Quatro PMs são presos por suspeita de envolvimento com milícia na Zona Oeste.

As investigações estão sendo feitas pela 2ª Delegacia de 
Polícia Judiciária Militar, com apoio do 27º BPM (Santa Cruz).


Por O Dia

Rio - A milícia que age na Zona Oeste conta com a mão amiga de PMs. Quatro policiais militares (um segundo sargento, uma cabo e dois soldados) foram presos pela corregedoria da instituição sob a suspeita de auxiliarem o grupo de paramilitares que trava uma guerra com traficantes do Comando Vermelho (CV). O conflito pelo controle de duas comunidades da Zona Oeste (Rola e Antares) acontece desde quinta-feira passada. Os policiais presos, todos do 27º BPM (Santa Cruz), foram fotografados junto de milicianos, na Avenida Cesário de Melo, próximo à Favela do Rola, um dos palcos da guerra. As fotos mostravam os prováveis milicianos de fuzil e touca ninja bem à vontade ao lado de PMs fardados. "Começaram a circular em redes sociais imagens de supostos milicianos atuando entre policiais militares. Com objetivo de elucidar o acontecido foram solicitados para prestar esclarecimentos, os policiais envolvidos no fato", explicou a corregedoria, em nota.

Depois de prestarem depoimento na 2ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar, todos foram presos. Segundo a PM, as investigações contam "com integral apoio do Comando do 27º BPM (Santa Cruz)". A corporação esclareceu que as prisões são administrativas e têm prazo de 72 horas para averiguação da denúncia. "Caso haja indícios de desvio de conduta, os quatro policiais responderão administrativamente no âmbito da Polícia Militar e criminalmente na Auditoria de Justiça Militar do Estado do Rio de Janeiro (AJMERJ)."

O conflito entre traficantes do Comando Vermelho e milicianos do bando de Wellington da Silva Braga, o Ecko, é pelo controle das únicas comunidades da região que não são dominadas pela milícia: Rola e Antares. Segundo moradores, milicianos das favelas Cesarão, Aço e Três Pontes invadiram a favela do Rola (rebatizada de favela do Rodo pelos traficantes), na quinta-feira. Os traficantes do CV se reuniram na vizinha favela de Antares e retomaram a comunidade depois de intenso tiroteio. No fim de semana, as linhas do BRT não funcionaram e, nesta segunda à tarde, foi a vez de os trens da Supervia suspenderem a circulação por causa do bangue-bangue.

Reportagem do DIA, publicada no domingo, mostrou que após a intervenção federal na Segurança Pública do Rio, decretada pelo presidente Michel Temer, em fevereiro, houve aumento de conflitos entre traficantes do Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigos dos Amigos (ADA) e milicianos pela expansão de seus domínios.

odia.ig.com.br

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