quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Para Joaquim Barbosa, governo Temer corre o risco de não chegar ao fim.


O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa.

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa assistiu praticamente em silêncio ao impeachment de Dilma Rousseff e aos principais fatos políticos deste ano no Brasil. Depois de quase um ano sem dar entrevistas, Barbosa, que montou escritório em São Paulo e hoje dá palestra e faz pareceres jurídicos, recebeu a Folha no apartamento de dois quartos que alugou na cidade. Para o ex-ministro, que comandou o julgamento do mensalão, o impeachment foi "uma encenação" que fez o país retroceder a um "passado no qual éramos considerados uma República de Bananas". Barbosa acha que o governo de Michel Temer corre o risco de não chegar ao fim.

Folha - O senhor escreveu há alguns meses em sua conta no Twitter que o afastamento de Dilma Rousseff foi um "impeachment Tabajara". Por quê?
Joaquim Barbosa - Tabajara porque aquilo foi uma encenação. Todos os passos já estavam planejados desde 2015. Aqueles ritos ali [no Congresso] foram cumpridos apenas formalmente. O que houve foi que um grupo de políticos que supostamente davam apoio ao governo num determinado momento decidiu que iriam destituir a presidente. O resto foi pura encenação. Os argumentos da defesa não eram levados em consideração, nada era pesado e examinado sob uma ótica dialética.

Folha - O que sustentava esse grupo? Porque dez pessoas apenas não fazem um impeachment.
Era um grupo de líderes em manobras parlamentares que têm um modo de agir sorrateiro. Agem às sobras. E num determinado momento decidiram [derrubar Dilma]. Acuados por acusações graves, eles tinham uma motivação espúria: impedir a investigação de crimes por eles praticados. Essa encenação toda foi um véu que se criou para encobrir a real motivação, que continua válida.

O senhor acha que ainda há risco para as investigações que estão em curso?
Há, sim, porque a sociedade brasileira ainda não acordou para a fragilidade institucional que se criou quando se mexeu num pilar fundamental do nosso sistema de governo, que é a Presidência. Uma das consequências mais graves de todo esse processo foi o seu enfraquecimento. Aquelas lideranças da sociedade que apoiaram com vigor, muitas vezes com ódio, um ato grave como é o impeachment não tinham clareza da desestabilização estrutural que ele provoca.

O impeachment foi um golpe?
Não digo que foi um golpe. Eu digo que as formalidades externas foram observadas – mas eram só formalidades.

O impeachment não teve o apoio de setores econômicos?
A partir de um determinado momento, sob o pretexto de se trazer estabilidade, a elite econômica passou a apoiar, aderiu. Mas a motivação inicial é muito clara.

E qual é o problema do enfraquecimento da Presidência?
No momento em que você mina esse pilar central, todo o resto passa a sofrer desse desequilíbrio estrutural. Todas as teorias dos últimos 30 anos, de hipertrofia da Presidência, de seu poder quase imperial, foram por água abaixo. A facilidade com que se destituiu um presidente desmentiu todas essas teses. No momento em que o Congresso entra em conluio com o vice para derrubar um presidente da República, com toda uma estrutura de poder que se une não para exercer controles constitucionais mas sim para reunir em suas mãos a totalidade do poder, nasce o que eu chamo de desequilíbrio estrutural. Essa desestabilização empoderou essa gente numa Presidência sem legitimidade unida a um Congresso com motivações espúrias. E esse grupo se sente legitimado a praticar as maiores barbáries institucionais contra o país. Durante alguns meses, em palestras, eu indagava à plateia: vocês acham que, concluído o impeachment, numa democracia dessa dimensão, o país sobreviverá por dois anos e meio à turbulência política que se seguirá?

E qual é a sua resposta?
Nós continuaremos em turbulência. Isso só vai acabar no dia em que o Brasil tiver um presidente legitimado pela soberania popular. Aceito de forma consensual, límpida, tranquila, pela grande maioria da população.

O sr. já disse que talvez o governo não chegue ao fim.
Corre o risco. É tão artificial essa situação criada pelo impeachment que eu acho, sinceramente, que esse governo não resistiria a uma série de grandes manifestações.

Que outros problemas o senhor vê no governo?
Os cientistas políticos consolidaram o pensamento de que o presidente depende do Congresso para governar. E não é nada disso. Uma das características da boa Presidência é a comunicação que o presidente tem diretamente com a nação, e não com o Congresso. Ele governa em função da legitimidade, da liderança, da expressão da sua vontade e da sua sintonia com o povo. Dilma não tinha nenhum desses atributos. Aí ela foi substituída por alguém que também não os têm, mas que acha que está legitimado pelo fato de ter o apoio de um grupo de parlamentares vistos pela população com alto grau de suspeição. Ele [Temer] acha que vai se legitimar. Mas não vai. Não vai. Esse malaise [mal estar] institucional vai perdurar durante os próximos dois anos.

E na área econômica?
O Brasil deu um passo para trás gigantesco em 2016. As instituições democráticas vinham se fortalecendo de maneira consistente nos últimos 30 anos. O Brasil nunca tinha vivido um período tão longo de estabilidade. E houve uma interrupção brutal desse processo virtuoso. Essa é a grande perda. O Brasil de certa forma entra num processo de "rebananização". É como se o país estivesse reatando com um passado no qual éramos considerados uma República de Bananas. Isso é muito claro. Basta ver o olhar que o mundo lança sobre o Brasil hoje.

E qual é ele?
É um olhar de desdém. Os países centrais olham para as instituições brasileiras com suspeição. Os países em desenvolvimento, se não hostilizam, querem certa distância. O Brasil se tornou um anão político na sua região, onde deveria exercer liderança. É esse trunfo que o país está perdendo.

Isso é recuperável?
No dia em que a sociedade despertar e restaurar a Presidência através de uma eleição em que se escolha alguém que representa os anseios da nação, isso limpa esse "malaise", essa perda dos grandes trunfos.

O que o senhor achou da aprovação da lei de abuso de autoridade na Câmara?
Tudo o que está acontecendo esta semana no Congresso é desdobramento do controvertido processo de impeachment, cujas motivações reais eram espúrias. Ou seja: a partir do momento em que se aceitou como natural o torpedeamento do pilar central do sistema presidencialista, abriu-se caminho para o enfraquecimento de outras instituições. A lógica é a seguinte: se eu posso derrubar um chefe de Estado, por que não posso intimidar e encurralar juízes? Poucos intuíram – ou fingiram não intuir – que o que ocorreu no Brasil de abril a agosto de 2016 resultaria no deslocamento do centro de gravidade da política nacional, isto é, na emasculação da presidência da República e do Poder Judiciário e no artificial robustecimento dos membros do Legislativo. Tudo isso pode ainda ser revertido pelo Senado, pelo veto presidencial ou pelo STF. O importante neste momento é que cada um faça uma boa reflexão e assuma a sua parcela de culpa pela baderna institucional que está tomando conta do país.

E as medidas de combate à corrupção apresentadas pelo Ministério Público Federal e alteradas na Câmara?
Eu tenho resistência a algumas das propostas, como legitimação de provas obtidas ilegalmente. E o momento [de apresentá-las] foi inoportuno. Deu oportunidade a esse grupo hegemônico de motivação espúria de tentar introduzir [na proposta] medidas que o beneficiassem.

O que o sr. acha da Lava Jato?
Eu acompanho a Lava Jato muito à distância, pela imprensa. Para mim é a Justiça que está dando toda a aparência de estar funcionando.

O que o senhor acha da hipótese de Lula ser preso?
Eu nunca li, nunca me debrucei sobre essas acusações. Sei que há uma mobilização, um desejo, uma fúria para ver o Lula condenado e preso antes de ser sequer julgado. E há uma repercussão clara disso nos meios de comunicação. Há um esforço nesse sentido. Mas isso não me impressiona. Há um olhar muito negativo do mundo sobre o Brasil hoje. Uma prisão sem fundamento de um ex-presidente com o peso e a história do Lula só tornaria esse olhar ainda mais negativo. Teria que ser algo incontestável.

Para finalizar: o senhor continua na posição de não ser candidato a presidente?
Eu continuo. Seria uma aventura muito grande eu me lançar na política, pelo meu temperamento, pelo meu isolamento pessoal, pelo meu estilo de vida. Eu não tenho por trás de mim nenhuma estrutura econômica, de comunicação. Nem penso em ter.

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Desemprego atinge 12 milhões no país

Taxa do mês de outubro fica em 11,8%.


O DIA

Brasília - O Brasil registrou 12 milhões de pessoas desempregadas no trimestre encerrado no mês passado. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Ainda de acordo com o levantamento, a taxa de desemprego ficou em 11,8% no trimestre até outubro deste ano. A taxa é superior aos 11,6% do trimestre que terminou em julho deste ano e aos 8,9% do trimestre fechado em outubro de 2015. O número é praticamente o mesmo do trimestre que acabou em julho de 2016, mas o contingente de desocupados é 32,7% maior do que em outubro do ano passado, o que significa que há mais três milhões de pessoas procurando emprego sem sucesso. A quantidade de pessoas ocupadas chegou a 89,9 milhões de brasileiros, 0,7% a menos (604 mil pessoas) do que em julho de 2016 e 2,6% a menos (1,3 milhão de pessoas) do que em outubro de 2015. O número de empregados com carteira assinada no setor privado, estimado em 34 milhões de pessoas, teve queda de 0,9% em relação a julho deste ano.

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Brasil tem 827 mil com HIV, dos quais 13% não sabem que estão infectados

Do total, 372 mil pessoas ainda não começaram o tratamento, das quais 112 sequer sabem que portam o vírus.


AGÊNCIA BRASIL

Brasília - Dados divulgados nesta quarta pelo Ministério da Saúde revelam que 827 mil pessoas vivem com HIV/aids no Brasil. Dessas, cerca de 112 mil não sabem que estão infectados. Do total de pessoas soropositivas identificadas no país, 372 mil ainda não estão em tratamento, apesar de 260 mil delas já saberem que estão infectadas. De acordo com o boletim, a taxa de detecção da aids em menores de 5 anos caiu 36% nos últimos seis anos, passando de 3,9 casos para cada 100 mil habitantes em 2010 para uma taxa de 2,5 casos em 2015. A taxa em crianças nessa faixa etária é usada como indicador para monitoramento da transmissão vertical do HIV (transmissão de mãe para filho durante a gestação ou no momento do parto).

Epidemia estabilizada e queda na mortalidade
Segundo a pasta, a epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 19,1 casos para cada 100 mil habitantes. Ainda assim, o número representa cerca de 41,1 mil novos casos ao ano. Os números mostram também uma queda de 42,3% na mortalidade provocada pelo HIV/aids no Brasil nos últimos 20 anos. A taxa caiu de 9,7 óbitos para cada 100 mil habitantes em 1995 para 5,6 óbitos em cada 100 mil habitantes em 2015.

Metas
A cobertura do diagnóstico de HIV/aids no país passou de 80% em 2012 para 87% em 2015, o equivalente a 715 mil pessoas. A meta é chegar a 90% até 2020. Os maiores incrementos, de acordo com os dados, foram observados na meta relacionada ao tratamento, que passou de 44% em 2012 para 64% em 2015. O número representa 455 mil pessoas. Na meta referente à redução da carga viral, o país passou de 75% em 2012 para 90% em 2015, o equivalente a 410 mil pessoas.

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Prefeito de Maricá quer aumentar o próprio salário e de equipe em 32%


Anderson Carvalho

Um mês antes de encerrar o mandato, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, enviou à Câmara Municipal projeto de lei que concede aumento de 31,89% nos vencimentos do seu sucessor, Fabiano Horta (PT), além do vice-prefeito e o secretariado. O Legislativo já começou a analisar a proposta (..). Pelo projeto, o salário do futuro prefeito subirá de R$ 19.500,00 para R$ 25.727, 27; o do vice vai para R$ 17.151,52, assim como os subsídios dos secretários, subsecretários, procurador geral e controlador geral. A expectativa é de aprovação do aumento, já que Quaquá tem o apoio de nove dos 11 vereadores. Na sessão da última segunda-feira, o vereador Felipe Auni (PSD), discursou na tribuna da Câmara, criticando a iniciativa e sua rápida tramitação. “É um descaso com o povo que vem sofrendo com a crise econômica. Tenho projetos desde abril para serem analisados, mas os projetos reajustando salários do executivo foram aprovados rapidamente pela comissão. Estranho essa rapidez”, observou Auni. Procurada, a prefeitura informou que não há reajuste salarial e sim a recomposição dos subsídios com base na inflação dos últimos quatro anos, utilizando-se o Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA). Dessa forma, aplicou-se sobre os vencimentos atuais um percentual de 31,89%. Os servidores municipais concursados, quando da aprovação do Plano de Cargos e Salários, já haviam sido beneficiados por recomposição salarial.

A prefeitura acrescentou que a nova configuração do governo estabelecida pelo prefeito eleito Fabiano Horta prevê apenas 21 secretarias, no lugar das 35 atuais cujo custo é de R$ 660.300,00 mensais. Essa redução implicará em uma economia aos cofres públicos da ordem de R$ 222.900,00, já que o dispêndio previsto passará a ser de R$ 437.300,00 mensais. Da mesma forma, a redução do número de secretarias implicará na queda do número de cargos comissionados, gerando uma economia que será revertida aos salários dos próprios comissionados. O Executivo disse ainda que um projeto de lei será enviado à Câmara definindo o reajuste dos comissionados na mesma proporção dos subsídios concedidos por este projeto.

Corte
Enquanto o prefeito aumenta os próprios vencimentos, prédios da prefeitura podem ter a luz cortada por falta de pagamento. Ontem, a concessionária de energia elétrica Enel anunciou que devido ao não pagamento de faturas a Prefeitura de Maricá pode ficar sem energia, junto a de outros oito municípios fluminenses. A empresa somente tomou a decisão de interromper o abastecimento de energia após tentar negociar o débito em várias ocasiões. Vale ressaltar que a distribuidora preservou o fornecimento de energia aos serviços essenciais como iluminação pública, hospitais, escolas e corpo de bombeiros. Procurada, a prefeitura respondeu que o comunicado da Enel está incorreto. Todas as contas recebidas pela Secretaria Municipal Adjunta de Despesas (que concentra os pagamentos às concessionárias) estão rigorosamente em dia. O fornecimento de energia elétrica para a prefeitura e demais unidades encontra-se normal. Os outros municípios são Araruama, Casimiro de Abreu, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Paraty, Angra dos Reis, Carmo e Campos dos Goytacazes.

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Manifestantes protestam em frente a Alerj contra 'pacote de austeridade'

Aproximadamente 300 pessoas estiveram em frente ao Palácio Tiradentes.  Foi registrado confronto entre a PM e os manifestantes.


Manifestantes protestaram em frente a Alerj contra 'pacote de austeridade'.
O DIA

Rio - Cerca de 300 manifestantes de várias categorias — em específico da educação, saúde e segurança — protestaram em frente a Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), na manhã da terça-feira, antes de mais um dia de discussão sobre o projeto de austeridade enviado pelo governador Luiz Fernando Pezão para tentar conter a grave crise que afeta o estado. Com faixas e cartazes, os manifestantes de vários órgãos e sindicatos contestam as medidas. Durante o ato, houve um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente que matou 75 pessoas, entre elas jogadores da Chapecoense e jornalistas, após a queda de um avião na Colômbia.

Na terça-feira, os deputados deverão cortar gastos com regalias e voltar com o aluguel social pago pelo Governo do Estado a famílias carentes. Pelo menos outros dois projetos foram discutidos e foram enviados para votação em dezembro. À tarde, os deputados discutirão dois projetos e votarão outros dois. Até às 11:30hs., não havia sido registrado confronto entre os manifestantes e a PM que cercaram o local.

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Manifestação de estivadores perto da Avenida Brasil complica trânsito no Rio

De acordo com os manifestantes, o grupo decidiu paralisar as atividades nos portos do Rio, Niterói e Itaguaí, por 24 horas. Os profissionais pedem a manutenção dos postos de trabalho.


O DIA

Rio - Cerca de 50 estivadores, que estão em greve, protestaram na manhã de quarta-feira na Avenida Rio de Janeiro, perto do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Segundo a Polícia Militar, o grupo ocupa metade da pista em direção à Avenida Brasil. Por conta da manifestação, o trânsito ficou complicado em vários pontos do Rio. Segundo o Centro de Operações do Rio, os motoristas enfrentaram congestionamentos na Avenida Francisco Bicalho, no sentido Avenida Brasil; na Via Binário, no sentido rodoviária; na Praça da Bandeira, no sentido Centro. Os condutores também encontraram problemas na Radial Oeste, no sentido Centro; na Rua São Francisco Xavier, na Tijuca, altura do Viaduto da Mangueira, sentido Centro. Encontraram engarrafamento também na Avenida Maracanã, no sentido Centro; na Avenida Professor Manoel de Abreu, no sentido Centro; na Avenida Paulo de Frontin, no sentido Centro; e também na Rua Haddock Lobo.

O motorista que saiu da Zona Norte, em direção ao Centro do Rio, teve usar a Rua Visconde de Niterói até a Rua Francisco Eugênio e acessar a Avenida Francisco Bicalho, no sentido Centro. De acordo com o Sindicato dos Estivadores do Rio, o grupo decidiu paralisar as atividades nos portos do Rio, Niterói e Itaguaí, por 24 horas. Os profissionais pedem a manutenção dos postos de trabalho, além de outras reivindicações trabalhistas. A PM acompanhou o protesto.

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Manifestação na Esplanada deixou prédios de ministérios e monumentos danificados

Protesto na quarta teve carros incendiados e vidros dos edifícios quebrados, entre outras depredações.


Ataque durante manifestação nesta terça, na Esplanada dos Ministérios.
AGÊNCIA BRASIL

Brasília - A Secretaria da Segurança Pública e Paz Social do Distrito Federal divulgou na quarta um balanço sobre os danos causados na terça durante a manifestação de estudantes na Esplanada dos Ministérios. Nove prédios de ministérios sofreram danos, como vidros e refletores quebrados e paredes pichadas. Na Catedral e no Museu Nacional, carros foram incendiados. No total, foram 27 placas de sinalização arrancadas e amassadas, cinco paradas de ônibus quebradas, diversos cones e cavaletes queimados, um controlador de velocidade danificado e dois veículos queimados. Na tarde da terça-feira, uma manifestação de estudantes contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/16 foi dispersada pela Polícia Militar com bombas de gás de efeito moral, lacrimogêneo e spray de pimenta. O protesto corria de forma pacífica até o momento em que os manifestantes chegaram ao gramado do Congresso e um grupo virou um carro de reportagem que estava estacionado nas rampas de acesso. Durante o confronto entre a polícia e os manifestantes, houve a depredação de bens públicos e privados. Até a manhã de quarta-feira, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU) retirou dois caminhões de objetos quebrados e jogados nas vias próximas à Esplanada dos Ministérios. Uma equipe de 41 garis continua trabalhando na área. Dois caminhões pipas foram utilizados para limpeza dos locais em que foi ateado fogo. A assessoria do governo do Distrito Federal informou que ainda estuda como será o trabalho de recuperação do patrimônio. A ação deve ser integrada com os órgãos federais e outras instituições, como a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), responsável pela Catedral.

O GDF ainda informou que vai investigar os danos ao patrimônio e as ações consideradas violentas. A investigação será a partir das imagens que já estão em posse dos órgãos de segurança. Segundo o balanço, seis manifestantes foram detidos e encaminhados à delegacia por injúria, desacato, resistência e dano, além de lesão corporal. Eles assinaram os Termos Circunstanciados e foram liberados. Outras cinco ocorrências de dano foram registradas pela Polícia Federal. O Corpo de Bombeiros registrou 40 atendimentos, todos casos sem gravidade. Um total de 20 pessoas, entre eles dois policiais, receberam atendimento médico em dois grandes hospitais da capital. A maior parte foi atendida com ferimentos leves e intoxicação por gás lacrimogêneo. Três pacientes tiveram cortes mais profundos e precisaram fazer sutura, mas nenhum está em estado grave.

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Diversas cidades registram panelaço contra pacote anticorrupção

Projeto foi aprovado na madrugada da quarta-feira. No Rio, moradores protestaram no Leblon, Tijuca, Flamengo e Botafogo.


O DIA

Brasília - Diversas cidades registraram panelaço contra o pacote anticrise do governo federal, na noite da quarta-feira, como no Rio de Janeiro, em São Paulo e Belo Horizonte. Na madrugada, o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados por 450 votos contra um. Apesar de terem desistido da anistia à prática do caixa dois, os deputados incluíram propostas polêmicas e retiraram projetos considerados essenciais. No caso do Rio, houve panelaço em bairros da Zona Sul, como Leblon, Flamengo e Botafogo, e também na Zona Norte, como na Tijuca. Alguns moradores também gritaram "Fora Temer". O assunto tomou conta das redes sociais. Alguns internautas criticaram a manifestação. "É o cúmulo tentar mudar o país por meio da varanda de um apartamento", ironizou um deles. "Não tem jeito mesmo", lamentou outro. No entanto, o protesto foi elogiado por outros usuários da Web. "Parabéns a todos, isso tem que ser feito mesmo", disse.


Deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o projeto foi completamente desconfigurado.

Entre as medidas, o projeto prevê a tipificação do crime eleitoral de caixa dois, a criminalização do eleitor pela venda do voto e a transformação de corrupção que envolve valores superiores a 10 mil salários mínimos em crime hediondo. O texto agora seguirá para a apreciação do Senado Federal. Para o relator do pacote, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o projeto foi completamente desconfigurado.

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PMs prendem traficante Arafat na Avenida Brasil

Considerado sucessor de Playboy no Complexo da Pedreira, ele vinha sendo procurado desde o ano passado.


Arafat foi preso na Avenida Brasil por policiais do BPVE.
GUILHERME SANTOS

Rio - Policiais do Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE) prenderam, no fim da tarde de quarta-feira, o traficante Carlos José da Silva Fernandes, 36 anos, conhecido como Arafat, na Avenida Brasil, altura de Irajá. Segundo os PMs, Arafat saiu de Angra dos Reis e seguia para o Complexo da Pedreira, na Zona Norte do Rio, quando foi abordado. A polícia informou ainda que ele ofereceu R$ 1.000.000,00 de suborno, mas os PMs recusaram. Arafat é considerado o sucessor de Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy, morto no ano passado. Ele vinha sendo procurado pela Polícia Civil do Rio desde o ano passado, com recompensa de R$ 10.000,00 por seu paradeiro. Especialista em roubo de cargas, o suspeito era alvo da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) por fazer parte de quadrilha de Playboy. O bando atuava na região nas proximidades da Pedreira. Com diversos mandados de prisão, Arafat é acusado pelo homicídio de Luciana Cunha de Oliveira dentro de um condomínio do 'Minha Casa Minha Vida' em 2014. A jovem estava grávida e o corpo está desaparecido desde maio de 2014.

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Suspeito de chefiar facção, traficante Shrek é preso na Ponte Rio-Niterói

Ele estava tentando fugir de carro para a Paraíba. Homem seria braço direito do traficante Lacoste, que comanda tráfico de drogas no Complexo da Serrinha.


Traficante Shrek foi preso na noite desta quarta-feira.
O DIA

Rio - Suspeito de ser um dos chefes da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), o traficante Marcelo Fernandes dos Santos foi preso na Ponte Rio-Niterói na noite de quarta-feira. De acordo com informações da polícia, o suspeito, também conhecido como Shrek, estava tentando fugir de carro para a Paraíba. Ele foi encontrado durante uma operação conjunta da Corregedoria da Polícia Militar, Cordenadoria de Inteligência (CI/PM) e da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança (SSINTE) com apoio da Policia Rodoviaria Federal (PRF). Foragido desde 2014, Shrek comandava a venda de drogas nas comunidades Fazenda, Patolinha, São José, Dendezinho. A polícia informou ainda que ele era o braço direito do traficante Lacoste, chefe do tráfico no Complexo da Serrinha, Zona Norte do Rio.

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