Ex de Valdemar se diz ameaçada e pede socorro a Alexandre de Moraes.

 
Maria Christina Mendes Caldeira acusa o presidente do 
partido de Jair Bolsonaro de usar a legenda para persegui-la.

Rodrigo Rangel

Ex-mulher de Valdemar da Costa Neto, “dono” do PL, o partido do presidente Jair Bolsonaro, a ex-socialite paulista Maria Christina Mendes Caldeira enviou ao ministro Alexandre de Moraes um inusitado pedido de socorro. Ela se diz ameaçada por Valdemar e acusa o presidente do PL de usar a estrutura da legenda para persegui-la e tentar debilitá-la financeiramente. No documento enviado a Alexandre de Moraes por meio do canal de denúncias para violência política de gênero aberto no site do Tribunal Superior Eleitoral, Maria Christina pede, com base nas denúncias que faz, a suspensão do registro do partido ou, pelo menos, afastamento de Valdemar do comando da sigla. Sob a alegação de que é vítima de perseguição política relacionada ao gênero, ela solicita ainda medidas protetivas.

A ex-socialite, que vive nos Estados Unidos e nos últimos tempos passou a trabalhar como corretora de imóveis e motorista de aplicativo, narra na peça que Valdemar usou o PL para tentar garantir o direito a mais de R$ 400.000,00 em um processo de inventário de sua família que corre na Justiça. Segundo ela, Valdemar alega que bens usados pelo casal à época em que estavam juntos foram adquiridos pelo partido e, por isso, pede ressarcimento. Maria Christina Caldeira afirma no documento enviado ao TSE que Valdemar trata o PL como uma “empresa familiar” e, no comando do partido, mistura interesses públicos e privados. “Venho respeitosamente, por meio desta, manifestar-me­ sobre a utilização da estrutura partidária para uso pessoal de violência patrimonial e psicológica do Partido Liberal contra mim, misturando o público e privado e utilizando a maquina partidária em todas as esferas para intimidação de gênero”, afirma a ex-socialite, conhecida pelo depoimento que prestou contra Valdemar no Congresso à época do escândalo do mensalão petista. “Nos EUA, onde vivo em asilo político devido a ameaças, é inimaginável um partido politico ser utilizado como uma empresa familiar, uma vez que é bem público, criado para dar voz e representatividade ao cidadão , porém no Brasil atual toda forma de intimidação a mulheres é possível, chegando ao absurdo da violência de gênero cometida por uma estrutura partidária”, diz a peça, enviada também à coluna.

Nesta semana, Maria Christina Caldeira declarou voto em Lula. “Nunca fui filiada ao Partido Liberal, apesar disso seu proprietário e presidente insiste em misturar público e privado, utilizando toda a estrutura partidária para me intimidar”, prossegue o texto da representação enviada a Alexandre de Moraes. Procurado pela coluna por meio de sua assessoria, Valdemar ainda não se manifestou. O TSE confirmou que recebeu a representação, mas informou que não se manifestará porque o documento está em sigilo.

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