quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Com esclerose, Claudia Rodrigues volta a ser internada

Atriz foi hospitalizada em uma clínica no interior de São Paulo e segue sem previsão de alta.


Claudia Rodrigues voltou a ser internada em uma clínica no
interior de São Paulo na segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018.
Patrícia Dias

Claudia Rodrigues voltou a ser internada no centro médico Cevisa, em São Paulo. Portadora de esclerose múltipla, doença que luta desde 2000, a atriz tem passado por tratamentos para tentar amenizar os efeitos da disfunção. Ao Purepeople , Adriane Bonatto, empresária da artista, conta que ela segue orientações médicas em regime fechado e sem previsão de alta. "A Claudia está em recuperação e não tem previsão de alta. Não teve surto. Ela teve sintomas no fim de semana e os médicos acharam melhor internar para prevenir um surto, por isso segunda-feira ela foi internada", explica, nesta quarta-feira (21). Em novembro passado, Claudia deu entrada no Hospital Albert Einstein, na capital paulista, após ser diagnosticada com herpes-zóster, vírus causador da catapora.

Atriz relata como descobriu ser portadora de esclerose múltipla
Em entrevista anterior, Claudia - que se submeteu em 2015 a um transplante de células-tronco -, falou sobre o início da doença. "Quando soube do diagnóstico da esclerose, perguntei para o médico se poderia ser mãe e esse era o motivo do meu receio. Não senti medo de morrer, pois tinha o desejo de viver para continuar trabalhando e educar uma criança. Tive meus momentos de tristeza, principalmente quando fui demitida, mas nada absurdo. Entreguei o meu futuro nas mãos de Deus e falei: 'Se Você quiser me levar, me leva agora. Se não, me deixa quieta aqui, por favor, que eu vou ficar melhor do que eu era", comentou.

Claudia mantém dieta após transplante
Mantendo a alimentação totalmente regrada, Claudia disse ainda que adotou um estilo de vida mais saudável. "Acordo cedo, por volta das seis da manhã, e faço uma hora de caminhada na piscina, depois alongamento e várias terapias feitas com água, para estimular a minha musculatura. Algumas substâncias tendem a ativar a doença, como o glúten e derivados de leite. Por isso, virei quase vegetariana, com consumo de peixes e ovos, e não coloco mais uma grama de açúcar no estômago. Já emagreci cerca de quatro quilos e troquei quase toda a gordura por massa magra no meu corpo", explicou.

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"Há disputa no interior do próprio Exército", avalia especialista.

por Laura Castanho 

Para professor da Unesp, Villas Bôas e Etchegoyen encabeçam duas 
vertentes opostas do Exército: uma profissional e outra conservadora.


A intervenção federal decretada pelo presidente Michel Temer na sexta-feira 16 pode ser inédita, mas não é a primeira vez que militares são convocados para ir às ruas no Rio em plena democracia. Desde 1992, trata-se da 37ª operação envolvendo a presença de forças armadas na Cidade Maravilhosa. Não à toa, Alexandre Fuccille recorre com frequência às experiências anteriores com o Exército para explicar a situação atual. “Não se busca combater o crime organizado ou melhorar as condições de segurança da população fluminense. Há outros interesses”, afirmou o professor de Relações Internacionais na Universidade Estadual Paulista (Unesp). Fuccille, que trabalhou no Ministério da Defesa durante o primeiro mandato do ex-presidente Lula e presidiu a Associação Brasileira de Estudos de Defesa, vê as Forças Armadas como essencial para um país de dimensões continentais como o Brasil e defende um debate claro entre militares e civis.

O especialista avalia que há uma disputa no interior do próprio Exército sobre qual conduta a ser assumida. "Há pelo menos duas vertentes do Exército brasileiro", afirma. Uma é do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, que acha temerária essa banalização do emprego das forças armadas em missões de Garantia de Lei e Ordem (GLO). A outra vertente é encabeçada pelo ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, que diz não ver nenhum problema e usa a velha máxima entre os militares de que missão dada é missão cumprida. Fuccille também é um otimista. Para ele, a intervenção é uma oportunidade para a população avançar o diálogo sobre o papel do Exército na sociedade — e uma prova de que a mentalidade militar não mudou em nada nas últimas décadas.

CartaCapital: O que a intervenção federal no Rio diz sobre a relação entre os militares e o poder político?
Alexandre Fuccille: Tem aí um debate de fundo que não está sendo encarado – principalmente por parte da Presidência da República – que são as questões sociais. Se deve enfrentar os problemas sociais do Brasil e do Rio para reduzir a violência e a criminalidade. Outra questão importante é a ausência de um debate mais sério sobre a questão das drogas ou da descriminalização das drogas. O Rio de Janeiro não faz fronteira com nenhum outro país e a maior parte das drogas consumidas no Brasil vem de fora. Isso sim é uma atribuição do governo federal, que não tem respondido a contento. A partir da PEC do Teto, a implementação do sistema de monitoramento de fronteiras caminha a passo de tartaruga. O terceiro ponto desse debate é a reforma das polícias, um problema fundamental que se arrasta desde a redemocratização, em 1985, e até o momento não teve nenhuma resposta apropriada por parte do poder político. As polícias, praticamente a única estrutura de Estado no período pós-autoritário, não passaram por nenhum tipo de reforma. Elas continuam estruturadas basicamente da mesma forma que no regime de exceção.

CC: Que mensagem passa a escolha de um general para comandar uma intervenção civil?
AF: Para uma democracia robusta e salutar, não é a melhor decisão. A forma como é construída essa cadeia de comando – ou seja, o fato que o general nem se reportará ao comandante do Exército, e sim ao presidente da República – não é desejável. Braga Netto agora tem sob sua responsabilidade 50.000 homens do Exército, ou um quarto do efetivo da força terrestre.

CC: Quais as consequências da intervenção na rotina do Exército, especialmente no Rio?
AF: Os termos ainda estão muito nebulosos, mas acredito que mude muito pouco. O efeito é muito mais pirotécnico do que real ou de mudança da situação concreta. O risco é que os militares acabem contaminados pela criminalidade. Isso já tem ocorrido vez por outra, com militares sendo apreendidos com drogas e armamentos [ilegais]. Até porque o soldado faz vigilância durante o dia, mas volta para a favela em que vive quando termina. Obviamente, não é só na polícia do Rio que há “bandos podres”, e que o Exército não conseguirá resolver isso em seis meses, um ano ou dois anos. O preparo militar é completamente distinto do preparo para a segurança pública. O preparo militar é o preparo para a guerra. Você não declara guerra contra concidadãos. Do ponto de vista de desrespeito aos direitos humanos, há um risco muito grande.

CC: Para o setor mais conservador do Exército - a exemplo do general Mourão, no ano passado, e de Bolsonaro, que criticou a intervenção -, a medida representaria uma perda de autonomia para a entidade. O que pode vir da resistência desses militares?
AF: Há pelo menos duas vertentes do Exército brasileiro. Uma é do comandante [o general Villas Bôas], que acha temerário essa banalização do emprego das forças armadas em missões de GLO. A outra vertente é encabeçada pelo ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, que diz não ver nenhum problema e usa a velha máxima entre os militares de que missão dada é missão cumprida. Há uma disputa no interior do próprio Exército sobre qual conduta a ser assumida. Do ponto de vista político, Etchegoyen é muito mais próximo do presidente Temer, até porque foi nomeado por ele na recriação do gabinete, que havia sido extinto pela ex-presidente Dilma. Já Villas Bôas foi nomeado pelo governo Dilma. Me parece muito mais prudente a posição do comandante, que inclusive sairá em março - e aí entrará alguém mais alinhado a Temer, o que vejo com muita preocupação.

CC: O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirmou que a intervenção pode desgastar o Exército, tanto na imagem como na parte logística. Na visão do sr. isso é provável?
AF: Sem dúvida. O Exército e as forças armadas podem sair com a sua imagem chamuscada perante a opinião pública brasileira ao final dessa intervenção. Hoje eles gozam de um prestígio bastante elevado junto à população, conforme várias pesquisas de opinião indicam. A população sempre apoia isso. Quando a operação [Rio I, no qual o então presidente Itamar Franco mobilizou 20.000 soldados para ocupar favelas tidas como perigosas] termina em 1995, as pesquisas indicavam quase 90% de apoio às forças armadas. Um tanque de guerra com a torre de tiro voltado para a favela, um soldado armado no calçadão em Copacabana — isso traz, principalmente entre a classe média, uma sensação de melhora da segurança pública. As pessoas se sentem mais seguras, mas é uma percepção equivocada. Há um grande show, o governo [está] fazendo um grande espetáculo para a sociedade, e uma boa parte da grande mídia está indo atrás e o saudando por isso. Me parece uma grande manobra por parte de Temer, muito mais uma jogada política por parte de seu governo — que carece com uma legitimidade contestada, uma popularidade baixíssima, com dificuldades sérias para aprovar a reforma da Previdência — de criar uma cortina de fumaça para o processo eleitoral que se avizinha. A questão logística [da intervenção] envolve um custo extremamente caro. Você tem diárias, alimentação, uma série de coisas que, se estivessem sendo destinadas originalmente para a área social, ou à experiência das UPPs — que começou de forma interessante e acabou se degenerando completamente — poderia resultar em algo diferente. A área da segurança pública incomoda a todos e atinge do rico ao pobre de forma indistinta. Obviamente que a comunidade pobre, favelada, negra, sente isso literalmente na pele, mas eu diria que não houve nenhum fato de envergadura a justificar a intervenção. O Rio continua vivendo um processo de degradação muito triste, e nada mudou substantivamente.

CC: O desconforto dessa ala “mais profissional” do exército deve aumentar?
AF: Pode aumentar, mas eu espero que siga apenas como desconforto. É importante recordar que o presidente da República é também o comandante-chefe das forças armadas. Ou seja, é Temer quem tem a legitimidade para decidir acerca do emprego das forças armadas à luz da Constituição. Ele, como professor de direito constitucional, sabe muito bem como fazer isso. Acho positivo que as forças armadas continuem tendo essa posição profissional. Ainda temos o Ministério da Defesa, que no seu interior é muito militarizado, e é importante fortalecer a ocupação em vários cargos-chave [do ministério] por civis. Não é uma pessoa trocar a farda pelo pijama que vai mudar a socialização de quem passa vinte, trinta anos, com uma mentalidade militar.

CC: Como o sr. vê a declaração de Villas Bôas de que os “militares precisam ter garantia para agir sem o risco de surgir uma nova Comissão da Verdade”?
AF: Fiquei boquiaberto ao ouvir essa declaração. Ela mostra que eles não entenderam nada do que a Comissão da Verdade significa. Mais do que isso, mostra que não há mudança de fundo na mentalidade das nossas forças armadas. É óbvio que os militares devem ter garantia para agir, mas isso não é um cheque em branco para eles atuarem como quiserem.

CC: Ainda sobre Villas Bôas: na reunião do Conselho de Segurança, o general sugeriu um mandado de busca e apreensão coletivo no Rio, que foi atendido pelo presidente e deve seguir para o Judiciário. Qual é a sua avaliação sobre essa decisão?
AF: Imagino que esse tipo de pressão sobre o comandante venha da corporação. É absolutamente lamentável. Obviamente, o mandado coletivo não é para entrar numa residência na avenida Atlântica, na avenida Vieira Souza. A gente sabe para onde vai esse mandado coletivo, e os resultados práticos que isso acaba tendo. Talvez a minha leitura seja demasiado otimista, mas acredito que [os mandados] estejam muito mais para uma carta na manga do Exército do que para se valer desse expediente rotineiramente. A criminalidade e as facções se sentiriam acuadas a partir de um mandado coletivo e teria um arrefecimento da onda de violência por um período temporário. Se nós tivéssemos um STF efetivamente guardião da Constituição, ele não aceitaria isso de forma alguma. Sabemos sobre quem recai o custo real e concreto [do mandado]. Isso tem endereço geográfico, cor e classe social. Não deveria constar nem na Constituição aquela parte que diz que as forças armadas são responsáveis pela garantia da lei e da ordem. O que é lei pra uma pessoa é relativamente pacífico, mas a ordem é um conceito absolutamente subjetivo. Esse tipo de redação acaba servindo de expediente para que as forças armadas sejam utilizadas em defesa do governo e não do Estado, como deveria ser.

CC: O sr. defende um debate claro e transparente entre a sociedade civil e o setor militar. O novo papel dado às forças armadas no Rio avança ou retrocede o diálogo?
AF: A intervenção é lamentável, mas o debate que ela suscita é absolutamente positivo, porque permite pontuar os riscos a que a população está exposta, em especial a população de baixa renda e mais fragilizada socialmente. Tem um acesso pedagógico para nós podermos discutir com um número maior de pessoas o tipo de risco que esse emprego trata. É para falar “Olha, a quais interesses servem essa intervenção no Rio de Janeiro?” É um debate importante porque as pessoas, no dia a dia, não se dão conta disso. Muitas vezes, elas acham que quando os militares vão [às ruas], é para garantir a vida das pessoas. Não estou dizendo que os militares estão mal-intencionados, eles foram colocados nisso pelo presidente, mas é importante enfrentar esse debate. Em vários países as forças armadas são proibidas de serem empregadas internamente, porque existem para ser empregadas contra ameaças estrangeiras, o que não é o caso.

CC: A intervenção deve ir até o início de 2019. Caso a situação da segurança no Rio não melhore, os militares podem se incomodar com o fato de assumirem essa responsabilidade?
AF: Isso poderia trazer um descontentamento no interior da caserna, e um eventual acirramento de ânimos entre essas duas alas do Exército. Mas para além disso, é difícil prognosticar.

CC: Temer pode se beneficiar dessa manobra? Se sim, até que ponto?
AF: Ele pode até se beneficiar, mas é difícil reverter a situação de um governo cuja aprovação popular não chega nos dois dígitos. Houve especulações na imprensa de que a intervenção poderia impactar na sua possibilidade de reeleição, o que me parece fora da realidade. Isso embaralha todo o jogo. Tem vários aliados, de Rodrigo Maia a Alckmin, que são pré-candidatos à Presidência. Em razão de todo esse processo complexo, é difícil imaginar qual o resultado que essa operação terá. Mas é certeza que o governo espera faturar dividendos políticos com a intervenção no Rio. Não se busca combater o crime organizado ou melhorar as condições de segurança da população fluminense, há outros interesses aí. Se ele conseguirá ou não, fica em aberto. Acho improvável que consiga.

CC: O presidente sinalizou a criação de um Ministério da Segurança Pública, ainda sem titular, que será subordinado ao Ministério da Justiça. Qual o efeito de mais uma pasta?
AF: A criação de mais um ministério é muito mais midiática, no sentido de sinalizar a sociedade de que o governo está fazendo alguma coisa, do que de apresentar resultados práticos. Não vejo sentido na criação de mais uma estrutura ministerial para isso. Interessa muito mais uma ausência de políticas públicas efetivas em outras áreas, que poderiam resultar na redução da violência. Há uma série de medidas que poderiam ser tomadas e não estão sendo. Também me preocupa um possível deslocamento de Etchegoyen como ministro da Segurança Pública. Continuamos indo na direção errada.

CC: A intervenção no Rio pode abrir caminho para possíveis guinadas ainda mais autoritárias no País?
AF: Acredito que não se trate de uma guinada autoritária, ainda que não seja desejável. O que acontece é uma série de movimentos em que os militares estão ganhando protagonismo novamente, devido à inércia da sociedade civil. Conforme nós abrimos os jornais, percebemos como os militares estão envolvidos no Rio, na questão dos imigrantes em Roraima e em outros lugares, porque os civis estão jogando isso nas costas fardadas.

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'Temo que a intervenção no Rio de Janeiro seja uma pirotecnia', afirma Lula

Ex-presidente acredita que Temer tenta se viabilizar candidato com o tema da segurança. "Ele sabe que se eu disputar a eleição posso ganhar no primeiro turno ou que só tem uma vaga no segundo turno".


Lula em acampamento do MST, em Minas Gerais. Mais cedo,
em entrevista, disse que o povo não pode "perder a esperança".
por Redação RBA

São Paulo – Em visita nesta quarta-feira (21) ao estado de Minas Gerais para participar de ato de aniversário de 38 anos do PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu pela manhã entrevista à rádio Itatiaia. Durante a conversa, Lula falou sobre os recursos que tramitarão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF), fez críticas e ponderações com relação a intervenção federal no Rio de Janeiro, analisou o cenário político para a eleição presidencial em outubro e afirmou que o Brasil precisa "voltar a sonhar". A seguir, os principais momentos da entrevista:

Expectativa dos recursos no processo do triplex

"Tudo o que eu quero é que essa gente analise os autos do processo, veja as testemunhas de acusação e de defesa, e essas pessoas me declarem inocente. Vou dedicar minha vida daqui pra frente pra provar o equívoco que estão cometendo. Estou sendo vítima de uma perseguição jurídica e institucional. A única unanimidade é que a elite não quer que eu seja candidato, fora isso, tudo é possível. E para isso eles vão tentar me colocar na ilegalidade. Quero provar minha inocência. Eu não posso dizer que você cometeu um erro e não provar o erro, se não eu seria um canalha."

O futuro do Brasil

"Acho que eu poderia contribuir com o Brasil, ajudar o país a sair desse pantanal. O país precisa voltar a crescer, gerar emprego e sonhar. O Brasil está muito raivoso, é muito ódio espalhado em cada conversa. Acho que eu poderia contribuir, porque eu já fiz uma vez. Não vou pra uma campanha dizer o que eu acho ou penso, porque eu já fiz. O povo está perdendo a coisa mais extraordinária e que não pode perder, que é a esperança."

Intervenção no Rio

"Temo que a intervenção no Rio de Janeiro seja uma pirotecnia, uma coisa de interesse político. O Exército já ficou um ano na favela da Maré e, quando saiu, os problemas voltaram. Se o Estado não está presente com políticas públicas nos lugares mais pobres, a violência aparece. O Exército não está preparado pra enfrentar o narcotráfico, lidar com bandido em favela. Colocar o Exército numa tarefa dessa, depois do espetáculo, o resultado pode ser negativo."

"É preciso ter clareza que mais ou menos violência está ligada à capacidade de desenvolvimento do Estado, e o estado do Rio de Janeiro está empobrecido, é a grande vítima da crise desse país", afirmou o ex-presidente, citando os problemas da indústria naval e do setor de óleo e gás, o "baque" da Petrobras com a Lava Jato, além de com policiais, professores e servidores públicos sem receber salário.

"Acho que o Temer está encontrando um jeito de ser candidato à Presidência da República e achou que a segurança pública pode ser uma coisa importante pra pegar um nicho dos eleitores do Bolsonaro. Como é só uma tese minha, vamos ver o que vai acontecer. O Temer sabe que se eu disputar a eleição posso ganhar no primeiro turno, ou vou pro segundo turno. Ele sabe que se eu disputar, só tem uma vaga no segundo turno pra todos os outros candidatos. Se eu não disputar, tem duas. Então 'vamos tirar o Lula do jogo'. Acho que o Temer está fazendo uma aposta."

"A Marinha sabe que, se quiser diminuir o contrabando de armas e o tráfico, tem que ter estrutura pra controlar 8.000 kms de fronteira marítima. O Exército sabe que tem que ter estrutura pra controlar 16.000 kms de fronteira seca. Essas coisas temos que discutir e apresentar pra sociedade um plano definitivo."

Eleição 2018 e alianças

"Me parece que a Justiça está querendo cumprir o papel da elite política e econômica que não quer que o Lula seja candidato. 'Temos que caprichar, afinal, tiramos a Dilma com um golpe pra deixar esse baixinho voltar? Não pode.'"

"Isso de 'PMDB nunca mais' é uma bobagem. Como o Pimentel vai governar Minas Gerais sem o PMDB? O PMDB de Minas é um aliado importante e boa parte se colocou contra o impeachment.O PMDB não é um partido nacional, é uma federação de grupos regionais e cada um é um PMDB."

"Quero ganhar as eleições pra melhorar a vida do povo brasileiro, pra fazer mais escola, gerar mais emprego, aumentar o salário mínimo, fazer o povo mais humilde comer peito e coxa de frango, não pele e pescoço. Então tenho que construir uma aliança política que me permita fazer isso, se não, eu serei o melhor candidato do mundo e não ganharei as eleições."

Depois da entrevista, o ex-presidente Lula foi visitar um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Itatiaiuçu, na região metropolitana de Belo Horizonte. Na sequência, iria conhecer uma colônia de hansenianos, em Betim.

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Procon Estadual autua cinco supermercados em Niterói.

Fiscais descartaram 22 quilos de produtos impróprios para consumo.


O Procon Estadual realizou nova etapa da Operação Secos e Molhados nesta terça-feira (20), a ação decorreu de pedido do Ministério Público do Estado e aconteceu nos bairros de Itaipu, Piratininga, Largo da Batalha e Pendotiba, em Niterói. Seis supermercados foram fiscalizados e cinco autuados. Os fiscais descartaram 22 quilos de produtos considerados impróprios para consumo.

O Supermarket localizado na Estrada General Castro Guimarães 771, no Largo da Batalha, comercializava frios fatiados com prazo superior ao fixado pelo fabricante. Havia necessidade de limpeza em todas as câmaras frigoríficas do local. As borrachas de vedação das portas das câmaras estavam danificadas, as portas e tendais estavam enferrujados e havia acúmulo de água no chão e nos ralos. Os fiscais deram o prazo de 15 dias para realizar os reparos necessários, sob pena de interdição.

Outras duas filiais do Supermarket, ambas em Itaipu, foram autuadas. A filial da Av. Almirante Tamandaré 597, não possuía o certificado de potabilidade da água, e a da Av. Everton Xavier 115, possuía problemas estruturais em todas as câmaras frias: estrado de madeira (que é proibido por Lei), ferrugem das portas e prateleiras, piso quebrado e sujeiras no chão. Além disso, 17kg de azeitonas estavam sem especificação de validade nesta filial.

O Supermercado Real, na Estrada Francisco da Cruz 6106, em Piratininga, não apresentou irregularidades.

Balanço da Operação Secos e Molhados

1 - Supermarket (Estrada General Castro Guimarães, 771 – Largo da Batalha)
Frios fatiados com prazo superior ao fixado pelo fabricante. Necessidade de limpeza em todas as câmaras frigoríficas do local: borrachas de vedação das portas danificadas, as portas e tendais enferrujados e acúmulo de água no chão e nos ralos. Prazo de 15 dias para reparos.

2 – Multimarket (Estrada Caetano Monteiro, 1981 – Pendotiba)
Produtos vencidos: 1kg e 400g de patê de salmão, 1kg e 400g de patê de berinjela, 700g de patê de ervas finas, 900g de patê de haddock, 670g de patê de cebola. Ausência de certificado de dedetização.

3 – Real (Estrada Caetano Monteiro, 711 – Pendotiba)
Estantes de móveis de madeira na câmara frigorífica permitindo a proliferação de fungos e acúmulo de água. Havia 16kg de frios sem especificação de validade.

4 – Supermarket (Av. Almirante Tamandaré, 597 – Itaipu)
Ausência de certificado de potabilidade da água. Prazo de 15 dias para apresentação do documento.

5 – Supermarket (Av. Everton Xavier, 115 – Itaipu)
Em todas as câmaras frias havia estrado de madeira, ferrugem das portas e prateleiras, piso quebrado e sujeiras no chão. Prazo de 15 dias para realizar reparos. Produtos sem especificação: 17kg de azeitona

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Usuários com renda de até R$ 3.205,20 terão direito ao Bilhete Único.

Medida passará a valer a partir do próximo dia 22 de março.



A partir do dia 22 de março quem possui renda mensal de até R$ 3.205,20 passará a ter direito ao Bilhete Único Intermunicipal (BUI), conforme publicado no Diário Oficial da terça-feira (20). O limite de renda, que atualmente é de R$ 3.000,00, foi fixado pela Lei Estadual nº 7.506, de 29 de dezembro de 2016. A publicação também trata do reajuste da tarifa do BUI de R$ 8,00 para R$ 8,55, que será implementado na mesma data. O valor foi fixado pelo mesmo índice de reajuste das tarifas de ônibus intermunicipais, de R$ 6,84%, aplicado pela Portaria Detro/Pres nº 1.373, de 11 de janeiro de 2018. Atualmente, há 2.065.782 usuários cadastrados no programa. Em 2017, o gasto do estado com o subsídio foi de cerca de R$ 401.000.000,00.

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Ciro Gomes critica pacote de medidas econômicas de Temer

O ex-ministro afirmou que as propostas não passam de "manchetes" 
e que alguns dos pontos não podem nem ser "pensados".


Ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT às eleições presidenciais.
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O ex-ministro Ciro Gomes, pré-candidato do PDT às eleições presidenciais, criticou as 15 medidas econômicas anunciadas pelo governo de Michel Temer em substituição à reforma da Previdência, cuja tramitação no Congresso está suspensa. Segundo o ex-ministro, as propostas não passam de "manchetes" e que alguns dos pontos não podem nem ser "pensados", como a privatização da Eletrobras e a autonomia do Banco Central. "As 15 medidas são, por enquanto, um apanhado de manchetes", completou.

Ciro afirmou, ainda, que propostas como simplificação do PIS-Confins, desoneração da folha de pagamento e mudança na Lei de Responsabilidade Fiscal precisam ser discutidas e ainda não se sabe o que exatamente o governo vai apresentar. "Privatização da Eletrobras nem pensar. Nenhum País do mundo entrega ao capital estrangeiro o manejo da sua infraestrutura hídrica", disse Ciro, ao falar da venda da estatal. "Nem pensar a autonomia do Banco Central", declarou, ao citar outro ponto proposto entre as 15 medidas.

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Decisão acaba com monopólio da Riocard na emissão de vale-transporte

Promotor avalia que a mudança permitirá ao Estado ter controle total das informações 
do setor de transportes e sobre a receita arrecadada com a circulação de usuários.


Por O Dia

Rio - Um decreto que põe fim ao monopólio da RioCard para a emissão de vale-transporte foi publicado no Diário Oficial, no dia 8 de fevereiro, e divulgado na terça-feira pelo Ministério Público estadual. Com a medida, usuários e empresas poderão adquirir, carregar e utilizar em todos os modais cartões de qualquer concessionária de serviço ferroviário, metroviário, rodoviário e aquaviário, e não só através do cartão RioCard da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). Uma licitação para escolher a empresa responsável ainda será feita, com prazo final até agosto. O controle do serviço segue com a Secretaria de Transportes. O promotor Guilherme Magalhães Martins, titular da 5ª Promotoria de Tutela do Consumidor e Contribuinte da Capital, avalia que a mudança permitirá futuramente ao Estado ter controle total das informações do setor de transportes e sobre a receita arrecadada com a circulação de usuários. "Trata-se de um importante passo para assegurar a informação adequada e clara dos consumidores sobre a bilhetagem eletrônica, que deixará o monopólio da Fetranspor, passando ao controle da Secretaria Estadual de Transportes. A população certamente tem muito a comemorar", afirma Martins.

As ações para garantir maior comodidade aos usuários do sistema e, principalmente, transparência nos dados relativos à receita gerada pelos serviços de transporte tiveram início no ano passado. Em julho, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Defensoria conseguiram liminar em ação civil pública contra a Fetranspor, a RioCard e o Estado, na qual alegaram ser inconstitucional e ilegal não ter havido licitação para escolha da empresa responsável pelo controle dos dados da bilhetagem eletrônica no setor de transporte público estadual. Em novembro, o Estado assinou um Termo de Compromisso com o MP e a Defensoria, se comprometendo a mudar o sistema de bilhetagem e a abrir licitação para escolha de empresa que fará o processamento de todas as transações referentes ao transporte de passageiros, substituindo a RioCard.

O decreto determina que as operadoras deverão fornecer mensalmente todas as informações sobre os bilhetes eletrônicos. Além de essencial para a definição do valor das tarifas, o cruzamento desses dados possibilitará também avaliar a demanda por determinada linha em diferentes horários e trajetos. As informações geradas pelo sistema serão encaminhadas não só ao Estado, mas também à Defensoria e ao Ministério Público estadual.

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Phil Collins é retido no Galeão.

O músico ficou mais de 3 horas retido pela Polícia Federal no 
aeroporto do Galeão por problemas no seu visto de trabalho.



Por O Dia

Rio - O cantor britânico Phil Collins passou por maus momentos ao desembarcar no Aeroporto Internacional do Rio ontem para dar início à turnê brasileira de seu show. O músico ficou mais de 3 horas retido pela Polícia Federal no aeroporto do Galeão por problemas no seu visto de trabalho. Segundo site da coluna Radar, da Veja, o documento que Collins tirou para visitar o Brasil não englobava a modalidade de apresentação artística. A turnê de Collins no Brasil começa pelo Rio, amanhã, no Maracanã. Depois, o artista segue para São Paulo, onde se apresenta nos dias 24 e 25, no Allianz Parque. A última parada no país é em Porto Alegre, no dia 27, no Estádio Beira-Rio. Todos os shows serão abertos pelos Pretenders.

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Alerj aprova uso de cartões de débito nos transportes públicos

A iniciativa, segundo um dos deputados autores do projeto, foi motivada pela "situação 
de vulnerabilidade do cidadão", principalmente, diante do cenário de crescente insegurança no Rio.



Por O Dia

Rio - A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, na terça-feira, o Projeto de Lei 478/15, de autoria dos deputados Luiz Martins (PDT) e Comte Bittencourt (PPS), obrigando as concessionárias de transportes públicos, como Barcas S/A, Supervia e MetrôRio, a aceitarem em suas bilheterias a compra das passagens pelo sistema de cartão de débito. A iniciativa, segundo Bittencourt, foi motivada pela "situação de vulnerabilidade do cidadão", principalmente, diante do cenário de crescente insegurança vivido no Rio. "As regras destes contratos de concessão são de um tempo em que a realidade da segurança pública era outra. Não se justifica, portanto, querer impor ao cidadão que, para adquirir maior quantidade de tíquete, efetue saques de altos valores e circule com dinheiro em espécie. Trata-se de medida irrazoável que, além de impor enorme inconveniente ao cidadão, o coloca em situação de vulnerabilidade. Os usuários precisam contar com esta facilidade. Hoje em dia, quase tudo se paga com dinheiro de plástico", disse o deputado.

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Comando Militar do Leste formará equipe para ações de intervenção

As primeiras ações serão divulgadas posteriormente.

Militares do Exército fazem operação na divisa entre os municípios
de Angra dos Reis e Paraty, no Sul Fluminense, na terça-feira.
Por O Dia

Rio - O Comando Militar do Leste (CML) informou, em nota divulgada na noite da terça-feira, que a equipe que trabalhará com o general Braga Netto está sendo formada e será anunciada nos próximos dias. As primeiras ações da intervenção federal na área de segurança pública, feita pelos militares das Forças Armadas, serão divulgadas posteriormente. Segundo o CML, o processo de intervenção "é federal, não é militar. A natureza militar do cargo, à qual se refere o Decreto, deve-se unicamente ao fato de o interventor ser um oficial-general da ativa do Exército Brasileiro". Na nota, o órgão prossegue afirmando que: "O processo demandará, de todos e de cada um, alguma parcela de sacrifício e de colaboração, em nome da paz social e da sensação de segurança almejadas".

Militar morto em arrastão
O sargento do Exército Bruno Albuquerque Cazuza, de 35 anos, foi morto por bandidos que fizeram um arrastão na Estrada Rio-São Paulo, na altura de Campo Grande, na Zona Oeste, na terça. Ele deixa dois filhos e a esposa grávida. Segundo testemunhas, o militar reagiu à abordagem dos bandidos e foi baleado. Como havia uma farda no banco de trás do carro, a polícia não descarta a hipótese de os assaltantes terem visto o uniforme e decidido matar o sargento. Outros três motoristas teriam sido atacados pelos bandidos no arrastão. Bruno servia no Centro de Instrução de Operações Especiais e morava em Campo Grande. Ao saber da notícia, a mulher do militar foi ao local do crime. Emocionada, ela passou mal e teve que ser retirada.

A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) foi acionada e já isolou o local para fazer a perícia. Nesta segunda-feira, as Forças Armadas começaram a patrulhar as rodovias BR-040, BR-101, BR-116 com base no decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GL0). O local em que o sargento Bruno foi morto não estava na área de coberta pelo patrulhamento.

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