CoronaVac acaba em Guarapari e idosos voltam para casa sem segunda dose.

 
Confira os possíveis efeitos do atraso da segunda dose do imunizante.
Por Gislan Vitalino

Idosos que procuraram a segunda dose da vacina Coronavac (Butantan) na escola Ana Rocha Lyra na manhã de hoje voltaram para casa sem receber o imunizante. Por volta de 09:00h, as fichas equivalentes às doses da vacina fabricada pelo Instituto Butantan acabaram e a distribuição continuou apenas com os idosos que tomariam a vacina AstraZeneca (Oxford/Fiocruz). No local, acontecia a aplicação da segunda dose da para os idosos acima de 70 anos, que tomaram a primeira dose da vacina nos dias 24, 25, 26 e 27 de março.

A Ana Claudia trouxe a mãe para tomar a vacina e não conseguiu receber o imunizante. “Nós chegamos às 09:00h, pois falaram que não precisava vir cedo porque a segunda dose dos idosos já estava garantida”, explicou Ana Claudia. A mãe dela, dona Francisca recebeu a primeira dose na última semana de março “Quando tomamos a primeira, já deram a data certa pra voltar e disseram que estava garantido”, explicou. Um dos últimos idosos que garantiu a ficha para aplicação da segunda dose do imunizante, seu Souza chegou no local pouco antes das 7h da manhã. “Era por volta de 8h, quando eles distribuíram as fichas e eu peguei o número 594”, contou o aposentado.

Agendamento da segunda dose
Segundo os funcionários do local, uma nova data para o agendamento da segunda dose será divulgada assim que o município receber as novas doses do imunizante. A distribuição das senhas no local segue apenas para os idosos que receberam a primeira dose do imunizante AstraZeneca (Oxford/Fiocruz).

Atraso para tomar segunda dose pode gerar ineficácia?
Na noite de sábado (24), o secretário estadual de Saúde Dr. Nésio Fernandes, usou as redes sociais para falar sobre a escassez de doses da CoronaVac em todo o Estado e no Brasil. Além de explicar as causas da escassez, Dr. Nésio reforçou que o risco do imunizante “perder efeito” com o atraso da segunda dose é baixo. “A vacina é um imunizante poderoso, após aplicada não é um produto que se decompõe pela validade de dias. Até o presente momento a ampla maioria dos estudos reforçou vantagens na ampliação do prazo de aplicação entre doses”, afirmou.

Segundo o secretário, não há motivo para desespero. Os insumos já chegaram no Butantan e até a primeira quinzena de maio serão fornecidas progressivamente todas as doses necessárias para aplicação da D2. O calendário será atualizado e seguiremos avançando na luta contra a COVID-19, explicou. Na sequência de postagens, Nésio também afirmou que ainda não há um consenso na comunidade científica quanto aos riscos e dúvidas sobre o atraso na aplicação da segunda dose. O secretário ainda concluiu dizendo que na maior parte das vezes, a ampliação do prazo entre as doses não é prejudicial. Na imensa maioria das vezes não há prejuízo na produção de anticorpos com a ampliação breve do período entre doses. Com uma dose já há uma grande proteção contra infecção, casos moderados/graves e óbitos.

Entre a comunidade científica, a falta de dados suficientes relacionados à questão é inconcludente. Entretanto, todos afirmam que tomar as duas doses do imunizante é essencial. Especialistas também alertam para o não cruzamento entre doses de fabricantes distintos.

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