Quatro mil restaurantes e bares não vão mais abrir.


Estabelecimentos sofreram com o fechamento na fase mais 
crítica da pandemia. Ao todo, 25.000 mil perderam o emprego.
Por Lucas Rezende

Dos 18.000 bares, restaurantes e lanchonetes existentes no Estado antes da pandemia da Covid-19, cerca de 4.000 não vão mais voltar a funcionar; estima o presidente do Sindicato dos Restaurantes, Bares e Similares do Espírito Santo (Sindbares), Rodrigo Vervloet. A estimativa de demissões vai além: são cerca de 25.000 postos de trabalho a menos. “A gente já vinha de uma crise muito severa desde o governo Dilma. Parte do setor já estava debilitada. São muitos fatores envolvidos, como o tempo dos estoques que ficaram parados enquanto o decreto estadual não liberava funcionamento, a queda do faturamento, os aluguéis”, cita Rodrigo.

Dos estabelecimentos fechados, explica ele, não há um perfil: a crise atingiu pequenos, médios e grandes, de diferentes estilos. E lidar com a folha de pagamento foi outro entrave: “Os outros aspectos foram duros de lidar, mas o auxílio do governo federal em relação aos funcionários foi fundamental”.

Agora que bares e restaurantes podem funcionar sem restrições de dia e horário, Rodrigo diz que começa uma leva de recontratações – sobretudo antigos funcionários – mas não há como estimar o ritmo da retomada em números. Nem mesmo das reaberturas. “Quem fechou de vez, para reabrir, é muito difícil. Quem estava com restrição e não quebrou, já reabriu. E ainda assim está difícil. As pessoas estão voltando ainda aos poucos, pegando confiança nos protocolos, vendo que tratam-se de ambientes seguros”, diz.

A nível nacional, levantamento do Sebrae mostra que 6,7% dos donos de bares e restaurantes decidiram encerrar permanentemente. O empresário Gyuliano Eccher, proprietário de uma pizzaria em Vitória, conseguiu não fazer parte dessa estatística canalizando as forças para o sistema de delivery. “Com isso, não houve queda nas vendas, até porque houve aumento de pedidos por delivery. Abraçamos os benefícios dados pelo governo, como a suspensão de contrato. Pensando nos funcionários de atendimento, garçom, barman, metade aderiu. Pensando apenas na produção, ficou meio a meio”, conta.

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