A prisão de Eduardo Cunha mergulha Brasília, de novo, em ansiedade
Na detenção sem pirotecnia, ex-deputado negociou com policiais para se entregar. Preso, Eduardo Cunha é levado para avião da PF. AFONSO BENITES Brasília - A pirotecnia que costuma cercar prisões e conduções coercitivas de políticos e megaempreiteiros brasileiros nos últimos tempos esteve longe de ocorrer na quarta-feira, quando o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso em Brasília sob a suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Acusado no âmbito da Lava Jato, o ex-presidente da Câmara dos Deputados que impulsionou o impeachment de Dilma Rousseff (PT) negociou termos mínimos para se entregar ao policiais federais, como vestir-se de terno, o figurino que preferia até para reuniões informais em sua casa, no auge do seu poder. A cena de um enfadado Cunha embarcando rumo à Curitiba, a capital que concentra as investigações do escândalo da Petrobras, durou pouco, mas foi suficiente para mergulhar Brasília, de novo, em burburinho e