“A inteligência artificial está a um passo de se tornar assustadora”, diz Sam Altman, criador do ChatGPT.


Para Altman, é fundamental que os governos criem regulações para a tecnologia, 
com o objetivo de acelerar os "cientistas do bem" e conter os “cientistas do mal”.

Por Marisa Adán Gil

Sam Altman, o CEO da Open AI, que criou o ChatGPT, lançou um alerta ao mundo em sua conta no Twitter: ele disse que não vai demorar para o mundo experimentar uma inteligência artificial potencialmente assustadora. Ele acrescentou ainda que será fundamental criar regras e regulações para controlar esse avanço da tecnologia. Em uma série de tweets no domingo, Altman disse que a transição para um futuro com a IA onipresente será “muito boa, em sua maior parte” e pode acontecer muito rápido – como a transição do “mundo antes do celular” para o “mundo depois do celular”, relatou a CNBC. Mas ele avisou que o mundo precisa de tempo para se adaptar para algo tão grande quanto a IA. “E também precisamos de tempo para que as nossas instituições entendam o que devem fazer. A regulação será essencial, mas desafiadora. Embora as ferramentas atuais de IA não sejam muito assustadoras, acho que não vai levar muito tempo para que se tornem ameaçadoras”, tweetou.

Segundo ele, um dos problemas dos chatbots é que as pessoas ficam perturbadas depois de conversar com um deles, embora saibam que é apenas uma máquina. É o que aconteceu recentemente com o Bin, que deixou algumas pessoas nervosas ao dar respostas chocantes, que iam do sarcasmo ao furioso, passando por estados sentimentais. Para resolver o problema, a Microsoft resolveu limitar o número de interações que cada usuário pode ter com a plataforma: cinco perguntas por sessão, e no máximo 50 sessões por dia. Assim, espera evitar o que chamou de “confusão do modelo” com o acúmulo de respostas. Sam Altman defende a regulação da IA desde 2015, quando escreveu um blog pedindo ao governo americano que criasse regras para a tecnologia, para “acelerar os cientistas do bem e desacelerar os cientistas do mal”.

Elon Musk, que fundou o Open AI junto com Altman, disse na semana passada, durante o World Government Summit, em Dubai, que a IA traz grandes promessas, positivas e negativas, mas precisa de regulação.

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