quinta-feira, 26 de abril de 2018

Arruda, Agnelo e Filippelli viram réus em ação sobre desvio em estádio.

MPF diz que obra no estádio Mané Garrincha foi fachada para corrupção.


José Roberto Arruda está entre os 12 denunciados pelo MPF por
desvio de dinheiro para construção do Estádio Mané Garrincha.
Por Agência Brasil

Brasília - A 12ª Vara da Justiça Federal de Brasília acatou, na quarta-feira, denúncia do Ministério Público Federal (MPF-DF) contra 12 pessoas no âmbito da Operação Panatenaico, da Polícia Federal, que investiga fraudes e desvios de recursos públicos em obras do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014. Tornaram-se réus os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) e Agnelo Queiroz (PT), e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), além de mais nove pessoas. De acordo com o MPF, “a partir do ano de 2008, a construção/reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha tornou-se fachada para um esquema de corrupção que englobou agentes públicos e dirigentes das construtoras Andrade Gutierrez e Via Engenharia, envolvendo pagamento de vantagens financeiras, fraudes de processo licitatório e desvio de recursos públicos”. As obras no estádio haviam sido orçadas inicialmente em R$ 600.000.000,00, mas custou aos cofres públicos mais de R$ 1.600.000.000,00.

A denúncia acusa o ex-governador Agnelo Queiroz de ter recebido pagamento indevido de R$ 6.495.000,00. José Roberto Arruda, por sua vez, teria embolsado R$ 3.920.000,00, e Tadeu Filippelli, R$ 6.185.000,00. Os réus vão responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e fraude à licitação, em uma denúncia que foi dividida em três ações penais.

Também foram denunciados: 
Maruska Lima de Sousa Holanda, ex-diretora de Edificações da Novacap 
e ex-presidente da Terracap; Nilson Martorelli, 
ex-presidente da Novacap; Fernando Queiroz, proprietário da Via Engenharia; 
Rogério Nora de Sá, ex-presidente de Construção Brasil da Andrade Gutierrez 
e ex-presidente da AG América Latina; Jorge Luiz Salomão, acusado de ser operador do ex-governador Agnelo Queiroz; 
Sérgio Lúcio Silva de Andrade, acusado de ser operador de Arruda; 
Afrânio Roberto de Souza Filho, acusado de ser operador de Filippelli; 
Luiz Carlos Alcoforado, ex-advogado de Agnelo, acusado de receber propina destinada ao petista; 
e Wellington Medeiros, ex-desembargador e advogado, acusado de receber propina para Arruda.

A Operação Panatenaico teve origem em depoimentos de ex-executivos da Andrade Gutierrez em delação premiada assinada no âmbito da Operação Lava Jato.

odia.ig.com.br

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