Protestos contra e a favor de Bolsonaro tomam diversas cidades no país e no mundo.

Com maior adesão e organização de mulheres, manifestações contrárias ao presidenciável 
acontecem em mais de 60 cidades brasileiras e nas principais capitais da Europa.


Por O Dia

Rio - Diversos protestos contrários a Jair Bolsonaro, candidato à Presidência da República pelo PSL e primeiro colocado nas pesquisas, marcaram o último fim de semana anterior ao primeiro turno das eleições. Manifestações a favor de Bolsonaro também aconteceram no país, em número menor em adesão e cidades participantes. Não houve nenhum registro de confusão nos atos. Foram realizados protestos contrários ao ex-capitão do Exército em ao menos 62 cidades do país e, a favor, em 27.

As manifestações contrárias foram lideradas pelas mulheres, de forma organizada e autônoma, e surgiram a partir das redes sociais, através da campanha #Elenão e do grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro". O grupo foi criado dia 30 de agosto, conta com mais de 3.000.000 de membros e sofreu diversos ataques de hackers a favor de Bolsonaro. Na última terça-feira, uma das administradoras do grupo foi agredida no Rio. Artistas e intelectuais também apoiaram e ajudaram na divulgação dos protestos, que aconteceram em 62 cidades do país, dentre elas Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Porto Alegre, Vitória, Florianópolis, Belo Horizonte, Salvador, Natal, João Pessoa, Recife, Fortaleza, Aracaju, Palmas, Campo Grande, Manaus, Belém e Cuiabá.


No Rio de Janeiro, o ato começou por volta das 15:00h, na Cinelândia, de onde os manifestantes marcharam para a Praça XV, entoando palavra de ordem, cartazes e performances contra Bolsonaro. As manifestações tomaram todo o Centro do Rio, inclusive entornos, como saídas de metrô. Por volta das 19:00h, um pequeno grupo de manifestantes que se reunia próximo ao Passo Imperial ateou fogo em pedaços de madeira e entulhos e dançou em volta das chamas. Ninguém se feriu. A organização do evento estimou que 50.000 pessoas participaram do ato; a Polícia Militar não deu estimativa. O ato terminou por volta das 21:00h sem incidentes.


CENTRO: devido à manifestação, está fechada a Rua Araújo Porto Alegre, na altura da Cinelândia. O trânsito está intenso, mas sem congestionamentos, na região. pic.twitter.com/JtBykuG60m


CINELÂNDIA: Rua Evaristo da Veiga segue interditada na altura do Teatro Municipal e da Avenida Rio Branco. Manifestação ocorre na região neste momento. Orientação é utilizar o transporte público (metrô) para se deslocar pelo Centro do Rio. pic.twitter.com/3erNLzc0hs

Em São Paulo, o protesto tomou o Largo da Batata e se deslocou para a Avenida Paulista. A organização estimou 150 mil pessoas, e a Polícia Militar de São Paulo também não deu estimativa.






Manifestações a favor



Um grupo de manifestantes a favor de Bolsonaro se concentrou em Copacabana, na altura do posto 5. Com uma imagem de Bolsonaro de papelão em tamanho real em cima do carro de som, o ato começou às 14:20h com o Hino Nacional e um Pai Nosso. "Somos um movimento de paz e harmonia", afirmou do microfone uma das líderes do movimento. "Aqui tem mãe solteira, tem mãe com dificuldade para pagar suas contas, que se vira nos trinta", declarou a ex-ativista do grupo feminista Femen Sara Winter. Candidata a deputada federal pelo DEM, pouco antes ela posou para foto segurando um "fuzil" de papelão.

Diversas pessoas se revezaram nos discursos. O enfoque varia das críticas ao PT - "primavera vermelha aqui não, só lá em Curitiba, entre quatro paredes e atrás das grades", afirmou uma das manifestantes -, de "defesa à vida", com críticas contundentes aos que defendem a legalização do aborto, e ironias contra veículos de imprensa que têm divulgado denúncias contra Bolsonaro. Manifestações a favor do presidenciável ocorreram em São Paulo, Rio Grande do Sul, Tocantins, Goiás, Minas Gerais e outras cidades, com menor adesão do que as manifestações contrárias.

Pelo mundo


Diversas cidades no mundo registraram protestos contra Jair Bolsonaro, em apoio aos atos convocados no Brasil. Em Nova York, Londres, Paris, Barcelona e Berlim, manifestantes ergueram cartazes com mensagens contrárias ao presidenciável. Em Portugal, houveram protestos em Coimbra, Porto e Lisboa. Na América Latina, Santiago e Cidade do México também se mobilizaram. Em Genebra, uma das principais cidades da Suíça, as pessoas protestaram na frente à sede da Organização das Nações Unidas (ONU) na Europa. Elas levavam cartazes com palavras contrárias ao candidato e pediam o fim do "fascismo". Em Paris, na França, onde a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, da Frente Nacional, tem ganhado força nos últimos anos, pelo menos 250 pessoas se organizaram no centro da cidade para protestar contra o candidato brasileiro. Imagens publicadas nas redes sociais com a hashtag #Elenão mostram também manifestações em Milão, na Itália. Na sexta-feira, a cantora Madonna postou uma mensagem contra Bolsonaro e aumentou a visibilidade do movimento nas redes sociais.

* Com informações do Estadão Conteúdo
odia.ig.com.br

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