Bolsonaro é um 'político de sempre': criou uma oligarquia maior do que a de Sarney.


Por Ancelmo Gois

A querida atriz Regina Duarte, no “tuíte” de apoio à manifestação convocada por Bolsonaro e Heleno contra o Congresso, encerra com uma frase forte e verdadeira: “O Brasil é nosso. Não dos políticos de sempre”. Tinha um alemão, citado recentemente pelo antecessor de Regina, Roberto Alvim, que dizia que “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”. A ideia recorrente de que Bolsonaro representa o “novo” na política é uma moeda de R$ 3,00. Ele é político desde 1988.

Criou uma oligarquia maior do que a de Sarney — já elegeu ex-mulher e três filhos. Trocou de partido como quem troca de camisa: foram nove, sendo duas vezes no PP de Maluf, a quem nunca fez uma crítica pública no quesito moralidade. Em 2018, recebia R$ 3.800,00 mil em espécie de auxílio-moradia, mesmo tendo apartamento em Brasília. O clã Bolsonaro como um todo, como revelou o GLOBO em 2019, já empregou em seus gabinetes 102 parentes, fora policiais fora da lei. Flávio Bolsonaro, o da “rachadinha”, empregou em Resende (RJ), a 180 km da Assembleia do Rio, nove parentes de sua então madrasta — dinheiro meu, seu, nosso.No governo, Bolsonaro mantém um ministro acusado de patrocinar candidaturas laranjas e já usou o helicóptero da presidência para transportar a parentada para o casamento do filho Eduardo.

Em tempo: o Congresso, assim como (diga-se a seu favor) Bolsonaro, foi eleito pelo voto popular. Desconfio que tem gente que gostaria que o Brasil mudasse de povo. Pelo japonês, por exemplo.

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