Presídio VIP onde estão Cabral e Sérgio Côrtes terá até 'cineminha'

Secretaria diz que custos da instalação dos equipamentos 
serão pagos por igreja, que, no entanto, nega.



Antigo Batalhão Especial Prisional foi reformado para receber presos
da Lava Jato. Ex-secretário de Cabral será responsável pela videoteca.

BRUNA FANTTI

Rio - Uma sala com TV grande, home theather, aparelho de DVD e filmes variados está sendo instalada na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica. A cadeia é conhecida como o 'Presídio VIP', já que foi reformada no início do ano para receber presos federais da Lava Jato, como o ex-governador Sérgio Cabral, o ex-secretário de Sáude, Sérgio Côrtes, além de ter recebido o ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, agora em liberdade. O ex-secretário de governo de Cabral, Wilson Carlos Carvalho, condenado a 45 anos de prisão por corrupção, irá trabalhar diariamente na videoteca da prisão, como remição de pena. A cada três dias no local, cuidando dos DVDs e do tempo que cada preso ficará assistindo aos filmes, irá diminuir um dia de cadeia. Wilson Carlos, segundo a Justiça, cobrava propinas com o uso de uma mala. A instalação da sala de cinema é prevista pela Lei de Execução Penal "para fins educativos". No Rio, das 38 unidades prisionais, somente três possuem a regalia, sendo elas a Pedrolino Werling de Oliveira, o Instituto Penal Benjamim de Moraes Filho, Penitenciária Moniz Sodré e a Unidade Materno Infantil. Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), todas as salas de cinema foram doadas para a pasta pela Igreja Batista do Méier. No entanto, em nota, a igreja disse desconhecer as doações e que "não autorizou qualquer doação de equipamentos eletrônicos a qualquer complexo penitenciário".


Cabral e Côrtes estão no Presídio de Benfica, onde 
terá TV grande, home theather, DVD e filmes.

Por sua vez, a Seap afirma que "a Igreja Batista do Méier é cadastrada para trabalhos missionários dentro das unidades prisionais" e que possui "o termo de doação assinado por missionários da referida igreja com os respectivos CPFs". A igreja "está adotando medidas para apurar e disciplinar quaisquer membros envolvidos no episódio".

O acesso dos internos à sala será determinado pelo diretor da unidade prisional, que será o responsável por estabelecer dias e horários de cada galeria e qual o preso que vai usufruir do benefício. Em nota, a Seap ressaltou que "o acesso dos internos não será todos os dias"Ainda em declaração assinada pelo pastor João Reinaldo Júnior, presidente da congregação, e publicada em site próprio, "a igreja tem como hábito rejeitar qualquer oferta, doação, origem e legado, quando esses têm origem, natureza, ou finalidade que colidam com os princípios éticos e cristãos exarados na Bíblia".

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