Os esforços da AGU para barrar mulher trans que ficou no topo de concurso da Marinha.

 
Por João Paulo Saconi

A AGU está dedicada a tentar reverter no TRF-2 (RJ e ES) uma decisão que obrigou a Marinha a admitir uma mulher transexual barrada num concurso da instituição. O esforço consta num recurso apresentado em 14 de julho pelo advogado da União Cláudio Roberto da Silva após a primeira instância determinar que a candidata, primeira colocada no edital, fosse aceita em uma das 18 vagas temporárias que tentava ocupar. Silva repetiu o mesmo argumento da Marinha, que considerou Sabrina inapta ao serviço militar por apresentar uma deficiência. Segundo a tese das Forças Armadas, a estudante universitária sofreria de hipogonadismo, uma disfunção das gônadas sexuais (removidas na redesignação de gênero), com possíveis prejuízos das funções hormonais.

A defesa de Sabrina fala em discriminação, mas o representante da AGU afasta a possibilidade. Silva utilizou uma "simples pesquisa na internet", nas palavras dele, para associar uma série de riscos à Sabrina e aos hormônios repostos por ela em meio à redesignação. Entre eles, eventuais infartos, derrames, tromboses e até osteoporose. A União diz, por fim, que a trans "não postula igualdade", mas "tratamento diferenciado". O caso aguarda conclusão.

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