Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) e Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram uma busca na comunidade para retirar a idosa do cativeiro. Segundo a vítima, ela teve a casa invadida por traficantes, além de ser amarrada e amordaçada.

De acordo com a especializada, os traficantes ameaçaram a mulher com uma arma apontada para a sua cabeça e com uma granada em sua boca. Ela ainda foi espancada com socos, chutes e coronhadas, teve parte de seu cabelo cortado com uma faca e tomou choques em seu corpo. Um inquérito foi instaurado para apurar a autoria das torturas e tentativa de homicídio.

odia.ig.com.br

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

MINISTRO INTERINO DO TRABALHO É RÉU EM AÇÃO POR FURTO DE ENERGIA



247 - Ministro interino do Trabalho e garantido na pasta até março, Helton Yomura é réu em uma ação de roubo de energia. De acordo com reportagem da Globo News, uma empresa da qual o ministro é sócio teria feito uma ligação clandestina de energia. Yomura é um dos donos da Fimatec, empresa que aluga e vende empilhadeiras e peças para máquinas no Rio de Janeiro.

A ligação clandestina foi encontrada por funcionários da concessionária de energia Light em um galpão da empresa, localizado na zona norte da capital fluminense, no mês de abril de 2014. Ainda de acordo com a reportagem, os técnicos da fornecedora de eletricidade constataram o desaparecimento de dois relógios de energia ao lado do "gato".

www.brasil247.com

Ciro e Haddad avaliam união da esquerda


Jornal do Brasil

Em jantar realizado na terça-feira, 20, no apartamento do ex-deputado Gabriel Chalita (PDT), o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, discutiram a criação de condições para uma aproximação entre partidos de centro-esquerda ainda antes do início formal da campanha eleitoral e dos registros das candidaturas, em agosto. Segundo interlocutores de Ciro e Haddad, a conversa não ocorreu em torno da escolha de nomes nem da possibilidade cada vez maior de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser impedido pela Justiça de disputar a eleição. Os temas principais foram a necessidade da centro-esquerda se unir para fazer frente às candidaturas de centro-direita e como alinhavar essa união diante da inconsistência do cenário eleitoral em que, faltando seis meses para o registro das candidaturas, poucos nomes conseguiram se consolidar, seja por motivos políticos, seja por razões legais. De acordo com pessoas que falaram com Ciro e Haddad, ambos consideram que a unidade é a única forma de impedir o avanço da direita nas eleições de 7 de outubro. Ciro teria proposto a criação de um ambiente de diálogo no qual todas as siglas manteriam seus nomes, inclusive o de Lula, que leve à consolidação da unidade antes dos registros das candidaturas. Haddad se dispôs a levar a proposta para Lula e o PT.

Manifesto
Outros partidos serão convocados. Ambos concordaram que o manifesto divulgado também na terça-feira pelas fundações ligadas ao PT, PDT, PCdoB, PSB e PSOL pode ser um ponto de partida para o início da aproximação. O documento omite qualquer referência em relação à candidatura de Lula. Segundo pessoas que participaram da elaboração do texto, a omissão foi um pedido de Ciro, que também é o único pré-candidato da centro-esquerda a não assinar o manifesto "Eleição sem Lula é Fraude". Conforme aliados de Ciro, Haddad teria salientado a dificuldade de convencer o PT a apoiar um nome de outro partido e o pré-candidato do PDT teria dito que já retirou a candidatura uma vez, em 2010, a pedido de Lula, e não está disposto a repetir o gesto.

Coordenador do programa de governo do PT para as eleições deste ano, Haddad é cotado para suceder a Lula caso o ex-presidente seja impedido pela Justiça de se candidatar. Já Ciro é apontado como possível herdeiro dos votos do petista. Ele foi ministro da Integração Nacional no governo Lula e é um dos o pré-candidatos que mais crescem caso o ex-presidente fique inelegível, segundo as pesquisas de opinião.

Condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá, Lula pode ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Além de Ciro e Lula, o PCdoB já lançou o nome da deputada estadual Manuela D'Ávila (RS) como pré-candidata ao Planalto e o PSOL tenta convencer Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a se filiar e disputar a Presidência. O PSB negocia apoio ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), mas mantém canais de diálogo com Lula. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo
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Pesquisadores divulgam nota de apoio a professor da UnB após censura do MEC

Luis Felipe Miguel dará curso sobre golpe de 2016 e futuro da democracia no Brasil.

Pesquisador e professor da Universidade de Brasília (UnB) Luis Felipe Miguel,
Jornal do Brasil

A Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica) divulgou nesta quinta-feira (22) nota em apoio ao pesquisador e professor da Universidade de Brasília (UnB) Luis Felipe Miguel, que dará o curso "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil" neste semestre, diante da ameaça do Ministério da Educação (MEC). Os pesquisadores criticaram o ministro da Educação, Mendonça Filho, que informou que o MEC vai encaminhar à Advocacia-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, à Controladoria-Geral da União e ao Ministério Público Federal solicitação de apuração de suposta improbidade administrativa face à oferta de disciplina na graduação em Ciência Política da UnB que visa a discutir o golpe de 2016 e o futuro da democracia no país. A Compolítica cita o Artigo nº 207, da Constituição Federal, que garante às universidades públicas "a autonomia didático-cientifica, a administrativa e de gestão financeira e patrimonial".

Veja a nota da Associação:

A comunidade acadêmica tem sido vítima frequente de arbítrios semelhantes nos últimos meses. Mesmo após o trágico episódio que envolveu o suicídio do professor Luiz Carlos Cancellier, então reitor da UFSC, prisões, conduções coercitivas e demais gestos indicativos de abuso de poder, ora orquestrados pelo Judiciário, ora pelo Executivo, têm indicado aos professores, alunos, servidores técnico-administrativos e demais membros da comunidade um exagero e um ímpeto manifesto em desqualificar o ambiente da universidade pública e das instituições de ensino superior de modo geral.

O curso proposto pelo colega da UnB, a partir da disciplina "Tópicos Especiais em Ciência Política 4", com o tema "O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil" tem os seguintes objetivos:
(1) Entender os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff; 
(2) Analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil; 
(3) Perscrutar os desdobramentos da crise em curso e as possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil." 

O programa contempla bibliografia lúcida, de autores relevantes nas Ciências Humanas e Sociais do país. Além disso, conforme o próprio pesquisador afirma, em nota posterior à divulgação do caso, "Trata-se de uma disciplina corriqueira, de interpelação da realidade à luz do conhecimento produzido nas ciências sociais, que não merece o estardalhaço artificialmente criado sobre ela", ao que emenda "A única coisa que não é corriqueira é a situação atual do Brasil, sobre a qual a disciplina se debruçará". Em outras palavras, a disciplina se propõe a um exercício de análise de conjuntura, uma das mais sofisticadas e intricadas vertentes teórico-epistemológicas.

A nota emitida pelo Ministério da Educação enxerga como "ataque às instituições brasileiras", uma proposta de discussão e debate em alto nível sobre a realidade social no país após 2016. Esta Associação reafirma seu compromisso com a defesa da autonomia universitária e estimula iniciativas que busquem aprofundar a análise do atual cenário político e midiático brasileiro.

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88% dos médicos recém-formados não sabem ler uma mamografia

Pela 1ª vez em 10 anos, mais de 60% de recém-formados 
em Medicina são aprovados no exame do Cremesp.


Por Estadão Conteúdo

São Paulo – Pela primeira vez em dez anos, mais de 60% dos recém-formados em Medicina foram aprovados no exame do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Segundo levantamento apresentado pelo conselho na manhã desta quinta-feira, 22, dos 2.636 egressos do curso no Estado, 1.702 acertaram mais de 60% das 120 questões do teste, o que representa a pontuação mínima a ser alcançada. No entanto, o porcentual de erros em análise de problemas de saúde frequentes foram considerados altos pelo conselho em alguns casos. O levantamento mostrou que 88% dos recém-formados não souberam interpretar o resultado de uma mamografia, 78% erraram o diagnóstico de diabete, 60% demonstraram pouco conhecimento sobre doenças parasitárias e 40% não souberam fazer a suspeita de um caso de apendicite aguda. “Essa é uma prova de dificuldade média para fácil. Se o médico não sabe fazer um diagnóstico de diabete e câncer de mama, que estão na rotina, é muito complicado. Temos discutido com as escolas de Medicina, que vão receber o resultado. Um indivíduo que não sabe dessas coisas não exerce a Medicina em países como os Estados Unidos, Canadá e Portugal. Estamos propondo um curso de reciclagem do conhecimento médico para proteger a população”, afirma Bráulio Luna Filho, primeiro secretário do Cremesp e coordenador do exame. Os resultados se referem ao exame realizado no ano passado, quando 64,6% dos novos médicos passaram e 35,4% foram reprovados.

O Cremesp informou que o desempenho dos profissionais também foi melhor do que no ano de 2016, que registrou índice de aprovação de 43,6%. “Nosso objetivo é que a aprovação seja de, ao menos, 85%. Já temos boas escolas públicas que aprovam 95% dos alunos. As escolas privadas ainda têm um longo caminho.” O levantamento mostrou que, entre os egressos de cursos particulares, 56,8% foram aprovados em 2017 ante 33,7% em 2016. Nos públicos, o porcentual saltou de 62,2% em 2016 para 79,7% em 2017. Esta é a 13ª edição do exame, que não é obrigatório, mas, desde 2015, é utilizado entre os critérios de programas de residência médica, concursos públicos e para a contratação na rede privada, como as secretarias de Saúde do Estado e do município de São Paulo e hospitais como Albert Einstein, Sírio-Libanês e Oswaldo Cruz.

Campanha
O Cremesp está lançando uma campanha, por meio de uma petição online, para que o exame se torne obrigatório em todo o País. A meta é reunir 500 mil assinaturas que devem ser encaminhadas para o Congresso Nacional. Segundo o conselho, um projeto de lei com a medida está em tramitação no Senado Federal. “Nosso objetivo é que esse exame se torne obrigatório em nível nacional. Não queremos mais falar de exame do Cremesp ou exame facultativo, mas de exame obrigatório”, afirma Lavínio Nilton Camarim, presidente do Cremesp.

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Juízes federais podem fazer greve para defender auxílio-moradia

Segundo a Folha de S.Paulo, cerca de 100 juízes federais estão 
começando uma mobilização para convocar paralisação.


Por Luiza Calegari

São Paulo – Cerca de 100 juízes federais estão se mobilizando para convocar uma greve nacional, segundo a coluna Painel do jornal Folha de S.Paulo. Eles estão insatisfeitos com a decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de marcar o julgamento de uma ação sobre o pagamento de auxílio-moradia a juízes federais para o dia 22 de março. Segundo os magistrados, a iniciativa é seletiva, já que ela não pôs em pauta uma outra ação que também questiona o benefício dos juízes estaduais. Segundo a Folha, eles entraram em contato com a diretoria da Associação dos Juízes Federais, que agora avalia a convocação de uma assembleia para debater o tema. O jornal ainda lembra que a última greve da magistratura ocorreu em 1999, quando os juízes reivindicavam reajustes salariais.

O teto salarial do funcionalismo público no país é determinado justamente pelo maior salário do Judiciário (dos ministros do STF), de cerca de R$ 33.000,00. Os benefícios pagos aos juízes, como o auxílio-moradia, não entram no cálculo e podem fazer com que, na prática, alguns profissionais ganhem mais que o teto, mas ainda obedecendo à lei. Atualmente, o auxílio-moradia é de R$ 4,300,00.

A decisão sobre o pagamento do benefício tinha sido tomada em caráter liminar pelo ministro Luiz Fux, do Supremo. Agora, ele liberou a liminar para ser votada em plenário por todo o STF, o que dará caráter definitivo à decisão.

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