quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Governo extingue reserva de 4 milhões de hectares e libera exploração mineral

Área do tamanho do Espírito Santo tem tribos indígenas e é rica em recursos naturais.


Governo Temer extinguiu reserva do tamanho do Espírito Santo.
Jornal do Brasil

O governo federal extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e Associadas (Renca), localizada entre os estados do Pará e Amapá, com a intenção de atrair investimentos para o setor de mineração. A área - do tamanho do estado do Espírito Santo, com quase 4 milhões de hectares - tem grandes reservas naturais e presença de tribos indígenas em seu interior. A reserva - que fica na divisa entre o Sul e Sudoeste do Amapá com o noroeste do Pará - foi criada em 1984, ainda durante o regime militar. Era considerado um local de alto potencial para exploração de ouro e outros minérios (como ferro, manganês e tântalo) e era mantido em posse da União, restringindo as buscas de monopólio do governo ao cobre. A extinção foi proposta pelo Ministério de Minas e Energia em março, e permite a concessão para exploração mineral. A pasta justificou o texto com o argumento de que a medida era necessária para viabilizar o potencial mineral da região e estimular o desenvolvimento econômico dos dois estados.

A Renca engloba nove áreas protegidas:
Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque,
Florestas Estaduais do Paru e do Amapá,
Reserva Biológica de Maicuru,
Estação Ecológica do Jari,
Reserva Extrativista Rio Cajari,
Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru
Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d’Este.
Segundo o governo, a medida não coloca em riscos as reservas naturais e as tribos indígenas. "A extinção (...) não afasta a aplicação de legislação específica sobre a vegetação nativa, unidades e conservação da natureza, terra indígenas e áreas em faixa de fronteira", diz o decreto nº 9.142. O decreto do presidente Michel Temer sobre a extinção da reserva foi publicado no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (23).

http://www.jb.com.br

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