quinta-feira, 23 de março de 2017

Jornalismo ou propaganda: até onde vai o sigilo da fonte?


A condução coercitiva e a apreensão de equipamentos de um blogueiro pró-petista e crítico da Operação Lava Jato reacendeu no Brasil o debate sobre a preservação do sigilo de fonte e o conceito de atividade jornalística. O caso também ocorre em um momento de discussão sobre vazamentos seletivos de dados da operação. Eduardo Guimarães, responsável pelo Blog da Cidadania , foi obrigado na terça-feira (21/03) a comparecer a uma unidade da Polícia Federal por ordem do juiz Sérgio Moro, responsável pelos casos da Lava Jato na Justiça Federal do Paraná (JF-PR). O juiz queria saber quem vazou para o blogueiro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a família tiveram o sigilo bancário quebrado e que seus imóveis seriam alvo de mandatos de busca e apreensão no âmbito da Lava Jato. Em fevereiro de 2016, uma semana antes de agentes entrarem nos imóveis de Lula, Guimarães publicou em seu blog detalhes sobre a investigação. Ele também disse que procurou o Instituto Lula antes da publicação do texto para confirmar algumas das informações. Além de ouvir o blogueiro, a Justiça também ordenou a apreensão do seu celular e o de sua esposa e um notebook e um pen-drive. Poucos detalhes sobre acusações contra o blogueiro foram divulgados, mas anteriormente, procuradores afirmaram que vazamentos como este facilitam a destruição de provas por investigados. Após confirmar quem foi sua fonte, que já era conhecida pela Justiça, o blogueiro foi liberado.

A ação causou repúdio de entidades que representam jornalistas, que apontaram que o direito ao sigilo de fonte, assegurado pela Constituição, foi violado. A Carta diz que "é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional". Como mostraram casos similares, o direito também se aplica ao material de trabalho. Após a repercussão do caso, a JF-PR divulgou nota acusando Guimarães de não ser um jornalista, mas sim um propagandista e que, portanto, o direito constitucional ao sigilo não se aplica a ele, um blogueiro abertamente partidário. "Não é necessário diploma para ser jornalista, mas também não é suficiente ter um blog para sê-lo. A proteção constitucional ao sigilo de fonte protege apenas quem exerce a profissão de jornalista, com ou sem diploma", dizia um trecho da nota.

Guimarães edita seu blog há 12 anos. Filiado ao PCdoB, sigla aliada do PT, foi candidato a vereador em São Paulo nas últimas eleições. Ele não tem diploma de jornalismo e costuma escrever textos críticos à Lava Jato e aos adversários dos petistas. Em 2015, escreveu em sua conta no Twitter que "os delírios de um psicopata investido de um poder discricionário como Sérgio Moro vão custar seu cargo, sua vida". A frase foi encarada como uma ameaça pelo juiz, que entrou com uma representação criminal contra o blogueiro. Guimarães disse que estava se dirigindo aos seus leitores, e não a Moro.


Jornalismo ou propaganda?
Segundo professor de Ética Eugênio Bucci, da Universidade de São Paulo (USP), as atividades de Guimarães configuram um "blog jornalístico de opinião", algo suficiente para fazer dele um jornalista. "Isso é legítimo e necessário numa sociedade democrática, e a expressão dessa opinião está assegurada pela Constituição", afirmou em entrevista à DW . "Um blog é como um pequeno jornal E é preciso lembrar que o jornalismo nasceu como imprensa abertamente partidária. Nós podemos discutir se blogs partidários fazem bom ou mau jornalismo, mas o princípio deles é o mesmo da imprensa em geral", diz. O professor também lembrou que o diploma de jornalismo não é mais obrigatório no país desde 2009, e que muitos jornalistas praticam a profissão sem ter passado pelo mundo acadêmico. Para Bucci, o que ocorreu contra Guimarães é "um sinal ruim, negativo""É uma investida de um poder do Estado contra uma pessoa que exerce funções jornalísticas. Não é nada bom que o Judiciário intimide um cidadão comum. Se houve um vazamento, ele ocorreu a partir de algum servidor da própria Justiça. Querer punir por isso um jornalista, que não está obrigado a manter nenhum sigilo de justiça e nenhum segredo de Estado, é uma desproporção", conclui.

Já a professora de Direito Constitucional Eloísa Machado, da Fundação Getúlio Vargas, afirma que "não cabe a Moro definir o que é jornalismo ou não". Segundo Machado, ainda que Guimarães não pudesse ser classificado como um jornalista, "a Constituição é bem ampla nesse sentido e não fala que o direito é restrito somente a eles". Ela afirma que até ativistas estão protegidos pela Constituição, se o direito ao sigilo fizer parte de suas atividades profissionais. "A Constituição é muito generosa nesse sentido e seu artigo 220 também aponta a 'manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição'".

Machado afirma que o caso levanta outras questões problemáticas, como o fato de Guimarães ter sido levado coercitivamente: "É uma medida autoritária, que só deveria ser aplicada se há desrespeito sistemático a intimações para comparecer. Guimarães foi levado pela PF na condição de testemunha, mas a JF-PR disse que ele é "alvo de investigação". Ainda segundo Machado, o fato de o próprio Moro ter entrado com uma representação contra Guimarães deveria ter sido um impedimento para que ele conduzisse o caso. Ela chama atenção para o Código de Processo Penal, que declara que "há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo quando promover ação contra a parte ou seu advogado."

Papel dos vazamentos
O caso também gerou controvérsia por causa dos vazamentos seletivos de informações da Lava Jato. Guimarães não foi o único blogueiro ou jornalista a divulgar informações sobre a operação, mas é o primeiro a ser convocado dessa forma. Desde o início, a operação tem sido marcada por vazamentos de detalhes ou nomes de investigados. Segundo Eloísa Machado, a conduta em relação aos vazamentos têm mostrado seletividade. "Moro divulgou ilegalmente os áudios de ligações do ex-presidente Lula afirmando que havia interesse público, mas parece não aplicar esse princípio quando não lhe convém", afirmou.

No último domingo (19/3), a ombudsman do jornal Folha de S. Paulo , Paula Cesarino, fez questionamentos aos vazamentos coordenados entre veículos da imprensa de nomes de políticos alvos de pedidos de inquérito elaborados com base nas delações da Odebrecht. Cesarino afirma ter apurado que a divulgação dos nomes foi feita em uma espécie de "coletiva em off" por membros do Ministério Público, uma forma de contornar o sigilo dos nomes.

Histórico
A ação da Justiça contra o blogueiro Guimarães não é a primeira do gênero contra a imprensa brasileira - partidária ou não. Em outubro de 2016, uma juíza federal determinou a quebra de sigilo telefônico de um jornalista da revista Época para descobrir a fonte de reportagem sobre um relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) que listava brasileiros suspeitos de manter contas na Suíça. Em dezembro, a decisão foi suspensa. Um juiz de São Paulo também determinou em novembro a quebra de sigilo de uma jornalista de O Estado de S.Paulo . O mesmo juiz reviu a decisão dias depois diante da má repercussão do caso.

https://noticias.terra.com.br

Teleféricos do Alemão e Providência não têm data para voltar a circular


Pedro Zuazo

Parados desde o ano passado, os teleféricos do Alemão e da Providência não têm data para voltar a circular. Na Providência, o vai e vem das gôndolas foi interrompido no dia 17 de dezembro para uma manutenção periódica. Segundo a prefeitura, o serviço foi concluído, mas o contrato com a empresa que operava o equipamento chegou ao fim, e agora o município estuda fazer uma nova licitação. Já no Alemão o problema é mais antigo: a circulação foi suspensa no dia 14 de setembro por causa do desgaste de um cabo de tração e a situação se agravou quando o Consórcio Rio Teleféricos, que operava o sistema, jogou a toalha alegando que o governo do estado estava inadimplente com os repasses. Enquanto os imbróglios não se resolvem, os cerca de 14 mil passageiros que eram atendidos diariamente criam novas rotinas para se locomover. — O teleférico me deixava bem na porta do trabalho. Agora, saio meia hora mais cedo e enfrento a escadaria. Pior do que a ida é a volta, quando já estou cansada de trabalhar o dia todo — lamenta Sônia Regina Souza, de 57 anos, que mora na Providência e é funcionária de uma lavanderia na Gamboa.

Inaugurado em julho de 2014, ao custo de R$ 75.000.000,00, como parte do programa de urbanização de favelas Morar Carioca, o teleférico da Providência tem 721 metros de extensão. A estação da Praça Américo Brum, no alto da comunidade, liga à Central do Brasil e à Gamboa. Sem essa opção, as alternativas são kombi ou mototáxi, cuja passagem varia entre R$ 2,00 e R$ 5,00. Para quem não pode pagar, a opção é a escadaria do Morro da Providência. — Meus dois netos usavam o teleférico para ir à escola. Agora, o jeito é ir a pé com eles. São 40 minutos a mais na ida e na volta. Sem contar o calor do sol e o cansaço. Eles chegam suados em sala de aula — conta Gilberto Ferreira da Silva, de 64 anos, entregador de jornais.

Já o teleférico do Alemão abrange 3,5Km do complexo de favelas e custou R$ 253.000.000,00, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Na inauguração, em 2011, foi anunciado pelo governo do estado como obra símbolo do projeto das UPPs. Seis anos depois, tornou-se ícone da grave crise vivida pelo estado. — Antes do teleférico todo mundo se locomovia como podia, mas depois a gente se acostumou com ele. Desde que acabou eu sofro com as escadas — reclama Maria Efigênia da Silva, de 63 anos, moradora da favela das Palmeiras, onde fica a última estação do teleférico.

Em nota, a Secretaria estadual de Transportes diz que o teleférico do Alemão deve voltar a funcionar no segundo semestre, mas sem data precisa. De acordo com o governo, o cabo de tração desgastado que acarretou na interrupção das gôndolas já foi adquirido, mas ainda não foi instalado. “O equipamento, fabricado sob medida no exterior, já foi adquirido. A troca ficará a cargo do operador e do fabricante e não acarretará custo adicional para o Governo do Estado”, diz a nota. Já a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), responsável pela administração do teleférico da Providência, não indica nem o semestre em que o serviço deverá ser restabelecido. “O contrato anterior terminou em 31 de dezembro de 2016, e a Cdurp estuda uma nova licitação”, limita-se a informar o órgão.


Nota da Secretaria estadual de Transportes
“O serviço do Teleférico do Complexo do Alemão, administrado pelo Rio Teleféricos, deverá ser retomado no segundo semestre. Em setembro do ano passado, durante a manutenção diária, foi identificada a evolução atípica do desgaste de um dos cabos de tração, sendo necessária a paralisação preventiva do sistema, obedecendo às normas internacionais de segurança. O equipamento, fabricado sob medida no exterior, já foi adquirido. A troca ficará a cargo do operador e do fabricante e não acarretará custo adicional para o Governo do Estado”.

Nota da Cdurp
“A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) esclarece que a operação do Teleférico da Providência foi suspensa para manutenção periódica do equipamento em 17 de dezembro, já concluída. O contrato anterior terminou em 31 de dezembro de 2016, e a Cdurp estuda uma nova licitação”.

http://extra.globo.com

Entenda o projeto de lei da terceirização para todas as atividades

Texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados na quarta-feira (22).


Por G1

Nesta quarta-feira (22), a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base do projeto de lei que autoriza o trabalho terceirizado de forma irrestrita para qualquer tipo de atividade. O projeto seguirá agora para sanção presidencial. Enviada ao Congresso pelo governo Fernando Henrique Cardoso em 1998, a proposta já havia sido aprovada pela Câmara e, ao passar pelo Senado, sofreu alterações. De volta à Câmara, o texto aguardava desde 2002 pela análise final dos deputados. Em 2015, a Câmara aprovou um outro projeto, com o mesmo teor, durante a gestão do ex-presidente da Casa Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O texto foi enviado para análise do Senado, mas ainda não foi votado.

Veja abaixo perguntas e respostas sobre a terceirização.
O que é?
Na terceirização, uma empresa prestadora de serviços é contratada por outra empresa para realizar serviços determinados e específicos. A prestadora de serviços emprega e paga o trabalho realizado pelos funcionários. Não há vínculo empregatício entre a empresa contratante e os trabalhadores das empresas prestadoras de serviços.

Como é hoje?
Hoje, não há legislação específica sobre terceirização. No entanto, existe um conjunto de decisões da Justiça - chamado de súmula - que serve como referência. Nesse caso, essa súmula determina que a terceirização no Brasil só é permitida nas atividades-meio, também chamadas de atividades secundárias das empresas. Auxiliares de limpeza e técnicos de informática, por exemplo, trabalham em empresas de diversos ramos. Por isso, suas ocupações podem ser consideradas como atividades-meio, ou seja, não são as vagas principais da empresa.

Como deverá ficar?
Se a lei for sancionada pelo presidente Michel Temer, haverá permissão para terceirização de qualquer atividade. Uma escola, por exemplo, poderá contratar de uma empresa terceirizada tanto faxineiros e porteiros (atividades-meio) quanto professores, que são essenciais para dar aulas (atividades-fim).

Quem vai contratar os funcionários e pagar os salários?
O trabalhador será funcionário da empresa terceirizada que o contratou. Ela que fará a seleção e que pagará o salário. Por exemplo, uma fábrica de doces contrata uma empresa terceirizada que presta serviço de limpeza. Os auxiliares de limpeza, nesse caso, serão funcionários da empresa terceirizada, que os contratou, não da fábrica de doces. 

Existe algum vínculo de emprego entre a empresa que contratou os serviços da terceirizada e os funcionários da terceirizada?
O projeto aprovado pela Câmara não prevê vínculo de emprego entre a empresa que contratou o serviço terceirizado e os trabalhadores que prestam serviço. Por exemplo, um garçom terceirizado não terá vínculo de emprego com o restaurante onde trabalha. Seu vínculo será com a empresa terceirizada que o contratou para prestar esse tipo de serviço.

Caso os trabalhadores terceirizados fiquem sem receber e procurem a Justiça, qual das empresas vai ter que pagar?
O texto aprovado prevê que a empresa que contratou o funcionário é responsável pelo pagamento. O processo corre na Justiça do Trabalho como qualquer outro. No entanto, se a terceirizada for condenada pela Justiça a pagar e não tiver mais dinheiro nem bens, a empresa que contratou seus serviços será acionada.

E as contribuições previdenciárias?
De acordo com texto aprovado, as contribuições ao INSS deverão seguir uma regra já determinada em lei. A empresa que contrata a terceirizada recolhe 11% do salário dos funcionários. Depois, ela desconta do valor a pagar à empresa de terceirização contratada.

Como ficam as condições de trabalho dos terceirizados?
É facultativo garantir aos terceirizados o mesmo atendimento médico e ambulatorial destinado aos empregados da contratante, assim como o acesso ao refeitório. Já as mesmas condições de segurança são obrigatórias.

Há alguma mudança para os trabalhadores temporários?
Nesta quarta-feira, também foi aprovada ampliação do tempo em que o trabalhador temporário pode ficar na mesma empresa. De três meses, o prazo foi ampliado para seis meses. Além desse prazo inicial, poderá haver uma prorrogação por mais 90 dias. Na prática, a extensão do prazo de contratação de trabalhador temporário para nove meses já estava valendo por meio de portaria do governo de 2014. No entanto, após a sanção desse projeto de lei aprovado na quarta-feira pela Câmara, o novo prazo vira lei.

Qual é a avaliação que fazem da aprovação da terceirização?
Críticos da proposta enxergam na possibilidade de terceirização da atividade-fim uma abertura generalizada que precarizará uma modalidade de trabalho já fragilizada. Favoráveis ao texto, no entanto, afirmam que a regulamentação trará segurança jurídica e terá resultados na geração de emprego, razão pela qual o tema ganhou o interesse do Palácio do Planalto.

http://g1.globo.com

Reação de Cunha se continuar preso é imprevisível, dizem advogados à colunista: "ele vai surtar".

Cunha passou a apostar todas as suas fichas no julgamento 
do STF, informa colunista Mônica Bergamo, da Folha.


POR LARA RIZÉRIO

SÃO PAULO - O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, preso desde outubro do ano passado no âmbito da Operação Lava Jato, passou a apostar todas as suas fichas no julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) do habeas corpus em que pede para ser libertado, informa a coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, citando advogados que atuam no caso. De acordo com os defensores, caso Cunha perca, a reação é considerada imprevisível. "Se perder e continuar preso, ele vai surtar", disse um interlocutor de Cunha na área jurídica, afirmando que a expectativa do ex-deputado sobre o Supremo é muito positiva.

Na última terça-feira, o STJ ( Superior Tribunal de Justiça) negou mais um pedido de habeas corpus do ex-deputado por 5 votos a 0. Esta não é a primeira vez que é negada uma solicitação de liberdade feita pelo ex-deputado. No mês passado, a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal decidiu manter a prisão de Cunha alegando que não houve ilegalidade na decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na Justiça Federal.

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Tiroteio assusta funcionários da Fiocruz e motoristas na Avenida Brasil

Porta da fundação na Avenida Brasil chegou a ser fechada. Troca de tiros 
ocorre no Complexo da Maré desde as primeira horas desta quinta-feira.


LUARLINDO ERNESTO

Rio - Um intenso tiroteio, na manhã desta quinta-feira, assustou funcionários da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos. O portão da fundação na Avenida Brasil chegou a ser fechado e a ordem era para que "todos permaneçam em suas salas de trabalho. Não saiam para pátios", segundo um trabalhador. Os tiros ocorrem no Complexo da Maré. Motoristas que trafegam na Avenida Brasil nesta manhã também ficaram apreensivos com os tiros. Muitos internautas usaram as redes sociais para relatar os disparos. "Tiroteio desde cedo, na Avenida Brasil altura da Fiocruz", escreveu um. "Tiroteio intenso no Complexo da Maré", disse outro. Moradores do Conjunto de Favelas da Maré também comentam sobre o tiroteio , mas não se sabe ainda as causas do confronto e dos envolvidos. "Várias informações de tiros pelo Esperança, Vila, Salsa e Marrocos. Caveirão rodando e muitos tiros. Muito cuidado!", escreveu a página Maré Vive.

Procuradas, as polícias Civil e Militar ainda não informaram se fazem operação no Complexo da Maré. A Fiocruz também não se pronunciou sobre o fechamento do portão e a ordem aos funcionários.

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Escândalo! Técnicos de futebol exigiam sexo em troca de uma vaga no time titular.

Eles também colecionavam material pornográfico infantil.


Pelo menos 15 jogadores italianos foram vítimas desses criminosos.
O DIA

Itália - Uma operação instaurada pela polícia de Turim, na Itália, predeu na última segunda-feira, dois técnicos que são acusados de oferecerem relações sexuais em troca de uma vaga no time titular em um clube de futebol e um árbitro que praticava abusos, ao oferecer massagens revigorantes. O time e a identidade dos suspeitos foram mantidos sob sigilo. Além de abusar sexualmente dos jogadores, um dos técnicos teria encorajado outro treinador, de apenas 20 anos, a juntar material pornográfico infantil. Já o árbitro está sob investigação por oferecer massagens revigorantes como 'desculpa' para praticar o abuso. A investigação começou há pelo menos um ano quando os pais de um rapaz de 16 anos que sofreu a agressão sexual denunciou o treinador de 20 anos, que convidou o adolescente para visitar sua casa após o treinamento, quando tentou abusá-lo.

Segundo a polícia encarregada do caso, todos os envolvidos no escândalo foram indiciados por pedofilia, abuso sexual e vários outros crimes. Ao todo, 15 vítimas já foram confirmadas. No momento, eles apenas cumprem prisão domiciliar e estão proibidos de usar qualquer meio de comunicação.

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Moradores relatam intenso tiroteio no Complexo do Alemão

UPP informou que houve troca de tiros na localidade conhecida 
como Largo do Samba. Não há registros de feridos e presos.


O DIA

Rio - Um intenso tiroteio assustou os moradores do Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, na manhã de quarta-feira. Por meio das redes sociais, eles relataram momentos de tensão na comunidade desde às 09:00hs. "Que ninguém seja atingido por uma bala perdida. Precisamos de paz", pediu um deles. "Todo dia é a mesma coisa, sempre tem um confronto", lamentou outro internauta. Segundo informações do comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Nova Brasília, policiais foram atacados enquanto faziam um patrulhamento na localidade conhecida como Largo do Samba. A UPP destacou que houve mais de um confronto nessa região. Até o momento, nenhum suspeito foi preso e não há registros de feridos.

Moradores também relataram intensos tiroteio no Morro da Mangueira na noite de terça-feira. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) informou que o confronto ocorreu durante uma operação na comunidade. Na ação, os PMs apreenderam um fuzil AR-15 com carregador e munições intactas. A ocorrência foi registrada na 17ª DP (São Cristóvão).

PMs são baleados no Complexo do Alemão
Eles foram levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas nesta manhã. Até o momento, nenhum suspeito foi preso. Dois policiais militares foram baleados na comunidade Nova Brasília, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, nesta quinta-feira. De acordo com moradores, houve um intenso confronto na favela nesta manhã. A Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) informou que os PMs foram atacados por homens armados na localidade conhecida como Beco da Igreja.

Um deles foi atingido na perna e o outro, na axila. Os PMs foram socorridos e levados para o Hospital Estadual Getúlio Vargas. Segundo a UPP, os policiais passam bem e nenhum suspeito foi preso até o momento. A ocorrência ainda está em andamento. Por meio das redes sociais, os moradores relataram momentos de tensão na comunidade. "Muitos tiros logo cedo", disse um deles. "Evitem toda a região do Complexo do Alemão, há um intenso tiroteio", afirmou outro.

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Deputados aprovam terceirização em todas as atividades de empresas

O projeto foi aprovado por 231 a favor, 188 contra e 8 abstenções.


A discussão do projeto que regulamenta a terceirização e o 
trabalho temporário foi iniciada na manhã desta quarta-feira.
AGÊNCIA BRASIL

Brasília - Mesmo sob forte protesto da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira, o Projeto de Lei (PL) 4.302/1998, de autoria do Executivo, que libera a terceirização para todas as atividades das empresas. O projeto foi aprovado por 231 a favor, 188 contra e 8 abstenções. Ainda não faltam votar alguns destaques. Após a votação dos destaques, que deve ocorrer ainda hoje, o projeto, que já havia sido aprovado pelo Senado, seguirá para sanção presidencial.

Trabalho temporário
Desde o início da sessão, a oposição obstruía os trabalhos. A obstrução só foi retirada após acordo para que fosse feita a votação nominal do projeto e simbólica dos destaques. O acordo foi costurado entre o líder do governo, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e parte da oposição. Pelo projeto, as empresas poderão terceirizar também a chamada atividade-fim, aquela para a qual a empresa foi criada. A medida prevê que a contratação terceirizada possa ocorrer sem restrições, inclusive na administração pública. Atualmente a legislação veda a terceirização da atividade-fim e prevê que a prática possa ser adotada em serviços que se enquadrarem como atividade-meio, ou seja, aquelas funções que não estão diretamente ligadas ao objetivo principal da empresa.

O projeto que foi aprovado pelo plenário da Câmara também modifica o tempo permitido para a contratação em regime temporário dos atuais três meses para 180 dias, “consecutivos ou não, autorizada a prorrogação por até 90 dias, consecutivos ou não, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram”, diz o projeto. Decorrido esse prazo, o trabalhador só poderá ser contratado novamente pela mesma empresa após 90 dias do término do contrato anterior. O texto estabelece a chamada responsabilidade subsidiária da empresa contratante em relação aos funcionários terceirizados. A medida faz com que a empresa contratante seja “subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário e em relação ao recolhimento das contribuições previdenciárias”, diz o texto.

Debate
A discussão do projeto foi iniciada na manhã de quarta-feira, a discussão da matéria foi iniciada com resistência da oposição. O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) criticou o projeto e disse que a iniciativa vai fazer com que a maioria das empresas troque os contratos permanentes por temporários. “Essa proposta tem por objetivo uma contratação mais barata, precarizando e negando direitos. O próximo passo é obrigar que os trabalhadores se transformem em pessoas jurídicas, abrindo mão de férias, licença-maternidade e outros direitos”, disse.

No início da tarde, o relator Laercio Oliveira (SD-SE) apresentou o seu parecer e rebateu as críticas. De acordo com o deputado, o projeto não retira direitos. “Faço um desafio: apontem dentro do texto um item sequer que retire direitos dos trabalhadores. Não existe”, disse. O líder do governo, Aguinaldo Ribeiro, defendeu o projeto com o argumento de que a medida vai ajudar a aquecer a economia, gerando novos empregos. “O Brasil mudou, mas ainda temos uma legislação arcaica. Queremos avançar em uma relação que não tira emprego de ninguém, que não vai enfraquecer sindicatos. Eles também vão se modernizar”, disse.

Projeto de 1998
Originalmente, o projeto foi encaminhado à Câmara em 1998 pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e aprovado no Senado em 2002. Deputados contrários ao projeto criticaram a votação da proposta 15 anos depois e chegaram a defender a apreciação de outro texto, em tramitação no Senado, que trata do tema. “Já votamos essa matéria aqui e aprovamos uma matéria que foi para o Senado e que é muito diferente desse projeto que está na pauta aqui hoje. Essa matéria não passou pelo debate dessa legislatura e seguramente representa um duro ataque aos direitos dos trabalhadores”, disse a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

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quarta-feira, 22 de março de 2017

Lei para revistar autoridade que visite presídio no RJ causa polêmica entre deputados


Proposta de Flávio Bolsonaro (PSC) e Milton Rangel (DEM) suscitou discussões na Alerj na terça. Em primeira discussão, projeto foi aprovado com emenda.

Por Gabriel Barreira, G1 Rio

A imposição de revistas a governadores, ministros, advogados e autoridades de um modo geral que visitem presídios no Rio de Janeiro causou polêmica na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) nesta terça (21). A proposta apresentada pelos deputados Flávio Bolsonaro (PSC) e Milton Rangel (DEM) foi aprovada em primeira discussão, poucos dias após o ex-governador Sérgio Cabral receber visitas de parlamentares em Bangu 8. O texto original previa também que crianças e adolescentes "em fundada suspeita" fossem revistados eletronicamente, o que esquentou o clima na Casa. O termo considerado "genérico" foi alvo de fortes críticas. Bolsonaro defendeu que até mesmo bebês de fralda pudessem esconder drogas sob o produto de higiene íntima. A deputada Enfermeira Rejane (PC do B) criticou a medida e propôs uma emenda que poupasse os menores de idade, o que foi aprovado.

Ex-chefe da Polícia Civil, Martha Rocha (PDT) defendeu que algumas autoridades não devessem se submeter à revista, como os próprios deputados que visitam o sistema penitenciário para avaliações da carceragem. Paulo Ramos (PSOL) rebateu. "É saudável que todos sejam tratados de forma igual", disse no plenário. O projeto de lei de Bolsonaro, na prática, altera uma lei de 2015 assinada por Marcelo Freixo (PSOL), Jorge Picciani (PMDB) e André Ceciliano (PT) que dispunha sobre a revista íntima em presídios. A proposta ficou conhecida como o "fim da revista vexatória" por estabelecer a revista eletrônica e proibir o procedimento manual.

Para a alteração proposta na terça passar a valer, é necessário que os deputados aprovem novamente o texto em segunda discussão. Caso isso ocorra, o texto vai à sanção do governador Luiz Fernando Pezão.

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Carne Fraca: "Sem cheiro de azedo", frigorífico vendeu presunto podre


Presunto da marca Italli, do frigorífico Peccin.
por Redação

Sócios pagavam propina a fiscais para que práticas sanitárias irregulares fossem ignoradas. Em uma das gravações coletadas pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca, os sócios Idair Antonio Piccin e Normélio Peccin Filho discutem a venda de presunto podre pelo frigorífico Peccin Agroindustrial Ltda, baseado em Curitiba e dono da marca Italli Alimentos.

Em outro diálogo, entre Idair e sua mulher Nair Klein Piccin, também sócia, foi discutida a utilização de carne de cabeça de porco na produção de linguiça. Na conversa, os sócios afirmam que é possível usar o presunto, pois não há “cheiro de azedo”. Segundo a PF, o Grupo Peccin "pagava propina aos fiscais agropecuários" para ignorarem as "absurdas práticas sanitárias irregulares da empresa e facilitarem a obtenção dos documentos necessários ao seu regular funcionamento".

Confira o diálogo:

NORMÉLIO: Tu viu aquele presunto que subiu ali ou não chegou a ver?
IDAIR: Ah, eu não vi. Cheguei lá, mas o Ney falou que tá mais ou menos, não tá tão ruim não.

NORMÉLIO: Não, não tá. Fizemos um processo, até agora eu não entendo, cara, o que é que deu naquilo ali. Pra usar ele, pode usar sossegado, não tem cheiro de azedo, nada, nada, nada.
IDAIR: E o de ontem?

NORMÉLIO: Sim, já tá cozinhando. Tá bom.
IDAIR: Mas não deu problema nenhum?

NORMÉLIO: Não deu problema. Eu não sei que demônio deu naquilo ali que nós não conseguimos achar o que é que deu naquela massada ali, cara. E tava bom, bonito, assim, a carne boa, não tava melada, não tava “fede”, é, cheirando, assim de fresquinho, nada, nada, nada. Ele usou água fria, usou gelo, usou tudo, certinho, certinho.
IDAIR: É, não adianta, tem alguma coisa que ficou errada, um detalhe que o cara nem percebeu.

NORMÉLIO: E até isso. Se tivesse sido outro que misturou tempero, isso e aquilo, até dava pra desconfiar. Mas fui eu “porco dio” e não percebi nada. Não percebi nada.
IDAIR: É, mas aí ele cometeu uma falha sem perceber. Se de repente lavou aquele “sangue”? e... (pausa)

NORMÉLIO: Deixou quente, sei lá.
IDAIR: É, e fica aquela amperagem quente, quando ele entra, a primeira fica em contato aquela (ininteligível) já começa a entrar em processo de, de, de.

NORMÉLIO: Mas é delicado, que entra mosca dentro, cara, esse presunto aí.
IDAIR: Não. Lógico. Isso aí não pode fazer uma vírgula fora do normal.

NORMÉLIO: Não, não. Tá louco. Agora que eu vi que o bicho é filho da puta mesmo, tem que cuidar.

(...)

IDAIR: Eu mandei moer quatro massadas, tudo massa fina. Aí, depois, a massa grossa botar ser aquilo ali.
NORMÉLIO: Não, ele não tá, pode usar. Ele não tá assim, com cheiro de azedo, de coisa assim, não tá. Tanto é que foi (injetado?) ontem com a mesma carne, hoje embutimos ali, normal, bonito, sem problema nenhum.

A Operação Carne Fraca foi deflagrada na sexta-feira 17 para desarticular uma organização criminosa liderada por fiscais agropecuários federais e empresários do agronegócio. Mediante o pagamento de propina, os fiscais facilitavam a produção de alimentos adulterados e emitiam certificados sanitários sem realizar a fiscalização de fato.

Entre os alvos da operação estão, ainda, executivos das gigantes JBS (de marcas como Friboi, Swift e Seara) e BRF (marcas como Sadia e Perdigão).

www.cartacapital.com.br