Celso Amorim: “Espero que a racionalidade prevaleça na Argentina”.
MÁRCIA CARMO
EDITOR / Clarin.
Amorim demonstrou preocupação em relação aos rumos extremos do país.
O assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, disse, na sexta feira, que a desigualdade social precisa ser resolvida para não “alimentar” ideias extremistas. Amorim falou durante entrevista ao canal Brasil 247, quando manifestou sua preocupação com a Argentina.“Se o problema da desigualdade não for resolvido democraticamente, alimenta ideias extremistas”, disse ele. Foi neste contexto que o ex-chanceler do Brasil, país em questão, se pronunciou. "A Argentina está preocupada com o contexto geral de extremo rumo do mundo. Espero que a racionalidade prevaleça na Argentina. A relação Brasil-Argentina é o pilar da integração na América do Sul."
Amorim costuma acompanhar o cenário político argentino, que atualmente merece ainda mais atenção das autoridades brasileiras do governo do presidente Lula. Esta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “o Mercosul está sobrecarregado, principalmente pelos acontecimentos que podem ocorrer em sua relação comercial”. Haddad citou a incerteza criada para a integração pela possibilidade de eleger o candidato extremista direto Javier Milei. Milei disse que, se eleito, não pretende manter a Argentina no Mercosul e também afirmou que o país não entraria nos BRICs, a partir de janeiro de 2024 – entrada que contou com o apoio do presidente Lula.
Em entrevista na sexta feira de 247, Amorim destacou a importância do Mercosul. Ele afirmou que espera até que a Bolívia seja oficializada como membro pleno do bloco, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Questionado sobre o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, Amorim disse que o acordo seria importante para o equilíbrio global, mas sublinhou que as negociações “durarão muitos anos”. Este ano, a UE apresentou novas exigências na área do ambiente e das compras governamentais, que foram criticadas por especialistas.
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