Ricardo Barros é o autor de emenda ‘pró-Covaxin’; veja o documento.

 
 por LEONARDO MIAZZO

Na reta final de seu depoimento à CPI da Covid na sexta-feira 25, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) disse que o parlamentar mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro ao ser informado de possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin é o do deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara. Barros é autor de uma emenda produzida para facilitar a importação do imunizante indiano. A MP que recebeu a emenda é a 1.026/2021, que visava facilitar a compra de vacinas, flexibilizando a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assim, um imunizante poderia ser avalizado mesmo sem estudo em fase 3 concluído no Brasil, desde que tivesse registro prévio emitido por determinadas autoridades sanitárias estrangeiras.

A lista original trazia as autoridades sanitárias de Estados Unidos, União Europeia, Japão, China e Reino Unido. A emenda de Barros acrescentou à relação a agência reguladora indiana. Em entrevista ao jornal O Globo em 5 de fevereiro deste ano, Barros criticou a Anvisa e mencionou a Covaxin. “A Anvisa quer tirar o foco do problema dela, que é a inércia, a falta de agilidade, e está querendo mudar de assunto. (…) Eu pus uma emenda no dia 3, antes desse episódio, para incluir a agência da Índia na relação das agências, porque é necessário. Tem uma vacina da Índia que nós queremos comprar. E a Anvisa, não. Ela se acha uma agência de elite e só quer dialogar com aquelas que ela acha de elite. É uma visão equivocada. Não sou eu, nem é o governo, é o Congresso Nacional que está dizendo que tem que simplificar o processo e ser mais ágil”, disse na ocasião.

Pelas redes sociais, Barros negou o envolvimento em qualquer irregularidade. “Não participei de nenhuma negociação em relação à compra das vacinas Covaxin”, escreveu.

Eis a íntegra da emenda:




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