Manifestantes contra Bolsonaro tomam o Centro do Rio

Protestos também acontecem em várias cidades do país e do exterior.


Por ESTADÃO CONTEÚDO

Rio - Manifestantes contrários ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tomaram a praça da Cinelândia, no Centro do Rio, no início da tarde deste sábado. Os protestos contra a candidatura de Bolsonaro foram convocados de forma espontânea, em várias cidades do País e também no exterior, a partir da criação do grupo "Mulheres Unidas contra Bolsonaro" no Facebook, no último dia 30. No Rio, o principal palco é a Cinelândia, onde pelo menos 10 mil manifestantes seguem em marcha até a Praça XV, também no Centro. Por volta das 15:25h, manifestantes reagiram com aplausos à passagem de uma bandeira com a imagem da vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março. Muitos manifestantes, especialmente as mulheres, responderam à convocação dos organizadores do protesto e estão usando lilás. No protesto, as palavras de ordem contra Bolsonaro unem os manifestantes, que reúnem público variado. Performances de arte estão lado a lado com ativistas de perna de pau e militantes de partidos. É possível ver bandeiras de partidos como PDT e PSTU, assim como material de campanha do candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, e do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ). Também há manifestantes com camisetas de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba, assim como representantes de religiões de matriz africana.

A mobilização por meio das redes sociais começou a chamar a atenção no último dia 10, ao agregar mais de 300 mil mulheres em um único dia. Neste sábado, o grupo, fechado, contabilizava 3,9 milhões de participantes. A adesão é um reflexo da rejeição a Bolsonaro entre as eleitoras - o porcentual de mulheres que, nas pesquisas de intenção de voto, dizem que jamais votariam no deputado fluminense é maior do que o de homens. O crescimento do grupo provocou reação em meados deste mês. No fim de semana dos dias 15 e 16, quando tinha em torno de 2,5 milhões de participantes, o grupo chegou a ficar fora do ar após ser hackeado e ter seu nome mudado, com alusão favorável a Bolsonaro. Várias mulheres do grupo foram agredidas verbalmente e receberam ameaças via internet. Paralelamente, naquele fim de semana, a hashtag #EleNão foi utilizada 193,4 mil vezes e a #EleNunca outras 152 mil vezes em todo o País.

A reação ao movimento incluiu suspeitas de violência física no Rio. Uma das administradoras do grupo na cidade registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil afirmando que foi agredida na noite da última segunda-feira, quando chegava em casa, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio, por dois homens ainda não identificados. A ativista afirmou que vinha sendo ameaçada nas redes por causa da militância política, mas disse que não podia afirmar quem eram os agressores. Os homens levaram apenas o celular da vítima, deixando os demais pertences.

odia.ig.com.br

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