Governo de Cuba aprova primeiras 32 empresas privadas.

 
Reforma, que vem meio século após o confisco de empresas privadas, pode 
mudar radicalmente as regras do jogo para a economia centralizada da ilha.

Por France Presse

O Ministério da Economia de Cuba anunciou na quarta-feira (30) a aprovação das primeiras 32 micro, pequenas e médias empresas privadas e de três estatais, nove dias após a aplicação da tão esperada reforma em uma economia majoritariamente estatal. "A medida autoriza a criação desses novos atores econômicos, que já podem proceder à sua constituição como pessoas jurídicas, para exercer suas atividades econômicas", informa o ministério, em nota divulgada pela imprensa local.

As novas empresas provêm de 11 das 15 províncias do país. Entre elas, 13 serão dedicadas à produção de alimentos, seis à indústria, três estão relacionadas a atividades de reciclagem, e outras três, a atividades tecnológicas. Vinte delas são uma reconversão do trabalho autônomo, até agora a única forma de trabalhar no setor privado, para a nova forma de gestão não estatal, enquanto as outras 15 são de nova criação, acrescenta a nota. "Os demais pedidos (apresentados desde o dia 20) estão em tramitação. Até agora, nenhum foi negado", informou o Ministério da Economia, responsável pela aprovação.

Depois de anos de espera, que provocaram descrença entre os interessados, o governo colocou em vigor as leis de funcionamento das "mipymes", bem como as das cooperativas não agrícolas. Com uma economia 85% estatal, grande parte dos mais de 600 mil autônomos — baseados no setor de serviços: restaurantes, transporte e conserto de equipamentos — devem ser a fonte principal das micro, pequenas e médias empresas privadas, que desapareceram do país em 1968, quando Fidel Castro começou a aderir ao modelo estatal soviético e as nacionalizou na "ofensiva revolucionária".

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