Ex-senador xingado por Bolsonaro admite ter feito pix de R$ 1.000,00 para ajudar o ex-presidente..

 
A reconciliação entre Bolsonaro e Arthur Virgílio foi selada nas eleições 
de 2022, quando o amazonense decidiu declarar apoio ao então candidato.
POR WENDAL CARMO

De desafeto a simpatizante, o ex-senador Arthur Virgílio (sem partido-AM) disse ter doado R$1.000,00 ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) via Pix durante a campanha de arrecadação organizada por bolsonaristas para ajudar o capitão reformado. A declaração do ex-prefeito de Manaus foi publicada em uma rede social na terça-feira 23, após a CNN Brasil divulgar que a Polícia Federal poderia cruzar dados para identificar os responsáveis pelas doações para Bolsonaro, que totalizaram R$17.200.000,00. “Colaborei com R$ 1.000,00 e não precisam lavar o meu dinheiro, porque ele é e será sempre limpo”, escreveu o ex-tucano.

Acabo de ver na CNN que PF cruza dados, propósito das colaborações, via PiX, a @jairbolsonaro. A ideia seria identificar doadores, com vistas a prevenir lavagem de dinheiro. Pois bom: COLABOREI COM R$ 1.000,00 E NÂO PRECISAM LAVAR O MEU DINHEIRO, PORQUE ELE É E SERÁ SEMPRE… (Arthur Virgílio (@Arthurvneto) August 22, 2023)

A relação entre os dois, vale dizer, nem sempre foi amistosa. Em 2020, Bolsonaro chegou a chamar Virgílio de “bosta” pelas políticas sanitárias adotadas durante a pandemia de covid-19 em Manaus – à época, o País atingia recordes diários de mortos e o então prefeito da capital amazonense havia determinado a abertura de covas coletivas para comportar as vítimas do vírus na cidade. “Aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né?”, disse o ex-presidente.

O discurso de Bolsonaro aconteceu durante uma reunião interministerial em abril de 2022, cujo conteúdo foi divulgado por ordem do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. No encontro, o ex-capitão também disparou contra os governadores João Dória (São Paulo) e Wilson Witzel (Rio de Janeiro). A reconciliação entre Bolsonaro e Virgílio foi selada nas eleições de 2022, quando o amazonense decidiu declarar apoio ao então candidato à reeleição. Para justifcar a aliança, o ex-senador destacou que seria “impossível” apoiar alguém contrário à privatização da Petrobras – numa referência a Lula (PT).

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