quinta-feira, 2 de março de 2017

Reforma da Previdência ignora 426.000.000.000,00 devidos por empresas ao INSS.


por Repórter Brasil

Dívida é o triplo do déficit anual calculado pelo governo. Entre as devedoras, estão as maiores do país, como Bradesco, Caixa, Marfrig, JBS e Vale. Enquanto propõe que o brasileiro trabalhe por mais tempo para se aposentar, a reforma da Previdência Social ignora os R$ 426.000.000.000,00 que não são repassados pelas empresas ao INSS. O valor da dívida equivale a três vezes o chamado déficit da Previdência em 2016. Esses números, levantados pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), não são levados em conta na reforma do governo Michel Temer. “O governo fala muito de déficit na Previdência, mas não leva em conta que o problema da inadimplência e do não repasse das contribuições previdenciárias ajudam a aumentá-lo. As contribuições não pagas ou questionadas na Justiça deveriam ser consideradas [na reforma]”, afirma Achilles Frias, presidente do Sindicado dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). A maior parte dessa dívida está concentrada na mão de poucas empresas que estão ativas. Somente 3% das companhias respondem por mais de 63% da dívida previdenciária. A procuradoria estudou e classificou essas 32.224 empresas que mais devem, e constatou que apenas 18% são extintas. A grande maioria, ou 82%, são ativas. Na lista das empresas devedoras da Previdência, há gigantes como Bradesco, Caixa Econômica Federal, Marfrig, JBS (dona de marcas como Friboi e Swift) e Vale. Apenas essas empresas juntas devem R$ 3.900.000.000,00, segundo valores atualizados em dezembro do ano passado.

A Repórter Brasil entrou em contato com essas empresas para entender quais são os pontos em desacordo. O Bradesco afirma que não comenta processos judiciais. A JBS diz que está negociando a dívida com a Receita Federal. A Marfrig afirma, em nota, que discute judicialmente a possibilidade de compensação de débitos previdenciários com créditos relativos ao PIS e a COFINS e que negociou o parcelamento da dívida. A Vale informa que possui questionamentos judiciais referentes às contribuições previdenciárias e que ofereceu garantias da dívida, o que a permite estar em ‘regularidade fiscal’. A Caixa Econômica Federal não se pronunciou.

Parte da dívida não pode ser recuperada.
Apesar da maior parte das empresas devedoras estarem na ativa, no topo da lista há também grandes companhias falidas há anos, como as aéreas Varig e Vasp. Por isso, nem toda a dívida pode ser recuperada. É provável que quase 60% do valor devido nunca chegue aos cofres do INSS – ou porque são de empresas falidas, em processo de falência, tradicionais sonegadoras ou laranjas. Apenas R$ 10.300.000.000,00 (4% do montante da dívida) têm alta probabilidade de recuperação, segundo estudo da procuradoria divulgado em março do ano passado. Do classificado à época, referente à R$ 375.000.000.000,00 de dívidas, constatou-se que 38% têm média chance de recuperação; 28% tem baixa chance e 30% tem chances remotas.

A prova disso é que o percentual de recuperação é baixo. Em 2016, a procuradoria recuperou apenas R$ 4.150.000.000,00 dos créditos previdenciários, o equivalente a 0,9% da dívida previdenciária total. Apesar disso, a procuradoria diz tomar medidas para recuperar esse valor. “Estamos num momento em que sempre se ronda o aumento da carga tributária, e a PGFN entende que o verdadeiro ajuste fiscal é cobrar de quem deve para não onerar quem paga,” diz Daniel de Saboia Xavier, coordenador-geral de grandes devedores da procuradoria.

O estudo poderia, inclusive, ajudar a retirar algumas empresas do mercado. “A empresa fraudadora viola a livre concorrência e prejudica empresas do mesmo ramo que não fraudam”, afirma Xavier, destacando que o órgão priorizará a cobrança das empresas que entram nos critérios ‘alta’ e ‘média’. Xavier explica ainda que muitas das empresas que estão inscritas como devedoras de valores com alta chance de recuperação apresentam questionamentos judiciais. A Repórter Brasil questionou quais são as empresas que seriam priorizadas à assessoria de imprensa através da Lei de Acesso à Informação, mas a procuradoria negou a informação sob a justificativa de que a divulgação violaria o sigilo fiscal.

Arte: Eugênia Pessoa/Repórter Brasil
Por que a dívida é tão alta?
A morosidade da Justiça, a complexidade da legislação tributária brasileira e os programas de parcelamento do governo são apontados como os principais fatores que explicam a alta dívida previdenciária no país. “Não é um crime dever, e grandes grupos empresariais se beneficiam disso, questionam valores na Justiça e ficam protelando a vida inteira,” diz Sônia Fleury, professora da Fundação Getúlio Vargas. “É preciso fazer uma varredura para ver como as empresas utilizam esse mecanismo protelatório na Justiça e tomar decisões no nível mais alto para impedir esse jogo, que só favorece as grandes empresas. Perde o governo e o trabalhador.” A criação de varas específicas e especializadas poderia agilizar esse tipo de cobrança, segundo o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Vilson Romero. “A única forma de fazer com que as empresas não fiquem devendo ao INSS seria ter uma estrutura fiscalizadora e cobradora mais eficiente e eficaz, o que chega a ser utopia no Brasil de hoje”, avalia Romero.

Sem a criação dessas varas, o sistema de cobrança continua lento. Uma ação de cobrança da Fazenda Nacional demora cerca de nove anos no Brasil segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) de 2012. A responsabilidade pela cobrança das dívidas é da PGFN. Por outro lado, é dever da Receita Federal fiscalizar se os repasses previdenciários estão de fato ocorrendo, mas o trabalhador pode também conferir se a sua empresa está cumprindo a obrigação dos repasses pedindo, em uma agência do INSS, o extrato CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais). O coordenador de Previdência do Ipea, Rogério Nagamine, acredita ser necessário melhorar a recuperação dessas dívidas, mas aponta que ela não resolve todos os problemas da Previdência. Por isso, ele defende a reforma proposta pelo atual governo − que estabelece a idade mínima de 65 anos para se aposentar (com pelo menos 25 anos de contribuição) e que, entre outras alterações, muda a base de cálculo do benefício, com redução de seu valor final.

A complexa legislação tributária do país é outro motivo para o alto volume dessa dívida, na avaliação da assessora política do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Grazielle David. Hoje, os inadimplentes da União pagam multa sobre a dívida, mas, segundo a especialista, essa multa vem sendo reduzida pela Receita Federal, pela procuradoria e pelo INSS nos últimos anos, em decorrência do parcelamento especial de débitos tributários. “Principalmente nas grandes empresas, isso gera uma segurança para colocar a inadimplência e a sonegação no planejamento tributário, porque o risco é menor que o bônus. A legislação praticamente incentiva uma empresa a ficar inadimplente ou a sonegar”, afirma, destacando que em outros países as leis costumam ser mais rígidas.

A procuradoria informou, por meio de sua assessoria, que “o que tem prejudicado a cobrança dessas dívidas, em realidade, são os sucessivos programas de parcelamento especial (“REFIS”) editados nos últimos 17 anos. Os devedores têm utilizado esses parcelamentos como meio de rolagem da dívida, migrando de programa de forma sucessiva, sem, contudo, quitar os débitos.”

*Por Ana Magalhães, publicado originalmente em Repórter Brasil.
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Crivella diz que sua presença na Sapucaí seria demagogia


"Nos reunimos para adotar medidas que evitem 
acidentes nos próximos desfiles", afirmou Crivella.
Jornal do Brasil

Questionado a respeito de sua ausência no Sambódromo, durante os desfiles das escolas de samba, o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, afirmou que esteve atento a todas as demandas da cidade durante o período do Carnaval e que sua presença na Sapucaí seria apenas um gesto de demagogia. "Me perguntaram por que não fui ao sambódromo. Não fui porque no meu caso seria demagogia. E os malefícios da demagogia na vida pública são extensos. Ele atinge os bons que se deixam enganar, envolve os desinformados que não têm como verificar a autenticidade das atitudes meramente políticas, acaba dominando os próprios demagogos que criam para seu uso uma segunda natureza e assim prometem, enganam, sorriem e dissimulam com a mais comovente naturalidade. A demagogia é a maior calamidade da vida pública. A demagogia é a máscara da democracia. E o povo do Rio rejeita um prefeito com máscara ainda que seja no carnaval", disse Crivella.

O prefeito ressaltou que esteve em reuniões nos últimos dias para cuidar dos problemas da cidade relacionados ao Carnaval e que sua equipe já está adotando medidas para evitarem acidentes nos desfiles de 2018. No domingo (26) e na segunda-feira (27), duas escolas tiveram problemas nos desfiles, com acidentes que deixaram diversas pessoas feridas. "Estive estive atento e preocupado para que o pessoal da Comlurb fizesse o colossal trabalho de recolher 106 toneladas de resíduos. Os Guardas Municipais removeram 345 veículos e o pessoal da saúde - extraordinários - fizeram 1749 atendimentos. Nos reunimos para adotar medidas que evitem acidentes nos próximos desfiles", afirmou.

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TSE pede explicações a Aécio Neves sobre doação da Andrade Gutierrez.


Diferença apontada em doações para campanha de Aécio teria sido de R$ 6.400.000,00.
Jornal do Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que o PSDB e o senador Aécio Neves (MG) expliquem doações realizadas em 2014 para a campanha presidencial do candidato tucano. A ação, de autoria do Partido dos Trabalhadores, aponta diferença entre o valor doado e o declarado à Justiça Eleitoral. Segundo o PT, o ex-presidente da empresa Otávio Azevedo disse que teria doado R$ 19.000.000,00 a Aécio. O senador e o PSDB declararam ao TSE, na prestação de contas da campanha, recebimento de R$ 12.600.000,00. A diferença é de R$ 6.400.000,00. O PT questiona, também, pagamentos de serviços contratados pelo PSDB durante a campanha de Aécio, mas que não teriam sido prestados ao partido. As declarações de Azevedo foram feitas no processo que investiga a campanha da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer. Azevedo deu dois depoimentos ao relator da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, ministro Herman Benjamin, um em setembro e outro em novembro do ano passado. Na segunda oitiva, o executivo afirmou que as doações eleitorais feitas pela Andrade Gutierrez tanto à chapa Dilma-Temer como a Aécio Neves não estavam vinculadas a qualquer contrapartida nem ao pagamento de propina. No entanto, Azevedo retificou o que havia dito anteriormente, afirmando que o valor total das doações da empresa à campanha de Aécio Neves foi de R$ 19.000.000,00, maior do que os R$ 12.600.000,00 que constam no sistema do TSE, o que motivou a petição do PT e a ordem de esclarecimentos feito agora no processo que julga as contas do então candidato tucano.

No despacho datado de sexta-feira (24), Napoleão Maia deu o prazo de três dias para o PSDB explicar as declarações de Azevedo, contados a partir da notificação do partido. A investigação de possíveis irregularidades nas contas da campanha de Aécio Neves foi determinada em agosto do ano passado pela ministra Maria Theresa de Assis Moura, então corregedora do TSE, após o PT denunciar aparentes inconsistências nas contas do candidato do PSDB à presidência. À época, o PSDB disse que as alegações do PT eram “desprovidas de qualquer verdade” e que as denúncias tinham “nítido propósito político”.

Aécio pediu R$ 15.000.000,00 a Odebrecht, disse ex-presidente de empreiteira
Autor da ação que pede a cassação da chapa, Aécio Neves também foi citado por Marcelo Odebrecht, que prestou depoimento ao TSE nesta quarta-feira (1º). Segundo o empreiteiro, o tucano pediu R$ 5.000.000,00 em uma primeira conversa e, no final do primeiro turno da eleição, com o crescimento da então candidata Marina Silva, Aécio pediu R$ 15.000.000,00. Odebrecht disse que recusou o pedido do senador, mas que acabou cedendo mais adiante.

Com Agência Brasil
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A quem interessa os vazamentos seletivos do depoimento de Marcelo Odebrecht?

Na quarta, o 'JB' já defendia que o conteúdo fosse divulgado na íntegra, para impedir incertezas.


Trechos do depoimento de Marcelo Odebrecht vazaram.
Jornal do Brasil

O depoimento do empresário Marcelo Odebrecht ao ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Herman Benjamin, na quarta-feira (1), no âmbito das investigações sobre irregularidades na campanha da chapa Dilma-Temer, estava cercado de segurança. Nem a equipe técnica da gravação pôde ficar na sala destinada ao depoimento. Havia ordens expressas da Procuradoria-Geral da República e do TSE para que as informações ficassem em absoluto sigilo. Mesmo assim, horas depois do término, todos os veículos de comunicação estampavam trechos do que foi dito por Marcelo Odebrecht. Na quarta-feira (1), o Jornal do Brasil já defendia que o depoimento fosse divulgado na sua íntegra, justamente para que não pairassem incertezas sobre os fatos. Afinal, a quem interessa o sigilo? E a quem interessa os vazamentos?

O vazamento do depoimento que pode fragilizar ainda mais as instituições do país só prejudica o andamento das investigações, e coloca em xeque a veracidade dos fatos. Afinal, é verdade ou mentira o que vazou? Quais providências serão tomadas? Como uma ordem expressa da PGR e do TSE pode ser desrespeitada com tanta facilidade, e sem consequências? Como fica o país diante da sequência interminável de vazamentos que só servem para colocar mais dúvidas sobre os fatos e para municiar a quem interessa que a verdade continue escondida?

No momento de extrema fragilidade em que o país se encontra, a verdade é o único remédio para estancar o caos.

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quarta-feira, 1 de março de 2017

Temer deve indicar Aloysio Nunes para o Itamaraty ainda esta semana, dizem fontes


Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer deve definir até o final desta semana o novo ministro das Relações Exteriores e o nome mais provável, até agora, é o do senador tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), líder do governo no Senado, disseram à Reuters fontes palacianas nesta quarta-feira. De acordo com uma das fontes, o PSDB - que tinha a vaga no Itamaraty até a saída de José Serra, na semana passada - apresentou três possibilidades: Aloysio Nunes, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, e o também senador Antonio Anastasia (MG). Anastasia já teria informado ao partido que não tem interesse na vaga e a tendência da sigla é reafirmar a indicação de Aloysio, já que Amaral, apesar das ligações históricas com o PSDB - foi porta-voz de Fernando Henrique Cardoso na Presidência - é um nome técnico e não político.

De acordo com uma das fontes, Temer deve conversar com o próprio Aloysio e com os caciques do PSDB ainda esta semana para fechar o nome do senador. "O presidente quer anunciar o nome no máximo até a segunda-feira, possivelmente antes, para dar posse aos ministros na próxima semana", disse a fonte, incluindo na lista o novo titular da Justiça, Osmar Serraglio, indicado na semana passada.


PADILHA
Temer deve resolver o problema causado pela saída repentina de Serra nesta semana, mas nos próximos dias terá que encarar outra crise, a causada pelas entrevistas dadas pelo advogado José Yunes, seu amigo pessoal, afirmando que o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, foi o responsável por ter mandado o doleiro Lucio Funaro entregar documentos em seu escritório. Yunes era assessor especial de Temer e deixou o cargo no ano passado depois que vazou a delação premiada de Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, na qual o ex-executivo da empreiteira teria dito que Yunes recebeu dinheiro vivo, parte de recursos que teriam sido solicitados por Temer ao então presidente da construtora, Marcelo Odebrecht. Padilha ainda está internado em um hospital de Porto Alegre, depois de ter passado por uma cirurgia para retirada da próstata. Deve ter alta apenas na quinta-feira, de acordo com informações passadas por fontes palacianas. "O presidente vai esperar ele voltar para falar com ele. É preciso dar um tempo para ele falar antes de fazer um julgamento", disse uma das fontes. Um outro assessor palaciano admite, no entanto, que a situação de Padilha é "delicada" e a licença médica do ministro veio a calhar.

Inicialmente, o titular da Casa Civil voltaria a Brasília na próxima segunda-feira, mas como ainda está hospitalizado, dificilmente poderá voltar ao trabalho em quatro dias. O governo joga com a licença médica do ministro para esperar a crise esfriar e decidir se Padilha tem ou não condições de continuar no governo. No entanto, o próprio Yunes não tem deixado o assunto morrer, dando entrevistas e oferecendo seu sigilo telefônico para comprovar que conversou com Padilha.

A atuação do ex-assessor especial da Presidência irritou o Planalto. Yunes esteve com Temer na quinta-feira da semana passada, quando a capa da revista Veja - primeira a falar com o advogado - começou a circular pelas redes sociais. Ainda assim, Yunes não contou a Temer sobre a entrevista. Havia mencionado anteriormente apenas seu depoimento ao Ministério Público, no dia 14 de fevereiro. Desde então, conta a fonte, o advogado não esteve mais em Brasília nem procurou Temer, de quem é amigo há décadas.

Reuters
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DEPOIS DE FAZER REFORMA PARA MICHELZINHO, TEMER DESISTE DO ALVORADA E VOLTA PARA O JABURU


Brasília 247 - Durou apenas 11 dias a estadia de Michel Temer e família no Palácio do Alvorada, residência da presidência da República. Anúncio veio depois de Temer mandar realizar uma reforma que desfigurou o prédio, tombado pelo Iphan, ao custo de R$ 20.200,00, para atender a necessidades de segurança do filho Michelzinho. Temer, entretanto, achou o Alvorada "grande e longe demais"; funcionários da Presidência aproveitaram o feriado de Carnaval, quando Temer viajou com a mulher, Marcela, e o filho, Michelzinho, para a Bahia, e fizeram parte da mudança de volta ao Jaburu.

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Polícia espera que turista argentina baleada em favela do Rio consiga reconhecer suspeitos do ataque

Turista estrangeira segue internada em estado grave, porém estável. Ela e outros três 
turistas entraram por engano no Morro dos Prazeres e foram atacados a tiros.


Por Henrique Coelho
Do G1 Rio

Permanece internada em estado grave a turista argentina que foi baleada ao entrar por engano no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, Centro do Rio. A Delegacia Especial de Apoio ao Turista (Deat) do Rio espera que ela tenha alta para tentar reconhecer, por meio de fotos, possíveis suspeitos de terem atacado o carro em que ela estava com outros três estrangeiros. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a turista, identificada como Natáli Lorena Cappetti, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. Embora seu quadro clínico ainda seja considerado grave, ela está estável, apresentando melhoras. A delegada Valéria Aragão, da Deat, disse ao G1 que espera a alta da argentina para ouvi-la sobre o episódio. Há expectativa que ela possa vir a reconhecer, por meio de fotos, algum suspeito de ter atirado contra ela e seus amigos. “Estamos esperando a argentina melhorar para ouvi-la. Os demais [estrangeiros vítimas do ataque] têm muitas reservas quanto a um reconhecimento positivo de alguns suspeitos que apresentamos. E estamos vendo outros álbuns [fotográficos] para apresentar", esclareceu a delegada. Ainda segundo a delegada, o médico que acompanha a turista no hospital disse que o quadro clínico dela evolui bem. Ela chegou a ficar respirando com a ajuda de aparelhos após ser submetida a cirurgia, mas já respira sozinha. "Aparentemente, ela não sofre mais risco de morte", destacou a delegada.

Turistas se guiavam por GPS
Natáli estava acompanhada por outros três estrangeiros - o marido e um casal de espanhóis – que escaparam ilesos dos tiros. Em depoimento na Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat), eles disseram que se guiavam pelo aplicativo Google Maps quando o GPS os orientou a entrar na comunidade. O grupo pretendia chegar ao acesso para visita ao Cristo Redentor. O comando da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro dos Prazeres informou que uma equipe socorreu Natáli por volta das 15:00hs., próximo à Rua Gomes Lopes, em Santa Teresa. Buscas foram feitas na região, mas nenhum suspeito foi localizado. A Polícia Civil informou que o caso foi registrado como homicídio tentado.


Casos no mesmo morro.
No mesmo morro, em dezembro do ano passado, dois turistas italianos também entraram por engano na mesma favela. Um deles tomou um tiro na cabeça e morreu na hora. A Divisão de Homicídios investiga o caso desde então. Os dois amigos viajavam em motos pela América do Sul e já tinham passado pelo Paraguai e Argentina, além de Curitiba e Foz do Iguaçu, onde visitaram as cataratas. Os dois primos e tinham câmeras nos capacetes e, segundo a polícia, podem ter sido confundidos com policiais. As câmeras e outros pertences dos italianos foram roubadas. A vítima foi morta logo depois da abordagem. Em seu depoimento, o sobrevivente afirmou que os bandidos lavaram as motos e usaram luvas para manusear as motocicletas antes de liberar a vítima.

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Funaro pede para depor e se oferece para acareação com Padilha e Yunes.

Doleiro preso na Lava Jato nega ter entregue envelope com dinheiro; ex-assessor de Temer diz que recebeu pacote a pedido do chefe da Casa Civil.


Por Renan Ramalho 
e Luciana Amaral. 
G1, Brasília.

O Economista Lúcio Bolonha Funaro pediu nesta quarta-feira (1º) à Procuradoria Geral da República (PGR) para depor a respeito da acusação de que ele teria entregue um envelope no escritório do amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, José Yunes, destinado ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Apontado como operador do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no esquema de corrupção da Petrobras, Funaro está preso em Brasília desde julho do ano passado. Ele é suspeito de operar esquema de propinas na Caixa Econômica Federal junto com Cunha. O episódio do envelope, relatado por Yunes em depoimento à PGR, teria ocorrido em 2014. Segundo o ex-assessor do Planalto, na ocasião, ele recebeu uma ligação de Padilha pedindo que recebesse um envelope em seu escritório de advocacia em São Paulo. Aos procuradores da República, Yunes disse que foi o próprio Funaro que entregou o envelope. O doleiro nega o episódio relatado pelo amigo de Temer tenha ocorrido.

Tanto que, além de pedir para depor na PGR, também se colocou à disposição para uma acareação com Yunes, Padilha e Cláudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht que disse ter feito o pagamento ao atual ministro da Casa Civil como pagamento de propina. Cláudio Melo Filho afirmou em seu pré-acordo de delação premiada que, em um jantar no Palácio do Jaburu, Temer solicitou ao então presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht pagamento ao PMDB. O valor solicitado, segundo o delator, era de R$ 10.000.000,00. Ainda de acordo com Melo Filho, parte desse dinheiro deveria ser entregue a Padilha. O delator contou que Yunes recebeu em seu escritório, em dinheiro vivo, R$ 4.000.000,00 que seriam a parte que cabia ao atual ministro da Casa Civil do valor acertado entre Temer e Marcelo Odebrecht.

Acareação
No pedido protocolado nesta quarta-feira na PGR, a defesa de Funaro afirma que o objetivo da proposta é “esclarecer a verdade dos fatos manifestamente distorcidos” no depoimento de Yunes. Ao G1, o advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, disse que pretende processar o ex-assessor de Temer por calúnia. “Ele [Funaro] jamais entregou envelopes. Isso é uma criação do José Yunes. Aí não sei qual é o endereço, qual a motivação. Isso tem de ser apurado”, enfatizou o defensor.

A Procuradoria Geral da República deve pedir a abertura de um inquérito para investigar Padilha. O pedido de investigação deve ser enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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'Quero voltar a ter minha vida normal', diz motorista de carro da Tuiuti.


Polícia fez uma perícia complementar no abre-alas 
da Paraíso do Tuiuti na manhã desta quarta-feira.

Polícia Civil fez uma perícia complementar no abre-alas na manhã desta quarta, na Sapucaí. No desfile, 20 pessoas foram atropeladas.

JONATHAN FERREIRA

Rio - O motorista Francisco de Assis Lopes participou da perícia complementar no abre-alas da Paraíso do Tuiuti, na Sapucaí, na manhã desta quarta-feira. Ele dirgia o carro alegórico quando o veículo perdeu o controle e atropelou 20 pessoas no último domingo. Ele não quis falar muito com a imprensa, mas pediu novamente desculpas às vítimas. "Quero voltar a ter minha vida normal", afirmou. Diretor de Carnaval da agremiação, Leandro Azevedo também acompanhou a perícia nesta manhã. Ele contou que cinco pessoas orientavam o carro no momento do desfile, inclusive ele. "Todos os motoristas vão no barracão e conhecem seus carros. Todas as alegorias são legalizadas", reforçou. Nesta segunda-feira, Francisco foi à 6ª DP (Cidade Nova) prestar depoimento com um curativo na testa, devido a ferimentos causados por uma agressão sofrida na noite de domingo na Sapucaí, segundo seus filhos. Lidiane Isis dos Santos Lopes e Liverton dos Santos Lopes Jr. disseram que integrantes da escola 'arrancaram' seu pai do carro logo depois que o acidente ocorreu e o espancaram. Leandro negou a agressão. "As pessoas tiraram ele do carro. Se ele foi agredido ou não, ele que está dizendo. As pessoas que o tiraram são da confiança da escola. É claro, foi hora do desespero para tirar o carro com segurança. Mas só isso", explicou.

Até o momento, três pessoas foram ouvidas. A polícia informou que continuará chamando outras testemunhas, vítimas e integrantes da escola para depor. Três feridos no acidente da Tuiuti continuam internados. Maria de Lurdes de Moura, de 58 anos, seria tia do presidente da escola. Ela ainda está em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, mas já respira sem aparelhos. Elisabeth Ferreira Jofre está apresentando melhora. No Hospital Municipal Miguel Couto, Lucia Regina de Mello Freitas está estável, mas seu quadro ainda "inspira cuidados". Ela passará por uma nova cirurgia nesta quinta-feira. Os dois feridos no carro da Tijuca estão estáveis.

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Após feridos na Sapucaí, Promotoria quer regras de segurança das alegorias

Representantes da Liesa, Lierj, Riotur, Corpo de Bombeiros, Inmetro e Crea vão se reunir nesta quinta-feira.


Antes favorita, escola do Borel teve o desfile comprometido por acidente.
ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro informou nesta quarta-feira, 1º de março, que fará uma reunião para tratar da segurança do desfile das escolas de samba do Grupo Especial do Rio. O encontro foi marcado para esta quinta-feira, às 15:00hs, após acidentes com carros alegóricos das agremiações que deixaram 35 feridos - número informado pela Promotoria. Foram convocados para a reunião representantes da Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj), da Riotur, do Corpo de Bombeiros, do Inmetro e especialistas do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado (Crea-RJ) e da Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia), maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina. Segundo o Ministério Público do Rio, o encontro "buscará medidas para evitar acidentes como os ocorridos, em especial no desfile das campeãs, que acontecerá no sábado". O desfile das escolas de samba do carnaval do Rio teve quatro acidentes com carros alegóricos, um no primeiro dia de desfile e três no segundo. Na madrugada de terça-feira, 28, parte da estrutura de um carro alegórico da Unidos da Tijuca desabou no começo do desfile da escola, e pelo menos 12 ocupantes do carro ficaram feridos, um com suspeita de traumatismo craniano e outro, de traumatismo abdominal.

No primeiro dia, outras 20 pessoas ficaram feridas depois que um dos carros alegóricos do Paraíso do Tuiuti entrou torto na pista e imprensou pessoas que estavam junto ao setor 1. Uma delas ainda corre risco de vida. O acidente da Tijuca também foi no setor 1, área mais popular da Marquês de Sapucaí.

A União da Ilha, que carnavalizou tradições e ritos de povos santos, teve dificuldade para manobrar seu quinto e penúltimo carro, que era muito grande e acabou ficando mais próximo do que deveria do gradil do setor 1. O outro incidente foi na Mocidade. Um queijo (local onde ficam destaques) desabou e a destaque caiu. Ela não se feriu porque a altura era pequena. Foi o único dos acidentes que não ocorreu no setor 1, e sim mais adiante na avenida.

O Ministério Público manteve, em regime de plantão, promotores de Justiça que acompanharam as perícias preliminares feitas pela Polícia Civil. Já há um inquérito instaurado na 6.ª DP (Cidade Nova) para apurar as causas dos acidentes e as respectivas responsabilidades criminais. Logo que concluído, o inquérito será encaminhado à promotoria de investigação penal com atribuição junto à delegacia.

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