sábado, 23 de janeiro de 2021

Kalil: 'Se eu pudesse, eu já estava na China, são eles que têm o remédio'.


O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), criticou a dificuldade 
do governo Bolsonaro de conseguir insumos para as vacinas de COVID-19.
Natasha Werneck*

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), bateu de frente mais uma vez com o governo Bolsonaro. Durante uma entrevista, ele fez referência à dificuldade de conseguir insumos para as vacinas por causa das provocações que o presidente e seus filhos fizeram à China. Se eu pudesse, eu já estava na China, porque são eles que têm o remédio. Para buscar o que interessa à população, eu ajoelho, peço desculpa, peço pelo amor de Deus, falo que Twitter é coisa de criança' - Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte

A declaração do chefe do executivo municipal foi dada durante uma entrevista para o programa Balanço Geral, da RecordTV. Além da crítica, ele também chegou a falar sobre a vacinação em Belo Horizonte e disse que foi "proibido" de comprar a vacina. "Eu já tinha comprado umas doses, mas o governo federal passou a mão nas doses. Mas eu não paguei não, se não entrega a vacina eu não entrego dinheiro", disse Kalil.

Kalil x Bolsonaro
Bolsonaro e Kalil já trocaram farpas diversas vezes por terem posicionamentos diferentes adotados durante a pandemia de COVID-19. O presidente criticou o prefeito de BH por fechar o comércio, mas ele chegou a responder. “Eu ouvi isso. Só que é problema do prefeito desde março. Não fui eu quem escolhi assumir esse papel não, foi o Supremo Tribunal Federal (STF)", declarou.

Kalil também reclamou da falta de ajuda financeira do Governo Federal para reparar os estragos causados pelas chuvas no início de 2020. "Que bom que o presidente olhou para Belo Horizonte. Porque até hoje, com tudo que aconteceu aqui, ele mandou R$ 7.000.000,00 para BH quando a cidade foi devastada. Nós gastamos, só na cidade, R$ 200.000.000,00 para reconstruir. Ainda bem que lembrou que Belo Horizonte existe. Vamos ver se vai lembrar na hora de mandar alguma ajuda a mais para a cidade", concluiu.
 
*Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria
https://www.em.com.br

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