Morre catador baleado ao tentar ajudar músico que teve carro fuzilado pelo Exército

Luciano Macedo foi atingido na ação militar que disparou 
mais de 80 tiros contra o veículo de Evaldo Rosa.


Por MARIA INEZ MAGALHÃES

Rio - Após 11 dias lutando pela vida no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, o catador Luciano Macedo, de 28 anos, morreu. Ele foi baleado na ação do Exército do último dia 7, em Guadalupe, na Zona Norte do Rio, onde morreu também o músico Evaldo Rosa, que teve o carro atingido por 80 tiros disparados pelos militares. Luciano foi ferido ao tentar ajudar Evaldo e a família dele alvos do ataque do Exército. O músico e os parentes passavam pelo local de carro a caminho de um chá de bebê, quando soldados dispararam contra o veículo onde estavam o filho dele de 7 anos, a mulher, uma amiga e o sogro, que também foi baleado.


O catador passou por uma traqueostomia e cirurgia no pulmão na tarde da quarta-feira, mas não resistiu. A Justiça determinou duas vezes a transferência do catador para outro hospital, mas nenhuma foi cumprida. O catador deixa a mulher Daiana Horrara, que está grávida de 5 meses. A família está sendo assistida pela ONG Rio de Paz e pelo escritório João Tancredo. Nove dos 10 militares envolvidos no caso tiveram a prisão temporária convertida em prisão preventiva em audiência de custódia, realizada no último dia 10.

odia.ig.com.br

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