Trump diz que Venezuela é 'desastre' que precisa ser 'limpo'

Donald Trump se reuniu com presidente do Chile na sexta-feira.


Por AFP

Washington - Donald Trump disse, ao iniciar uma reunião na Casa Branca com o presidente chileno, Sebastián Piñera, na sexta-feira, que a Venezuela é um "desastre" que precisa ser resolvido. "Vamos falar da Venezuela, entre muitos outros assuntos", disse Trump à imprensa ao receber o presidente, com um cumprimento simpático. "A Venezuela é um desastre. Precisa de uma limpeza e as pessoas precisam ser cuidadas", acrescentou o presidente americano. Nesta semana, também na ONU, Trump disse sobre a Venezuela que "todas as opções estão na mesa, todas. As fortes e as menos fortes". "E vocês já sabem o que eu quero dizer com força", ameaçou o presidente dos Estados Unidos em referência a uma intervenção militar.

Após a reunião com Trump, Piñera declarou em Washington que "há um diagnóstico muito compartilhado" sobre o fato de a Venezuela não ser uma democracia e que detalhou ao líder americano as iniciativas do Grupo de Lima para agir "dentro do marco do direito internacional""Temos um diagnóstico muito compartilhado, a Venezuela não é uma democracia". Nesse sentido, o presidente chileno foi direto: "a Venezuela (...) é um país que está vivendo uma tremenda crise política, econômica, social e humanitária".

Mais cedo na sexta, ao falar na Organização dos Estados Americanos, Piñera reiterou que não acredita na opção militar como solução para a crise na Venezuela. Contudo, não detalhou à imprensa quais as possíveis soluções evocadas na reunião com Trump. "Explicamos a ele todas as iniciativas tomadas pelo Chile e também pelos países do Grupo de Lima, para fazer, dentro do marco do direito internacional, tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar o povo venezuelano", expressou Piñera. "Ajudar o povo venezuelano a recuperar a sua liberdade, a sua democracia, o respeito aos direitos humanos e a tirar a Venezuela desta crise humanitária", enumerou.


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se despediu na sexta-feira da Assembleia Geral, assegurando que a sua participação foi "uma vitória total""Sucesso total", declarou o questionado líder em um vídeo gravado em Nova York, a caminho do aeroporto, e publicado em sua conta no Twitter. "A verdade da Venezuela foi ouvida", afirmou. "Vitória na ONU. Vitória total". "A verdade dos nossos povos prevalecerá sempre sobre o ódio e a mentira".

Maduro condenou na Assembleia "a agressão permanente" de Washington, mas disse a Trump que queria se reunir com ele e apertar sua mão. Sobre se vai se encontrar com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, Trump disse: "Vamos ver o que acontece". Posteriormente, o presidente venezuelano declarou, durante um breve discurso no aeroporto de Maiquetía, região de Caracas, que não perderia a "oportunidade" de se reunir com Trump para resolver os conflitos diplomáticos entre os dois países. "Me dizem que o presidente dos Estados Unidos voltou a falar de mim. A minha resposta é essa: eu tenho a coragem, a decisão e a valentia para me reunir com o presidente Trump, cumprimentá-lo com respeito e estabelecer um diálogo (...) Se chegar essa oportunidade, não perderei". Maduro também afirmou que "está pronto" para se reunir "onde for e quando for, para estender a minha mão, falar, vê-lo 'face to face', olhá-lo nos olhos. E sei que se isso acontecesse, muitas coisas mudariam".

odia.ig.com.br

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