Surge a prova do Gabinete do Ódio: o áudio de Joice Hasselmann.

Joice, Moro e todos os que estão hoje no Planalto e no entorno de Jair, Flávio, Carlos e 
Eduardo são cúmplices das mentiras que levaram o clã representativo das milícias ao poder.


Por Plinio Teodoro

“Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. O versículo do Evangelho de João (8:32), o preferido de Jair Bolsonaro, veio à tona na terça-feira (28) para atestar que é verdadeira a informação sobre a existência de uma fábrica de mentiras no Palácio do Planalto, chamada de Gabinete do Ódio. Instalado em sala ao lado da Presidência da República e comandado por Carlos Bolsonaro, o tal gabinete foi criado a partir da rede de mentiras e destruição de reputações que funcionou durante a campanha eleitoral e levou Bolsonaro ao poder. O áudio vazado pelo apresentador bolsonarista Luiz Ernesto Lacombe – ex-Globo e atual Band – após ameaça velada de Bolsonaro não atinge apenas Joice Hasselmann, a ex-líder do governo. Ele mostra o "modus operandi" de um grupo de criminosos que se apoderaram do país por meio da mentira e da difamação na guerra de narrativas instalada durante as eleições de 2018 e que segue sendo o eixo principal de um governo calcado em mamadeiras de piroca a cada tema tratado.

Em entrevista a Datena, Joice diz que com o ato, Bolsonaro assina o atestado de culpa de ser o chefe do gabinete do ódio e cita o levante travado agora contra o seu biografado, o ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, que saiu atirando pela porta dos fundos do governo que ajudou a eleger. Joice, Moro e todos os que estão hoje no Planalto e no entorno de Jair, Flávio, Carlos e Eduardo são cúmplices das mentiras que levaram o clã representativo das milícias ao poder. São peças da quadrilha virtual que busca construir narrativas fantasiosas baseadas nos delírios de Olavo de Carvalho em cima de um inimigo existente.

Se o áudio prova a existência do gabinete do ódio, ele comprova também a existência de uma rede de "fake news" que levou o país ao obscurantismo da ignorância e da mentira, que hoje consome milhares de vidas, enquanto o presidente e seus asseclas buscam rotular na mesma narrativa todos aqueles que se levantam contra a necropolítica instalada diante de uma pandemia mundial – incluindo a OMS.

Joice conhece a verdade, mas como Moro e outros milhares de brasileiros, assumiu a narrativa das "fake new" para levar ao poder uma velha raposa mentirosa da política, que instalou não só um gabinete, mas um governo de ódio.

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