PF vai ao Ministério da Educação para ouvir Weintraub; ministro fica calado em depoimento.

Ordem para depoimento foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo. Em reunião, 
Weintraub afirmou: 'Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF'.



Por Isabella Camargo 
GloboNews — Brasília

O ministro Abraham Weintraub se manteve em silêncio em depoimento na manhã desta sexta-feira (29) no Ministério da Educação. Durante o interrogatório, ele não respondeu a perguntas. Disse que desejava fazer uso do direito constitucional de permanecer calado. O depoimento era parte das investigações do chamado "inquérito das fake news", aberto pelo Supremo Tribunal Federal. A ordem para que Weintraub prestasse depoimento partiu do ministro Alexandre de Moraes, do STF, responsável pelo inquérito, que apura a disseminação de notícias falsas e ameaças aos ministros do tribunal.

O objetivo do depoimento era esclarecer a manifestação de Weintraub na reunião ministerial de 22 de abril, cujo conteúdo se tornou conhecido na semana passada. O ministro defendeu a prisão de ministros do STF, chamados por ele de "vagabundos". "Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF", declarou o ministro na ocasião.

O governo tentou impedir o depoimento de Weintraub. O ministro da Justiça, André Luiz Mendonça, entrou com um habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender o depoimento. André Mendonça argumentou que não existe relação entre o objeto do inquérito e o exercício da liberdade de expressão.

Mandados de busca e apreensão
André Mendonça também estendeu o pedido a todos os alvos de mandados de busca e apreensão no inquérito. Nesta quarta (27), a PF cumpriu 29 mandados de busca e apreensão contra 17 pessoas. Aliados do presidente Jair Bolsonaro foram alvos da operação, entre os quais o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o empresário Luciano Hang. Eles negam irregularidades.

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