Alessandro Vieira pede esclarecimento após Braga Netto defender golpe de 64.


Colaboração para o UOL

Após três comandantes das Forças Armadas — Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica), Edson Leal Pujol (Exército) e Ilques Barbosa (Marinha) — deixarem os cargos, os parlamentares do Senado fizeram um convite ao general para prestar esclarecimentos sobre as mudanças. Em entrevista à GloboNews, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) disse que Netto precisa ser transparente sobre as suas escolhas. "Fiz o convite para o general Braga Netto para ele esclarecer essas mudanças executadas inéditas no comando das forças armadas brasileiras. Nós queremos ouvi-lo para que ele demonstre respeito à constituição. Ele tem que falar com a sociedade, mas isso ainda não foi feito. Nesse momento é muito importante que todos sejam transparentes para entendermos o que realmente está acontecendo. Nós ficamos reféns de diversas interpretações da imprensa, de redes sociais, teorias da conspiração... Isso tudo coloca o Brasil, que já enfrenta o pior momento da pandemia e uma crise econômica, em uma crise política. Nós precisamos é de paz e de vacina nesse momento", disse o senador.

Vieira afirmou que o motivo do convite para a conversa seria porque o general não se explicou de forma espontânea. "O que nós queremos ouvir dele é que todo bom soldado precisa ter: respeito à constituição. Publicidade e transparência em uma gestão pública não é uma escolha, é uma obrigação legal. Como ele não fez isso de forma espontânea, é preciso que o Senado exerça seu papel e cobre isso dele", declarou. Ainda na entrevista, o político também pontuou críticas sobre a postura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. "Nós, senadores, analisamos a forma de atuação do Rodrigo Pacheco. Ele tem aquele jeito mineiro, cauteloso, e merece todo respeito pelos méritos que tem. Mas faço uma ressalva: Jair Bolsonaro não é mineiro, nem todos são mineiros, e essa 'mineirice' precisa ter limites. Transparência é uma coisa urgente. Não podemos passar o fim de semana na dúvida se temos uma tentativa de golpe ou se é apenas um ajuste de tropas.", disse Alessandro Vieira. "Nós parlamentares queremos ouvir explicações do ministro para tudo ficar mais claro. Rodrigo tem se mostrado equilibrado e ele é preparado, mas a escolha que ele faz para ser moderado chega a ser excessivo e as vezes passa do ponto. Tem que ter cuidado, para não deixar de ser um negociador, pacificador, e passar a ser cúmplice de chacina, de interesses golpistas... Mas nós confiamos que ele vai honrar os votos que recebeu", finalizou.

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