quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Jucá chama Janot de 'líder de facção'.

Ao ser questionado sobre o conteúdo da delação premiada de Lúcio Funaro, Jucá minimizou o conteúdo dos fatos narrados pelo corretor e o potencial destrutivo de uma eventual segunda denúncia contra Temer.


ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Líder do governo no Senado e presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) chamou na tarde de quarta-feira o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "líder de facção". Ao ser questionado sobre o conteúdo da delação premiada de Lúcio Funaro, Jucá minimizou o conteúdo dos fatos narrados pelo corretor e o potencial destrutivo de uma eventual segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. "O líder dessa facção, Rodrigo Janot, vai ficar mais dois dias na PGR, o que é lamentável, até porque ele (seu mandato) está acabando de forma muito triste, muito melancólica, como eu previ há alguns dias atrás", declarou Jucá após reunião da Executiva do PMDB. "Agora está se vendo que a organização é Janot, Marcelo Miller, mais alguns procuradores, Joesley (Batista), Sérgio Machado, (Nestor) Cerveró, Delcídio (Amaral). Essas são as companhias de Janot que armaram esse circo", emendou. O presidente do PMDB disse que qualquer ato conduzido por Janot na reta final de seu mandato "está eivada de erros, raiva e rancor, de tentativa de apagar o rastro de irregularidades". Por isso, disse o peemedebista, a segunda denúncia deve ser recebida com "desconfiança", mais até do que a primeira denúncia, derrubada na Câmara porque "o véu caiu". Para Jucá, a delação de Funaro - um dos últimos atos de Janot - foi um "ato entre amigos", por isso merece desconfiança. "Qualquer delação premiada a essa altura do campeonato precisa ser muito investigada e comprovada para ser dar ouvido a ela", declarou. O senador disse que Janot sabia das conversas entre Miller e a JBS e que as ações intermediadas pelo ex-procurador são "extremamente suspeitas".

Funaro afirmou em sua delação premiada que Temer dividiu com Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), ex-homem forte de seu governo, propina da Odebrecht. Nos anexos de sua colaboração, ele afirmou ter buscado R$ 1.000.000,00 em espécie, supostamente pagos pela empreiteira, no escritório do advogado e ex-deputado José Yunes, amigo de Temer. Funaro relatou também em sua colaboração, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal, ter mandado a quantia para Geddel, na Bahia.

Reunião
Na reunião desta tarde da Executiva do PMDB, Jucá comunicou ao partido o pedido de afastamento de Geddel das funções partidárias por 60 dias. Geddel já estava afastado do comando do PMDB baiano desde meados de julho e hoje formalizou o pedido para ficar fora dos trabalhos de primeiro-secretário nacional do PMDB. No encontro, que durou duas horas, a Executiva também deferiu a suspensão por 60 dias da senadora Kátia Abreu (TO). A parlamentar enfrenta um processo na Comissão de Ética do partido por ter feito críticas públicas a Jucá e Temer.

Um dos assuntos que mais tomou tempo na reunião foi o pedido de intervenção no diretório estadual do PMDB pernambucano feito por um aliado do senador Fernando Bezerra Coelho (PE), recém-filiado à legenda. O grupo de Coelho pede a dissolução do diretório estadual. A cúpula do PMDB decidiu que o líder da bancada na Câmara, Baleia Rossi (SP), vai intermediar as negociações entre as partes para evitar a dissolução do diretório pernambucano.

Segundo fontes, Jucá revelou que o líder do governo no Congresso, deputado André Moura (PSC-SE), manifestou o desejo de se filiar ao partido, mas que as conversas ainda não evoluíram. Jucá teria garantido que não haverá intervenção no PMDB local caso Moura se filie ao PMDB.

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STJ concede prisão domiciliar para Rafael Braga.

Defesa alega que catador está debilitado em razão de 
tuberculose adquirida dentro do sistema penitenciário.


Segundo advogados, Rafael está debilitado
por causa de tuberculose adquirida na prisão.
O DIA

Rio - O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz concedeu habeas corpus para que Rafael Braga possa ser colocado em prisão domiciliar. O catador de material reciclável havia sido condenado em janeiro a 11 anos e três meses de prisão por tráfico de drogas. De acordo com defesa, ex-morador de rua está extremamente debilitado em razão de tuberculose adquirida dentro do sistema penitenciário.


Ao conceder a liminar, o ministro do STJ destacou que “enquanto perdurar o agravado estado de saúde do paciente, é imperioso o seu afastamento da unidade prisional em que cumpre pena”. O ministro afirmou que a tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil, que se prolifera, como todas as doenças infecciosas, em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestrutura urbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria. Segundo ele, o risco de adoecimento por tuberculose é 28 vezes maior em grupos vulneráveis como as populações privadas de liberdade. O magistrado também destacou que, além da gravidade da doença e sua rápida proliferação dentro das prisões, a situação de superlotação, as precárias condições de limpeza e a falta de assistência médica são elementos que foram levados em conta para conceder a liminar e permitir que Rafael Braga aguarde em prisão domiciliar o julgamento do mérito do habeas corpus. “O quadro grotesco de violações aos direitos e às garantias fundamentais alcança distinto patamar em hipóteses que, como a de Rafael Braga Vieira, tratam de indivíduos que satisfazem o perfil corriqueiro dos encarcerados no país: negros, jovens, de baixa renda e escolaridade”, frisou Rogerio Schietti.

Preso nas manifestações de 2013
Rafael já tinha ficado preso por um ano e três meses acusado de portar material inflamável para atos de vandalismo durante protestos de 2013. Condenado a quatro anos e oito meses, ganhou direito à prisão domiciliar em 2015. Na ocasião, alegou inocência e acusou os policiais que o prenderam de agressão e de adulterar provas.

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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Mulher de ex-presidente Mujica se torna vice-presidente do Uruguai


Lucia Topolansky participa de sessão do Congresso em Montevidéu 13/9/2017.

Lucia Topolansky, uma senadora uruguaia e esposa do ex-presidente José Mujica, se tornou vice-presidente nesta quarta-feira, após a renúncia de Raúl Sendic no fim de semana passado por preocupações de uso irregular de fundos públicos. Topolansky, de 72 anos, que é a primeira mulher a atuar como vice-presidente do Uruguai, foi nomeada ao cargo sob disposições da Constituição uruguaia. Ela disse que irá procurar estabelecer uma ligação entre o governo esquerdista do presidente Tabaré Vázquez e o Congresso. Assim como Mujica, Topolansky foi membro do movimento de guerrilha marxista Tupamaros em sua juventude. A mudança deve causar pouco impacto na política. Desde 2005, o Uruguai tem sido comandado pelo partido de esquerda Frente Ampla (FA), que misturou políticas sociais progressistas, como a legalização da maconha, com regulações favoráveis ao mercado.

O comitê de ética da FA havia julgado que Sendic, que comandou a petroleira estatal Ancap de 2008 a 2009 e de 2010 a 2013, usou seu cartão de crédito da companhia para comprar itens pessoais. De acordo com a Constituição do Uruguai, Sendic deveria ser substituído pelo senador que recebeu mais votos na eleição passada, que foi Mujica. Mas as leis uruguaias impedem presidentes de cumprirem mandatos consecutivos como presidente ou vice-presidente. Com o segundo maior número de votos para o Senado, Topolansky era a próxima na linha.

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Coronel Jairo é denunciado por venda de serviços irregulares do Detran-RJ


Jornal do Brasil

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou o deputado estadual Coronel Jairo por envolvimento em um esquema de venda irregular de serviços em postos do Detran-RJ. A ação civil pública movida pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ), denuncia ainda outras 40 pessoas envolvidas no esquema que movimentava R$ 2.000.000,00 por meio de emissão indevidas de documentos públicos, subversão e frustração das exigências legais referentes a vistorias veiculares, transferências de propriedade e demais serviços prestados pelo Detran. De acordo com as investigações, trata-se de um dos maiores esquemas de corrupção flagrados no Detran-RJ, com repercussões jurídicas em Santa Cruz, Campo Grande, Barra da Tijuca, Irajá - CEASA, Vila Isabel, Centro, Nova Iguaçu, dentre outras localidades.

Na ação, que investiga improbidade administrativa, o parlamentar é apontado como ‘dono’ de alguns postos de vistoria do Detran-RJ, em especial o de Campo Grande, que passou a ser controlado por ele em 2008. Ainda segundo a denúncia, o Coronel Jairo viabilizava a contratação de pessoas pela Facility Gestão Ambiental Ltda., atualmente denominada Bequest Gestão Ambiental Ltda., sociedade empresária recrutadora de mão-de-obra terceirizada para órgãos e entidades públicas, incluindo o Detran-RJ. Os funcionários eram alocados nos postos de vistoria para melhor atender aos interesses do grupo.

A sociedade empresária foi uma das maiores destinatárias de recursos públicos do Estado. Os apadrinhados e contratados pela Facility deviam contribuir financeiramente com o grupo. Nesse sentido, funcionários eram obrigados pelos chefes de alguns postos a alcançar metas diárias em valores que chegavam a R$ 500,00 em propina, participar de reuniões com os políticos, entregar fichas com dados pessoais e ir a comitês de campanha. O elo entre os políticos, a Facility e os funcionários nos postos do Detran-RJ era feito por Hélio Afonso (Helinho), genro do Coronel Jairo.

Com base em documentos que fazem parte do inquérito, a ação civil pública descreve a atuação sistemática, entre 2011 e 2013, de organização voltada à produção e à emissão indevidas de documentos públicos, subversão e frustração das exigências legais referentes a vistorias veiculares, transferências de propriedade e demais serviços prestados pelo Detran-RJ. Baseada em relatório da Corregedoria do Detran-RJ e nas investigações denominadas de Operação Cruzamento, a ação civil pública apoia-se na análise de documentação veicular, procedimentos administrativos disciplinares, contas bancárias cujos sigilos foram quebrados e de incontáveis diálogos “codificados” interceptados em 65 linhas telefônicas com aval judicial.

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Coreia do Sul cria equipe para matar Kim Jong-un.

Força-tarefa reúne 1,5 mil pessoas e chama "Decapitation Unit".


Força-tarefa foi criada para matar ditador norte-coreano.
Agência ANSA

A Coreia do Sul está tomando medidas drásticas para conter as ameaças de sua vizinha do norte. De acordo com o jornal "The New York Times", o governo de Seul ordenou a criação de uma força-tarefa para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Formada por 1,5 mil pessoas, a equipe especial recebeu o nome de "Decapitation Unit" e deverá entrar em operação até o fim do ano. Os agentes receberão treinamento e apoio de helicópteros para invadir a Coreia do Norte e lançar foguetes noturnos. Tudo de maneira oficial. Isso porque o regime de Pyongyang parece não desistir de suas ambições militares e nucleares. A Coreia do Norte, apesar de todas as sanções internacionais - as últimas aprovadas na segunda (11) por unanimidade pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas -, continua fazendo testes nucleares e lançando mísseis.

A ideia de criar a força-tarefa fora apresentada pelo ministro da Defesa da Coreia do Sul, Song Young-moon, um dia após Pyongyang fazer o maior teste nuclear da história, detonando uma bomba de hidrogênio no início do mês, informou o jornal NYT. Mas o plano de assassinar um líder norte-coreano não é novo em Seul. Em 1960, o governo criou e treinou uma equipe para invadir o país vizinho e degolar o então ditador, Kim il-sung, avô de Kim Jong-un, após a Coreia do Norte tentar saquear o Palácio Presidencial de Seul.

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Geddel, Moreira e Padilha são 'longa manus' de Temer, diz PF

Relatório atribui 'vantagens' de R$ 31.500.000,00 ao presidente Temer.


ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - Relatório da Polícia Federal que atribui "vantagens" de R$ 31.500.000,00 ao presidente Michel Temer põe o peemedebista como um personagem que tem poder de decisão na suposta organização criminosa do partido na Câmara dos Deputados. A corporação ainda atribui ao ex-ministro Geddel Vieira Lima e aos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco o papel de "longa manus" de Temer em esquemas de corrupção envolvendo contratos públicos e lideranças da legenda na Câmara. As conclusões da polícia, às quais o jornal O Estado de S. Paulo teve acesso, foram encaminhadas na segunda-feira, ao Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório da investigação, que teve início em 2015, era aguardado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para finalizar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer. Foram indicados pela PF como nomes que participaram da organização criminosa, pela ramificação do PMDB da Câmara: o presidente Michel Temer, os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves; o ex-ministro Geddel Vieira Lima; e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. O relatório tem como base delações da Odebrecht, da J&F, do doleiro Lúcio Funaro e mensagens apreendidas no celular do ex-deputado Eduardo Cunha, condenado a 15 anos de prisão na Lava Jato e aliado histórico do presidente.


De acordo com a Polícia Federal, o ex-deputado Eduardo Cunha fazia a parte "obscura", como chantagens, ameaças e negociatas, e o presidente Michel Temer teria o papel de oficializar resultados dos acertos de Cunha. Geddel, preso preventivamente na Operação Cui Bono, apontado como um dos interpostos de Temer, seria integrante dos grupos administrativo e político da organização criminosa peemedebista identificada pela PF. O relatório destaca um capítulo recente envolvendo Geddel, o confisco de malas e caixas com R$ 51.000.000,00 em dinheiro vivo encontradas em um apartamento em Salvador. A dinheirama seria de Geddel - suas impressões digitais foram identificadas em cédulas

O relatório destaca posições importantes que ele assumiu, como a Secretaria de Governo, e ressalta que Geddel estava em "perfeita sintonia" com Eduardo Cunha. A corporação atribui a Geddel fraudes na Caixa Econômica Federal, à época em que era vice-presidente de pessoa Jurídica, como fraudes em liberação de empréstimos para Grupo JBS, Grupo Constantino (BR VIAS, OESTE SUL/COMPORTE PARTICIPAÇÕES) Mafrif/Seara, Big Frango, Alpargadas/JBS, J&F Investimentos e o Grupo Bertin.


A Moreira Franco, a PF atribui a arrecadação de R$ 5.000.000,00 da OAS para a campanha de Michel Temer, e de R$ 4.000.000,00 da Odebrecht, enquanto Secretário da Aviação Civil do governo Dilma, mesmo sabendo que a empreiteira tinha interesse na concessão de aeroportos. Sobre Padilha, o relatório ressalta a suposta reunião da qual ele teria participado com executivos da Odebrecht, ao lado de Temer, no Palácio do Jaburu, para o acerto de R$ 10.000.000,00 ao PMDB. O encontro foi relatado na delação da empreiteira.

Para concluir que há indícios da formação de uma organização criminosa, a Polícia Federal considerou no relatório que os peemedebistas investigados possuem poder sobre os demais membros do grupo e capacidade de repartir o dinheiro obtido através de práticas ilícitas como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e evasão de divisas.

Defesas
Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República afirmou: 
"O Estado Democrático de Direito existe para preservar a integridade do cidadão, para coibir a barbárie da punição sem provas e para evitar toda forma de injustiça. Nas últimas semanas, o Brasil vem assistindo exatamente o contrário.

Garantias individuais estão sendo violentadas, diuturnamente, sem que haja a mínima reação. Chega-se ao ponto de se tentar condenar pessoas sem sequer ouvi-las. Portanto, sem se concluir investigação, sem se apurar a verdade, sem verificar a existência de provas reais. E, quando há testemunhos, ignora-se toda a coerência de fatos e das histórias narradas por criminosos renitentes e persistentes. Facínoras roubam do país a verdade. Bandidos constroem versões 'por ouvir dizer' a lhes assegurar a impunidade ou alcançar um perdão, mesmo que parcial, por seus inúmeros crimes. Reputações são destroçadas em conversas embebidas em ações clandestinas.

Muda-se o passado sob a força de falsos testemunhos. Vazamentos apresentam conclusões que transformam em crimes ações que foram respaldas em lei: o sistema de contribuição empresarial a campanhas políticas era perfeitamente legal, fiscalizado e sob instrumentos de controle da Justiça Eleitoral. Desvios devem ser condenados, mas não se podem criminalizar aquelas ações corretas protegidas pelas garantias constitucionais."


O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que só irá se pronunciar quando e se houver acusação formal contra ele que mereça resposta.

Em nota, o ministro Moreira Franco afirmou: "Jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito. Repudio a suspeita. Responderei de forma conclusiva quando tiver acesso ao relatório do inquérito. Lamento que tenha que falar sobre o que ainda não conheço. Isto não é democrático."

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Gilmar diz que conversa com Joesley supostamente gravada foi 'institucional'

Ministro afirmou que áudio deve ser de abril, quando os dois se encontraram 
no Instituto de Direito Público, do qual é sócio e professor.


ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que acha ter sido gravado por Joesley Batista, afirmou na terça-feira, 12, que a conversa com o dono da JBS teria sido "institucional". Em entrevista à Rádio Gaúcha, Gilmar afirmou que o áudio deve ser de abril, quando os dois se encontraram no Instituto de Direito Público (IDP), do qual é sócio e professor. De acordo com o ministro, eles conversaram sobre as dificuldades do setor e o julgamento do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). "Institucional (a conversa). Foi sobre um julgamento que havia ocorrido, envolvendo o Funrural. Ele apareceu no instituto, eu estava dando aula, e conversamos sobre isso, as dificuldades do setor... Disse a ele que não havia muito o que fazer sobre a matéria, porque já havia sido decidido pelo tribunal, inclusive com meu voto contrário à pretensão dele (Joesley)", afirmou.

O Supremo decidiu, em 30 de março, que é legal a cobrança de contribuição previdenciária ao Funrural de empregador pessoa física. A cobrança, que já era feita, foi alvo de um recurso da União pelo parecer contrário da Primeira Turma do STF, que tinha avaliado que era indevida. A maioria dos ministros votou favoravelmente ao recurso do governo.

Questionado se ele conheceria Joesley e como teria sido feito o pedido do encontro, o ministro se limitou a responder que "tem impressão" que teria vindo da diretoria do IDP. A um dia do pleno da Corte analisar a suspeição do procurador-geral, Rodrigo Janot, a quem Gilmar é crítico, o ministro avalia que não as delações não têm influência sobre o Supremo. "Não vejo nenhuma repercussão sobre o STF. Acho que o Supremo equivocou-se ao não colocar limites nas delações premiadas, nos abusos perpetrados, não fazer análise dessas investigações", afirmou.

Na entrevista, ele voltou a criticar a Procuradoria-Geral, a que disse que foi "utilizada" por Joesley, na delação da JBS. "Eu acho que o grande problema nesse contexto tem a ver com a Procuradoria-Geral. A PGR se serviu e também acho que foi utilizada pelo Joesley Batista", disse.

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App reembolsa quem avaliar o almoço pago.

Essa é a proposta do 'Almoço Grátis' que contempla as 
opiniões dos clientes. Restaurantes pagam por esses dados.


A equipe responsável pelo site Almoço Grátis: proposta
é reembolsar mais de 15 mil refeições até 2018.
BERNARDO COSTA

Rio - As novas tecnologias vêm provocando transformações na relação entre empresas e clientes. E mudando conceitos. Um deles, expresso na frase popular 'não existe almoço grátis', foi posto em xeque por um grupo de empreendedores. Eles criaram uma plataforma que reembolsa usuários cadastrados por refeições nos restaurantes parceiros, com uma única contrapartida: responder a um questionário de avaliação sobre a experiência nos estabelecimentos. Com dois meses de atividade no Rio, a startup Almoço Grátis conta com cerca de 6 mil internautas cadastrados. O sistema funciona da seguinte forma: o usuário se cadastra no site almocogratis.com.br. E, a partir do CEP informado, tem acesso às opções disponibilizadas pelos restaurantes nas imediações. Ao reservar um cupom, o cliente vai até o estabelecimento e paga a conta normalmente. Em seguida, faz o upload da nota fiscal no site e responde a um questionário com 40 perguntas. Caso os dados sejam aprovados, ele recebe o reembolso integral da refeição. "Os restaurantes adiantam os valores dos cupons, que depois repassamos aos clientes", explica Paulo Costa, um dos sócios da Almoço Grátis.

Já o restaurante recebe o feedback dos frequentadores, que avaliam o atendimento, a qualidade dos produtos e a infraestrutura da casa. Mas não só isso. "Além dos dados de cada questionário, entregamos um relatório com pontos fracos e fortes e fazemos sugestões para melhorias. Também enviamos um comparativo em relação à concorrência". É aí que a plataforma lucra, a partir dos valores pagos pelos restaurantes para analisar os dados. "Mas os restaurantes acabam reavendo esse custo, pois é comum os clientes consumirem outros itens do estabelecimento quando ele sabe que o almoço vai sair de graça. Há estudos que mostram que este gasto extra é da ordem de 30%, em média", explica Paulo Costa.

Em busca de críticas
Para Rafael Saavedra, um dos sócios do Talho Capixaba, empresa que completa 60 anos no mercado em 2018, o modelo proposto pelo Almoço Grátis é a forma mais isenta para avaliar a qualidade do serviço prestado. "Os clientes passam a ser um prolongamento dos nossos olhos e ouvidos quando não estamos no restaurante. Sabemos que muitos não se sentem à vontade para fazer críticas, mas, de forma anônima, eles escrevem".

Além do Talho Capixaba, restaurante com filiais no Leblon e na Gávea, fazem parte do Almoço Grátis estabelecimentos de grandes redes, como Pizza Hut, Spoleto, Koni, Bibi Sucos, Burger King e McDonald's. As lojas ficam no Centro e em bairros das Zonas Norte, Oeste e Sul da cidade.

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Prefeitura inaugura Clínica da Família em Realengo

Segundo a prefeitura, a unidade tem capacidade de realizar 
4 mil consultas médicas mensais e vai beneficiar 35 mil pessoas.


O DIA

Rio - O prefeito Marcelo Crivella inaugurou ontem a Clínica da Família Romulo Carlos Teixeira, no Campo do Periquito, em Realengo, na Zona Oeste. A nova clínica é a 117º no estado. Segundo a prefeitura, a unidade tem capacidade de realizar 4 mil consultas médicas mensais e vai beneficiar 35 mil pessoas. O secretário Municipal de Saúde, Marco Antônio de Mattos, lembrou que essa é a terceira Clínica de Família inaugurada pela prefeitura nos últimos dois meses. As outras foram abertas em Paciência e Santíssimo. Segundo ele, com a nova clínica, a região, que tem 670 mil habitantes, passa a contar com 83,8% de cobertura de saúde da família, oferecida em 15 clínicas da família, 11 centros municipais de saúde e uma policlínica. O nome da nova unidade é uma homenagem a Romulo Carlos Teixeira, líder comunitário da região falecido em 2009.

No mês passado, 11 clínicas da família foram alvos de rumores de que fechariam as portas. Funcionários de várias Organizações Sociais (OSs) que fazem a gestão das unidades fizeram manifestação, alegando terem recebido aviso prévio. No entanto, o prefeito negou que o município iria fechar qualquer unidade de saúde. A Secretaria Municipal de Saúde reiterou que nenhuma das clínicas foi fechada. E acrescenta ainda que atualmente, os repasses às OSs que administram os contratos de gestão da Estratégia Saúde da Família continuam recebendo os pagamentos conforme o calendário publicado em Diário Oficial. Os contratos estabelecem também que as OSs não podem interromper serviços.

Reportagem de Matheus Ambrosio, sob supervisão de Claudio de Souza
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Carlos Marun será relator da CPI mista da JBS no Congresso

Deputado da tropa de choque de Temer e Cunha 
recebeu doações da empresa de Joesley Batista.


Carlos Marun, da tropa de choque de Eduardo Cunha
e Michel Temer, será relator da CPI mista da JBS.
ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O deputado federal Carlos Marun (PMBD-MS) foi escolhido na terça-feira como relator principal da CPI mista da JBS. A escolha acontece após pressão do governo para que a relatoria da comissão ficasse com alguém alinhado ao Planalto. Marun foi um dos mais fiéis aliados do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e faz parte da tropa de choque do presidente Michel Temer. O deputado teve entre seus doadores de campanha a própria empresa alvo da CPI mista. Ele recebeu, por meio de repasses de outros candidatos, R$ 103.000,00 em 2014. O presidente da comissão, senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), ainda decidiu criar duas sub-relatorias na CPI para tentar acomodar os descontentes com a indicação. A primeira ficará com o deputado Delegado Francischini (SD-PR) e será responsável por investigar os contratos de empréstimos da empresa com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e tratará dos acordo de delação premiada e leniência firmados pela empresa. Já a segunda sub-relatoria ficará a cargo do deputado Hugo Leal (PSB-RJ), que tratará de temas como as dívidas fiscais, previdenciárias e agropecuárias da empresa. Antes mesmo da confirmação, a escolha de Marun para relatar a comissão já era alvo de protestos. "Se for o Marun, não vamos aceitar de jeito nenhum. Vai começar uma CPI chapa branca?", questionou o deputado João Gualberto (PSDB-BA), que ameaça deixar a comissão caso a escolha se confirme. "A CPI já começaria em pizza, seria um desrespeito sem tamanho. Marun é ligadíssimo a Eduardo Cunha. Não pode isso."

O deputado Rocha (PSDB-AC), suplente de seu partido da CPI, reforçou a insatisfação. "Corre-se o risco daqueles que querem apuração séria entregarem seus postos para não participarem dessa farsa. Eu ficaria desconfortável, não pelo Marun em si, mas pelo que ele representa. Ele foi da tropa de choque do Eduardo Cunha, do Temer. Temos que buscar alguém que tem compromisso com algo maior: o esclarecimentos desses fatos todos".

A CPI da JBS votou na tarde da terça-feira a convocação de nomes envolvidos na polêmica delação, como o empresário Joesley Batista, o ex-procurador Marcello Miller e convite ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

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