Partido Socialista do premier António Costa vence eleição em Portugal, diz boca de urna.


Centro-esquerda pode chegar à maioria parlamentar, segundo 
projeções; terceiro lugar está entre liberais e extrema direita.

O Globo e agências internacionais

LISBOA — Pesquisas de boca de urna apontam para a vitória do Partido Socialista (PS), do premier António Costa, nas eleições gerais em Portugal deste domingo, antecipadas após a derrota do governo na aprovação do Orçamento de 2022, em outubro do ano passado. De acordo com as projeções, o PS poderia chegar à maioria absoluta do Parlamento, ou 116 cadeiras. Segundo os números da TV SIC, os socialistas obtiveram entre 37,4% e 41,4%, o que, em termos práticos, significa entre 106 e 118 deputados. O Partido Social Democrata (PSD), de centro-direita, surge em segundo, com 26,9% a 30,9%, ou 75 a 85 deputados. As sondagens da RTP, da CNN Portugal e da TVI também apontam para uma vitória contundente dos socialistas, que chefiam o governo desde 2015. Logo depois do anúncio das pesquisas, houve celebração no hotel usado como base dos socialistas para acompanhar a apuração, em Lisboa. — São projeções, vamos aguardar pelo resultado final. Agora há um dado que parece mais ou menos evidente: é claro que o PS ganhou estas eleições, vamos aguardar o resultado final — afirmou Costa, em entrevista à RTP. Sobre a possibilidade de seu partido obter maioria absoluta, declarou que este seria um "cenário extremo".

De acordo com as projeções, a Iniciativa Liberal ficaria em terceiro e pode fazer até 15 parlamentares. A sigla disputa o terceiro lugar com o partido de extrema direita Chega, que ficaria com entre 5% e 8% dos votos. O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista — que entre 2015 e 2019 participaram de uma coalizão de governo informal liderada por Costa, conhecida como Geringonça — ficariam em respectivamente quinto e sexto lugares, com entre 3% e 6% dos votos. Com o país registrando recordes de infecções por Covid-19 por causa da variante Ômicron — a média móvel está em torno de 55 mil casos diários — os locais de votação mantiveram um protocolo rígido de segurança, com o uso obrigatório de máscaras e distanciamento. Segundo a Direção Geral de Saúde, até 783 mil pessoas aptar a votar estavam cumprindo isolamento após terem sido diagnosticados com a Covid-19 ou terem tido contato com infectados, mas as autoridades eleitorais permitiram que eles pudessem ir às urnas, e recomendaram o horário entre as 18:00h e 19:00h..

Apesar do alto número de casos de Covid-19 nas últimas semanas, o número de internações é menor do que em outros surtos da doença, algo creditado às políticas adotadas pelo governo português ao longo da pandemia, como o incentivo à vacinação: hoje, cerca de 90% dos portugueses completaram o ciclo inicial de imunização, com duas doses ou dose única, e 48% receberam doses de reforço. Segundo as projeções, a abstenção deve ficar em torno de 50%, menor do que a das últimas eleições, em 2019, mas em um patamar considerado preocupante.

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